Entenda a doença auto-imune que alastrou sobre corpo de Michael Jackson

O cantor que foi visto durante a adolescência como uma pessoa negra, vivenciou maior parte de sua vida com a pele branca

Redação Curta Mais
Por Redação Curta Mais
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É muito provável que em algum momento, você já tenha se perguntado os motivos que levaram o corpo do Michael Jackson ficar totalmente branco. O cantor, que teve seu sucesso desde a década de 1970, quando ainda criança e negro, surge já adulto com o visual totalmente diferente, que modifica sua melanina por completo.

 

Em uma entrevista em 1993, com a apresentadora Oprah Winfrey, Michael revelou que a causa de sua transformação era devido a um problema de pele. Logo, seu dermatologista confirmou que se tratava de vitiligo – uma doença auto-imune que ataca as células do corpo responsáveis por dar pigmento à pele.

 

De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a doença é caracterizada por lesões cutâneas de hipopigmentação, ou seja, manchas brancas na pele com uma distribuição característica, principalmente, nas mãos, face e genitais. Entretanto, o tamanho destas manchas podem ser variadas e não é contagioso.

 

A instituição ainda afirma que as causas da doença não são claramente estabelecidas, mas que há possíveis fenômenos autoimunes que parecem estar associados ao vitiligo. Além disso, alterações ou traumas emocionais podem estar entre os fatores que desencadeiam ou agravam a doença.

 

Na entrevista feita na época, Michael afirmou que não sabia como poderia parar a doença. “É algo que não posso controlar. Quando as pessoas inventam histórias sobre eu não querer ser quem sou, isso me machuca. É um problema para mim. Eu não posso controlar”, afirmou ele.

 

Atualmente, o vitiligo não tem cura, mas possui tratamentos que visam cessar o aumento das lesões, como também a repigmentação da pele, ambos garantem resultados excelentes. Segundo a SBD, existem medicamentos que induzem à repigmentação das regiões afetadas como tacrolimus derivados de vitamina D e corticosteróides. A fototerapia com radiações ultravioletas também são recomendadas.

 

Contudo, além do vitiligo, Michael também era portador de lúpus, outra doença auto-imune que também modifica a pigmentação da pele. Diante desses dois casos, Michael começou a investir em maquiagens claras e também ao processo de clareamento da pele, com o uso de um creme feito com monobenzona, que foram encontradas em sua casa após a morte do cantor, em 2009, e comprovadas pelo dermatologista Dr. Hanish Babu.

 

Na época, este era o tratamento mais adequado sob a supervisão do especialista que disfarçavam as manchas esbranquiçadas que alastravam o corpo do cantor. Consequentemente, Michael sempre era visto com roupas mais escuras e guarda-chuvas em ambientes mais externos.

 

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Foto: Divulgação