Porque Goiânia é considerada a capital da roupa barata

Quem mora em Goiânia sabe bem: na capital goiana não faltam opções para quem procura roupa boa, bonita e barata. Mas quem também sabe disso são lojistas de outros estados, que viajam até Goiânia para garantir produtos no atacado e revendê-los nas suas cidades.

 

A cidade, que reúne mais de um polo atacadista, é um dos maiores centros comerciais de moda do Brasil. As centenas de lojas no segmento de vestuário recebem clientes de todo o país, além dos próprios goianos, que sabem onde encontrar peças de qualidade com preços baixos e desfrutam do privilégio de viver na capital da roupa barata.

 

Segundo dados divulgados em 2020 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Goiânia é o segundo maior polo de vendas de roupas e calçados do Brasil, atrás apenas de São Paulo. O levantamento referente a 2018 mostrou que, naquele ano, a capital goiana recebeu 3,74 milhões consumidores em busca de itens de vestuário.

 

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Região da 44. Foto: AER-44/Divulgação

Atualmente, o maior polo atacadista de moda de Goiânia, e também do Centro-Oeste, é a Região da 44, que abrange três avenidas e nove ruas no setor Norte Ferroviário, onde se encontram diversas bancas, lojas e galerias que oferecem uma enorme variedade de roupas baratas. A região conta com 21 mil pontos de venda, segundo a Associação Empresarial da Região 44 (AER-44).

 

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Shopping Estação da Moda. Foto: Divulgação

Na Região da 44 se encontram ainda os shoppings populares, como o Shopping Gallo, o Mega Moda, o Goiás Center Modas e o Estação da Moda. Nesses polos confeccionistas é possível encontrar peças de roupas dos mais variados estilos, desde vestuário infantil até o masculino e feminino adulto, além de bolsas, sapatos e acessórios. Juntos, os quatro shoppings somam mais de 2 mil lojas do ramo modista.

 

Anteriormente ao destaque da Região da 44, as regiões da Avenida Bernardo Sayão e de Campinas demonstravam a vocação da capital goiana para a produção e distribuição no ramo modista. Esses antigos polos de moda, no entanto, perderam sua potência e deram espaço para o crescimento da Região da 44, para onde migrou a maior parte dos lojistas que ocupavam a Bernardo Sayão. 

 

Outro fator que contribui para o título de capital da roupa barata são as feiras especiais, que surgiram há mais tempo que a Região da 44 e os shoppings populares e continuam atraindo turistas e goianienses (convenhamos, a gente ama uma feira!). 

 

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Feira Hippie. Foto: Divulgação

A Feira Hippie, a mais antiga delas, integra a Região da 44 e conta com 8 mil barracas, segundo a AER-44. Localizada na Praça do Trabalhador, ela acontece todos os finais de semana, de sexta-feira a domingo, e é a maior feira ao ar livre da América Latina, além de somar aproximadamente sessenta anos de existência. 

 

Além da Feira Hippie, se destacam a Feira da Lua e a Feira do Sol, ambas no Setor Oeste, que também fazem parte da história de Goiânia e são referência na venda de roupas baratas. Ainda que em menor escala, não podemos deixar de mencionar também as feirinhas de bairros, que acontecem espalhadas pela cidade em diferentes dias da semana e são uma ótima opção para quem mora perto das mesmas.

 

O grande número de lojas no ramo da moda em Goiânia é possibilitado pela significativa presença de empresas de confecção em todo o estado. Segundo dados da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG), Goiás possui cerca de 8 mil confecções, que produzem aproximadamente 60 milhões de peças por mês, comercializadas no atacado e no varejo.

 

Somado a isso, a capital goiana conta com uma logística privilegiada por estar no centro do país, o que faz com que seja acessível pela maior parte dos estados do Brasil. Juntando esses ingredientes, os goianienses fizeram uma receita de sucesso, e tornaram a cidade a capital da roupa barata.

 

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