Correios da Praça Cívica é histórico e conta um pouco da história de Goiânia

Entre os anos de 1969 e 1973, a antiga sede foi demolida para a construção de uma nova, que se distanciava do estilo Art Déco e aderia ao modernismo

Julia Macedo
Por Julia Macedo
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Localizado na Praça Cívica, o prédio dos correios funciona como importante parte da história de Goiânia. No começo da década de 1930, Atílio Corrêa Lima ocupava o posto de diretor urbanístico da capital. Atílio teve que lidar com diferentes problemas no período de desenvolvimento da cidade. Sobre alta pressão, o urbanista abandonou o posto em 26 de abril de 1935.

Naquele mesmo ano o Estado de Goiás fixava contrato com a empresa Coimbra Bueno e Cia. Idealizado pelo interventor federal, o plano diretor da nova capital de Goiás, assinado por Atílio, foi seguido. Para Pedro Ludovico, era importante que a cidade fosse construída sobre padrões de uma arquitetura moderna. 

Foi através da idealização modernista do interventor federal que nasceu a Praça Cívica e todas as outras obras em seu entorno. O prédio dos Correios, centralizado no encontro de duas importantes vias da capital, foi erguido de forma a manter a história de uma cidade planejada do zero. O edifício, símbolo de patrimônio cultural, guarda memórias que revelam a identidade de um povo.

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Imagem: acervo Iphan

Entre as avenidas 82 e Tocantins elevava-se o prédio da primeira estação telegráfica de Goiânia, em janeiro de 1936. Cerca de quatro meses depois, em maio do mesmo ano, a agência dos Correios foi inaugurada pelo diretor regional dos Correios e Telegráfos, Benedito de Albuquerque. 

 

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As primeiras correspondências do primeiro prédio dos Correios em Goiânia eram pacotes dos jornais Diário de São Paulo, Diário da Noite, A Pátria e Diário Carioca. Com remetente de Leopoldo de Bulhões, a correspondência chegou em Goiânia por volta das 9 horas da manhã do dia 4 de maio, dois dias após a inauguração dos Correios. 

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Imagem: acervo Eduardo Bilemjian

Entre os anos de 1969 e 1973, a antiga sede foi demolida para a construção de uma nova, que se distanciava do estilo Art Déco e aderia ao modernismo. O prédio não é tombado como patrimônio histórico cultural, mas é parte integrante do acervo arquitetônico e histórico da Praça Cívica, sendo este um ponto importante no marco inicial da construção de Goiânia.

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Imagem: acervo Museu Nacional

Funcionando normalmente desde sua inauguração, os funcionários do prédio já enfrentaram complicadas situações. O último caso conhecido foi um surto de infecção pela Covid-19 que resultou em cerca de 40 funcionários infectados e um morto. 

Imagem de capa: reprodução Letícia Coqueiro

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Pauta desenvolvida pela estagiária de jornalismo Julia Macedo com a supervisão da jornalista Fernanda Cappellesso.