Tartaruga Jonathan é o animal terrestre mais velho do mundo

Ao completar 190 anos de idade neste mês de janeiro de 2022, o réptil Jonathan acumulou dois recordes mundiais pelo World Guinness Records. Já considerado o animal terrestre vivo mais velho do mundo, ele agora leva também o título de tartaruga mais velha de todos os tempos.

Jonathan, que mora na ilha de Santa Elena, território britânico no Atlântico Sul, tem sua data de nascimento estimada em 1832, segundo o Museu Britânico.

Um primeiro indício é uma foto tirada em 1882, quando ele tinha pelo menos 50 anos de idade. O animal havia acabado de chegar à ilha de Santa Helena, vindo do arquipélago africano de Seychelles.

Outra pista da idade da tartaruga é uma segunda imagem, tirada entre 1882 e 1886. A foto mostra Jonathan adulto desfrutando a grama do jardim da Plantation House, residência do governador de Santa Helena, onde o mascote passou a maior parte da vida. A lado dele, também aparece outra tartaruga da casa.

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Jonathan, mais ou menos entre os anos de 1882 a 1886, na Plantation House nas Ilhas de Santa Helena (Foto: World Guinness Records)

 

Jonathan foi um presente ao então governador do território, William Grey-Wilson. Desde então, outros 31 governadores moraram na residência onde o réptil permanece vagando no jardim. Hoje, ele desfruta a companhia de outras três tartarugas: David, Emma e Fred.

Hoje Jonathan é cego e não tem olfato, e apesar de suas deficiências, a audição do réptil é excelente e ele adora humanos, respondendo bem à voz do veterinário Joe Hollins na hora de comer. E, mesmo muito idoso, Jonathan tem libido e energia sobrando para acasalar.

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*Com informações Revista Galileu

Imagens: World Guinness Records

Gato-mourisco com filhote é fotografado em momento raro no Pantanal

Em momento raro na natureza, o fotógrafo Edir Alves conseguiu registrar a aparição de um gato-mourisco e seu filhote. O clique em cima e um cupinzeiro no Pantanal do Sul, no município de Miranda (MS), se une aos diversos cliques que ele faz na região onde trabalha como fotógrafo e guia pantaneiro há 15 anos. 

O animal silvestre é de raro avistamento na natureza e está em risco de extinção. Em sua rede social, Edir postou a foto e explicou que tem visto com mais frequencia o animal, mas que registrá-los é um desafio. “Meses atrás consegui até um registro fotográfico porém foi um único (gato), pois esta espécie é bem arisca e ao ser notada rapidamente se escondem nas vegetações”. 

Na primeira a aparição ele suspeitou que o bichando era fêmea e estava esperando filhote. A suspeita se confirmou com a imagem desta semana com os dois animais lado a lado. 

“Foi demais poder observar esta cena que para mim foi inedita em 15 anos de trabalho no Pantanal”

 

Além de Gato-morisco, o animal também é conhecido por Jaguarundi e pelo nome científico  

Herpailurus yagouaroundi. 

 

Recentemente outro guia turistico registrou uma sucuri em águas cristalinas. Veja. 

 

10 animais silvestres que você só encontra visitando o cerrado

O Cerrado é um bioma brasileiro, que ocupa cerca de 25% de todo o território nacional, sendo uma área de, aproximadamente, 2 milhões de Km², abrangendo os seguintes estados: Amapá, Maranhão, Piauí, Rondônia, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Tocantins e Bahia. Além disso, é favorecido por três das maiores bacias hidrográficas da América do Sul: Tocantins-Araguaia, São Francisco e Prata.

O clima predominante é o tropical sazonal, que se caracteriza pelo calor com períodos chuvosos e de seca. Já a vegetação é semelhante ao de savanas, com árvores baixas, esparsas, troncos retorcidos, folhas grossas e raízes longas. Devido à sua extensão, dependendo da localização, pode apresentar mudanças em seu ecossistema. Por isso, os diferentes ecossistemas não classificados como: cerradão; cerrado campestre; cerrado rupestre; cerrado típico, campo cerrado; campo limpo de cerrado; cerrado de matas; cerrado de várzeas; cerrado veredas.

Quando falamos em biodiversidade, o Cerrado é considerado a maior savana do mundo, compreendendo grande parte do território brasileiro. A flora do cerrado apresenta aproximadamente 10 mil espécies, como: babaçu, murici, mangaba, pequi, buriti, cagaita, baru, jerivá, gueroba, jatobá, macaúba, cajuzinho-do-cerrado, barbatimão, pau-santo, gabiroba, pequizeiro, araçá, sucupira, pau-terra, catuaba, indaiá, capim-flecha.

Quanto a fauna do bioma, alguns animais estão ameaçados de extinção, por exemplo: anta, capivara, onça-pintada, onça=parda, preá, paca, jaguatirica, cachorro-do-mato, calango, preguiça, teiú, cateto, gambá, lontra, tatu-bola, tatu-canastra, tamanduá-bandeira, cobras (cascavel, coral verdadeira e falsa, jararaca, cipó, jiboia), queixada, guariba, entre outros. Pensando na importância de conhecermos melhor nossas riquezas naturais, nós aqui da redação do Curta Mais selecionamos essa listinha com 10 animais silvestres que você só encontra visitando o cerrado. Confira:

1 – Ariranha (Pteronura brasiliensis)

Seu nome é derivado do termo tupi-guarani ari’raña, que significa “onça d’água”. É a maior espécie da subfamília Lutrinae (lontras), os machos medem entre 1,5 e 1,8 metros de comprimento, enquanto as fêmeas de 1,5 a 1,7 metros. Para os machos, o peso varia de 32 a 45,3 kg, enquanto as fêmeas de 22 a 26kg.

Possuem olhos relativamente grandes, orelhas pequenas e arredondadas, patas curtas e espessas e cauda comprida e achatada; seus dedos são unidos por membranas interdigitais, que auxiliam o nado.

Sua principal fonte de alimentação são peixes, especialmente caracídeos, como a piranha e traíra. Costumam viver em grupos de até 10 indivíduos, sempre se alimentam com a cabeça fora d’água e nadando para trás.

Em épocas de escassez, podem se unir em grupos para caçar pequenos jacarés e cobras.

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Imagem: Universo Animal  

2 – Gato maracajá (Leopardus wiedii wiedii)

Possui como característica principal a cauda mais longa que seus membros posteriores. Possui pêlos amarelo-escuros nas partes superiores do corpo e externa dos membros. Seu nome tem origem tupi, vindo do tempo mbaraka’ya.

Sendo um felino, suas habilidades vão de caminhar nas pontas de galhos de arbustos até grande capacidade de saltos, tendo suas garras mais longas que as da jaguatirica. Sua expectativa de vida é de 13 anos, enquanto uma gestão dura entre 81 e 84 dias.

Sua principal fonte de alimento são pequenos roedores e aves, que caça nas próprias árvores, atraindo-os através da imitação do som de suas presas, como o chamado de filhotes de saguis, atraindo adultos para uma emboscada.  

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Imagem: Foto Fauna

3 – Mão-pelada (Procyon cancrivorus)

Também conhecido como Guaxinim, o Mão-pelada, pode chegar a medir 65 centímetros de comprimento, sendo apenas suas cauda com 38 cm. Pode pesar entre 3 e 8kg, sua gestação dura entre 3 e 7 dias, enquanto a expectativa de vida é de 60-63 anos.

Costumam ser animais solitários e de hábitos noturnos. Possuem pelagem densa, de coloração acinzentada, quase negra, podendo, às vezes, apresentar tons castanhos ou vermelhos.

As principais características da espécie são uma máscara negra ao redor dos olhos e cauda com anéis. Seu nome é resultante das patas com dedos longos e de pelagem muito curta.

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Imagem: Olhares

4 – Ouriço-cacheiro (Coendou prehensilis)

É um roedor arborícola, notívago e herbívoro, também conhecido como porco-espinho. É um mamífero que pode medir entre 30 e 60 centímetro de comprimento, e pesar de 2 a 4kg.

Costuma transitar pelas bordas das matas de galeria, facilitando seu encontro com pessoas e animais domésticos. Sua principal fonte de alimentos são frutos, possuindo diversas adaptações fisiológicas e metabológicas para herbivoria.

Podem viver solitários ou em pares. Sua vida reprodutiva se estende até os 12 anos, e produzem apenas um filhote por ninhada.

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Imagem: Caliandra do Cerrado

5 – Galito (Alectrurus tricolor)

Seu nome vem do grego alektor (galo doméstico) e oura (cauda); e do latim tricolor (três cores). O macho possui coloração alvinegra, um ‘V’ no lado superior e uma faixa peitoral negra incompleta.

Já a fêmea é parda, com asas e caudas mais escuras e garganta branca. Sua principal fonte de alimentação e proteção são as gramíneas nativas existentes, sendo suas principais presas os artrópodes.

No período reprodutivo, o macho faz um voo de exibição, realizando fortes batidas de asas de maneira lenta, com cauda eriçada. Aquele que chamar mais atenção da fêmea será capaz de acasalar com ela.

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Imagem: Birding BR

6 – Carcará (Caracara plancus)

Medindo cerca de 56 cm de comprimento e até 1,23m de envergadura, com peso médio de 835g (machos) e 955 (fêmeas), são aves da família Falconidae, habitando regiões de borda de matas, savanas, campos e áreas urbanas.

Se alimentam principalmente de pequenas aves, roedores, invertebrados e carniça. Conhecido por ser oportunista, também “come de tudo”. Sua reprodução é feita em ninho construído com galhos e ramos, com estrutura rasa de gravetos e pedaços de madeira ou ninhos abandonados.

Apesar de colocarem de 2 a 4 (raramente) ovos, os pais criam apenas um filhote por temporada, sendo que os ovos são chocados por 28 dias pelo casal; o filhote voa a partir do terceiro mês de vida.

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Imagem: Imgrum

7 – Irerê (Dendrocygna viduata)

Também conhecida como Paturi, Marrecão, Siriri e Marreca-viúva, é uma ave que pertence à família Anatidae, da ordem Anseriforme. É um dos patos mais conhecidos da fauna nacional, principalmente por sua beleza, aproximação de áreas urbanizadas e canto típico. Seu rosto apresenta uma máscara branca, que contrasta com o pescoço negro e o bico cor de chumbo.

Sua penugem peitoral é de cor castanha, enquanto o restante do corpo é estriado em branco e preto por listras finas. Quando em voo, é possível notar coloração escura na região ventral. Sua alimentação baseia-se praticamente de plantas aquáticas e gramíneas das margens de lagos, enriquecendo sua alimentação ocasionalmente com invertebrados aquáticos, pequenos peixes e girinos.

Nas épocas de reprodução, seu ninho é construído em solo, colocando entre 8 e 14 ovos por ninhada. Em alguns momentos, o macho pode ajudar a chocá-los. O casal cuida dos filhotes juntos.  

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Imagem: Beauties of country life, White-faced Whistling-Duck, Dendrocygna viduata, Irerê (Fauna and Flora)

8 – Abotoado (Pterodoras granulosus)

É conhecido popularmente como Armao, Armado, Cuiú-Cuiú e Mandi-Capeta. habita águas de grande profundidade, como rios, poços, matas inundadas, lagos de várzeas e canais, onde rastreia o fundo em busca de comida.

Se alimenta primordialmente de moluscos e camarões de água doce, também comem larvas e insetos, frutos e sementes, pequenos peixes e detritos do fundo dos rios. Sua reprodução é constituída de desova total e, geralmente, os pais não cuidam da prole. Seu corpo é composto por uma fileira de placas ósseas; o comprimento varia de 3 cm a 1 metro.

Possui coloração cinza escura, cabeça estreita, focinho longo, boca inferior, olhos grandes e presença de barbilhões curtos. A boca inferior, sem dentes, e focinho longo servem para conseguir alimentos. Podem atingir até 10kg.

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Imagem: Granulated Catfish – Pterodoras granulosus (Ryusen Mora)

9 – Jaú (Paulicea luetkeni)

Também conhecido como Jundiá-da-lagoa, é um dos maiores peixes brasileiros, podendo alcançar até 1,5 metros de comprimento e pesar 1,2 kg. Possui o corpo grosso e curto; a cabeça grande e achatada; sua coloração varia de pardo-esverdeado-claro a pardo-esverdeado-escuro, com manchas no dorso e ventre branco.

Sua alimentação é feita, basicamente, de peixes menores. Vivem nos canais de rios, principalmente poços de cachoeiras, para onde migram nos períodos de água baixa, acompanhando os cardumes de Characidae (especialmente Curimbatá).

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Imagem: Cocar & Co.

10 – Mussum (Synbranchus marmoratus)

Popularmente chamada de Enguia de Água Doce, Moçu, Muçu, Muçum, Munsum, e Peixe Cobra, o Mussum possui o corpo sem escamas e só uma abertura branquial sob a cabeça. Por ser serpentiforme, lembra uma cobra. Seus olhos pequenos ficam à frente da cabeça, e sua coloração varia do cinza-escuro ao castanho, com pequenas manchas mais escuras espalhadas pela cabeça e corpo.

Não possui nadadeiras peitorais nem pélvicas, já as nadadeiras dorsal e anal se fundem com a caudal. Também consegue respirar fora d’água, por conta de sua faringe altamente vascularizada, que funciona como um pulmão. o que permite o Mussum rastejar de um corpo d’água para outro.

Seu nome ‘Mussum’ é derivado do tupi mu’su ou mu’sim, que significa ‘escorregadio’, por causa da grande quantidade de muco que libera. É comumente utilizado como isca para pesca. Se alimenta de presas vivas, como crustáceos, moluscos e pequenos peixes, além de insetos, minhocas e materiais vegetais.

Possui, principalmente, hábito noturno. Durante seu período reprodutivo, põe seus ovos em tocas, que servem de ninhos. cada ninho pode conter até 30 ovos e larvas, em diferentes estágios de crescimento, o que indica que este peixe produz múltiplas ninhadas ao longo da estação reprodutiva.

Sua biologia reprodutiva é a protoginia. As fêmeas podem mudar de sexo, se tornando machos secundários, enquanto os primários são aqueles que já nasceram machos.

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Imagem: Biofaces

Capa: Wikiwand

Então pessoal, o que acharam dessa matéria? Já conheciam todos esses animais? Sabiam que eles fazem parte do bioma Cerrado? Encontraram algum erro? Ficaram com dúvidas? Possuem sugestões? Não se esqueçam de comentar com a gente!

Afinal, por que a Vaca do Parque é Brava?

Uma das áreas verdes mais visitadas e queridas pela população de Goiânia, o Parque Vaca Brava possui uma história inusitada e desconhecida. Criado em 1985 como uma iniciativa para recuperar um espaço degradado e mal-utilizado, o Parque conta hoje com um lago, parque infantil, estação de ginástica e pista de cooper e é um dos pontos preferidos dos goianienses para relaxar e praticar atividades físicas. No espaço, há vegetação de espécies como manga, abacate, caju, limão e flamboyant, e o ambiente é hoje visitado por pássaros e outros animais silvestres. Mas, nem sempre o Vaca Brava foi o cartão-postal que é hoje.

Parque

Parque

Parque Vaca Brava, no coração de Goiânia

A vaca foi pro brejo

Poucas pessoas sabem, mas “Vaca Brava” não é o nome oficial do parque. Batizado de Parque Municipal Sulivan Silvestre, o nome verdadeiro é uma homenagem ao ambientalista e ex-presidente da Funai, falecido em 1999. Já o nome popular tem outra história: a área onde hoje está o Parque era parte de uma fazenda, por onde passava um córrego. O nome “Vaca Brava” foi dado tanto ao córrego quanto ao parque que o conserva por causa das vacas não-domesticadas que atolavam na região, que até então era um brejo.

A fazenda abrangia toda a região do Setor Bueno e foi vendida na década de 50 para a iniciativa privada. Em 1989, a população do local entrou com pedido de investigação a respeito de construções na área que poderiam prejudicar a vegetação local. Com o apoio de Sulivan Silvestre, a Prefeitura e duas construtoras receberam a missão de recuperar a nascente do córrego, criando o Parque Vaca Brava, inaugurado em 1985.

Região

Região do Parque Vaca Brava, data desconhecida.

Fonte: Osmar Pires

Parque

Região do Parque Vaca Brava, data desconhecida.

Fonte: Osmar Pires

Maquete

Maquete do Parque Vaca Brava

Fonte: Osmar Pires

Parque

Parque

Parque

Parque

Parque Vaca Brava, em Goiânia. 2015.

 

Parque Municipal Sulivan Silvestre – Vaca Brava

Endereço: Entre as Avenidas T-10, 1-13, T-5, T-66 e T-15, Setor Bueno.

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