Titanic: Os destroços do navio podem desaparecer um dia?

Mesmo após 110 anos da tragédia, o que sobrou do navio ainda chama a atenção

Igor Ricardo
Por Igor Ricardo
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O filme com certeza já fez muita gente chorar, e não há quem não conheça a história do naufrágio do Titanic, o maior transatlântico da história. Na madrugada de 14 de abril de 1912, o maior navio de passageiros do mundo chocou-se com um iceberg, que lhe rasgou o costado, e afundou, matando mais de 1.500 pessoas. A decisão incorreta foi além da desatenção da tripulação ou da crença de que nada poderia fazer o Titanic afundar. Depois de anos no fundo do oceano, uma dúvida intriga muitos curiosos: o que sobrou do grande navio pode desaparecer?

 

Após a tragédia, o Titanic está há mais de cem anos sob uma profundidade de 3.800 metros no Oceano Atlântico, um ambiente propício para o crescimento de algumas espécies marítimas. Tais como micróbios, que se alimentam do ferro presente na estrutura, enfraquecendo cada vez mais as partes que antes eram consistentes. 

 

Uma expedição recente confirmou que sim, existe a possibilidade da grande embarcação sumir do mapa para sempre. Para que isso de fato aconteça, é importante levar em consideração a contribuição de três fatores, como: as fortes correntes oceânicas, a corrosão do sal do mar e as bactérias presentes nos destroços, que estão corroendo o metal da embarcação.

 

O curador do National Maritime Museum, em Greenwich, na Inglaterra, Robert Blyth, explicou à BBC a importância de pesquisar o estado atual do famoso navio.

 

“O naufrágio em si é a única coisa que temos atualmente do desastre do Titanic. Todos os sobreviventes já morreram, então acho importante usar os destroços enquanto eles ainda têm algo a dizer”, disse Blyth.

 

Com a descoberta das bactérias no Titanic, uma série de pesquisas em relação a essas novas espécies corrosivas foi feita, e a partir da ação delas foi estabelecido que o navio pode desaparecer por completo até o ano de 2040.

 

Curiosamente, a deterioração atual ocorre freneticamente onde ficavam os aposentos dos oficiais da embarcação, tais como o capitão. Por sinal, a icônica banheira do quarto, fotografada nas primeiras expedições aos destroços, em 1985, já não existe mais devido a esses processos de desaparecimento.

 

Foto: Nyafuu Archive