‘Zara Zerou’ era código racista da loja para vigiar negros, segundo polícia

Segundo investigações da Polícia Civil do Ceará, a loja Zara, localizado em um shopping de Fortaleza, teria o código para anunciar no alto falante a presença de negros e pessoas ‘fora do perfil de consumidor’. 

 

O alerta, chamado de ‘Zero Um’, era um código secreto entre os funcionários. De acordo com o delegado geral da Polícia Civil, Sérgio Pereira, o protocolo indicava até determinadas abordagens que deveriam ser realizadas pelos funcionários da franquia.

 

Racismo

Este é mais um desdobramento das investigações do caso envolvendo a delegada Ana Paula Barros, que sofreu racismo na loja de departamento. Por meio de imagens, a polícia confirma que é possível ver que não foi uma abordagem ‘comum’.

 

Em nota enviada ao portal O Povo, a loja afirma que vai cooperar com as investigações.

 

Leia na íntegra: 

“A Zara Brasil, que não teve acesso ao relatório da autoridade policial até sua divulgação nos meios de comunicação, quer manifestar que colaborará com as autoridades para esclarecer que a atuação da loja durante a pandemia Covid-19 se fundamenta na aplicação dos protocolos de proteção à saúde, já que o decreto governamental em vigor estabelece a obrigatoriedade do uso de máscaras em ambientes públicos. Qualquer outra interpretação não somente se afasta da realidade como também não reflete a política da empresa.

 

A Zara Brasil conta com mais de 1800 pessoas de diversas raças e etnias, identidades de gênero, orientação sexual, religião e cultura. Zara é uma empresa que não tolera nenhum tipo de discriminação e para a qual a diversidade, a multiculturalidade e o respeito são valores inerentes e inseparáveis da cultura corporativa. A Zara rechaça qualquer forma de racismo, que deve ser combatido com a máxima seriedade em todos os aspectos”.

 

*Com informações do O Povo

 

Foto: Divulgação/Shopping Iguatemi