Monumento histórico é marco de lutas e transformações que moldaram o coração de Goiânia

A Praça do Trabalhador em Goiânia tem uma história rica e complexa, marcada por eventos políticos e culturais significativos. O local é um dos principais pontos de referência do centro da capital de Goiás. De acordo com estudiosos, no projeto inicial da cidade, a Avenida Goiás ligava a Praça Cívica à Praça do Trabalhador, onde  se encontra o edifício da Antiga Estação Ferroviária.

Quando inaugurada, a Praça do Trabalhador se chamava Praça Americano do Brasil, em homenagem ao escritor e médico que fez parte da história de Goiás. O importante local histórico abrigou, por muitos anos, prédios da administração municipal, como secretarias e a sede da Rede Ferroviária Federal (RFFSA), companhia responsável pela administração da linha férrea que passava por Goiânia.

Historiadores goianos dizem que  quando a praça foi inaugurada, a região onde ela foi instalada não fazia parte do Centro. Para os parâmetros da época, o espaço  ficava  na periferia, depois do Bairro Popular.  Foi apenas após os anos 2000 que o Bairro Popular foi oficialmente anexado ao Centro, conta a história de Goiânia. 

A história da capital, conta ainda que, até o final de 1950, a praça era apenas um espaço amplo, em frente à Antiga Estação Ferroviária. Foi em 1959, com a  instalação do Monumento ao Trabalhador que a praça foi  refeita, com novos traços de urbanização e paisagismo.

E foi com essa mudança estrutural e estética que o significado do espaço mudou. A Praça passou a ser utilizada por sindicatos que  passaram a realizar  reuniões, assembleias e manifestações, principalmente nos dias 1º de Maio, no local.

A Praça também se tornou o  ponto final das linhas de ônibus da cidade e abrigava a Estação Ferroviária. Por conta destes fatores o fluxo da circulação de trabalhadores no local era bem alto. Com o tempo, as pessoas da cidade passaram a  chamar o local de Praça do Trabalhador, por conta do grande fluxo de trabalhadores no local. A mudança oficial aconteceu em 1990.

 

Painéis de Clóvis Graciano que compunham o Monumento ao Trabalhador (Foto: Reprodução/Relatório "Monumento ao Trabalhador - estudos para a reconstrução") Reprodução A redação

Painéis de Clóvis Graciano que compunham o Monumento ao Trabalhador (Foto: Reprodução/Relatório “Monumento ao Trabalhador – estudos para a reconstrução”) Reprodução A redação

Em 1959, a Praça recebeu o Monumento do Trabalhador. Ele foi construído em durante o governo de José Feliciano Ferreira e do prefeito Jaime Câmara, em resposta às reivindicações de vários sindicatos trabalhistas que desejavam que Goiânia possuísse algum monumento que homenageasse os trabalhadores de um modo geral. O objetivo evidenciou a importância da luta da classe e de seu trabalho produtivo através dos tempos.

A construção do monumento contou com a participação do engenheiro Farid Helou, que cuidou do traçado urbanístico do local; Elder Rocha Lima, arquiteto que projetou os cavaletes de concreto para sustentar os painéis; e o renomado artista plástico Clóvis Graciano, vencedor do concurso que escolheu as obras de arte a serem expostas no local.

 

Monumento ao Trabalhador foi demolido pela ditadura militar por ser considerado subversivo | Foto: Reprodução

Monumento ao Trabalhador foi demolido pela ditadura militar por ser considerado subversivo | Foto: Reprodução

Com a instalação do monumento, o local passou a ser um dos pontos turísticos, juntamente com a Praça Cívica e o Lago das Rosas, inclusive sendo retratado em diversos cartões postais. O monumento era formado por dois cavaletes, cada um composto por oito colunas de sete metros de altura que emergiam de dois espelhos d’água. Em cada cavalete foi instalado um painel em semicírculo, de 1,5 metro de altura por 12 metros de comprimento, sendo um de frente para o outro e com cinco metros de distância entre as duas pontas. Nesses painéis estava instalada a obra “Os Trabalhadores”, de Clóvis Graciano, toda feita em pastilhas.

Infelizmente, o monumento teve uma existência efêmera. Em 1969, foi alvo de vandalismo pelo Comando de Caça aos Comunistas (CCC), que derramou piche fervido nos murais. A ação foi uma reação ao crescente movimento operário e estudantil em Goiânia, que na época reivindicava direitos civis e trabalhistas. O prefeito da época, Íris Rezende, e as gestões subsequentes não tomaram medidas para restaurar o monumento. Eventualmente, em 1986, o monumento foi demolido para desobstruir a extensão da Avenida Goiás.

O local onde se encontrava o monumento se tornou um importante ponto de encontro para protestos estudantis e de trabalhadores. O movimento trabalhista e sindical em Goiânia, influenciado pelo movimento político-social conhecido como “Reforma de Base” na década de 1960, foi caracterizado pela luta por direitos, melhores condições de trabalho e reconhecimento, desempenhando um papel crucial na história social da cidade.

Hoje, a Praça do Trabalhador abriga diversas referências artísticas e culturais, como o painel de azulejos do artista goiano Siron Franco, inaugurado em 1983, que retrata a história e o cotidiano dos trabalhadores. Outra obra importante é o Relógio das Flores, inaugurado em 1979, que se tornou um símbolo da praça. A praça é um espaço vital para lazer e convivência, frequentado por trabalhadores e famílias em busca de entretenimento e diversão.

A história da Praça do Trabalhador reflete não apenas a importância do movimento operário em Goiânia, mas também as mudanças políticas e sociais da cidade ao longo das décadas, destacando-se como um símbolo de luta e resistência.



Biografia de renomado artista plástico goiano será lançada em São Paulo

Nesta quinta-feira, dia 23 de novembro, acontece em São Paulo, na Livraria da Travessa, o lançamento da segunda monografia biográfica dedicada ao renomado artista plástico goiano, Siron Franco. O evento começa a partir das 19 horas.

 

O livro é fruto de uma iniciativa privada do colecionador Justo Werlang, que há mais de três décadas conseguiu reunir 107 obras, sendo a primeira de 1973 e a última de 2023, ou seja, integralmente toda a trajetória do artista. Da primeira à última página vê-se todo o desenvolvimento pictórico de Siron: suas inúmeras e conhecidas “séries”, seus vários suportes, a saber, desde a predominante e celebrada pintura à experiências em resina, cimento, terra e até enxadas

 

Siron Franco na coleção Werlang

Editado por Charles Cosac, o livro conta com textos de Gabriel Perez-Barreiro, que não somente disserta ricamente sobre a obra do artista, mas também entrevista o colecionador Justo Werlang; um rico diálogo entre Siron e o também espanhol, Angel Calvo Ulloa; e um texto do crítico paulista, Cauê Alves. Contando com um belo design de Raul Loureiro e fotografias de Fabio Del Re, sob coordenação editorial de Fabiana Werneck, o livro também constitui uma grande contribuição para a compreensão da carreira e influência de Siron Franco no cenário artístico brasileiro.

 

Lançamento do Livro “Siron Franco na coleção Werlang”

No dia do lançamento do livro será realizada uma conversa entre Gabriel Pérez-Barreiro e Siron Franco, com mediação de Cauê Alves, com o objetivo de marcar este lançamento. Essa é uma oportunidade única para os amantes da arte e admiradores do trabalho de Siron Franco vivenciarem o próprio artista compartilhando suas reflexões sobre sua obra e trajetória.

 

Quem é Siron Franco

 

Gessiron Alves Franco, mais conhecido como Siron Franco, é um artista plástico goiano cuja obra é reconhecida em todo o Brasil e no exterior. Como pintor, alcançou notável reconhecimento em sua participação na 12° Bienal Nacional de São Paulo em 1974 onde foi premiado como o melhor pintor nacional.

 

Siron Franco é uma figura destacada nas artes plásticas brasileiras desde os anos 1970 até a atualidade. Recentemente o Museu de Arte Contemporânea de Goiânia realizou uma exposição retrospectiva concomitante à uma exposição na recém-fundada Cerrado Galeria, em Goiânia. Ainda nesse ano, o artista inaugurou uma exposição retrospectiva no Farol Santander de Porto Alegre e uma instalação na Biblioteca Brasiliana Mindlin [BBM-USP], ainda em cartaz.

 

SERVIÇO:

Evento de lançamento de nova biografia de Siron Franco

Quando: 23 de novembro de 2023 

Onde: Livraria da Travessa – R. dos Pinheiros, 513 São Paulo – SP 

Horário: 19h00

 

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No Bosque dos Buritis, na área próxima ao lago superior, encontra-se uma construção notável que chama a atenção dos visitantes. Trata-se do Monumento à Paz Mundial, uma escultura que se assemelha a uma ampulheta e foi inaugurada em 20 de setembro de 1988, durante a segunda edição do Simpósio Nacional da Paz na Era Nuclear, realizado em Goiânia.

 

Esta obra é da autoria do renomado artista plástico goiano, Siron Franco, e simboliza a união dos povos em busca da paz global. Ela abriga uma coleção de porções de terra representando a harmonia entre as nações. Inicialmente, o monumento continha amostras de solo de 12 países, incluindo Austrália, Israel, Holanda, Gana, Portugal, Suécia, Uruguai e a ex-URSS. Hoje, possui contribuições de 101 nações.

 

No interior da estrutura, há um compartimento maior com as terras misturadas. Em sua base, encontra-se uma citação marcante de Bahá’ú’lláh, o profeta fundador da Fé Bahá’í, que proclama: “A Terra é um só país e os seres humanos seus cidadãos”.

 

 

O monumento, com cinco metros de altura e um peso de cinquenta toneladas, é uma representação simbólica em cimento em forma de ampulheta. Sua parte central é composta por compartimentos de vidro, separados por faixas verticais nas cores amarela, azul, branca, verde e vermelha.

 

Essa obra de arte ganha uma importância singular ao colocar Goiânia no mapa internacional e ao demonstrar de maneira eloquente como a convivência pacífica entre os povos é não apenas possível, mas também duradoura. O Monumento à Paz Mundial é um destaque turístico imperdível para todos os que exploram o Bosque, contribuindo para a formação de um cenário esplêndido junto ao lago.

 

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Exposição de artista goiano é destaque na imprensa internacional

A exposição “Garimpo: o carvão e o ouro” do artista goiano Siron Franco, atualmente em exibição na Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin da Universidade de São Paulo (USP), tem recebido elogios da renomada revista norte-americana ‘’Newcity Chicago’’, que a descreve como “de cair o queixo”.

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Exposição “Garimpo, o Carvão e o Ouro” de Siron Franco (Foto: divulgação)

Abordando a questão da preservação do meio ambiente, a exposição traz uma instalação que dialoga diretamente com os eventos divulgados no início deste ano sobre a invasão ilegal da terra indígena Yanomani, em Roraima, e sobre a destruição dos recursos naturais e dos meios de sobrevivência do povo nativo, configurando uma série de crimes contra o grupo, incluindo o estupro e o assassínio.

Dentre as peças, a Newcity Chicago destaca a instalação Carvão e Ouro. “É um campo retangular de troncos de árvores negros como carvão, queimados até ficarem tão crocantes que eu poderia jurar que ainda sentia o cheiro da fumaça, com riachos de ouro acentuando o campo preto como joias finas em um exuberante vestido de noite de ébano. De perto, esses rios estão cheios do que parecem ser árvores caídas e transformadas em ouro. É uma daquelas obras que te deixa de queixo caído quando você passa pelas paredes externas da biblioteca e encontra essa beleza do desespero preenchendo um grande pátio”, escreveu Brian Hieggelke, produtor cinematográfico e crítico que assina a matéria da revista. 

Ele completa comentando que alguns espelhos inseridos na obra – cujo tema é a destruição da Amazônia e o capitalismo nu que se derrama em seus poros mortos – “não deixam dúvidas de quem é o culpado por tudo isso. Contrabalançando a impressionante arquitetura modernista de concreto, é uma vista de tirar o fôlego.”

Ao longo do texto, o crítico ainda exalta a escultura Ponte Vertical: Braços e Mãos, na qual Siron sobe do nível inferior por alguns andares até o teto do prédio. Brian descreve que o movimento se assemelha ao de uma “árvore ainda vibrante”. “Vibrante, isto é, até você notar sua qualidade esquelética, composta de membros humanos pretos e brancos – braços e mãos de manequim, na verdade – significando as tendências autodestrutivas de nossa espécie. Os braços “decepados”, normalmente invisíveis ao público quando um manequim é montado, têm acabamento em ouro”, analisa Hieggelke.

A curadoria da exposição Garimpo, o carvão e o ouro é do professor do Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) Luiz Armando Bagolin e do pesquisador Fabrício Reiner. A exposição de Siron Franco em São Paulo, segue aberta até o dia 3 de Novembro.

Carreira

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Siron Franco no salão principal da Cerrado Galeria, Goiânia, 2023 (Foto: Markus Avaloni)

A carreira de Siron Franco, que é natural de Goiás, é marcada por uma expressiva diversidade de estilos e técnicas ao longo dos anos. Ele é conhecido por seu compromisso com a arte contemporânea e sua constante busca por inovação. Além disso, suas obras frequentemente abordam questões sociais, políticas e ambientais.

Alguns dos temas recorrentes em sua obra incluem a preservação do meio ambiente, questões indígenas e a crítica social. Siron Franco também é notável por sua capacidade de trabalhar com diferentes materiais, como madeira, ferro, argila e até mesmo resíduos industriais.

Sua arte é caracterizada por sua profundidade conceitual, e ele usa uma variedade de técnicas, incluindo pintura, escultura e instalação, para transmitir suas mensagens. Siron Franco tem participado de diversas exposições tanto no Brasil quanto no exterior, consolidando sua reputação como um dos artistas contemporâneos mais respeitados.

Seu trabalho também é parte integrante do acervo de importantes museus e galerias de arte ao redor do mundo, contribuindo para a disseminação da arte brasileira para além das fronteiras do país.

Dono de uma técnica impecável dá uma atmosfera dramática a seus quadros com a utilização de tons escuros, cinza e marron. Com mais de 3.000 peças criadas, além de instalações e interferências, teve sua obra representada em mais de uma centena de coletivas em todo o mundo, incluindo os mais importantes salões e bienais.

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Obra Histórica de Siron Franco (Foto: Secretaria da Retomada)

 

 

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Crítica de artista goiano aos ataques de 8 de janeiro ganha destaque no Museu do STF

Goiânia agora tem seu nome registrado nas paredes do STF (Supremo Tribunal Federal)! A obra do artista Siron Franco, batizada como “8 de janeiro de 2023”, foi entregue nesta segunda-feira (25) pelo artista à presidente Rosa Weber, durante cerimônia que marcou a assinatura do termo de doação.

Constituída por um carpete com marcas de pés, bagunça e destruição, “8 de janeiro de 2023” é uma alusão à data em que a sede dos Três Poderes, em Brasília, foi atacada por vândalos que arruinaram o acervo histórico, artístico e cultural de patrimônio público, guardada na sede do Supremo.

“É um episódio recente que já faz parte da história do Brasil e, por isso, eu queria que ficasse aqui (no STF), e não em museu qualquer”, frisa o artista. Siron conta que a inspiração para o quadro surgiu enquanto assistia aos acontecimentos daquele dia pela televisão. À mente veio apenas uma ideia: uma espécie de diário da República.

Enquanto analisava a obra alocada no chão, a ministra lembrou da travessia da Praça dos Três Poderes, feita com outras autoridades, no dia seguinte à invasão. “Veio a mim a lembrança da visão do chão, encharcado, cheio de cacos de vidros e pedras”. A obra deve ser instalada no Museu do Supremo.

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Conheça o artista

Nascido na Cidade de Goiás em 1947, Gessiron Alves Franco é um artista plástico com reconhecimento internacional desde 1974, quando foi premiado em sua participação na 12° Bienal Nacional de São Paulo como melhor pintor nacional. No ano seguinte, ganhou o prêmio internacional.

Suas obras estão expostas nos mais importantes museus do Brasil e do mundo, como: MASP (São Paulo), MAC (São Paulo), MNBA (Rio de Janeiro), MON (Curitiba), The MET (Nova Iorque).

Para o ministro Gilmar Mendes, presente na cerimônia, as obras de Siron Franco mostram grande relevância por trazer críticas sociais e políticas. 

Imagem: Reprodução

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Exposição histórica reúne seis décadas do trabalho de Siron Franco em Goiânia

O renomado artista plástico goiano Siron Franco inaugurou a Cerrado Galeria em Goiânia, simultaneamente trazendo vida nova ao Museu de Arte Contemporânea [MAC-Goiás].

Sob a curadoria do historiador espanhol Angel Calvo, as duas iniciativas estabelecem um diálogo, apesar de suas diferenças, baseado na autoridade e na constante evolução do artista.

A Cerrado Galeria apresenta uma exposição de telas recentes ou recém-concluídas, refletindo o Siron atual. Já o Museu de Arte Contemporânea abriga a mostra “Pensamento Insubordinado”, que segue a ordem cronológica da produção de Siron Franco, buscando facilitar a compreensão de sua trajetória.

Exposição

Reunindo seis décadas de trabalho do artista, o MAC Goiás, que fica no Centro Cultural Oscar Niemeyer, está recebendo a exposição inédita “Pensamento Insubordinado” até o dia 5 de Agosto.

Até o dia 5 de agosto o público poderá conferir a mostra que conta com a curadoria de Angel Calvo Ulloa, com entrada gratuita.

A exposição dispõe de telas cedidas por colecionadores, sendo desde os primeiros trabalhos, em 1961, até os tempos atuais, com telas conhecidas, já de 2023. A mostra foi organizada cronologicamente e demarca um amplo conjunto de trabalhos de Siron Franco.

A visitação está disponível de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, e nos finais de semana, das 14h às 19h.

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Exposição Pensamento insubordinado de Siron Franco, MAC-Goiânia (Foto: André Saddi)

 

Foto de capa: Markus Avaloni

 

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Goiano é destaque de uma das principais revistas de arte do Brasil

Gessiron Alves Franco, mais conhecido como Siron Franco, é um artista plástico goiano, cuja obra é reconhecida no Brasil e no exterior. Como pintor, alcançou notável reconhecimento em sua participação na 12a. Bienal Nacional de São Paulo em 1974 onde foi premiado como o melhor pintor nacional. Siron ocupou 10 páginas da revista seLecT, que é uma revista de arte de relevância nacional.

A edição #56 da Revista seLecT traz obras do goiano Siron Franco. Dedicada ao tema anual de Arte e Política, a revista homenageou o artista em 10 páginas da publicação. Falando sobre Cerrado, com o subtema “poder” retratado por meio dos seus artistas e também dos atores políticos. ‘Datas’, da série ‘O Curral’, de 1989 e ‘Rua 57’, de 1987, estão entre as obras selecionadas de Siron.

A revista está disponível na íntegra na internet. É só clicar aqui. A seLecT caprichou, com uma publicação muito bem produzida, trazendo arte de forma acessível. Com 40% de sua área destinada à agropecuária, o Cerrado é retratado em séries como ‘O Curral’. 

 

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Foto de Capa: Siron Franco

 

Obras do artista Siron Franco na Praça Cívica e Bosque dos Buritis em Goiânia são revitalizadas

A Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Cultura (Secult), concluiu, nesta quinta-feira (27/10), a limpeza e manutenção das duas obras do artista plástico Siron Franco: o Monumento à Todos Nós, na Praça Cívica, e o Monumento à Paz Mundial, no Bosque dos Buritis. As duas obras foram pichadas e, em forma de protesto, o artista havia coberto com lona preta a obra da Praça Cívica.

“Atendemos prontamente à solicitação do Siron, visto que as obras estão inseridas em espaços tombados como patrimônios culturais de Goiânia. Ele tem razão em protestar e solicitar os cuidados do poder público. Nós estamos aqui para proteger, cuidar e zelar pela manutenção”, pontua o titular da Secult, Zander Fábio.

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Para que os monumentos não sofram com vandalismo, Zander Fábio faz um apelo: “É preciso conscientizar a população para que todos cuidem de obras como essa, cuidem dos parques, praças e mantenham nossos espaços públicos bonitos. A pichação é um problema social, é crime, ainda mais em uma obra de arte, que está aí para embelezar, enriquecer nossos cartões postais”, afirma.

O artista Siron Franco está em viagem a São Paulo, mas acompanhou a limpeza e a retirada da lona que cobria a obra, por meio de fotos e vídeos. “Valeu, muito obrigado! Agradeço a atenção da Prefeitura de Goiânia. As pessoas realmente precisam saber ter consciência e cuidar mais do que é bem público e do que é arte”, pontuou.

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Imagens: Secult

Siron Franco fará monumento para praça Tamandaré em Goiânia

O monumento contemplado à praça Tamandaré, no Setor Oeste, será uma homenagem aos artistas goianos, fazendo jus à história construída por cantores, compositores, e artistas que contribuiram na propagação da música popular brasileira nos bares da capital desde, mais ou menos, 1970. 

 

Para quem não sabe, foi assinado um decreto nesta terça-feira (03), que declara o movimento “Goiânia, capital da MPB ao vivo nos bares” como bem do patrimônio cultural. Historicamente, Goiânia abrigou bares ao longo de décadas e foi palco a artistas de MPB. Por isso, estima-se que a obra seja entregue no dia do aniversário da cidade, para que em conjunto a mais um ano da existência de Goiânia, seja comemorada a inauguração do monumento. 

 

Como todo patrimônio, sempre há por trás a história de um povo, de conquista e batalhas vencidas que não podem simplesmente serem esquecidas, sendo assim, eternizadas e congeladas no tempo para que sempre sirva de inspiração àqueles que buscam apoio na arte, na música, na dança. “Legitimamos a presença da música como arte, entretenimento e meio de renda para quem faz e vive dela”, disse Rogério Cruz ao Dia Online.

 

FOTO: Prefeitura de Goiânia

Filme sobre goiano Siron Franco está em cartaz em cinemas de São Paulo e Brasília

Raros são os filmes sobre artistas que mergulham no processo criativo e mostram as verdadeiras faces da arte. De modo geral, os cineastas preferem a vida à obra. Saindo fora dessa tendência, Siron: Tempo Sobre Tela, soma as duas vertentes para obter um retrato mais completo do artista goiano Siron Franco. E o melhor de tudo: está em cartaz no cinema.

A ideia do filme surgiu em 2000, quando o cineasta pernambucano Rodrigo Campos foi apresentado ao goiano Siron Franco. Ao lado do colega André Guerreiro Lopes, de São Paulo, ele registrou o processo criativo do renomado pintor durante sua estadia em Londres.

Para se ter uma ideia, as filmagens permaneceram guardadas durante anos, até que a dupla resolveu produzir um filme-documentário sobre a vida e a obra do artista plástico, por volta de 2016. “Siron: Tempo sobre tela” foi lançado em 2019, mas estreou em março deste ano, dentro da programação da 43ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Está nos streamings e agora foi para as telonas do cinema.

Durante o processo de criação, os diretores acompanharam o pintor ao longo de três meses. O reencontro veio apenas no ano passado, quando eles visitaram o ateliê do artista, em Goiás, com a finalidade de registrar novas imagens.

Foi neste momento que eles cruzaram com o arquivo pessoal de vídeos de Siron. Lá encontraram um acervo gigante, com mais de 200 fitas VHS, além de rolos em Super 8, com gravações que ele faz desde os anos 1970. Um material riquíssimo e que representou um ponto de inflexão do filme.

Em Siron: Tempo Sobre Tela, acompanhamos a história, a vida e os bastidores profissionais de Siron ao longo do tempo. Vemos o artista plástico jovem na tela, em uma típica gravação VHS, para logo em seguida avançarmos no tempo, já mais velho.

É um mergulho não só no trabalho técnico de Siron, como também nos seus sonhos, nos seus tempos, nas suas ideias, nos seus medos. É um mergulho raro de um entrevistado se permitir e embarcar na produção. O material de arquivo aqui exibido é rico, interessante e profundo. Junto com as gravações mais atuais de Siron, fica um mosaico completo de como ele é como pessoa.

Hoje em dia, aos 73 anos, o artista plástico goiano Siron Franco pode rir de algo sempre ouvido pelos outros: pela escolha profissional, morreria de fome; ao passo em que ele sempre respondia: “Eu como pouco”. Nascido na Cidade de Goiás, ele é reconhecidamente um dos pintores brasileiros mais respeitados no exterior.

Em conversa, Siron afirmou que por toda a vida, onde andava, levava sua câmera e registrava o máximo possível. “Em 2000, quando eu estava em Londres, os cineastas me conheceram. Fizeram o filme 16 anos depois, eu já nem me lembrava mais, mas eles trabalharam duro todo esse tempo, conheceram meu acervo e transformaram toda a produção. Eles diziam que com todo meu material, poderia ser feito 4 filmes”, comentou ele. 

Suas obras estão em importantes museus ao redor do mundo, como o Metropolitan Museum of Arts, em Nova York, nos Estados Unidos. Ele também é reconhecido por sua trajetória de superação. Nascido em uma família com poucas posses, começou a desenhar de maneira autodidata e, posteriormente, estudou pintura com nomes como D. J. Oliveira e Cleber Gouvêa.

Atualmente, o filme está em cartaz em São Paulo e em Brasília no Espaço Itaú de Cinema, do dia 06 de março até dia 12. Se você não consegue assistir ou perdeu as datas, o filme está disponível nas plataformas de streaming: Belas Artes, A La Carte, Now, Vivo TV, Sky Play e Looke.

Assista ao trailer:

Homenageado na Sala do Artista, da Casa Cor, Siron Franco fará doação de tela para o Cevam nesta terça-feira, 7

As arquitetas Andréia Spessatto e Náira Sá, juntamente com a psicóloga Auriane Rissi, preparam a Sala do Artista da Casa Cor Goiás para receber Siron Franco em coquetel nesta terça-feira, 7 de junho. Além de conhecer o ambiente criado em sua homenagem, o artista também realizará a entrega de uma tela a presidente do Centro de Valorização da Mulher Consuelo Nasser (Cevam), Maria Cecília Machado. A obra, pintada em 2008, chama-se Cotidiano e denuncia a violência porque passa a mulher. Integra seu acervo pessoal e será presenteada para ser leiloada e levantar recursos para a principal organização goiana de acolhimento a mulheres em situação de violência.