Cidade goiana de serras espetaculares atrai amantes do parapente

Localizado a 120 km de Goiânia e 324 km de Brasília, a cidade de Jandaia tem atrativos naturais de grande grandeza. Está situada na planície central na Mesorregião do Sul Goiano e na Microrregião do Vale do Rio dos Bois, entre o Morro do Segredo e a Serra do Boqueirão. Com uma população de 6.272, o município cobre uma área de 864,1 km² e se destaca pela alta taxa de arborização.

Em meio a natureza encontramos diversas serras, entre as quais a do Paiol Queimado, da Canabrava, do Lajeado, do Sumidouro, Barro Alto e Morro do Segredo. Elas fazem com que a cidade seja point dos apaixonados por parapente, que procuram a região nos meses de abril e maio para saltar.

De acordo com o Governo de Goiás, a preferência pela cidade se dá pelas condições naturais favoráveis. Além de Jandaia, Jaraguá, Formosa e Iporá também são procuradas durante o ano todo por atletas para a prática de voo livre.

A procura é tanta que em abril de 2023, a cidade sediou a primeira etapa do Circuito Centro-Oeste de Parapente. O evento reuniu os 100 melhores pilotos de vários estados brasileiros, em Jandaia. A Rampa de Jandaia é o local preferido dos aventureiros.

 

Rampa de Jandaia 

A apenas cerca de 120 km de Goiânia, a rampa de decolagem em Jandaia é facilmente acessível por meio de uma rodovia asfaltada e ampla que cobre quase todo o trajeto. A rota até a rampa passa pela pitoresca cidade de Jandaia, seguindo por uma estrada de terra que serpenteia por trás da montanha até chegar a uma fazenda. 

A partir daí, uma porteira marca o início de uma subida, mais adequada para veículos 4×4, que percorre aproximadamente 8 km até a rampa. A rampa de decolagem é excepcionalmente inclinada e revestida com grama sintética, facilitando até duas decolagens simultâneas. 

Além disso, possui uma área lateral dedicada à checagem de equipamentos, comportando até duas verificações simultâneas. Uma área de estacionamento conveniente encontra-se ao longo da estrada próxima à rampa.

O pouso ocorre em uma extensa pastagem situada em frente à rampa. O terreno é amplo e apresenta poucos obstáculos, como árvores, facilitando uma aterrissagem suave e segura.

 

Estrutura da cidade 

A cidade é banhada ainda pelos rios Capivari, Turvo e Galheiros e por diversos riachos menores. Além disso, a cidade abriga o Lago Lambari, considerado pela população e por visitantes, o principal cartão postal mais lindo e exuberante de Jandaia.

Outro destaque da cidade são as quatro praças, que estão espalhadas pela cidade e que contribuem para o bem-estar da população. Entre elas, destaca-se a Praça da Matriz e a Praça São Sebastião.

 

Região Pegadas no Cerrado

Jandaia, agora integra a Região Pegadas no Cerrado, que é formada pelos municípios de Jataí, Mineiros, Santa Rita do Araguaia, Serranópolis, Chapadão do Céu, Rio Verde, Maurilândia, Turvelândia, Caiapônia, Piranhas, Paraúna e São Luiz de Montes Belos. Estão participando, ainda, como parceiras, Jussara e Portelândia. A região conta com opções de turismo de aventura, ecoturismo, tecnologia e cultura, além de 27 trilhas balizadas nas normas da ABNT NRB. Riquezas naturais e culturais, como sítios arqueológicos, piscinas naturais, águas termais, oferta de hospedagem em charmosas e confortáveis pousadas e a tradicional culinária goiana completam o cardápio de atrativos

Desta maneira, a cidade de Jandaia tem festas tradicionais, como a Cavalgada e a Festa Junina, em seu calendário de comemorações populares. O município também fomenta o artesanato e a gastronomia da região. 

 

Conheça a história

O povoado de Jandaia surgiu à margem direita do córrego Água Limpa, na fazenda de propriedade de Bernardino Vivaldo dos Santos, oriundo do Estado da Bahia, que, em 1927, doou à Santa Luzia cinco alqueires de terras. Francisco José de Moura doou mais dez alqueires, e assim construíram um rancho de palha que servia de templo, nos primeiros tempos do povoado. 

Em 1929, com o cumprimento da promessa a Nossa Senhora da Abadia e Santa Luzia, feita pelos doadores, para livrar suas fazendas do saque na passagem dos revoltosos, foi construída uma capela. A partir de sua inauguração foram surgindo várias construções em sua volta, formando-se o povoado que recebeu o nome de Água Limpa, da fazenda que lhe deu origem.  

Em 1936, a construção da Rodovia Goiânia-Rio Verde, passando por Água Limpa, trouxe grande impulso ao crescimento do distrito. Pelo Decreto-Lei estadual n.º 8.305, de 31 de dezembro de 1943, o Distrito de Água Limpa recebeu nova denominação, jandaia, nome este devido à abundância de mulatas, da espécie denominada jandaia existentes na região. 

 

Economia

A economia de Jandaia é solidamente ancorada na agropecuária. O setor agrícola é dominado pelo cultivo de cana-de-açúcar, que tem ganhado terreno sobre todas as outras culturas, com o plantio de soja seguindo a uma distância considerável. Ano após ano, o cultivo de milho e outros grãos cede espaço para a cana-de-açúcar. A pecuária, seja de corte ou leiteira, mantém uma equilibrada preferência entre os produtores rurais locais.

A DENUSA, uma indústria produtora de álcool, não só representa a maior indústria do município, mas também é a principal empregadora. No setor de mineração, a Jandaia Calcário se destaca, focada na extração de calcário e dolomita e no respectivo beneficiamento.

 

Hospedagem:

Em julho de 2023, a cidade tem apenas duas opções de hospedagem: O Hotel Jandaia (64) 99216-7909 (64) 3563-1118 e Pousada Jandaia (62) 98125-4435. Outras opções estão disponíveis na cidade de Indiará, que fica a 20km de distância. São elas: Hotel Samambaia (64) 98136-0827 e Pousada Jacira (64) 98166-2031

 

Créditos da imagem de capa: Governo de Goías

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Visitamos um paraíso a 2hrs de Goiânia que todo aventureiro precisa ver com os próprios olhos

Um verdadeiro paraíso que fica aqui bem próximo da capital e é pouco explorado por turistas é o Morro dos Pireneus localizado na cidade de Pirenópolis que é uma das cidades turísticas queridinhas de Goiás, e o destino dos românticos e amantes da natureza.

ebae7421326f9dd1745a8b2414ddcb3a.jpgFoto: Marcos Aleotti / Curta Mais 

Vista parcial do alto do Pico dos Pireneus.

Quem conhece a cidade sabe que uma das maiores atrações da pequena Piri é o pôr do sol, e se for visto do pico mais alto da região é ainda mais lindo. Com mais de 1300 metros de altitude é possível ver a cidade inteira e os arredores no alto do Parque Estadual da Serra dos Pireneus.

3b1983757457b9850c5ded52b675f9da.jpgFoto: guiamelhoresdestinos

O acesso é um pouco difícil e exige um pouco dos carros, e a trilha na subida a pé é de nível intermediário, ou seja, se você é daqueles que não gosta de trilha, melhor se aventurar em um local mais próximo na cidade, porque a trilha exige um grau relevante de esforço, mas nada que você não consiga cumprir em meia hora de caminhada ladeira acima onde a capelinha no pico da Serra marca o entardecer mais bonito em Goiás. O trajeto do Centro de Pirenópolis até a Capelinha está em torno de 20 km.

 

Pico dos Pirineus

Pirineus26Foto: Marcos Aleotti / Curta Mais 

27cb169b265aef97895f19928b81b10c.jpgFoto: Guia Melhoresdestinos

O pico fica situado na divisa dos municípios de Pirenópolis e Cocalzinho de Goiás e é um dos principais atrativos do Parque Estadual da Serra dos Pireneus e costuma-se dizer que é um lugar para quem tem coragem, pois ele tem 1385 metros de altitude, o equivalente a um predio de 461 andares, e não é tão fácil assim chegar ao ponto mais alto. Mas se você tem coragem, disposição e quer ter uma excelente história pra contar, acredite, vai valer a pena, pois em seu topo existe uma capela dedicada a Santíssima Trindade. É composto por rochas quartizíticas, de origem sedimentar, muito antigas, datadas como sendo do período pré-cambriano, mais de 1 bilhão de anos.

Pirineus1Foto: Marcos Aleotti / Curta Mais 

Cristais que são encontrados em meio as rochas no local.

De seu cume é possível avistar diversas cidades, tais como Cocalzinho de Goiás, Corumbá de Goiás, Jaraguá, Edilândia, Abadiânia, Luziânia e Planalmira. E a noite, avista-se o esplendor de 9 cidades, entre estas estão Brasília, Anápolis e Goiânia.

 

Um Pouco da História

Importante marco geográfico, foi objeto de principal interesse da Comissão Crulz, grupos de cientistas que por aqui estiveram em 1892 para a demarcação o quadrilátero do Distrito Federal. Havia entre os cientistas da época uma forte dúvida quanto a altitude deste pico. Padre des Genettes havia afirmado que sua altitude era de aproximadamente 3.000 metros. Uma Comissão calculou com precisão a sua altitude e deixou no local um documento com o seguinte teor:

“Ascensão ao Pico dos Pyreneus – Alto do pico mais elevado, em 8 de Agosto de 1982.- Ás 12 horas da manhã do dia 8 de Agosto de 1892, 4° da Republica dos Estados-Unidos no Brazil, chegou ao alto d´este pico, o mais elevado d´entre os dos Pyreneus, a Comissão Exploradora do Planalto Central do Brazil e aqui fez observação para determinar com a maior precisão as coordenadas d´esta posição.

E, para attestar em qualquer época a sua presença, lavrou este documento que é por todos assignado e que depois de convenientemente lacrado, fica depositado no alto do próprio pico.

Assinaram: -L.Cruls. – Antonio Pimentel.- H. Morize.- Tasso Fragoso.- Pedro Gouvêa.- A. Abrantes.- Alipio Gama.- Hastimphilo de Moura.- P.Cuyabá.- Henrique Silva.- Paulo de Mello.”

Pirineus7Foto: Marcos Aleotti / Curta Mais 

47ec0691495182b235f094a2e90248f3.jpgFoto: Guia Melhoresdestinos

O turista pode ver a capela no alto do morro antes mesmo de começar a trilha.

Em 1927, Cristovam José de Oliveira construiu uma pequena capela sobre o pico, que originalmente era de madeira, e foi realizada a primeira missa em 18 de junho de 1827 pelo padre Santiago Uchôa e mais 35 pessoas. Nesta época, mandaram talhar na rocha do pico a seguinte inscrição:

“Salve D. Emmanuel

9-7-930

Pyreneus de Goyaz

Tú és pedra

e sobre esta pedra

ficará a imagem

de quem te fez 

22-9-29”

Pirineus23Foto: Marcos Aleotti / Curta Mais 

A rocha que fica no alto do morro. 

O parque é aberto 24 horas por dia sem guarita e a entrada é livre e gratuita, No trajeto do Parque há uma cahoeira chamada Sonrisal, pouco conhecida e muito cobiçada por quem conhece. Com um acesso um pouco sifícel, para encontrá-la é preciso estar atento, pois não há sinalização para chegar até ela. Para chegar nela tem que pegar a Rodovia dos Pirineus. Você passará pela entrada de várias cachoeiras (como Lázaro & Santa Maria, Abade e Coqueiro). Quando entrar no Parque Estadual da Serra dos Pirineus, a trilha do Sonrisal estará à direita uns 200 ou 300m depois dessa espécie de imenso portal de madeira.

(foto abaixo):

fbd7602f9382ba21680712d2d1387da3.jpgFoto: viaje ao leo

 

TURISMO

Todo ano, no mês de julho, acontece a festa religiosa que é realizada deste 1722 na época de lua cheia nos picos dos Pireneus, com acampamentos em sua base. Levando a imagem da Santíssima Trindade, à noite sob a luz do luar. A festa é o único momento que é permitido acampar no local, apesar de ser um acontecimento religioso, é bastante abrangente, e frequentada por muitos jovens que buscam contato com a natureza. Para a subida do morro algumas precauções são necessárias, pois é uma caminhada um pouco longa. Tênis confortáveis e leves são recomendados, água é um item indispensável, ainda mais se for em dias de sol, mas sem dúvida o mais importante é estar sempre acompanhado de um guia local que conhece o trecho e pode dar dicas de qual trilha seguir. Durante o percurso a natureza faz a sua parte e presenteia o turista com maravilhosas de orquídeas, bromélias e muitas outras espécies de flores e plantas que só o cerrado oferece.

Confira as fotos desse paraíso chamado Morro dos Pireneus e programe-se para conhecer cada pedacinho do lugar. Vale muito a pena conhecer o Morro dos Pireneus e se encantar com as belezas naturais desse lugar.

Pirineus2Foto: Marcos Aleotti / Curta Mais 

Capela situada no alto do morro.

Pirineus4Foto: Marcos Aleotti / Curta Mais 

A capela que foi reconstruída.

Pirineus5Foto: Marcos Aleotti / Curta Mais 

Imagem que fica na parta interna da capela.

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A capela recebe visita de turistas que várias partes do país. 

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Vista parcial da parte norte do morro.

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Vista dos pés do morro do Pireneus.

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Vista da trilha durante a subida.

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Vista parcial da parte leste do morro.

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Solo rochoso e plantas do cerrado fazem parte da paisagem durante a subida.

Pirineus13Foto: Marcos Aleotti / Curta Mais 

Árvores nativas do cerrado compõe um cenário único aos turistas que passam pelo local.

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Um paredão de rochas que pode ser escalado pelos praticantes de motanhismo.

Pirineus15Foto: Marcos Aleotti / Curta Mais 

 

Vista da cidade de Abadiânia.

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Vista da cidade de Cocalzinho de Goiás.

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Paredão de rochas que corta a trilha.

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Vegetação do cerrado que cerca a trilha.

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Vista parcial a parte sul do morro.

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Cruz que fica na capela na parte de cima do morro.

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Vista da parte de baixo do morro.

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Capela. 

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Escadaria de acesso a parte final da trilha.

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A cada passo rumo ao pico do morro maior e melhor se apresenta a vista panorâmica.

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Vista parcial do alto do morro.  

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Santíssima Trindade que fica no inteiror da capela. 

 

Serra dos Pireneus, Pirenópolis-GO

Distância: 20 km do trevo de saída de Pirenópolis

Horários de visitação: Todos os dias 24h

Entrada Franca

Informações: João (Guia Local) e www.pirenopolis.tur.br

Maiores informações: CAT Pirenópolis: (62) 3331-2633

Fotos: Marcos Aleotti e Japa Jukemura