Descoberto coral gigante de mais de 400 anos

A descoberta do “excepcionalmente grande” coral aconteceu no estado de Queensland, na Austrália

Lorena Lázaro
Por Lorena Lázaro
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Um coral com 10,5 metros de largura e 5,3 de altura impressionou cientistas australianos. A descoberta do “excepcionalmente grande” coral aconteceu no estado de Queensland e eles calculam que tenha mais de 400 anos.  

 

Ele tem duas vezes o tamanho de seu primo mais próximo, segundo informações do Guardian portal de notícias. Acredita-se que ele tenha sido gerado no recife entre 421 e 438 anos atrás, antes mesmo da Austrália ser colonizada pelo Reino Unido.

 

Embora este não seja o maior coral do mundo, o professor associado adjunto da James Cook University e diretor administrativo da Reef Ecologic, Adam Smith, disse que ele é significativo para o ecossistema, pois serve de abrigo para dezendas de animais. “É como um bloco de apartamentos”, disse Smith. “Atrai outras espécies. Existem outros corais, existem peixes, existem outros animais ao redor que o usam como abrigo ou alimentação, então é muito importante para eles.”

 

O coral foi descoberto na costa da Ilha de Orpheus por um grupo de cientistas e membros da comunidade que participavam de um curso de ciência cidadã marinha. Smith disse que os pescadores e pesquisadores locais já sabiam sobre o coral há algum tempo, mas até aquele momento ninguém havia olhado mais de perto.

 

“Nos últimos 20 ou 30 anos, ninguém notou, observou ou achou que fosse interessante o suficiente para compartilhar fotos, documentar ou fazer pesquisas sobre esse coral gigante.”

 

A espécie exata do coral é desconhecida, pois os testes genéticos não foram feitos para confirmar, mas ele pertence ao gênero Porites sp. Os guardiões tradicionais da região, o povo Manbarra, deram ao coral o nome de Muga dhambi. O nome se traduz em “Grande coral”.

 

Muga dhambi foi descrito na revista Scientific Reports esta semana com coautores que incluíam Kailash Cook, de 17 anos, que ajudou a medir o coral durante o mergulho, e o “padrinho do coral”, Dr. Charlie Veron, de 76 anos, que ajudou a identificá-lo.

 

Os autores pediram que o coral seja monitorado e a Grande Barreira de Corais protegida devido às ameaças crescentes das mudanças climáticas, diminuição da qualidade da água, pesca predatória e desenvolvimento costeiro.

 

 

Matéria publicada originalmente o portal Hardcore 

 

Imagem: Richard Woodgett

 

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