Água termal de vila em Goiás está entre as 3 melhores do mundo

Um estudo recente realizado pela Universidade de Brasília (UNB) revelou que a água termal de uma vila em Goiás está entre as melhores do mundo.

As águas termais emergentes próximo ao encontro dos Rios São Miguel e Tocantinzinhos, na Chapada dos Veadeiros, estão classificadas entre as três melhores e mais saudáveis águas minerais do planeta. A vila é São Jorge, distrito de Alto Paraíso.

Essa descoberta oficial confirma a qualidade excepcional dessas águas, competindo diretamente com marcas renomadas mundialmente na categoria de águas termais dermocosméticas.

 

Saiba mais sobre a água termal de uma vila em Goiás

As análises conduzidas pelo Serviço Geológico do Brasil, em colaboração com pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) e Universidade Federal de Goiás (UFG), corroboraram estudos prévios destacando as propriedades físico-químicas dessas águas.

Localizadas próximo ao Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, as fontes termais na antiga Fazenda Água Quente Mirador são consideradas preciosidades naturais.

Além de apresentarem uma idade superior a 7 mil anos antes do presente, os testes evidenciaram a pureza desses recursos, marcada pela ausência do elemento químico trítio, gerado por explosões atômicas e ausente na natureza.

A exploração dessas águas está em sintonia com princípios de preservação ambiental e sustentabilidade, buscando minimizar impactos negativos e promover práticas transparentes em toda a cadeia produtiva.

A iniciativa também visa gerar benefícios para a comunidade local, impulsionando o desenvolvimento econômico e a geração de empregos.

 

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Com potencial terapêutico e cosmético, as águas termais da Chapada dos Veadeiros prometem atrair turistas e investidores interessados em usufruir de seus benefícios, ao mesmo tempo em que contribuem para a preservação desse patrimônio natural único.

O destino se posiciona como uma joia natural a ser explorada, promovendo a valorização das riquezas do Brasil.

Chapada dos Veadeiros: pesquisadores da UNB descobrem répteis e anfíbios raros na região

Pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) fizeram a catalogação de 55 espécies de répteis e 34 de anfíbios raros na serra do Tombador, localizada na Chapada dos Veadeiros, em Goiás. Essa descoberta acrescentou 89 espécies inéditas ao registro científico, incluindo diversas variedades de serpentes, sapos, lagartos e rãs. Durante o trabalho de catalogação, os pesquisadores avistaram cerca de 800 animais, a maioria de espécies já conhecidas.

Reuber Brandão, coordenador da pesquisa e professor do Departamento de Engenharia Florestal (EFL) da UnB, ressaltou a presença de espécies peçonhentas, que possuem glândulas produtoras de veneno, e espécies venenosas, cujo veneno está presente na pele do animal. Ele enfatizou a importância desse número significativo de espécies catalogadas para a região do cerrado e expressou a intenção de aprofundar os estudos taxonômicos.

Embora algumas espécies encontradas na região já fossem conhecidas, como a coral-falsa (Apostolepis sanctaeritae), que imita as cores da cobra-coral, uma espécie altamente venenosa, existem poucos estudos sobre a biologia desse réptil. Além disso, a expedição avistou a serpente jararaca pintada (Bothrops mattogrossensis) juntamente com outros répteis.

Cada espécie encontrada representa um projeto evolutivo único e carrega consigo uma história de adaptação aos ambientes em que vivem. Compreender essa diversidade é fundamental para entender as estratégias de sobrevivência no cerrado, o que pode ser aplicado em estudos futuros, inclusive em relação às mudanças climáticas.

A identificação das espécies é apenas o início de uma série de novas pesquisas. Reuber explicou que os anfíbios possuem diversas substâncias em sua pele que desencadeiam reações em outros animais ou fungos, e o estudo dessas reações contribui para o desenvolvimento de medicamentos e avanços na área da biotecnologia. Essas pesquisas também podem auxiliar no desenvolvimento de antibióticos, anti-inflamatórios, antifúngicos e até mesmo substâncias que facilitam a entrega de medicamentos no organismo.

A serra do Tombador é a maior reserva particular do cerrado e está localizada no município de Cavalcante, a 311 km de distância de Brasília e cerca de 89 km de Alto Paraíso (GO), um dos principais destinos turísticos visitados pelos brasilienses.

Preservação

A equipe de pesquisa, composta por 40 pesquisadores, incluiu também professores e estudantes da Universidade Federal do Acre, além de membros do Instituto Boitatá de Etnobiologia e Conservação da Fauna. Em entrevista ao R7, Reuber mencionou que essa pesquisa é um resultado do plano de manejo da serra do Tombador, que envolve o estudo e a determinação de áreas para preservação ambiental.

“A área apresentava um grande potencial para a descoberta de novas espécies. Conforme a investigação avançava, mais espécies eram adicionadas à lista”, afirmou o professor. A expedição durou 40 dias e, de acordo com o pesquisador, a localização é estrategicamente importante, pois é um ponto de encontro dos rios São Félix e Tocantins e abriga espécies provenientes da Chapada dos Veadeiros, da Amazônia e do rio Tocantins.

Reuber alertou que 30% das espécies catalogadas são pouco avistadas e podem ser consideradas raras. Isso significa que quando o ambiente é destruído, pelo menos 30% da fauna presente não é encontrada em outras áreas, podendo acabar desaparecendo.

 

*Com informações Correio Braziliense

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Gustavo Yamin: o designer goiano que venceu o Oscar 2022 por DUNA e coleciona blockbusters

Há quase duas semanas que a edição de 2022 do Oscar já passou, a premiação ainda está dando o que falar na internet, principalmente, por conta do incidente envolvendo o ator Will Smith e o comediante Chris Rock. Mas para além disso, a cerimônia ainda está sendo bastante lembrada por conta dos grandes filmes premiados e indicados pela Academia este ano. É o caso de Duna do diretor Denis Villeneuve, que teve 10 indicações e levou para casa 6 estatuetas por ‘’Melhor Fotografia’’, ‘’Melhor Trilha Sonora’’, ‘’Melhor Edição’’, ‘’Melhor Design de Produção’’, ‘’Melhor Som’’, e ‘’Melhores Efeitos Especiais’’.

Duna é realmente um espetáculo visual misturado com reflexão política, misticismo, efeitos especiais impressionantes, um elenco talentoso e estelar, direção de um dos cineastas mais promissores de sua geração, com efeitos gráficos impressionantes realmente dignos de prêmio. O estúdio responsável pelo ‘Visual Effects’ do longa foi a empresa britânica Double Negative (DNEG). Mas a boa notícia é que, os responsáveis (e vencedores) pelos VFX (sigla de Visual Effects), tem um designer goiano parte da equipe: Gustavo Yamin (clique para conferir seu currículo no portal IMDb: imdb.me/gusyamin)

gustavo
Gustavo Yamin (Foto: Reprodução IMDb)

 

Gustavo é natural de Brasília, mas morou grande parte de sua vida em Goiânia, dos 4 aos 19 anos de idade. Ele é formado em Design Gráfico pela Universidade de Brasília (UnB), e trabalhou em algumas empresas de efeitos visuais no Brasil como a VetorZero, em São Paulo. Com mais de 10 anos de profissão, o designer recebeu uma oferta de trabalho no Canadá em 2007, e desde então, mora no país e já passou por diversos estúdios.

Ao Curta Mais, Gustavo contou um pouco sobre o trabalho de VFX: ‘’Efeitos visuais (ou VFX, como nos referimos tecnicamente no meio de produção) englobam uma variedade de disciplinas. Mas tudo tem a ver com criação e manipulação de imagens por meios digitais. O trabalho vai desde retocar/corrigir defeitos ou imperfeições em sequências de imagem filmadas, até a criação de sequências completamente digitais – com qualidade o mais fotorrealista possível. Além disso, VFX lidam com manipulação ou criação de tudo o que não pode ser capturado diretamente ‘ao-vivo’ pela câmera de filmagem. Ou corrigir digitalmente defeitos, falhas e/ou acidentes registramos no material filmado.’’, detalhou o profissional.

Além disso, Yamin explica que, atualmente atua como Artista Sênior de Cenografia Digital, e no trabalho por Duna foi supervisionado por Tristan Myles, um dos presentes na cerimônia do Oscar. ‘’Quando o Oscar de VFX é entregue, quem recebe o prêmio nominalmente é o Supervisor de Efeitos Visuais. Eles são os profissionais que lideram o trabalho das enormes equipes de artistas e técnicos que executam o trabalho. Mas tecnicamente, todos nós, profissionais de VFX envolvidos no trabalho, estão sendo premiados’’.

O momento do recebimento do prêmio, com o supervisor Tristan Myles.

 

Yamin tem uma carreira admirável e em seu currículo já conta com filmes de grandes estúdios de Hollywood como ‘’Elysium’’, filme que também conta com outro brasileiro: o ator Wagner Moura; ‘’Distrito 9’’; ‘’Watchmen’’, do diretor Zack Snyder, e o premiado ‘’Duna’’, que foi um marco importante em sua vida profissional: ‘’Trabalhar em DUNA foi um sonho de adolescente.  Já era fã da série literária desde a juventude, e não imaginava que teria a oportunidade de trabalhar em um filme baseado no livro – que por muitos anos seguiu sendo considerado como “infilmável” pelos estúdios de Hollywood, depois da tentativa não muito bem-sucedida de David Lynch nos anos 1990’’.

Sobre o futuro, Gustavo diz que a vida pode trilhar diversos caminhos diferentes, mas que sempre se lembrará do trabalho em Duna, como um dos mais marcantes de sua carreira: ‘’Uma carreira em VFX pode seguir diversos caminhos. Ainda não defini se quero trilhar as ‘vias hierárquicas’ de praxe ou, talvez, explorar outras ‘avenidas’ artísticas dentro do campo vasto da computação visual, como animação de longa-metragem, design de videogames, realidade virtual/aumentada… Mas, sem dúvida, DUNA será sempre um marco importante!’’, finaliza.

Conheça os trabalhos de Gustavo Yamin:

GusREEL – 2021 from Gus Yamin on Vimeo.