UFG fecha acordo com Marinha do Brasil para criação de robô expedicionário

Acordo prevê inicialmente o desenvolvimento de um robô expedicionário, que visa a aumentar o poder de combate dos Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil

Lorena Lázaro
Por Lorena Lázaro
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A Universidade Federal de Goiás, por meio da Faculdade de Ciências e Tecnologia do Câmpus Aparecida (FCT/UFG), assinou um acordo de cooperação técnica com o Centro Tecnológico do Corpo de Fuzileiros Navais (CTecCFN), organização militar pertencente ao setor Comando-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais (CGCFN), que é responsável por elaborar e executar os projetos de ciência, tecnologia e inovação da Marinha do Brasil.

Por intermédio do CTecCFN, a Marinha do Brasil celebrou este acordo com a UFG, reconhecendo a infraestrutura e o capital humano existentes na universidade, com o propósito inicial de desenvolver um protótipo de “robô expedicionário”, valendo-se também das infraestruturas laboratoriais e corpo de pesquisadores de seus próprios sistemas de ciência, tecnologia e inovação. O contato partiu da UFG por iniciativa do Prof. Dr. Solon Bevilacqua, do curso de Engenharia de Produção da FCT, que solicitou uma visita ao Corpo de Fuzileiros

Navais para entender as demandas de plataformas robóticas para atividades de combate. Para o comandante do CTecCFN, Capitão de Mar e Guerra Celio Litwak Nascimento, a UFG se mostrou capaz e interessada em desenvolver uma parceria com a Marinha do Brasil para que essas demandas fossem atendidas.

O primeiro projeto

O projeto inicial prevê a criação de um protótipo do “robô expedicionário”, uma plataforma de sensoriamento voltada para as tarefas de reconhecimento de infantaria, engenharia e operações especiais, que no futuro permitirá o desenvolvimento de ações de reconhecimento operado remotamente, preservando a integridade física do operador.

As atividades deste primeiro projeto já começam em janeiro de 2022, com duração prevista de 18 meses, e envolverão o Sistema de Ciência, Tecnologia e Inovação da Marinha do Brasil (SCTMB), por intermédio da Instituição Científica, Tecnológica e de Inovação da Marinha (ICT-MB) – Centro Tecnológico do Corpo de Fuzileiros Navais, nas áreas de modelagem, manufatura aditiva, mecânica e mecatrônica, para o desenvolvimento do protótipo que será submetido a testes sob a coordenação do Comando do Material de Fuzileiros Navais (CMatFN). Na UFG, o plano de trabalho do projeto prevê a abertura de um edital de seleção para cinco bolsistas em breve.

Além do ganho operacional da força naval, de acordo com o comandante do CTecCFN, Capitão de Mar e Guerra Celio Litwak Nascimento, essa parceria incrementará o relacionamento institucional, permitirá que a UFG possa conhecer melhor as demandas tecnológicas da Marinha do Brasil e, diante de suas linhas de pesquisa, possa participar de outros projetos das tropas de Fuzileiros Navais. Além disso, os projetos pretendem também ser úteis para a sociedade civil e para os órgãos estaduais de segurança pública. “A tradicional UFG possui expertise em tecnologias ditas disruptivas, tais como a robótica e a inteligência artificial, sendo estas tecnologias fundamentais para garantir a visão de futuro da Marinha em ser uma força moderna e com alto grau de independência tecnológica”, aponta o comandante.

Na visão do Prof. Solon Bevilacqua, a parceria com a Marinha do Brasil abre um novo segmento para pesquisa e o desenvolvimento de novos produtos na área da defesa para a UFG, já que o robô será utilizado em missões de risco. “ Esse é um horizonte para a pesquisa que ainda não tínhamos na UFG. Daqui a pouco, a Marinha pode estar utilizando esse robô em missões humanitárias como as que o Brasil faz no Haiti, Moçambique, Angola e no Brasil, em situações de desabamento ou sequestro, por exemplo”, explica o docente.

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