Após briga entre vereadores do PT e do Republicanos, sessão da Câmara de Goiânia é suspensa

Uma discussão acalorada entre os vereadores Clécio Alves (Republicanos) e Mauro Rubem (PT) resultou na suspensão temporária da sessão desta terça-feira (12/07), da Câmara Municipal de Goiânia. A briga começou enquanto o petista repudiava a morte do guarda civil municipal de Foz do Iguaçu, que foi assassinado a tiros em sua festa, que era temática do PT, por um apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Clécio, que presidia a sessão, rebateu e citou a facada recebida por Bolsonaro na eleição de 2018. O parlamentar afirmou, ainda, que há investigações contra o PT.

Inconformado, Mauro Rubem rebateu e passou a fazer críticas contra a gestão do prefeito Rogério Cruz (Republicanos). Clécio, que é do mesmo partido do gestor da capital, cortou o áudio do petista, com a alegação de que ele só poderia falar sobre a propositura em discussão. Mauro Rubem solicitou direito de fala e bateu na mesa. Clécio, por sua vez, suspendeu a sessão.

Poucos minutos depois, a sessão foi retomada e a palavra foi dada novamente a Mauro Rubem. O parlamentar disse que o colega não foi justo ao cortar sua fala. “O que mais acontecesse na Câmara de Goiânia é desvio de fala. Eu não quero circo”, reclamou.

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Imagem: Reprodução / YouTube Câmara de Goiânia

Projeto em Goiás pretende obrigar agressores de animais a pagarem despesas veterinárias

Um projeto de Lei, nº 7234/21, idealizado pelo deputado Jeferson Rodrigues e pelo deputado Eduardo Prado,ublicanos, está em tramitação na Assembleia Legislativa de Goiás que determina que nos crimes de maus-tratos a animais as despesas de assistência veterinária e demais gastos decorrentes da agressão serão de responsabilidade do agressor, na forma do Código Civil.

 

De acordo com a proposta, o agressor ficará obrigado, inclusive, a ressarcir a Administração Pública Estadual de todos os custos relativos aos serviços públicos de saúde veterinária prestados para o total tratamento do animal.

 

O deputado conta que durante o período de pandemia houve um aumento significativo no abandono e nas agressões aos animais, mas essas atitudes já vinham acontecendo bem antes da Covid-19 se alastrar no país.  

 

Jeferson afirma, ainda, que a obrigatoriedade do agressor pagar os gastos veterinários com o bicho agredido, bem como possibilitar que esse agressor seja encaminhado a palestras de conscientização, se faz medida imperativa: “Goiás precisa dar esse grande passo”, ressaltou.

 

 

Imagem: Reprodução

*Com informações Alego

 

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‘Quem está saindo é Daniel Vilela e seu grupo, não o MDB’, responde Rogério Cruz sobre rompimento

O prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, do Republicanos, comentou as declarações de Daniel Vilela presidente do MDB-GO, feitas para a rádio Jovem Pan, na manhã desta segunda-feira, 5. Hoje ele confirmou a saída do grupo de secretários da administração municipal (confira toda matéria aqui), marcando o possível fim do casamento entre as siglas, firmado na chapa vencedora das eleições de 2020.

Durante o anúncio do novo grupo administrativo de Goiânia, que aconteceu no Paço Municipal no final da manhã, o prefeito fez questão de ressaltar que torceu pela recuperação de Maguito, que aceitou entrar na chapa para candidatura como vice, justamente pela referência do ex-governador. “Essa perda aumentou e muito a minha responsabilidade, pois além de suceder um governo liderado pelo eterno ministro Íris Rezende, terei também que corresponder no mínimo próximo do que Maguito faria por Goiânia”, disse.

Nas palavras de Rogério, o MDB não está saindo da gestão municipal, mas sim o grupo aliado a Daniel Vilela.   “Respeito essa decisão. Aqui está uma grande parte do MDB. A prova de que essa gestão não está expulsando ninguém. Quem foi para a disputa dos votos pelo MDB estão aqui ao nosso lado”, declarou um pouco antes de usar também termos como “picuinha”.

“Eu não acompanhei as declarações de Daniel Vilela e seus apoiadores. Apenas ouvi meus auxiliares que passaram um resumo. Eu estava em reunião com a equipe técnica da saúde pensando em salvar vidas”, explicou.

Rogério disse também que respeita muito o legado de Maguito Viela. “Enfrentamos juntos a Covid-19. Testamos positivo na mesma época. Infelizmente o nosso líder foi recolhido por deus”, lembrou o prefeito.  

Leia abaixo as declarações mais importantes.

 – Em momento algum torci pela morte do nosso líder Maguito Vilela.  Muito pelo contrário, fiz orações por sua recuperação.

– Deus decidiu leva-lo, perdemos aqui um grande líder e amigo e os anjos ganharam.

– Essa perda aumentou e muito a minha responsabilidade, pois além de suceder um governo liderado pelo eterno ministro Íris Rezende, terei também que corresponder no mínimo próximo do que Maguito faria por Goiânia.

–  O MDB não está saindo da gestão. Quem está saindo é Daniel Vilela e seu grupo. Respeito essa decisão. Aqui está uma grande parte do MDB. A prova de que essa gestão não está expulsando ninguém. Quem foi para a disputa dos votos pelo MDB estão aqui ao nosso lado.

– Não podemos confundir o legado do nosso eterno ministro Íris Rezende, com o trabalho de Daniel Vilela.

–  Respeitamos também o legado e a história de Maguito Vilela. Tanto é que aceitei o convite para ser vice na chapa dele, porque sabia da linha de conduta pública do ex-governador.

– Enfrentamos juntos a Covid, testamos positivo na mesma época. Infelizmente o nosso líder foi recolhido por deus.

– Eu tenho um compromisso com a população de Goiânia, nós vamos cumprir o plano de governo, independente de quem são as pessoas que vão nos auxiliar . Já estamos com o IPTU Social, Renda família e desenvolvendo o projeto das 15 mil moradias populares. Eu quero ressaltar que o plano de governo não é apenas do MDB, é de toda coligação que fez parte da aliança vitoriosa e do povo goianiense.

– Nunca fugi das minhas responsabilidades. É por isso que assumi esse desafio colocando meu CPF em jogo.

– Determinei ao secretário de governo que editasse um decreto de governança, para dar mais transparência ao uso do dinheiro público. Ao contrário do que disse Daniel, não é o secretário de governo quem decide as prioridades e a gestão sou eu, talvez seja isso que incomodou algumas pessoas.

– O que foi publicado está alinhado com o plano de governo nas páginas 84 a 87, ou seja, com a gestão eficiente e transparente que Maguito e eu pactuamos na campanha. Não permitirei ilhas no meu governo. O governo é único.   

– Onde ficarem dúvidas e suspeitas, nós vamos investigar. No meu governo não aceito corrupção.

– Não posso ignorar uma suspeita levantada por quase metade da câmara de vereadores sobre um contrato de asfalto. A função dos vereadores é fiscalizar, e eu fui vereador por 8 anos e respeito e louvo essa prerrogativa.

– Vamos diminuir os gastos com a máquina pública e aumentar os investimentos de maneira responsável. Estamos estudando uma reforma administrativa para adequar a nova realidade do mundo pós pandemia, e será apresentada a camarade vereadores para junto com eles traçar as metas para chegar ao final deste governo com todo o plano de governo executado.

– enfim, não existe mudança de rumo, vamos cumprir plano de governo. E o líder deste processo sou eu, o prefeito da cidade. Não fugirei das minhas responsabilidades.

– Estou sempre aberto ao diálogo, estou aberto a todos os líderes da cidade que me procurarem.

– São legitimas as mudanças implementadas por mim. Afinal eu sou o responsável.

–  Neste momento estou mais preocupado em cuidar de Goiânia, vacinar nossa população o quanto antes que me preocupar com picuinhas políticas. Ou será que eu na função de prefeito de Goiânia, teria que deixar outras pessoas ditarem as regras? Respeito demais o Daniel, mas ele precisa entender que ele não foi eleito, foi o pai dele. E o plano de governo vencedor vai ser cumprido em respeito a Maguito Vilela e a população goianiense.

–  Eu respeito o MDB de Tancredo Neves, de Ulisses Guimarães, de Íris Rezende e Maguito Vilela.

 – E acima de tudo, o voto do cidadão goianiense.

Foto: ilustrativa / Divulgação 

Confira na íntegra a carta de rompimento do MDB com o Prefeito de Goiânia Rogério Cruz: ‘traição’

Curta Mais teve acesso com exclusividade à carta que oficializa o rompimento com o Prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos).

Quatorze titulares de primeiro escalão da Prefeitura de Goiânia assinaram a carta e entregaram os cargos na manhã desta segunda-feira (5). O assunto foi antecipado em primeira mão no Jornal da Manhã Edição Goiás durante entrevista exclusiva com Daniel Vilela, presidente do MDB-GO.

A carta, assinada ainda por outras lideranças do partido, fala de traição. “Ao se afastar do plano de governo e das pessoas que o construíram e o defenderam, Rogério Cruz age com deslealdade e trai o legado de Maguito, quebrando também o voto de confiança conferido nas urnas pelos goianienses. Na ocasião da posse como prefeito, Rogério Cruz disse publicamente: ‘Já afirmei várias vezes que seria fiel soldado do prefeito Maguito e assim continuarei. Ao executar o plano de governo que construímos juntos, quero fazer por Goiânia tudo aquilo que Maguito sonhou e projetou’. Palavras que agora só reforçam o gosto amargo da traição à nossa cidade.”, diz um dos trechos mais fortes do documento.

Outro trecho insinua que o prefeito Rogério Cruz não teria mais autonomia no comando do executivo. “Quem está comandando hoje a Prefeitura de Goiânia é a direção nacional do Republicanos, a partir de nomes de fora de Goiás indicados por eles para funções estratégicas na administração”.

O Prefeito Rogério Cruz ainda não se pronunciou sobre o assunto. A informação é que a Prefeitura está preparando uma nota oficial que será divulgada ainda hoje.

Confira na íntegra o documento:

CARTA ABERTA À POPULAÇÃO DE GOIÂNIA

Em novembro do ano passado, o eleitor de Goiânia foi às urnas e elegeu como prefeito Maguito Vilela, cuja candidatura representava o compromisso com um projeto que manteria a cidade no caminho da modernização, com melhorias na mobilidade, na educação, na saúde, no desenvolvimento econômico e na garantia da continuidade das várias conquistas da gestão de Iris Rezende. Tudo isso casado com uma plataforma de amparo social, marca indelével da trajetória de Maguito. Lamentavelmente, no dia 13 de janeiro, Maguito acabou vitimado pela Covid-19. Mas permaneceram compromissados com os propósitos e o legado de Maguito aliados e auxiliares experientes, que formavam uma equipe de competência inequívoca, afinada com a forma de trabalho do prefeito eleito. Em menos de três meses, esse time, atuando com eficiência e sinergia junto ao prefeito e à Câmara Municipal, já resgatou parte dos compromissos de campanha, a exemplo do IPTU Social, do Renda Família e implantou inovações nas áreas de gestão de pessoas e de projetos. Além disso, nenhuma das grandes obras deixadas por Iris Rezende havia sido interrompida, cumprindo outro compromisso assumido por Maguito com o eleitor goianiense. Contudo, pouco mais de dois meses após a morte do prefeito eleito, assistimos a uma completa mudança de rumos da atual gestão. O prefeito Rogério Cruz paralisa obras, suspende projetos e não consegue mais apontar com clareza os rumos da administração. Ou não pode fazê-lo.

A realidade é que quem está comandando hoje a Prefeitura de Goiânia é a direção nacional do Republicanos, a partir de nomes de fora de Goiás indicados por eles para funções estratégicas na administração. Goiânia está sob a direção de uma legião estrangeira descomprometida com nossa população, composta por pessoas que sequer conhecem a cidade ou sabem os desejos e necessidades de seus moradores. Todos eles nomes obscuros para os goianienses e muitos desconhecidos até pelo próprio prefeito. Já faz algumas semanas que dirigentes do partido de Rogério Cruz despacham livremente no Paço Municipal, distribuindo ordens mesmo sem terem qualquer conhecimento da administração local. Ao se afastar do plano de governo e das pessoas que o construíram e o defenderam, Rogério Cruz age com deslealdade e trai o legado de Maguito, quebrando também o voto de confiança conferido nas urnas pelos goianienses. Na ocasião da posse como prefeito, Rogério Cruz disse publicamente: “Já afirmei várias vezes que seria fiel soldado do prefeito Maguito e assim continuarei. Ao executar o plano de governo que construímos juntos, quero fazer por Goiânia tudo aquilo que Maguito sonhou e projetou”. Palavras que agora só reforçam o gosto amargo da traição à nossa cidade. A partir da verdadeira intervenção no Paço Municipal, iniciou-se um desmonte nos quadros da administração que vai muito além dos ajustes que o prefeito afirmou que faria em função do (natural e legítimo) desejo de escolher auxiliares mais próximos, do ponto de vista político e pessoal. De forma pouco transparente e sem o consentimento da população, a Prefeitura de Goiânia está sendo loteada por grupos políticos e consultores de fora do nosso Estado.

Diante de tudo isso, abaixo assinados, auxiliares do primeiro escalão da Prefeitura, comprometidos com o projeto e o legado de Maguito Vilela, entregam, em caráter irrevogável, seus cargos e se retiram da administração por não pactuarem com os novos rumos imposto pelo Republicanos. O prefeito Rogério Cruz não representa mais o projeto político e administrativo idealizado por Maguito Vilela e eleito pelos goianienses. Ele quer fazer outro governo. Importante ressaltar que a decisão expressa nesta carta não se trata de atitude impensada ou tomada sem diálogo. Pelo contrário. Foi argumentado diversas vezes com o prefeito que não havia concordância com as mudanças apressadas, em meio a uma pandemia, e com a forma como grupos de fora estavam tomando o poder na capital. Além de não dar ouvidos aos argumentos, Rogério Cruz também encerrou qualquer diálogo, sendo literalmente proibido por seu partido de conversar com a direção do MDB e com membros que coordenaram a campanha e o plano de governo de Maguito.

Ao fechar as portas ao diálogo, Rogério Cruz foi além e informou ao presidente regional do MDB, Daniel Vilela, que qualquer assunto relacionado à Prefeitura teria de ser tratado com Wanderley Tavares, presidente do Republicanos do Distrito Federal, ou com o deputado federal Marcos Pereira (SP), presidente nacional da legenda. Uma sinalização clara e preocupante de que o destino de Goiânia passou a ser decidido fora daqui.

Por fim, é preciso dizer à sociedade goianiense que lamentamos profundamente o que ocorre hoje na Prefeitura. Em função da discordância frontal com os rumos da gestão da nossa cidade, nos afastamos da atual administração, mas jamais nos afastaremos de Goiânia e dos goianienses. Nosso compromisso com a melhoria da qualidade de vida da nossa capital permanece intacto. Seguiremos vigilantes e cobrando, de forma enfática, que a atual gestão cumpra o que foi assumido com o eleitor na campanha. Não seremos cúmplices de quem porventura tenha decidido por outro caminho que não o de trabalhar para Goiânia seguir em frente.

Goiânia, 05 de abril de 2021

Agenor Mariano, secretário de Planejamento Urbano e Habitação

Alessandro Melo, secretário de Finanças

Pedro Chaves, secretário de Mobilidade

Euler de Morais, secretário de Relações Institucionais

Murilo Ulhôa, presidente da Companhia Metropolitana de Transportes

Coletivos

José Frederico, secretário de Prioridades Estratégicas

Carlos Júnior, secretário de Desenvolvimento e Economia Criativa

Leandro Vilela, secretário extraordinário

Gean Carvalho, secretário-executivo de Assuntos Estratégicos

Célio Campos, secretário de Inovação, Ciência e Tecnologia

Filemon Pereira, secretário de Direitos Humanos e Políticas Afirmativas

Colemar Moura, controlador-geral do Município

Antônio Flávio, procurador-geral do Município

Kléber Adorno, secretário de Cultura

TESTEMUNHAS

Andrey Azeredo, ex-secretário de Governo

Aristóteles de Paula, ex-presidente da Comurg

Bruno Rocha Lima, ex-secretário de Comunicação

Luiz Bittencourt, ex-secretário de Infraestrutura Urbana

Marcela Araújo Teixeira, ex-secretária de Administração

Zilma P. Campos Peixoto, ex-presidente da Agência de Meio Ambiente

Marcelo Ferreira da Costa, ex-secretário de Educação

Fim do casamento! Daniel Vilela e MDB rompem com prefeito de Goiânia Rogerio Cruz

O presidente do MDB-GO, Daniel Vilela, concedeu entrevista exclusiva ao jornalista Marcelo Albuquerque no Jornal da Manhã da Jovem Pan na manhã desta segunda-feira, dia 5 de abril. O programa também contou com a participação de Rosenwal Ferreira e da jornalista Gabriela Leal. Daniel, filho e principal herdeiro político de Maguito Vilela, morto por Covid-19 no dia 13 de janeiro, afirmou que o partido vai oficializar o rompimento da aliança por meio de uma carta que será entregue ainda hoje ao prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, com a entrega de cargos e a retirada do apoio partidário à atual gestão. 

O motivo, segundo Daniel, seria a nova postura adotada pelo prefeito Rogério Cruz, que nas últimas semanas decretou a paralisação de obras iniciadas por Iris Rezende e que seriam continuadas, além de nomear pessoas “desconhecidas” para cargos importantes na administração. 

Para o presidente regional do MDB, essas medidas não são compatíveis com o projeto apresentado para a população goianiense durante a campanha. “Estão chegando pessoas que sequer o próprio prefeito Rogério Cruz conhece, pessoas que não estão de fato comprometidas com a cidade ou com o plano de governo que foi proposto durante a campanha”, declarou o filho de Maguito Vilela. Ainda de acordo com ele, o secretariado se reunirá ainda hoje para tomar a decisão de sair todos de seus atuais cargos. 

Vale lembrar que na última semana, o ex-deputado federal Luiz Bittencourt, que comandava a Secretaria de Infraestrutura (Seinfra), pediu exoneração do cargo. O motivo da saída teria sido o decreto publicado no Diário Oficial do Município, no dia 31 de março, que suspendeu contratos firmados para prestação de serviços de reconstrução e recuperação do pavimento asfáltico de diversas ruas de Goiânia, além da concentração de poderes nas mãos do novo secretário de Governo, Arthur Bernades (Republicanos-DF). Outros emedebistas ligados ao grupo de Maguito também já tinham sido exonerados como Andrey Azeredo, da Secretaria de Governo, além dos titulares da Administração, Comunicação, Saúde e, mais recentemente, a Agência Municipal de Meio Ambiente (AMMA), com o desligamento de Zilma Precursor, para entrada de Luan Alves, filho do vereador Clecio Alves (MDB).

Fatos que teriam sido o estopim para o rompimento do MDB e Republicanos e o fim da chapa que saiu vitoriosa na última eleição. Ao ser questionado por Marcelo Albuquerque sobre um possível arrependimento nessa composição, Daniel disse que era impossível prever um cenário como esse. “É difícil fazer um julgamento. Ninguém iria imaginar que meu pai iria pegar Covid. A chapa foi uma decisão construída com o deputado federal João Campos”, explicou.

Daniel

Daniel Vilela falou em primeira mão sobre o assunto que movimenta os bastidores políticos no Jornal da Manhã Jovem Pan (foto: divulgação)

O fato é que o casamento acabou em apenas três meses. Rogério Cruz é filiado ao Republicanos, braço político da igreja do Universal. O partido tem buscado apoio de vereadores para garantir a governabilidade de Rogério Cruz e não repetir o mesmo desfecho da gestão de Marcelo Crivella, no Rio de Janeiro, que teve uma relação conturbada com o legislativo, vários pedidos de impeachment e chegou a ser preso, por suspeita de corrupção, antes mesmo de terminar o mandato. O MDB em Goiânia conta com 6 vereadores. Durante a entrevista, o presidente regional do partido não deixou claro se eles se tornarão oposição ao prefeito da capital. “Os vereadores têm legitimidade para tomar suas decisões que serão acatadas pelo partido, mas também podem ter consequência”, disse.

Daniel confirmou que deve sair candidato em 2022 e, ao ser perguntado sobre um possível aliança com o Republicanos, ele preferiu não responder. O emedebista ressaltou que o clima entre ele e o prefeito começou a mudar há cerca de 15 dias quando em uma reunião do conselho da prefeitura, o próprio Rogério Cruz disse a ele que os assuntos políticos deveriam ser tratados com a administração nacional do Republicanos. “Eu disse que trataria com o prefeito, mas desde então ele não atendeu minhas ligações e não respondeu a uma mensagem”.

Ao ser questionado sobre o teor da carta e da reunião de hoje, Daniel se limitou a dizer que os secretários vão expor seus problemas e definir a saída de todos. No entanto, aqueles que decidirem permanecer deverão ser respeitados.

Daniel também deixou clara a insatisfação com os rumos que a administração municipal tem tomado. “Nosso projeto previa a continuação das obras do prefeito Iris Rezende, que além de terem sido paralisadas, agora também vão passar por auditorias. São obras que já passam por auditorias dos órgãos fiscalizadores externos (…) Os secretários é quem sabem o que está acontecendo e por isso eles tomarão as decisões por si mesmos ainda hoje”.

Para ele, as pessoas que estão chegando para compor cargos importantes na prefeitura não estão imbuídas em continuar o projeto proposto pela chapa. “Não queremos voos às cegas (…) Preciso defender o legado do meu pai”, afirmou.