Vírus Nipah tem grande potencial pandêmico, dizem pesquisadores de Oxford

Já existem estudos em relação ao tratamento, porém não há resultados conclusivos

Nathalia Vajas
Por Nathalia Vajas
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Ainda sem vacina eficaz, o vírus Nipah tem assustado muita gente. Descoberto em 1999, ele voltou a ser assunto na comunidade acadêmica depois de um estudo divulgado por pesquisadores da Universidade Oxford que o definiu com alto potencial pandêmico. O índice de mortalidade é de 50% e entre os primeiros sintomas, estão: dor de cabeça, náuseas, febre, dor muscular, rebaixamentos do nível de consciência e problemas respiratórios, além de uma encefalite grave, que pode levar a sérias lesões e inflamações no cérebro deixando o paciente em coma, ou, infelizmente, levar a óbito. 

 

Segundo estudos, o Nipah pode evoluir a transmissibilidade e se alastrar com facilidade. A infecção em humanos pode acontecer pelo contato com excrementos de morcegos contaminados. De acordo com a infectologista Ana Helena Germoglio, o vírus é reconhecido como uma doença emergente, mas não tivemos casos registrados no Brasil ainda. “Já existem casos documentados de infecção em outros países, como na Índia,e a maioria relacionada ao consumo de frutas contaminadas com urina ou saliva de morcegos frugívoros infectados, ou contato direto com porcos doentes ou seus tecidos contaminados”, detalha. 

 

Segundo a médica, a transmissão de pessoa para pessoa também foi relatada, apesar de ser considerada rara. No momento, não há motivos para preocupação, mas, como toda doença viral, que tende a se adaptar ao organismo humano, “é necessário que exista uma rede de alerta de doenças emergentes para que não sejamos pegos de surpresa e investimento na vacina e tratamento para ela”, explica a especialista. 

 

Já existem várias pesquisas para o tratamento do vírus com medicamentos e vacinas, mas ainda não há resultados conclusivos.

 

 

Foto: Divulgação