Um fim de ano diferente: Pela primeira vez em 34 anos, o Brasil sem horário de verão

A esta altura do ano, moradores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste já estariam acordando uma hora mais cedo

Kariny Bianca
Por Kariny Bianca
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Por muito tempo, o horário de verão tem causado discussões nos grupos de família, nas redes sociais e até no trabalho. Sair na rua no escuro não é uma boa opção pra quem precisa esperar no ponto de ônibus. Voltar pra casa com o sol rachando, também não. Mas há quem defenda a causa do horário de verão e prefira a mudança nos relógios todos os anos. A esta altura do ano, moradores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste já estariam acordando uma hora mais cedo com o início do horário de verão, em vigor desde 1985. Porém, um decreto assinado em abril pelo presidente Jair Bolsonaro cancelou a mudança nos relógios este ano.

Adotado para aproveitar a iluminação natural no fim da tarde, quando o consumo de energia é mais alto, o horário de verão era também impopular: a falta de luz solar nas primeiras horas do dia, dificultava a vida de trabalhadores e estudantes. Pesquisa do DataSenado, entre outras, apontou em 2018 que a maioria dos consultados queria o fim da medida.

O jornalista Adriano Faria, da Rádio Senado fez uma reportagem especial “Um fim de ano diferente: o Brasil sem horário de verão”, produzida em cinco capítulos de pouco mais de cinco minutos, a reportagem conta a história do horário de verão, com a opinião de especialistas do setor elétrico. Eles avaliam os impactos da decisão do governo de acabar com a medida que determinava que os relógios fossem adiantados em uma hora entre os meses de outubro e fevereiro.

A reportagem também traz depoimentos de pessoas que tinham a rotina alterada com a mudança no ponteiro dos relógios. E ainda faz um resgate histórico de projetos e discursos de senadores sobre o horário de verão. Em 2000, por exemplo, o então senador pernambucano Carlos Wilson comemorou a saída do seu estado da área de abrangência do horário de verão: “O trabalhador tinha que sair mais cedo de casa. E com isso o dia estava escuro, levando ao aumento considerável dos assaltos nos ônibus”, afirmou no Plenário.

Para ouvir os cinco capítulos da reportagem, clique aqui.

Fonte: Agência Senado