Tudo o que você precisa saber para fugir dos boatos sobre o zika vírus

Com o surto de zika vírus, boatos sobre a doença assustam e causam desinformação

Redação Curta Mais
Por Redação Curta Mais

É normal, quando novas doenças surgem, que a população fique assustada e com medo de ser mais uma vítima da enfermidade. Nesse caso, a desinformação pode ser a principal causadora de boatos, que acabam viralizando na internet e são compartilhados à exaustão em grupos do Whatsapp. É o que está acontecendo com o zika vírus, doença que, possivelmente, está associada à microcefalia. As falsas notícias acabam atrapalhando os esforços da população e de governos no combate à doença. Conheça agora quais são os principais boatos e como ficar livre deles. Os esclarecimentos foram feitos pela Fiocruz, a Fundação Oswaldo Cruz:

 

Vacina vencida não tem relação com microcefalia

Embora especialistas já tenham afirmado que não existe relação entre um lote vencido da vacina contra rubéola aplicada em gestantes e o aumento de casos de microcefalia, muita gente insiste em disseminar a falsa notícia. É fácil entender: a vacina contra a rubéola não é aplicada em grávidas, inclusive, existe a determinação de que a mulher evite gravidez por 30 dias após toma-la; portanto, ela não pode ser a causadora da má formação em bebês.

 

Mosquitos geneticamente modificados não causaram surto de zika

Há quem acredite que os mosquitos transgênicos criados em laboratório para combater o Aedes aegypti (transmissor da dengue, zika vírus e febre chikungunya) sejam os causadores do surto de zika. Inclusive, por causa dos mosquitos transgêneros, um bairro de Piracicaba, interior de São Paulo, conseguiu reduzir em mais de 80% a quantidade de larvas do Aedes. A “informação” não procede!

 

Zika vírus não atinge apenas crianças de 7 anos e idosos para causar problemas neurológicos

É sabido que o aumento do número de casos da Síndrome de Guillain-Barré (SGB) no Nordeste do Brasil pode ter relação com o surto de zika vírus. Contudo, a relação ainda não foi confirmada cientificamente. Vale lembrar que o problema não atinge apenas crianças e idosos, como afirma os boatos, desta forma, não existe um grupo de risco da doença.