Vacina de Oxford tem eficácia comprovada de até 90% contra Covid-19

Primeira remessa da vacina deve chegar ao Brasil em no máximo três meses.

Redação Curta Mais
Por Redação Curta Mais
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Os resultados preliminares de testes da fase 3 divulgados da vacina produzida pela Universidade de Oxford com o laboratório AstraZeneca foram divulgados nesta terça-feira (8) pela revista científica The Lancet, uma das principais publicações deste tipo no mundo. É a primeira vez que isso acontece o que demonstra os avanços rápidos da aguardada imunização da maior pandemia do século.

Os dados são preliminares, o que significa que os testes ainda não acabaram. A vacina teve eficácia média de 70,4%. Em um grupo reduzido que tomou doses menores do imunizante, a eficácia foi de até 90%.

É comum que os resultados apresentem números diferentes de acordo durante os testes, já que os pesquisadores avaliam os efeitos de diferentes dosagens do medicamento para decidir qual será a ideal para proteger contra o vírus Sars-CoV-2. Em termos simples, a cada 10 pessoas que poderão tomar a vacina, somente uma não estaria imunizada.

A vacina de Oxford é um dos quatro imunizantes que está sendo testado no Brasil. Após a aprovação de um investimento de 1,9 bilhão de reais do governo federal, as previsões mais recentes apontam que 30 milhões de doses serão entregues ao país até o fim de fevereiro. Outras 70 milhões de doses devem desembarcar no Brasil até julho e outras 110 milhões são esperadas no segundo semestre.

VACINAÇÃO NO BRASIL

Em reunião com governadores nesta terça-feira (8), o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que a vacina de Oxford deve começar a ser aplicada no Brasil no final de fevereiro e início de março de 2021.

Segundo ele, a AstraZeneca deve submeter o registro de sua vacina em parceria com a universidade de Oxford até o final de dezembro de 2020 — e o prazo de análise da Anvisa em girado em torno de 60 dias. “Se isso acontecer, vamos ter o registro efetivo da AstraZeneca no final de fevereiro, mesmo que tenham chegado as 15 milhões de doses em janeiro”, afirma Pazuello. “Previsão de uso no final de fevereiro para iniciarmos a vacinação”, conclui.

O primeiro lote de Oxford, com 15 milhões de doses, chega ao país já em janeiro, com mais 15 milhões em fevereiro, e assim sucessivamente até junho, disse o ministro. Ele afirma que serão 260 milhões de doses de Oxford durante o ano inteiro de 2021, e o custo da dose de Oxford é orçado em US$ 3,75.