Ter amigos é tão importante quanto praticar exercícios e uma boa dieta

Agora é científico: amizade é um santo remédio

Marcelo Albuquerque
Por Marcelo Albuquerque

Centistas da Universidade da Carolina do Norte descobriram que as relações sociais são importantes para a saúde especialmente na adolescência e velhice. Na adolescência, o isolamento social aumenta o risco de inflamação da mesma maneira que a falta de atividade física. Ter amigos também protege os jovens contra a obesidade. Já para os mais velhos, a falta de um círculo social é mais prejudicial que diabetes em desenvolvimento e hipertensão.

“Baseando-se nesse estudo, encorajar adolescentes e jovens adultos na construção de relações sociais e habilidades para interagir com outras pessoas deveria ser tão importante quanto comer de modo saudável e ser fisicamente ativo”, comenta Kathleen Harris, uma das pesquisadoras.

No meio da idade adulta, o número de amigos não importa tanto. Segundo a pesquisa, nessa fase o que conta mesmo é se as amizades conseguem dar apoio nos momentos de necessidade. “A relação entre saúde e o nível no qual as pessoas estão integradas em círculos sociais é mais forte no começo e no fim da vida. Não é tão importante no meio, quando a qualidade, e não quantidade importa”, explica Kathleen.

Foram analisados dados de quatro pesquisas realizadas com pessoas dos Estados Unidos. Os cientistas avaliaram três esferas das relações sociais: integração, apoio e pressão. Depois, estudaram como as amizades de cada indivíduo se associavam aos quatro marcadores ligados ao risco de mortalidade: pressão sanguínea, circunferência da cintura, índice de massa corporal e circulação da Proteína-C Reativa, que mede a inflamação.

“Nossa análise deixa bem claro que os médicos e outros profissionais da saúde devem redobrar seus esforços para ajudar o público a entender como os laços sociais são importantes ao longo de nossas vidas”, finaliza Yang Claire, outra pesquisadora.

Com informações de Superinteressante.