Ifood expulsa usuária que cometeu ofensas racistas contra motoboy em Goiânia

Após a repercussão o ifood e o condomínio onde teria ocorrido o caso se manifestaram sobre o episódio

Adelina Lima
Por Adelina Lima
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O dono de uma hamburgueria em Goiânia denunciou uma cliente por racismo. A mulher não deixou o entregador entrar no condomínio de luxo onde vive porque o homem era negro. Por meio do aplicativo, ela escreveu: “Esse preto não vai entrar no meu condomínio. Mandar (sic) outro motoboy que seja branco. Eu não vou permitir esse macaco”.

Éder Leandro Rocha, dono do restaurante, contou que teve até dificuldades de acreditar na situação. “No início, achamos que pudesse ser um trote. Nós ficamos muito sem reação, sem saber como falar para nosso entregador na porta o que tinha acontecido. Mas a gente acabou tendo que contar. Ele ficou o resto da noite triste”, relatou.

Após a repercussão o ifood e o condomínio onde teria ocorrido o caso se manifestaram sobre o episódio.

Ifood

A empresa informou que identificou a cliente, que já foi banida do aplicativo, e que está em contato com o entregador para oferecer apoio psicológico. O Ifood disse que repudia qualquer ato de discriminação racial e orientou o restaurante a registrar um boletim de ocorrência.

Aldeia do Vale

Acerca da denúncia da hamburgueria de que uma moradora do Residencial Aldeia do Vale tenha se recusado a deixar um entregador a entrar no condomínio horizontal em razão de sua cor, a Sociedade dos Amigos do Aldeia do Vale (Saalva), responsável pela administração do local, já está averiguando a procedência da mesma e, inclusive, está à disposição das autoridades para colaborar com as investigações.

A administração está em contato com a hamburgueria para solicitar os dados da cliente que fez o pedido, pois averigou em seus registros da noite do suposto ocorrido e não há registro de nenhuma reação discriminatória por parte de morador no momento em que a equipe da vigilância solicitou autorização para entrada de entregadores.

Como se sabe, esse é um procedimento obrigatório para se adentrar ao condomínio e todas as ligações realizadas pela portaria aos moradores são gravadas. O residencial também solicitará ao aplicativo de entrega de comida que informe a localização exata do cliente que fez o pedido, pois seu sistema permite que o solicitante esteja em endereço diferente da entrega do pedido.

A Saalva repudia qualquer ato de discriminação e racismo que ocorra dentro ou fora de seu perímetro. Vale ressaltar que, ao longo de 22 anos de sua existência, jamais aconteceu uma situação semelhante, seja por parte de sua equipe ou por parte de moradores.

Caso haja procedência, essa foi uma atitude isolada e individual, sobre a qual o condomínio não tem controle, e deverá ser conduzida com o rigor da lei pertinente.

Foto: Reprodução/GettyImages

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