Fica terá mostra de filmes produzidos por vilaboenses

A 23º edição do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica) traz uma exibição especial para valorizar e divulgar os talentos da cidade de Goiás. A mostra Becos da Minha Terra nasceu com o intuito de valorizar cineastas vilaboenses, apresentando histórias do município de Goiás e de seus moradores pela perspectiva de realizadores locais, e neste ano vai oferecer R$ 19 mil em premiação. 

Com um curso técnico e uma graduação em cinema disponíveis à comunidade, a cidade é hoje um polo de produção audiovisual. A inserção desta mostra na programação do festival, a partir da edição de 2021, é ainda uma forma de reconhecimento da relação da antiga Vila Boa com a história do Fica, além de ser um espaço exclusivo de divulgação e premiação dos filmes produzidos na cidade.  

A mostra é destinada a curtas-metragens realizados na cidade de Goiás, com duração de até 30 minutos e cujo diretor seja residente na cidade. A exibição dos filmes acontecerá na sexta-feira (03/06), das 17h30 às 18h30, no Cine Teatro São Joaquim. 

cine

O júri da mostra é composto por: Ana Carolina Soares, fundadora da produtora A Itinerante Filmes (2016), onde é realizadora de projetos autorais e atualmente desenvolve os longas metragens; Simone Elias, que trabalhou como assistente de direção em diversos longa-metragens a partir de 2006 e, em 2010, criou a produtora audiovisual independente Andara Filmes, dirigiu o curta Artistas no Centro e as duas temporadas da série Cantoras do Brasil (2012 /2013); Matheus Pestana é diretor de Programação Online da Cinelimite, uma fundação sem fins lucrativos dedicada a expandir o acesso à história do cinema brasileiro nos Estados Unidos e relações públicas do programa educacional da Flip, a Festa Literária Internacional de Paraty, junto à Associação Casa Azul.

 

Imagem: Divulgação

Encontramos as tradicionais modinhas goianas em um vinil raríssimo

Foi um encontro acidental. Durante uma visita a um amigo goianiense, descobri um item raro e de valor inestimável para todos os goianos dos pés rachados: um disco de vinil intitulado “Modinhas Goianas (Vilaboenses)”, interpretadas por Maria Augusta Calado, e datado de 1979. Apesar de gasto e empoeirado, a importância daquele disco de vinil antigo não me passou despercebida: ali eu vi a história e a vida de muitos dos meus atuais conterrâneos.

 

Modinhas

Modinhas

 

As modinhas presentes no disco são músicas tradicionais da cultura goiana, mais especificamente da Cidade de Goiás, antiga capital do estado e anteriormente denominada de Vila Boa de Goyaz. Flauta, bandolim e violão compunham as “orquestras” tocadoras das modinhas, com letras escritas, muitas vezes, por autores anônimos, alguns descobertos após intensa pesquisa (como os indicados nas faixas do vinil).

 

Modinhas

Modinhas

 

As melodias presentes no “Modinhas Goianas” são calmas e envolventes, e as letras cheias de paixão – não à toa, já que, muitas vezes, os rapazes vilaboenses usavam as modinhas para conquistar as moças em serenatas, lá nos idos de 1800.  As modinhas também eram a trilha sonora do entardecer na Cachoeira Grande, e eram frequentes nas cozinhas e varandas das casas durante as “tocatas”, reuniões nas quais as pessoas se encontravam nas casas de amigos para ouvi-las e cantá-las. Mais recentemente, as modinhas são entoadas de pais para filhos, tios para sobrinhos ou de avós para netos.

As modinhas vilaboenses ainda podem ser ouvidas nas ruas da Cidade de Goiás e nas tocatas das mais tradicionais famílias goianas, onde quer que elas estejam. E como patrimônio do estado de Goiás e do país, devem ser preservadas e repassadas de geração em geração.

 

Ouça o disco “Modinhas Goianas (Vilaboenses)” na íntegra:

 

Lista de faixas:

01. Só (Antônio Félix de Bulhões)

Só,

 

02. Noites goianas (Joaquim Bonifácio – Joaquim Santana)

Noites

 

03. Se tu me pedes (Luis do Couto – Aurora Tocantins)

Se

 

04. Símilis (Leodegária de Jesus – Joaquim Santana)

Símilis,

 

05. Talvez tu leias (Luis do Couto – Joaquim Santana)

Talvez

 

06. Rio Vermelho (Manoel Amorim Félix de Souza)

Rio

 

07. Rosas (Tradicional)

Rosas,

 

08. Adeus Elvira (Tradicional)

Adeus

 

09. Quizera ver-te (Tradicional)

Quizera

 

10. Fechei na mão um sorriso (Tradicional)

Fechei

 

11. Morena morena (Tradicional)

Morena,

 

12. Encontrei Maria (Tradicional – Recolhido de um “bobo de rua” de nome Xará)

Encontrei