Prefeitura de Goiânia fará pesquisa sobre vacinação infantil em crianças com até 4 anos de idade

Segundo dados do Ministério da Saúde, algumas vacinas essenciais para o público infantil registraram queda na procura entre 2018 e 2020

Rafael Campos
Por Rafael Campos
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A Prefeitura de Goiânia, por meio da Universidade Federal de Goiás (UFG), irá realizar um estudo sobre a cobertura vacinal infantil no município. O objetivo é descobrir a situação do cartão de vacinas em crianças que nasceram nos anos 2017 e 2018.

O estudo, que terá seu início nesta terça-feira, dia 29, vai estimar as coberturas vacinais relativas às vacinas BCG, hepatite B, poliomielite, pentavalente, rotavírus humano, febre amarela, meningococo conjugada C, pneumococo conjugado 10 valente, influenza, hepatite A, tríplice viral, varicela e reforço para DPT e poliomielite.

A pesquisa também vai trazer a comparação das doses aplicadas e os dados de produção dos serviços de atenção básica; como também estimar a proporção de crianças que utilizam serviços privados para imunização; estudar as coberturas vacinais, esquema completo, as condições de vida predominantes nas áreas ou estratos correspondentes e dados socioeconômicos das famílias e identificar os motivos que estão contribuindo para que as crianças não estejam vacinadas.

O inquérito será feito também em outras capitais brasileiras sob organização do Ministério da Saúde. Para a realização em Goiânia, entrevistadores identificados e paramentados, irão comparecer às residências de crianças que foram selecionadas para participar da pesquisa. De acordo com informações, os profissionais são contratados pela empresa Science e estarão nos bairros para falar sobre o projeto e para responder a quaisquer perguntas que os participantes possam ter.

Os entrevistadores irão registrar a caderneta de vacinação da criança com finalidade de identificar quais vacinas este público específico já receberam. A organização salienta que é fundamental que pais ou responsáveis recebam os profissionais em suas casas e permitam que a caderneta seja fotografada ou registrada pelos mesmos.

De acordo com os dados do Ministério da Saúde, a taxa de cobertura da vacina BCG (que previne contra tuberculose grave) foi de 99,72% em 2018 e caiu para 73,38% em 2020, o equivalente a uma queda de 26,4%. Já a vacina contra a hepatite B, também aplicada em crianças, registrou 88,40% em 2018, mas despencou para 62,97% em dois anos. Uma das causas relatadas nesta pesquisa é que o motivo da baixa procura é devido a pandemia da Covid-19 e suas consequências. É válido lembrar que ambas estas doses são realizadas até o primeiro mês do bebê após o nascimento.

Contudo, o Ministério da Saúde afirmou que com o novo estudo, poderá definir novas estratégias que possibilitem melhorar o acesso à vacinação das crianças e ampliar as coberturas vacinais em todo o país.

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Foto: Divulgação