Expedição vai monitorar destroços do Titanic

O navio está há quase 110 anos nas profundezas do Atlântico Norte

Lígia Saba Fernandes
Por Lígia Saba Fernandes
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Imagem: Divulgação

A empresa de exploração marítima OceanGate anunciou que deve enviar uma expedição ao local onde estão situados, atualmente, os destroços do icônico navio Titanic. O objetivo da missão é verificar o estado de deterioração dos destroços da embarcação, que está quase completando 110 anos no fundo do Atlântico Norte.

A empresa tem certa pressa para iniciar a expedição, já que o navio está desaparecendo a um ritmo cada vez mais rápido, graças a bactérias que se alimentam de metal.

Boa parte dos destroços que ainda existem no navio estão cheios de buracos. A peça que ficava acima do mastro, conhecida como ninho de corvo, já se deteriorou totalmente e a grade da proa pode desabar a qualquer momento.

Além da ação das bactérias, que consomem algumas centenas de quilos de ferro por dia, o Titanic também é atingido por fortes correntes marítimas profundas. De acordo com o presidente da OceanGate, Stockton Rush, a expedição é uma corrida contra o tempo, já que, em breve, o navio deve sucumbir a um nível que o torne irreconhecível.

Maior navio de sua época, o Titanic afundou durante sua viagem inaugural em abril de 1912 após se chocar com um iceberg, matando mais de 1.500 pessoas.

Para chegar até o local onde o Titanic está, a OceanGate equipou um submersível, feito de fibra de carbono e titânio, com câmeras de alta definição e equipamento de sonar multifeixe. De acordo com Rush, entender o processo de decomposição pode auxiliar os cientistas na prevenção do destino de outras embarcações que naufragaram, incluindo navios das duas guerras mundiais.

A empresa também planeja documentar a vida marinha local, o que pode auxiliar no estudo das espécies que prosperaram nos destroços do Titanic. A expedição contará com uma equipe multidisciplinar, que inclui arqueólogos e biólogos marinhos. Visando financiar a missão, a OceanGate também vendeu 40 vagas para pessoas que se interessam em pagar para participar da expedição. 

 

 

Cada um dos pagantes desembolsou uma quantia entre US$ 100.000 (R$ 505.900) e US$ 150.000 (R$ 758.850), valor que está ajudando a tornar possível a missão. Todas as pessoas que adquiriram os ingressos irão participar se revezando para operar um equipamento de sonar e para realizar outras tarefas básicas no submersível, que tem capacidade para levar até cinco pessoas.

 

Segundo uma das passageiras, Renata Rojas, esse valor é relativamente baixo, uma vez que uma pessoa pagou US$ 28 milhões para ir ao espaço com Jeff Bezos pela Blue Origin. Para ela, que é obcecada pela história do navio desde a infância, pagar uma fração desse valor para ver a embarcação mais famosa do mundo de perto chega a ser barato.

 

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