Dia da Mulher: saiba tudo sobre a data e se é feriado

O Dia da Mulher, celebrado em 8 de março, transcende flores e presentes. Mas você sabe o que significa a data? E se é feriado? Não?

 

Nós vamos te contar tudo sobre o assunto!

 

Nesta data, homenageamos as lutas e conquistas das mulheres ao longo dos séculos.

Originado em um protesto histórico na Rússia, o “Pão e Paz”, em 1917, esse dia reflete a busca incansável por melhores condições de trabalho e vida.

 

Esta matéria explora a origem, a trajetória e a importância contínua do Dia da Mulher, além de esclarecer se é um feriado oficial. Afinal, por trás das flores, há uma história de resistência e superação que merece ser conhecida e celebrada.

 

Origem e História do Dia da Mulher

Em 1917, 90 mil operárias russas marcaram a história ao reivindicar melhores condições e se manifestar contra o Czar Nicolau II. Esse evento, conhecido como “Pão e Paz”, inspirou a criação do Dia Internacional da Mulher.

Antes disso, em 1908, mulheres em Nova York protestaram por melhores condições na Triangle Shirtwaist Company. A luta persistiu, culminando na instituição do Dia Internacional da Mulher pela ONU em 1975.

Dia da Mulher: saiba tudo sobre a data e se é feriado

Foto: Brasil Escola

O Dia Internacional da Mulher existe, enquanto data comemorativa, como resultado da luta das mulheres por meio de manifestações, greves, comitês etc. Essa mobilização política, ao longo do século XX, deu importância para o 8 de março como um momento de reflexão e de luta. A construção dessa data está relacionada a uma sucessão de acontecimentos.

Uma primeira história que ficou muito conhecida como fundadora desse dia narra que, em 8 de março de 1857, 129 operárias morreram carbonizadas em um incêndio ocorrido nas instalações de uma fábrica têxtil na cidade de Nova York. Supostamente, esse incêndio teria sido intencional, causado pelo proprietário da fábrica, como forma de repressão extrema às greves e levantes das operárias, por isso teria trancado suas funcionárias na fábrica e ateado fogo nelas. Essa história, contudo, é falsa e, por isso, o 8 de março não está ligado a ela.

Existe, no entanto, outra história que remonta a um incêndio que de fato aconteceu em Nova York, no dia 25 de março de 1911. Esse incêndio aconteceu na Triangle Shirtwaist Company e vitimou 146 pessoas, 125 mulheres e 21 homens, sendo a maioria dos mortos judeus. Essa história é considerada um dos marcos para o estabelecimento do Dia das Mulheres.

As causas desse incêndio foram as péssimas instalações elétricas associadas à composição do solo e das repartições da fábrica e, também, à grande quantidade de tecido presente no recinto, o que serviu de combustível para o fogo. Além disso, alguns proprietários de fábricas da época, incluindo o da Triangle, trancavam seus funcionários na fábrica durante o expediente como forma de conter motins e greves. No momento em que a Triangle pegou fogo, as portas estavam trancadas.”

 

Lei Maria da Penha: Marcando uma Reviravolta

Apesar das conquistas, a história das mulheres foi marcada por submissão e violência. Em 1932, as brasileiras conquistaram o direito ao voto. Em 2006, a Lei Maria da Penha, um marco na luta contra a violência doméstica, foi sancionada. Nomeada em homenagem à farmacêutica que sofreu violência, Maria da Penha, a lei é um divisor de águas na proteção das mulheres no Brasil.

 

Curiosidades sobre o Dia da Mulher

Além do 8 de março, outras datas celebram a força feminina: 5 de setembro homenageia a mulher indígena, 25 de novembro combate a violência, e 25 de julho destaca mulheres negras. Frases de mulheres inspiradoras, como Djamila Ribeiro e Michelle Obama, reforçam a mensagem de que não há limites para as conquistas femininas.

Neste Dia da Mulher, relembramos as batalhas vencidas e reconhecemos a necessidade contínua de lutar por igualdade e respeito. Enquanto flores simbolizam afeto, a história dessas guerreiras inspira a perseverar na busca por um mundo mais justo e igualitário.

 

Influência do movimento operário

O acontecimento em Nova York é significativo, pois evidenciou a precariedade do trabalho no contexto da Revolução Industrial. Isso, no entanto, não pode apagar a influência da luta operária e dos movimentos políticos organizados pelas mulheres. Sendo assim, é importante afirmar que o Dia Internacional da Mulher não foi criado por influência de uma tragédia, mas sim por décadas de engajamento político das mulheres pelo reconhecimento de sua causa.”

Em 1910, na cidade de Copenhague, ocorreu o II Congresso Internacional de Mulheres Socialistas, que foi apoiado pela Internacional Comunista. Nesse evento, Clara Zetkin, membro do Partido Comunista Alemão, propôs a criação de um Dia Internacional da Mulher, sem, entretanto, estipular uma data específica.

Essa proposta era fruto tanto do feminismo, que ascendia naquela época, quanto das correntes revolucionárias de esquerda, como o comunismo e o anarquismo. Clara Zetkin era engajada com campanhas que defendiam o direito das mulheres no âmbito trabalhista. Sua proposta visava a possibilitar que o movimento operário pudesse dar maior atenção à causa das mulheres trabalhadoras.

O incêndio de 1911 viria a ser sugerido, nos EUA, como dia simbólico das mulheres (tal como sugerido por Clara Zetkin). A maioria dos movimentos reivindicavam melhorias nas condições de trabalho nas fábricas e, por conseguinte, a concessão de direitos trabalhistas e eleitorais (entre outros) para as mulheres.

Vários protestos e greves já ocorriam na Europa e nos Estados Unidos desde a segunda metade do século XIX. O movimento feminista e as demais associações de mulheres capitalizaram essas manifestações, de modo a enquadrá-las, por vezes, à agenda revolucionária. Foi o que aconteceu em 08 de março de 1917, na Rússia.

O ano de 1917, na Rússia, foi fortemente marcado pelo ciclo revolucionário que derrubou a monarquia czarista. Nesse clima de agitação revolucionária, as mulheres trabalhadoras do setor de tecelagem entraram em greve, no dia 8 de março, e reivindicaram a ajuda dos operários do setor de metalurgia. Essa data entrou para a história como um grande feito de mulheres operárias e também como prenúncio da Revolução Bolchevique.

 

Dia da Mulher

Após a Segunda Guerra Mundial, o dia 08 de março tornou-se aos poucos o símbolo principal de homenagens às mulheres (em virtude da greve das russas). Também foi associado ao mês de março, a partir de então, o evento do incêndio em Nova York, ocorrido no dia 25, como narrado anteriormente.

A partir dos anos 1960, a comemoração do dia 8 de março já tinha se tornado tradicional, mas foi oficializada pela ONU apenas em 1975, quando essa organização declarou o Ano Internacional das Mulheres, como uma ação voltada ao combate das desigualdades e discriminação de gênero em todo mundo. Como parte desses esforços, o dia 8 de março foi oficializado como o Dia Internacional da Mulher.

 

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Importância do Dia da Mulher

“O Dia Internacional da Mulher não é um mero dia voltado simplesmente a homenagens triviais às mulheres, mas diz respeito a um convite à reflexão referente a como a nossa sociedade as trata. Essa reflexão vale tanto para o campo do convívio afetivo, familiar e social quanto para as questões relacionadas ao mercado de trabalho.

Inúmeros estudos comprovam que ainda hoje as mulheres sofrem com a desigualdade no mercado de trabalho em relação aos homens. A presença das mulheres no mercado de trabalho ainda é menor do que a dos homens, uma vez que dados de 2018 apontam que, no mundo, apenas 48% das mulheres maiores de 15 anos estão empregadas – para os homens, esse número é de 75%|1|.

Atualmente, menos de 70% dos homens concordam com o fato de que muitas mulheres preferem trabalhar a ficar em casa cuidando de serviços domésticos. As mulheres ainda sofrem prejuízos no mercado de trabalho por engravidarem, uma vez que o número de mulheres que abandonam o seu trabalho por conta de seus filhos chega a 30%, enquanto que somente 7% dos homens abandonam seus empregos pelo mesmo motivo|2|.

Para agravar essa situação, metade das mulheres que engravidam perdem seus empregos quando retornam da licença-maternidade|3| e ainda, em pleno século XXI, existem aqueles que defendem que mulheres devem ganhar menos, simplesmente por poderem engravidar. Isso, inclusive, é uma realidade no Brasil, pois as mulheres recebem, em média, 20% menos que os homens|4|.

Todas essas estatísticas demonstram como o preconceito de gênero prejudica as mulheres no mercado de trabalho. As mulheres, no entanto, não têm a sua vida prejudicada somente no mercado de trabalho, uma vez que a violência de gênero, o abandono que muitas sofrem de seu parceiro durante a gravidez e os assédios são realidades que muitas mulheres sofrem.

O 8 de março é um dia para reflexão a respeito de toda a desigualdade e a violência que as mulheres sofrem no Brasil e no mundo. É um momento para combater o silenciamento que existe e que normaliza a desigualdade e as violências sofridas pelas mulheres, além de ser um momento para repensar atitudes e tentar construir uma sociedade sem desigualdade e preconceito de gênero.”

Calabreso: entenda o significado da gíria usada por Davi no BBB24

Na mais recente festa do Big Brother Brasil, o participante Davi deixou os colegas perplexos ao soltar a expressão “Você é fofoqueiro. Vai lá, calabreso”, durante uma discussão com Lucas e Mc Bin Laden.

A confusão se instalou entre os brothers, e Davi teve que explicar que se tratava de “uma resenha lá em Salvador”.

Entretanto, a expressão gerou mal-entendidos, com alguns participantes pensando que Davi estava sendo gordofóbico. Na verdade, “calabreso” é um termo originado das pegadinhas do humorista Toninho Tornado, que fez sucesso em 2023, inclusive sendo abordado no podcast ‘Podpah’.

 

O significado por trás de ‘Calabreso’

A expressão entrou em cena durante uma das pegadinhas do canal do YouTube de Toninho Tornado.

No vídeo, o comediante aborda pessoas na rua, utilizando apelidos curiosos como “delício”, “borboleto” e, é claro, “calabreso”. Segundo o próprio Toninho Tornado, a expressão é um “apelido carinhoso” empregado de maneira descontraída durante suas brincadeiras.

Dentro do contexto do Big Brother Brasil, a utilização da gíria por Davi causou certa confusão e até mesmo interpretações equivocadas.

O esclarecimento do participante sobre sua origem em Salvador, onde a expressão é empregada de forma mais conhecida, não foi suficiente para dissipar a perplexidade dos colegas de confinamento.

 

O sucesso de Toninho Tornado em 2023

Toninho Tornado alcançou notoriedade no ano passado por suas pegadinhas irreverentes, criativas e, por vezes, hilariantes.

Seus vídeos no YouTube rapidamente viralizaram, levando o comediante a conquistar um público expressivo. O podcast ‘Podpah’, reconhecido por abordar temas do universo da comédia, também não poupou espaço para a expressão “calabreso”, destacando a influência do humorista.

 

Variações e popularidade da expressão

A gíria não se limitou apenas ao universo digital e chegou a ser adotada por diversas celebridades ao longo do ano de 2023.

A versatilidade de “calabreso” tornou-a uma expressão que ultrapassou os limites das brincadeiras de Toninho Tornado, alcançando diferentes contextos e, agora, até mesmo o confinamento do Big Brother Brasil.

A polêmica gerada no reality show reacendeu o debate sobre a necessidade de compreensão e sensibilidade em relação às gírias e expressões regionais, ressaltando como a comunicação pode ser interpretada de maneiras distintas, dependendo do contexto cultural.

 

Quem é Toninho Tornado?

Nascido em Belo Horizonte, Toninho se mudou muito jovem para a periferia de São Paulo, no Jardim Peri. Ele conta, em entrevista ao podcast Podpah, que sua inspiração era Mussum, e que tentou fazer comédia por 27 anos. O humorista foi descoberto em Osasco com reportagem feita pela RedeTv, e acabou entrando na televisão em 2013.

A ideia das gírias surgiu quando ainda era bombeiro, em discussão com amigo, quando utilizou a expressão “Delício”, em 1998. Toninho conta que guardou a expressão desde aquela época, “Vou levar isso para a televisão”. Ainda em entrevista ao Podpah, ele expressa gratidão pelo sucesso que conquistou, e revela que é muito contatado por jogadores de futebol. O humorista falou ainda sobre as expressões que pretende usar nas próximas pegadinhas: “caldo-de-cano”, “salado de fruto”, “sapopembo” e “biblioteco”.

 

O episódio no BBB24 trouxe à tona não apenas o significado de “calabreso” mas também destacou como as manifestações culturais contemporâneas, como as pegadinhas de Toninho Tornado, influenciam até mesmo grandes eventos televisivos. A gíria, que começou como uma brincadeira, tornou-se um símbolo da comédia atual, transcendendo barreiras e conquistando espaços inusitados, como dentro da casa mais vigiada do Brasil.

Entender a origem de termos como “calabreso” não apenas esclarece mal-entendidos, mas também nos proporciona uma visão mais ampla sobre como a cultura e o humor podem se entrelaçar, moldando a linguagem de maneiras imprevisíveis. Afinal, em tempos de comunicação efêmera e constante transformação, até as gírias mais singulares podem se tornar protagonistas de grandes enredos, como demonstrado pelo enigmático “calabreso”.

 

 

Qual o significado da expressão ‘No Fio do Bigode’

Você já ouviu alguém dizer que fez algo “no fio do bigode”? Essa expressão bastante peculiar pode parecer enigmática à primeira vista, mas tem um significado bastante interessante por trás.

Bastante utilizada no início do século 1900 no Brasil, quando a reputação do cidadão era uma das qualidades mais caras, traduzida em caráter rígido e sólido, em retidão de todos os atos, especialmente aqueles ligados ao comércio em geral.

Época em que um simples aperto de mãos era o suficiente para selar de pequenos acordos a grandes negócios, sem a necessidade, em muitos casos, de documento ou contrato formalizando os atos comerciais.

Daí a expressão “fio do bigode”, que consistia em dar em garantia a palavra empenhada, um fio da própria barba retirado em geral do bigode.

O termo “no fio do bigode” também pode ser relacionado a uma pessoa que mantém sua palavra e cumpre seus compromissos de forma impecável. Assim como o bigode é um símbolo de masculinidade e seriedade, fazer algo “no fio do bigode” significa ser responsável e cumprir com as expectativas.

Portanto, da próxima vez que ouvir alguém dizer que fez algo “no fio do bigode”, você já sabe que se trata de uma situação em que houve um resultado excepcionalmente bom, realizado com cuidado e precisão. E, principalmente, que a palavra empenhada vale mais do que qualquer contrato formal ou assinatura. É uma expressão peculiar que faz parte da riqueza da língua portuguesa e da cultura brasileira ao longo da nossa história.

Em Goiânia,, um movimento tem chamado atenção e reunido centenas de homens de negócios com o propósito de resgatar valores. O “No Fio do Bigode” não tem cunho político e nem religioso e busca fomentar conceitos como honra, caráter e hombridade num ambiente relacional. 

Um Instagram foi criado para compartilhar conteúdos sobre o tema. Para mais informações acesse https://www.instagram.com/nofiodo.bigode/

Imagem: Pixabay.

Dia dos Irmãos: entenda o significado da data comemorativa mais falada da web

O Dia dos Irmãos é uma data comemorativa que simboliza a união entre filhos dos mesmos pais, o vínculo entre grandes amigos e o espírito fraternal de amor ao próximo. Celebrado em 5 de setembro, essa data está no topo das tendências do Google nesta terça-feira (5). 

Apesar de ser menos conhecida no Brasil, o Dia do Irmão segue a mesma linha de outras celebrações como o Dia dos Pais, Dia das Mães e Dia dos Avós. Para ilustrar nossa matéria, ninguém melhor que a lendária dupla de irmãos goianos: Leando e Leonardo.

Seja referente a filhos dos mesmos pais ou mesmo a um amigo querido considerado integrante da família, o dia enaltece e simboliza a irmandade em todas as suas formas. Essa relação é construída através do afeto mútuo, das vivências compartilhadas e do apoio incondicional. Crescer com um irmão ou irmã é algo único, que molda a nossa vida para sempre.

Embora não haja um registro oficial no país, a data foi instituída pela Igreja Católica como uma homenagem a Madre Teresa de Calcutá.

G1 - Por que muitos criticam canonização de Madre Teresa de Calcutá -  notícias em Mundo

Foto: G1

A missionária da caridade faleceu em 5 de setembro de 1997 e, em decorrência disso, o Dia dos Irmãos no Brasil começou a ser celebrado desde 2007, uma década após sua morte.

Segundo uma visão religiosa, o espírito de fraternidade de cada pessoa para com o próximo e o elo em comum de filhos de Deus torna todos irmãos. Por isso, o conceito de irmão está intrinsecamente relacionado ao legado da madre, que sempre propagou o amor ao próximo.

O Dia dos Irmãos é uma data especial que nos faz refletir sobre a importância dos vínculos fraternais em nossas vidas. É uma oportunidade para celebrar a união entre irmãos de sangue ou de coração, e para expressar gratidão por todo o apoio e amor incondicional que recebemos. Aproveite essa data para demonstrar carinho e fortalecer ainda mais os laços com aqueles que consideramos verdadeiros amigos e familiares.

 

Já abraçou seus irmãos verdadeiros hoje?

 

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Fotos: Divulgação

Entenda o motivo do feriado de Tiradentes

21 de abril, Dia de Tiradentes, é feriado em todo o Brasil. A data remete ao dia da morte do mineiro Joaquim José da Silva Xavier, em 1792.

Joaquim José foi um dos participantes da Inconfidência Mineira, conspiração da elite mineira contra Portugal. Era conhecido pelo apelido “Tiradentes” por ser um dentista amador, além de ser militar.

Tiradentes atuou na Inconfidência Mineira como propagandista, sendo a pessoa que conquistava apoiadores para o movimento. Depois que a conspiração foi descoberta pelas autoridades portuguesas, Tiradentes permaneceu preso até ser executado. Tempos depois, acabou sendo transformado em símbolo da luta pela liberdade.

 

Mais sobre Tiradentes

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Foto: Senado Federal

Joaquim José da Silva Xavier nasceu na Capitania de Minas Gerais, em 12 de novembro de 1746, na época do período colonial do Brasil. Entre as muitas profissões que exerceu, estava a de dentista amador, por isso ele recebeu o apelido de “Tiradentes”, pelo qual se tornou conhecido. Ele também trabalhou como minerador e como mascate.

Mas foi na carreira militar que Tiradentes se fixou como profissional. Ele fez parte da Cavalaria de Dragões Reais de Minas, no posto de alferes, uma patente abaixo da de tenente.

Os Dragões eram uma companhia militar formada por portugueses e brasileiros que estava submetida à autoridade da Coroa lusitana e atuava na colônia.

O posto militar de Tiradentes lhe permitiu ter algumas posses, como terras e escravos, e transitar entre as principais lideranças políticas e intelectuais da Capitania de Minas, que naquela época estavam insatisfeitas com a arbitrariedade da Coroa portuguesa. O ponto mais discutido com relação a essa arbitrariedade era a questão da cobrança de impostos sobre o outro extraído em Minas.

Por ser militar (que devia obediência à Coroa) e por ter assumido a culpa, a pena dada a Tiradentes foi a mais cruel. Depois de três anos preso, o alferes, no dia 21 de abril de 1792, foi enforcado, decapitado e esquartejado.

Para que os súditos da Coroa nunca se esquecessem da lição, a cabeça de Tiradentes foi encravada em uma estaca e exposta em praça pública em Vila Rica, e seus membros, espalhados pela estrada que levava ao Rio de Janeiro.

 

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Foto de Capa: Senado Federal

Proclamação da República: entenda o significado da data

A Proclamação da República aconteceu no dia 15 de novembro de 1889 e foi resultado de uma articulação entre militares e civis insatisfeitos com a monarquia. Havia insatisfação entre os militares com salários e com a carreira, além de eles exigirem o direito de manifestar suas posições políticas (algo que tinha sido proibido pela monarquia).

Havia também descontentamento entre elites emergentes com a sub-representação na política da monarquia. Grupos na sociedade começavam a exigir maior participação pela via eleitoral. A questão abolicionista também somou forças ao movimento republicano. Esses grupos se uniram em um golpe que derrubou a monarquia e expulsou a família real do Brasil.”

A Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, foi o resultado de um longo processo de crise da monarquia no Brasil. O regime monárquico começou a entrar em decadência logo após o fim da Guerra do Paraguai, em 1870, o que resultou da incapacidade da monarquia de atender aos interesses e as demandas da sociedade brasileira.

Uma série de novos atores e novas ideias políticas surgiu e ganhou força por meio do movimento republicano, estruturado oficialmente a partir de 1870, quando foi lançado o Manifesto Republicano. Ao redor das ideias republicanas, formou-se um grupo consistente que organizou um golpe contra a monarquia em 1889.

Disputas políticas e a consolidação do Exército como uma instituição profissional são dois fatores de peso nessa crise da monarquia. A exigência pela modernização do país fez com que muitos civis e militares enxergassem na república a solução para o país, uma vez que a monarquia começou a ser considerada como incapaz para as demandas existentes.

A insatisfação dos militares está diretamente relacionada com a profissionalização da corporação. Depois disso, eles começaram a exigir melhorias em sua carreira como reconhecimento aos serviços prestados no Paraguai. As principais exigências eram melhorias salariais e no sistema de promoção.

Outra forte insatisfação tem relação com o envolvimento do Exército brasileiro com a política. Os militares entendiam-se como tutores do Estado brasileiro e, por isso, queriam ter o direito de manifestar suas opiniões políticas publicamente. Um caso simbólico aconteceu em 1884, quando o oficial Sena Madureira foi punido por mostrar apoio aos abolicionistas do Ceará.

A monarquia também procurou censurar os militares, proibindo que eles manifestassem suas opiniões em jornais e nas corporações militares. Havia também exigências entre os militares para que o Brasil se convertesse em um país laico. Internamente, as insatisfações militares se reuniram ao redor da ideologia positivista.

A partir do positivismo, os militares passaram a reivindicar a ideia de que a modernização que o Brasil necessitava se daria por meio de um governo republicano ditatorial. Assim, eles acreditavam que era necessário escolher um governante que fosse conduzir o país no caminho da modernização e, se necessário, esse governante poderia se afastar das vontades populares.

 

Política e Sociedade

A política no Segundo Reinado sempre foi complicada, sobretudo pela briga ferrenha entre conservadores e liberais Essa situação se agravou com a crise de sub-representação de algumas províncias. Na segunda metade do século XIX, o eixo econômico do país tinha consolidado sua mudança do Nordeste para o Sudeste.

A província de São Paulo já havia se colocado como o grande centro econômico do Brasil, mas as elites políticas dessa província se incomodavam pelo fato de que sua representação na política era pequena. Outras províncias economicamente decadentes, como o Rio de Janeiro e a Bahia, gozavam de grande representatividade política.

Essa situação indispôs as elites dessa província com a monarquia, e isso nos ajuda a entender, por exemplo, porque a província de São Paulo teve o maior partido republicano do Segundo Reinado, o Partido Republicano Paulista (PRP).

Havia também sub-representação da sociedade no sistema político. As cidades cresciam e novos grupos sociais se estabeleciam. Esses grupos emergentes demandavam maior participação na política brasileira, e o caminho tomado foi o inverso. Os liberais defendiam ampliação do voto para enfraquecer os conservadores e os grandes fazendeiros, mas os conservadores conseguiram aprovar a Lei Saraiva, em 1881.

Essa lei determinou novos critérios para estipular quem teria direito ao voto e, após sua aprovação, o número de eleitores no Brasil caiu de 1.114.066 pessoas para 157.296 pessoas. Isso correspondia a apenas 1,5% da população brasileira, ou seja, as demandas por participação não foram atendidas e a exclusão existente foi ampliada.

Essas novas elites passaram a ocupar os espaços políticos de outras formas e manifestavam suas opiniões por meio de jornais, associações e manifestações públicas em defesa de causas como o Estado laico|2|. Essa insatisfação com os problemas da monarquia, obviamente, reforçou a causa republicana no país.

Em 1870, foi lançado o Manifesto Republicano, documento que criticava a centralização do poder na monarquia e exigia um modelo federalista no Brasil (modelo que dá autonomia às províncias). Essa manifesto também atribuía à monarquia a responsabilidade dos problemas do país e indicava a república como a solução. O manifesto foi um norteador do movimento republicano no fim do Império.

Outra causa que reforçou muito o movimento republicano foi a defesa da abolição. O abolicionismo mobilizou a sociedade brasileira na década de 1880, e grande parte dos abolicionistas defendia a república.

De forma geral, a socióloga Ângela Alonso resume que a monarquia brasileira se estruturou no seguinte tripé:

– participação política restrita;

– escravismo (e exclusão do elemento africano); e

– catolicismo como defensor das hierarquias sociais;

 

As décadas de 1870 e 1880 vieram justamente a questionar esse tripé, pois havia demandas por maior participação social, o abolicionismo exigia a inserção do negro na sociedade e o laicismo procurou estabelecer uma sociedade laica.”

 

Proclamação da República

Havia então insatisfações com a monarquia em diferentes camadas da nossa sociedade. Elites emergentes, militares, políticos, classes populares, escravos eram todos grupos com críticas à monarquia. Todas essas insatisfações, em algum momento na década de 1880, tornaram-se uma conspiração.

Uma das primeiras ações do golpe de 15 de novembro foi a aglomeração de tropas sob liderança de Deodoro da Fonseca no Campo do Santana.

Ao longo dessa década, as manifestações públicas começaram a se tornar comuns, e críticas ao imperador cresciam. Um atentado contra o carro do imperador em julho de 1889 motivou o Império a proibir manifestações públicas em defesa da república, mas o Brasil estava em um caminho sem volta, pois o grupo de insatisfeitos era muito grande.

Em novembro de 1889, a conspiração estava em curso e contava com nomes como Aristides Lobo, Benjamin Constant, Quintino Bocaiuva, Rui Barbosa, Sólon Ribeiro, entre outros. O que faltava para os conspiradores era a adesão do marechal Deodoro da Fonseca, um militar influente e primeiro presidente do Clube Militar.

Em 10 de novembro, os defensores do golpe contra a monarquia se reuniram com Deodoro para convencê-lo a tomar participação no movimento. Nos dias seguintes, os boatos de que uma conspiração estava em curso começaram a ganhar força e, no dia 14, informações falsas sobre a monarquia começaram a ser anunciadas em público com o objetivo de arregimentar apoiadores.

O golpe contra a monarquia seguiu no dia 15, quando o marechal Deodoro da Fonseca e tropas foram até o quartel-general localizado no Campo do Santana. Foi exigida a demissão do Visconde de Ouro Preto da presidência do gabinete ministerial. O visconde se demitiu e foi preso por ordem de Deodoro da Fonseca.

Entretanto, o marechal estava à espera de que o imperador fosse organizar um novo gabinete e, por isso, deu vivas a D. Pedro II e então retornou para seu domicílio. A derrubada do gabinete não colocou fim aos acontecimentos do dia 15, e as negociações políticas seguiram. Republicanos decidiram realizar uma sessão extraordinária na Câmara Municipal do Rio de Janeiro para que fosse realizada uma solenidade de Proclamação da República.

A Proclamação da República aconteceu na Câmara, sendo anunciada pelo vereador José do Patrocínio. Houve celebração nas ruas do Rio de Janeiro, com os envolvidos na proclamação puxando vivas à república e cantando A Marselhesa (canção revolucionária produzida durante a Revolução Francesa) nas ruas da capital.

Durante essa sucessão de acontecimentos, foi organizada uma tentativa de resistência sob a liderança de André Rebouças e Conde d’Eu, marido da Princesa Isabel, mas essa resistência fracassou. O imperador D. Pedro II permaneceu crente de que a situação seria facilmente resolvida, mas não foi assim que aconteceu.

Um governo provisório foi formado, o marechal Deodoro da Fonseca foi nomeado como presidente do Brasil (o primeiro de nossa história) e outros envolvidos com o golpe assumiram pastas importantes no governo. A família real foi expulsa no dia 16 de novembro e, no dia seguinte, embarcaram com seus bens para a cidade de Lisboa, em Portugal.

 

Quais foram as consequências?

A Proclamação da República mudou radicalmente a história brasileira. Trocaram-se os símbolos nacionais e novos heróis, como Tiradentes, foram estabelecidos. Além da mudança da forma de governo, o Brasil passou a ser uma nação com poder descentralizado, pois foi implantado o federalismo. Mudanças aconteceram no sistema eleitoral, pois o critério censitário foi abandonado, e foi estabelecido o sufrágio universal masculino para homens com mais de 21 anos.

O Brasil se tornou um Estado laico, e o presidencialismo tornou-se o sistema de governo. A organização da república tomou forma quando foi promulgada uma nova Constituição no ano de 1889. A década de 1890 ficou marcada por ser um período de disputa entre republicanos e monarquistas e deodoristas e florianistas.

 

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Foto de capa: “Proclamação da República”, 1893, óleo sobre tela de Benedito Calixto. Reprodução/Wikipédia

O que é solstício de verão: o dia mais longo do ano

Você sabia que existe um dia específico do ano mais longo que os demais? Esta quarta-feira (21) será o dia do solstício de verão no Hemisfério Sul. O fenômeno é o momento em que um dos hemisférios está mais voltado para o Sol. Dessa forma, ele fica mais iluminado e por mais tempo, fazendo esse dia alcançar o pico de duração em todo o ano.

Isso acontece porque a Linha do Equador, eixo de rotação da Terra que divide os hemisférios Norte e Sul, não está alinhada perfeitamente com o Sol. Pense na famosa Torre de Pisa, na Itália. É como a Terra se parece em relação ao Sol, um pouco inclinada. Por isso, os movimentos de rotação (movimento em torno do próprio eixo e que dura 24 horas) e translação (movimento em torno do sol e que dura 365 dias) do planeta provocam fenômenos como dias mais longos e dias mais curtos.

“À medida que o ano passa, um lado da Terra estará mais iluminado. Então, o solstício de verão acontece quando o Hemisfério Sul está no máximo de iluminação, quando o lado do Hemisfério Sul está mais voltado para o Sol”, explica Thiago Signorini Gonçalves, astrônomo da Universidade Federal do Rio de Janeiro e coordenador de Comunicação da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB).

A rigor, o solstício é um momento muito específico do dia, quando o hemisfério está no pico de iluminação. Nesse caso, será às 10h. As cidades localizadas abaixo do Trópico de Capricórnio estarão um pouquinho mais próximas do Sol do que aquelas acima do trópico. Por isso, o dia nos estados da Região Sul e em parte do estado de São Paulo, incluindo a capital, será um pouco mais longos do que nos demais estados do país.

No entanto, não faça planos pensando em aproveitar algumas horas a mais de Sol na praia ou no parque. O dia será cerca de um minuto mais longo, sobretudo se comparado ao dia anterior. Trata-se de um fenômeno astronômico, reflexo de uma série de outros fenômenos, como a rotação e translação, por exemplo.

Solstício de inverno e equinócio

Da mesma forma, o Hemisfério Norte experimentará o solstício de inverno, quando a luz solar está no ponto mais distante do ano. A situação se inverte em junho, quando o Hemisfério Sul terá um dia mais distante da luz solar, enquanto o Hemisfério Norte estará no máximo de iluminação.

Existe ainda o equinócio, o ponto intermediário dos dois solstícios. No equinócio, os dois hemisférios da Terra estão igualmente iluminados. Ele ocorre no início oficial do outono no Hemisfério Sul e da primavera no Hemisfério Norte. O próximo equinócio será em 20 de março.

Mas o solstício e equinócio não são apenas fatos curiosos sobre o nosso planeta. Eles influenciam diretamente a nossa vida. “São esses fenômenos que causam as estações na Terra. Quando o lado sul está mais iluminado é verão, e no Hemisfério norte está mais frio porque não recebe uma luz solar tão direta. A principal maneira de se perceber esses fenômenos é pela variação sazonal de temperatura que temos na Terra”, esclarece Gonçalves. (Via EBC)

 

 

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Saiba porque as garrafas de 290 ml da Coca-Cola são chamadas de KS

Provavelmente, por força do hábito, você mesmo já deve ter pedido uma Coca “KS” em algum restaurante ou lanchonete. Mas afinal de contas, o que significa essa sigla? “KS” é o acrônimo para “King Size” (o tamanho do rei) e diz respeito ao fato desse formato ser maior do que o normal.

Acontece que originalmente a garrafa de Coca-Cola normal, chamada de “regular”, era bem menor. A KS era portanto um tamanho “maior”. Na tradução contextual para o português seria Tamanho Real ou Padrão. A embalagem de vidro de 290ml também era considerada a medida certa para matar a sede de uma pessoa.

Mas e porque o refrigerante na garrafa de vidro parece mais gostoso? A ciência explica. O vidro é um material impermeável e de grande inércia química, ou seja, demora anos para interagir quimicamente com o conteúdo. Por isso você sente que o refrigerante é mais gostoso nessa embalagem. Por ter um índice de porosidade inferior ao do alumínio e da PET, é bem mais eficiente na hora de reter o gás carbônico que sai do refrigerante.

Nos últimos anos, a garrafa KS retornou ao mercado para suprir o aumento no consumo de refrigerantes em embalagens individuais. Portanto, sempre que você ouvir seu amigo pedindo uma Coca Cola KS, você saberá de onde vem este nome, que tenho certeza que já lhe deixou curioso em saber o que significa. Outra vantagem é que ela, em tese, não deixaria passar alguma substância para o líquido, o que alteraria seu sabor, além de manter o conteúdo gelado por mais tempo.

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Anúncio original da garrafa King Size (KS).

Conheça o real significado do Carnaval

De acordo com o dicionário Priberam¹, a palavra carnaval, vem do francês carnaval, italiano carnevale – de carnelevare -, ambas da língua mater Latim, carnen levare, que significa abster-se, afastar-se da carne.

ETIMOLOGIA

car·na·val
(francês carnaval, do italiano carnevale, de carnelevare, retirar a carne)
substantivo masculino
1. Período de festas profanas de origem medieval, compreendido entre o dia de Reis e a quarta-feira de Cinzas. (Geralmente com inicial maiúscula.)

2. Período que compreende os três dias que precedem a Quaresma. (Geralmente com inicial maiúscula.) = ENTRUDO

3. Conjunto de brincadeiras e festejos que ocorrem nesses dias.

4. Grande divertimento ou festa. = FARRA, FESTIM, FOLGUEDO, FOLIA, PÂNDEGA

HISTÓRIA

Ainda é incerta a origem do carnaval, mas acredita-se² que seja uma herança de diversas comemorações realizadas no período Antigo, pelos Hebreus, Egípcios, Gregos e Romanos. Se tratavam de festividades pagãs para celebrar grandes colheitas e, especialmente, louvar divindades.

Ao que tudo indica, as prováveis festas mais importantes que podem ser consideradas “ancestrais” ao carnaval são as “saturnais”, realizadas na Roma Antiga em homenagem a Saturno, o deus da agricultura. Nesta época, a festa era celebrada de maneira que as escolas fechavam, os escravos eram soltos e os romanos dançavam pelas ruas.

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Foto: Arcanoteca / reprodução da internet

Também já existiam espécies de ‘carros alegóricos’, chamados ‘carrum navalis [“carro naval”] porque tinham formato parecido ao de navios e, eles levavam homens e mulheres nus pela cidade. Para muitos especialistas, o termo carnaval vem do nome desses carros.

Porém, a maioria dos estudiosos acredita que o termo seja de origem latina [como citamos acima, em Etimologia]. Sua história remete a um passado menos distante, na Idade Média, quando antigas festividades pagãs foram incorporadas à Igreja Católica, momento em que estas celebrações marcavam os últimos dias antes das restrições impostas pela Quaresma.

Para os católicos, a Quaresma, é um período de sacrifícios, são os 40 dias que precedem a Semana Santa e a Páscoa. Momento em que dedicam-se à reflexão, conversão espiritual e penitência para lembrar dos 40 dias passados por Jesus no deserto e sofrimentos que suportou na cruz.

A data do carnaval varia no calendário por, necessariamente, preceder exatos 46 dias, a Páscoa. Já a Páscoa, no Hemisfério Sul, acontece no primeiro domingo após a primeira Lua Cheia do outono. Assim, com a data da Páscoa determinada, voltando 46 dias, 40 da Quaresma + 6 da Semana Santa, teremos a Quarta-Feira de Cinzas.

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Foto: emgiropelaitalia / reprodução da internet

Assim, essa era a última chance de se preparar um belo banquete com muita carne, pelo menos pelos próximos 40 dias. No século 13, as festas foram se desenvolvendo e, principalmente na Itália, bailes de máscaras foram surgindo. Lá pelos idos do século 19 é que as máscaras e fantasias começaram a se popularizar e fazerem parte das festas pela Europa.

Pierrô, Arlequina e Colombina são personagens da Commedia Dell’Arte Italiana que, na época (e ainda hoje), eram os mais chamativos e importantes das festas de carnaval.

A FOLIA NO BRASIL³

Desde a chegada dos portugueses ao Brasil é que o carnaval é comemorado. No início, as celebrações se resumiam ao entrudo³, especialmente os escravos brincavam e faziam bagunça nas ruas, com guerras de água, farinha e limões de cheiro. E foi só pelos idos do século 19 que as classes mais altas [por influência dos europeus] começaram a se envolver nas folias.

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Foto: Templo Cultural Delfos / reprodução da internet

De acordo com o historiador André Diniz, em seu livro Almanaque do Carnaval: “A primeira marchinha foi feita em 1899, por Chiquinha Gonzaga, para o cordão carnavalesco Rosa de Ouro: Ó abre alas. Depois da gravação do samba Pelo Telefone, de Donga e Mauro de Almeida, em 1917, este gênero começa a ganhar espaço no carnaval carioca.”

E foi com nomes como: Braguinha, Haroldo Lobo e Lamartine Babo que o samba e as marchinhas de carnaval começaram a popularizar e fazer sucesso nas festas de carnaval a aprtir dos anos 1920.

Confira algumas marchinhas:

Lamartine Babo – O Teu Cabelo Não Nega

Braguinha – Linda Lourinha

A Dança do Ganso – Haroldo Lobo

O FERIADO NACIONAL QUE NÃO É LEI

Ao contrário do que muita (muita!) gente acredita, nenhum dia do “feriado” de carnaval é realmente feriado. Bem, com exceção das localidades que elegeram a data como feriado estadual ou municipal. A questaão é que esta data não faz parte da lista de feriados nacionais do país. Ou seja, trabalhar no Carnaval conta como dia normal, não vale nem pagamento de hora extra.

Isso quer dizer que fica a critério do empregador liberar ou não os funcionários no período de carnaval. Não é uma obrigatoriedade. As empresas que concedem folga podem combinar a compensação dos dias trabalhados, mas não podem descontar do salário do empregado.

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Foto: Studio Lab Decor / Reprodução da internet

Por exemplo, no Rio de Janeiro, a terça-feira de carnaval é considerada feriado estadual, por meio da Lei 5243/2008. E, se você está se perguntando quais são os feriados nacionais (ou seja, que valem para o país inteiro) são eles:

1º de Jan | Confraternização Universal
30 de Mar | Paixão de Cristo
21 de Abr | Tiradentes
1º de Mai | Dia do trabalho
7 de Set | Independência do Brasil
12 de Out | Nossa Senhora Aparecida
2 de Nov | Finados
15 de Nov | Proclamação da República
25 de Dez | Natal

Saiba mais em:

¹Priberam –  [antigo Dicionário da Língua Portuguesa On-line – DLPO – é desenvolvido e mantido pela Priberam. Su a nomenclatura compreende o vacabuário geral, bem como os termos mais comuns das principais áreas científicas e técnicas da língua portuguesa contemporânea.]

²Mundo Estranho 

³Guia do Estudante 

Lei – Veja 

Capa: reprodução

Por que o camelódromo tem esse nome?

Com certeza você conhece, ou pelo menos, já ouviu falar no ‘camelódromo’, certo? E, se acreditava que esse era um nome/lugar exclusivo de nossa maravilhosa terra, muito se engana. Em todo o Brasil, o termo ‘camelódromo’ é utilizado para se referir à lugares onde se concentram diversos vendedores ambulantes, geralmente importadores de mercadoria (legais ou não) que atravessam as fronteiras do Paraguai.

Um dos grande motivos da criação dos camelódromos foi a necessidade de tirar esses vendedores dos locais de grande movimentação, como praças, calçadas e, até mesmo, ruas; com o intuito de ‘reurbanização’ das cidades. Ao contrário das feiras (como a Feira do Sol; Feira da Lua; Feira Hippie), os camelódromos possuem estruturas fixas e uma série de vantagens.

Algo que era inimaginável até pouco tempo atrás, é o fato de os ‘camelôs’ aceitarem pagamentos por cartão de crédito e débito. Alguns, inclusive já possuem lojas online e aceitam pagamentos virtuais, como PayPal, Mercado Pago e afins. Os produtos vendidos são os mais variados, desde eletrônicos a vestuário, alimentícios e tantos outros.

cc52b5bd23d2913b7ffeece949755d49.jpgImagem: Camelódromo de Campinas

O que significa “dromo”?

E a palavra, camelódromo, o que ela significa? Bem, para começar essa é uma palavra gramaticalmente “errada”, isso porque o sufixo “dromo”, que vem do grego, quer dizer “lugar para correr”.

Ou seja, “autódromo” (lugar onde acontecem corridas de carros), “hipódromo” (lugar onde ocorrem corridas de cavalos) e “velódromo” (lugar onde acontecem corridas de bicicletas) são palavras adequadas à etimologia da palavra, porém, palavras como “fumódromo”, “sambódromo” e “camelódromo” não se referem a locais onde as pessoas “correm”.

Afinal, no carnaval as pessoas não desfilam correndo; não fumam correndo para voltar logo ao trabalho; e os camelôs não precisam sair correndo.

O que é um “camelô”?

Mas, e o “camelô”, vem da onde? Derivada do árabe khamlat, que era o nome dado aos tecidos rústicos comercializados em feiras livres e divulgados aos berros pelos vendedores (os camelôs) de séculos atrás.

O termo se popularizou na França, o verbo cameloter (vender quinquilharias, coisas de pouco valor. Um verdadeiro camelô precisa ter o dom da palavra, para conseguir convencer o público a comprar seu produto.

Alguns podem chegar a construir impérios, quer um excelente exemplo? O famosíssimo magnata Silvio Santos, que começou sua carreira no apinhado Largo da Carioca (Rio de Janeiro – RJ).

d903351329b8238d57c13266cb99805c.jpgImagem: O Fuxico

É importante levarmos sempre em consideração que a língua (qualquer uma) é viva, por isso não é errado quando uma palavra ou elemento ganham novos sentidos ou usos com o passar do tempo.

O português que falamos hoje não é o mesmo de nossos avós, bem como não é o mesmo de Machado de Assis ou José de Alencar, menos ainda de Camões. O mesmo acontece com as diferenças de entonação e uso da língua entre as diversas regiões, dentro do Brasil e, principalmente, com outros países.  

Capa: Goiânia.go

Conheça a origem e o significado de 8 tradições de Natal

Com o Natal chegando não precisamos parar pra pensar muito para conseguirmos citar várias tradições que vêm com ele. No entanto, se nos perguntarem qual o significado por trás de cada uma delas muitas pessoas ficariam sem saber o que responder.

Por isso fomos atrás e agora vamos te contar de onde vem cada pedacinho da época mais mágica do ano.

Confira a história de alguns costumes que cercam a gente desde a infância e entenda porque eles acontecem só no Natal:

 

Papai Noel

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Os vikings vestiam alguém para representar o inverno e recebiam esta pessoa da melhor forma possível, para acalmar as forças da natureza. Depois de algum tempo essa tradição foi misturada com a do São Nicolau, um santo bispo de uma cidade turca que era conhecido por dar presentes e por proteger as crianças. Com essa união e com a publicidade da marca Coca-Cola nasceu o Papai Noel atual.

 

Árvore de Natal

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A primeira referência à árvore de Natal no formato atual data do século XVI. Na Alemanha todas as famílias decoravam pinheirinhos de Natal com papéis coloridos, frutas e doces. A tradição espalhou-se por toda a Europa e chegou aos Estados Unidos no início de 1800. Desde essa altura que a popularidade da árvore de natal tem aumentado. Reza a lenda de que o pinheiro foi escolhido como símbolo do Natal por causa da sua forma triangular e que de acordo com a tradição cristã representa a Santíssima Trindade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

 

Presépio

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Uma das mais antigas tradições do Natal, o presépio é normalmente montado ao lado da árvore e dos presentes. A ideia é recriar o nascimento do menino Jesus em um estábulo. Há registros de presépios desde o século III, e geralmente é composto por José, Maria, Jesus, 3 reis magos, animais e um ou mais anjos.

 

Meia na chaminé

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Há uma lenda que conta que um homem nobre, após a morte de sua esposa, teria deixado suas três filhas passando dificuldades. São Nicolau, sabendo da situação da família, teria ido até a casa da família e jogado 3 bolsas com moedas de ouro pela chaminé. As bolsas caíram dentro das meias que as garotas deixaram secando na chaminé. Daí a tradição dos presentes dentro das meias.

 

 

 

Bolo Rei

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É um bolo tradicional português que se come do Natal até o dia de Reis. A forma redonda com um buraco no meio lembra uma coroa, com os frutos secos e as frutas cristalizadas para dar cor. No seu interior pode também encontrar uma fava que, segundo a tradição, concede um desejo a quem pegar uma fatia.

Missa do Galo

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É celebrada à meia-noite, e assinala o nascimento de Jesus, na noite de 24 para 25 de dezembro. Reza a lenda que à meia-noite do dia 24 um galo teria cantado, anunciando a vinda do Messias. Tradicionalmente, depois da missa, as famílias voltam para casa, colocam a imagem do menino Jesus no Presépio e distribuem os presentes. Todos os anos na noite de consoada é possível acompanhar na televisão a celebração pelo Papa da missa do galo no Vaticano.

 

Presentes

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Já era tradição os povos agricultores trocarem presentes no no solstício de Inverno, como forma de celebrar o fato de o inverno já estar acabando. Era um costume pagão que os cristãos não conseguiram por fim. Ao invés disso, a oferta de presentes passou a simbolizar a entrega de oferendas ao menino Jesus pelos Reis Magos. Nos dias de hoje as prendas são essencialmente para as crianças que deliram com o momento de rasgar o papel de embrulho.

 

Lentilha

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A lentilha é uma comida tradicional de fim de ano devido a uma superstição que herdamos dos imigrantes italianos, que acreditavam que comer lentilha no final do ano traria sorte.  O ditado que diziam era “Lentilha no ano novo, dinheiro o ano todo”. E hoje comemos ela tanto no ano novo como na ceia de natal, afinal, se dá sorte, porque não aproveitar?

 

Conta pra gente o que mais é tradição no Natal da sua família no Facebook do Curta Mais.

Conheça o significado das cores e crie o look ideal para a virada de ano

Muitos acreditam que as cores das roupas que usamos durante a virada de ano podem influenciar o andamento do ano que chega, trazendo dinheiro, saúde, felicidade ou paz. Seja nas peças principais ou até na roupa íntima, cores como o branco, o dourado e o vermelho já tem significados associados à virada de ano (se elas realmente atraem o que prometem, não sabemos, mas não custa nada usá-las!). O site Personare elaborou uma lista com o significado de cada cor e o que ela pode atrair para o ano novo. Escolha a cor predominante do seu look para o Réveillon e boas festas!

 

Vermelho

Cor das paixões, da sexualidade e das conquistas, o vermelho é estimulante, e por isso, impulsiona novos projetos e ideias. A cor é indicada para quem quer começar o ano com nossos projetos ou novas paixões.

 

Amarelo

Associada à inteligência e criatividade, o amarelo é uma cor dinâmica, que traz ideias, e é conhecida por simbolizar o dinheiro e a prosperidade, fazendo dela a cor ideal para quem quer atrair boas vibrações nas finanças.

 

Laranja

Cor da coragem e da ousadia, o laranja ajuda a buscar novos desafios – para quem precisa de uma força extra para assumir um novo projeto, a dica é usar essa cor.

 

Verde

Para quem quer começar o ano com tranquilidade, a dica é usar a cor verde, que transmite equilíbrio.

 

Azul

Cor da paciência, harmonia e serenidade, a cor azul tranquiliza o corpo e a mente, fazendo dela a cor indicada para quem quer entrar no próximo ano em uma vibe mais zen e serena.

 

Violeta ou Lilás

Se este é o ano em que você pretende embarcar em uma jornada de autoconhecimento e espiritualidade, as cores indicadas são o violeta ou lilás, cores da transformação.

 

Rosa

Para quem quer relacionamentos afetivos estáveis e duradouros no ano que vem, a dica é usar a cor rosa, que transmite afetividade, harmonia e união e atrai a energia do amor.

 

Branco

Carro-chefe do réveillon, o branco remete à paz. Cor preferida para a virada de ano, a cor é indicada para quem quer atrair energias positivas e muita paz para o ano vindouro. Vale usar um look totalmente branco ou combinar com outras cores da lista para atrair ainda mais boas energias para o próximo ano.

 

Com informações do Personare.

Imagem: Coisas Nossas/Reprodução

Conheça a curiosa história do nome de Goiânia que por pouco não foi batizada de Petrônia

Goiânia – palavra que já adquiriu significado e espaço nos dicionários e livros, e que representa hoje uma das capitais do Brasil em constante crescimento, recebendo imigrantes de todas as partes do país e do mundo. Ouvimos seu nome todos os dias, e várias vezes durante um mesmo dia, mas poucos de nós já se perguntaram qual a origem e o significado do nome da nossa querida cidade.

Antes de ser “Goiânia”, a cidade era chamada de “futura capital” ou “nova capital”, em referência à transferência da capital do estado da Cidade de Goiás para a “nova Cidade”. Goiânia nasceu em 1933, mas só recebeu o nome em 1935 – ou seja, a cidade passou dois anos sem um nome oficial.

Afinal, o que significa a palavra “Goiânia”?

A origem mais provável do nome Goyanna é que venha da palavra em Tupi-Guarani “Guyanna”, que significa “terra de muitas águas”. Outros estudiosos dizem que a tradução do tupi pode significar também “gente estimada”.

Segundo o artigo “GOYANIA = GOIÂNIA, de poema a topônimo”, dos pesquisadores Antón Corbacho Quintela e Luciana Andrade Cavalcante de Castro, “Goiânia” é também a adaptação da escrita e do som do título do livro “Goyania”, publicado em 1896 na cidade do Porto, em Portugal. De autoria do baiano Manuel Lopes de Carvalho Ramos, o livro foi o primeiro publicada com temática voltada para o estado de Goiás, e exalta a natureza, o povo e a cultura goianos.

Da primeira tiragem do livro, sabe-se apenas de três exemplares: um deles está no catálogo de obras raras da Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro; outro faz parte do acervo do Instituto Cultural José Mendonça Teles, em Goiânia, e um terceiro está supostamente enterrado em algum ponto da Praça Cívica junto com outros objetos introduzidos em 24 de outubro de 1933 na pedra fundamental da construção da capital.

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Praça Cívica, data desconhecida.

Fonte: IBGE.

Do livro para a cidade

Como “Goiânia” foi de título de livro para nome da nova capital ainda é um mistério. No período de criação da nova cidade, outubro de 1933, o jornal O Social da Cidade de Goiás, lançou o concurso “Como se deve chamar a Nova Capital?”, recebendo sugestões e votos de nomes para batizar a cidade, e o vencedor teria direito a uma assinatura do jornal por dois anos.

A primeira sugestão de nome veio de Léo Lynce, intelectual goiano de Pires do Rio. Para ele, a nova capital deveria se chamar “Petrônia”, em homenagem a Pedro Ludovico, fundador da cidade; aos imperadores do Brasil Dom Pedro I e Dom Pedro II; e a Pedro, discípulo de Jesus e fundador da Igreja Católica. Em sua justificativa, ele completa: “Mas, suponhamos que seja ateu ou inimigo pessoal de todos os Pedros. Ainda assim não lhe soaria mal o nome: PETRÔNIA. (…) PETRÔNIA – nome lindo, suave, fácil!”

No mesmo número, Caramuru Silva do Brasil, professor do Colégio Lyceu da Cidade de Goiás, deixou também sua sugestão: Goiânia. Para ele, a palavra possuía significação, sonoridade, grafia e sentido histórico suficientes para representar bem a nova capital, e completa: “GOIÂNIA – Nova Goiás, prolongamento da histórica Vila Boa, monumento grandioso que simbolizará a glória da origem de todos os goianos.”

O nome vencedor do concurso, anunciado em 26 de outubro de 1933, foi – pasmem! -“Petrônia”. E o nome “Goiânia” recebeu apenas dois votos: um do próprio Caramuru, que sugeriu o nome, e outro de uma professora chamada Zanira Campos Rios.

No entanto, ao escolher o nome para a capital, Pedro Ludovico, então governador do Estado de Goiás, ignorou os nomes mais votados, inclusive o que lhe fazia homenagem, e no Decreto de 1935, em que se criava o município, ele batizou a cidade de “Goiânia”, abrindo mão de qualquer vaidade pessoal.

Também por isso Goiânia faz aniversário no dia 24 de outubro. Assessores do político queriam o dia 23 para coincidir com a data de aniversário de Pedro Ludovico, mas ele também recusou, para não pessoalizar a ocasião. Ele também proibiu batizar qualquer bairro da cidade com seu nome, tanto que o Setor Pedro Ludovico foi criado depois de sua morte. Atitudes que revelam a nobreza e espirito público do primeiro administrador da nossa cidade.

Pedro

Pedro Ludovico assina o decreto que marca a transferência da capital da Cidade de Goiás para Goiânia.