Pesquisadores transformam casca de Tamarindo em combustível para veículos

A proposta pode ser uma alternativa que gera menos impacto ao meio ambiente

Thaís Muniz
Por Thaís Muniz
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Cientistas e pesquisadores da Universidade Tecnológica de Nanyang, em Singapura, a Universidade de Alagappa, na Índia, e a Universidade da Noruega Ocidental de Ciências Aplicadas, conseguiram processar a casca de tamarindo e conseguiram transformá-la em combustível para abastecer veículos.

 

Em artigo que será publicado na edição de novembro da Chemosphere, do portal americano ScienceDirect, a casca se torna uma alternativa ecológica para a produção de um componente básico utilizado em equipamentos que armazenam energia em automóveis.

 

Bastante consumida no Brasil e em todo mundo, a fruta tropical tem uma casca que é considerada lixo agrícola e acaba sendo descartada em aterros sanitários.  A casca também é porosa e rica em carbono, duas características que fazem que ela seja um bom material para nanofolhas de carbono, essenciais para supercapacitores (dispositivos de armazenamento de energia utilizados em automóveis, ônibus, veículos elétricos, trens e elevadores).

 

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Professor Steve Cuong Dang, da Escola de Engenharia Elétrica e Eletrônica da Universidade Tecnológica de Nanyang (Foto NTU Singapore)

 

 

A transformação se dá, primeiramente, com a lavagem das cascas de tamarindo e que secam a 100 ºC por seis horas. Em seguida, elas são trituradas e transformadas em pó. Depois, o pó é assado de 700 ºC a 900 ºC por 150 minutos, sem oxigênio, para que seja possível convertê-lo em nanofolhas de carbono.

 

Os pesquisadores agora trabalham para aprimorar as propriedades eletroquímicas de nanofolhas de carbono feitas com tamarindo para reduzir a quantidade de energia usada durante a sua manufatura, para que no futuro, consigam explorar a produção de nanofolhas de carbonos em larga escala com parceiros do agronegócio e utilizar outros tipos de casca para obter resultados similares.

Imagem: Reprodução

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