Conheça a casa histórica que abriga museu e foi residência do fundador de Goiânia

Museu Pedro Ludovico conta a história de importante personalidade do Estado de Goiás

Julia Macedo
Por Julia Macedo
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Dentre as obras de Attílio Corrêa Lima destaca-se a imponente casa rosa do político idealizador de Goiânia, Pedro Ludovico Teixeira. O político esteve à frente do Estado por cerca de quinze anos sendo morador da residência oficial do Governo do Estado de Goiás, o Palácio das Esmeraldas. Sua casa localizada a poucos metros da Praça Cívica, foi construída para abrigar a família quando Pedro não estivesse cumprindo mandato.

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A casa possui personalidade própria. Fruto do movimento Art Déco, sua fachada majestosa era comparada a estrutura de palácios reais. Com aspectos horizontais e assimétricos, tingida pelo augusto tom de rosa, passou a ser um centro de curiosidade. Denominada modern streamline, foi inspirada pelo Expressionismo.

Edificada pelo grupo Coimbra Bueno e sob projeto de Attílio, a casa de Pedro Ludovico foi erguida entre 1935 e 1937.

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Por muito, a casa não era residida em tempo integral pela família. Esta se ocupava com as viagens em virtude da carreira política de Pedro. Foi só em 1969 que a família Ludovico Teixeira e Borges habitou a residência de forma integral após Pedro ser cassado e ter seus direitos políticos suspensos por dez anos.

Em agosto de 1979, Pedro Ludovico faleceu na residência. Cerca de um mês depois, no dia 25 de setembro de 1979, o Governo do Estado de Goiás sancionou a Lei n° 8690 que previa a criação de um Museu em homenagem ao fundador de Goiânia, com sede no sobrado que serviu de residência a ele e sua família. Apenas seis anos mais tarde, em 1985, a moradia de Pedro Ludovico Teixeira passou a ser um imóvel declarado para utilidade pública.

A casa manteve seus aspectos originais como os móveis, biblioteca, e todos os demais utensílios de uso pessoal da família. Visitar o local é assistir a vida de Pedro como era. Seu quarto continua o mesmo, com as roupas mantidas no guarda-roupas original. O escritório de Pedro guarda imagens e recordações de seus anos políticos. Mas, com certeza, o que mais chama atenção no local são seus exímios detalhes de arquitetura da época.

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Imagem: Reprodução Letícia Coqueiro

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O banheiro rosa ainda mantém a mesma coloração de azulejos. Para os visitantes do Museu, a estrutura é inusitada e intrigante, implorando por registros nos espelhos antigos do local. Os vestidos de Dona Gercina estão perfeitamente alinhados em seu armário, como se ela mesma os organizasse ali todos os dias pela manhã. Nos fundos da casa, estacionada na garagem se encontra a antiga camionete vermelha de Pedro.

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Imagem: Reprodução Letícia Coqueiro

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garagem

Imagem: Julia Macedo

Curiosidade – Durante tour pela casa, o guia contou uma história bem intrigante: A íngreme piscina já foi local de acidente. Aos cinco anos, nadando sozinha na piscina funda, uma garotinha teria se afogado e falecido. Reza a lenda que seu espírito vagueia pelo local.

Desde a pandemia de Covid-19 o museu encontra-se fechado para visitação presencial.

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