Pesquisadores brasileiros criam inteligência artificial que pode detectar incêndios em segundos

Pesquisadores da Universidade Federal do Ceará (UFC) em parceria com uma equipe internacional desenvolveram uma inteligência artificial capaz de identificar focos de incêndio em tempo real e, a partir disso, acelerar o acionamento de equipes de combate ao fogo. As informações são do portal Só Notícia Boa.

O algoritmo computacional pode ser usado em drones e câmeras de vigilância comuns, facilitando o monitoramento de incêndios em espaços públicos ou em ambientes fechados.

De acordo com um trabalho recém-publicado na revista internacional IEEE Transactions on Industrial Informatics, são necessários entre 30 e 210 milissegundos (menos de um segundo) para o reconhecimento em imagem do padrão de princípios de incêndio.

Ação rápida dos bombeiros

“Com um sistema desses, a gente consegue prever incêndios e reduzir o tempo de atuação dos bombeiros”, explica Victor Hugo de Albuquerque, um dos autores do projeto e professor do Laboratório de Engenharia de Sistemas de Computação (Lesc), vinculado ao Departamento de Engenharia de Teleinformática (Deti) da UFC.

Os pesquisadores criaram uma Rede Neural Convolucional (CNN, na sigla em inglês), algoritmo de aprendizado profundo aplicado principalmente na detecção, identificação e classificação de elementos em imagens.

Um banco com milhares de imagens de áreas públicas foi utilizado para “treinar” a CNN no reconhecimento de características de frames em três situações distintas: com fogo; com fumaça e sem fogo; e sem fumaça e sem fogo.

Logo, quando era testado com uma nova imagem, o algoritmo conseguia classificá-la automaticamente e gerava o alerta.

Os principais diferenciais para outras redes neurais já existentes, de acordo com o professor Victor Hugo, são: capacidade de processamento relativamente baixa,  consome pouca energia e pode ser integrada a um hardware utilizado por drones ou ser usada em nuvem.
Os testes comparativos revelaram que a nova rede possuía os melhores resultados no reconhecimento das imagens.

Testes de campo

Para os próximos passos, os estudiosos pretendem fazer testes de campo com drones e o modelo proposto para avaliar o desempenho da CNN em situações controladas.

O algoritmo é resultado da tese de doutorado do pesquisador Jefferson Almeida, orientando de Victor Hugo, com financiamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Também participam pesquisadores da Tongji University (China), da Banasthali Vidyapith (Índia) e da King Faisal University (Arábia Saudita), além do professor Fabrício Gonzalez Nogueira, do Departamento de Engenharia Elétrica da UFC.

 

Imagem: Agência Brasília

 

Onça pintada que sofreu com queimadas no Pantanal é transferida para Instituto em Goiás

Uma onça-pintada que foi domesticada por funcionários de uma fazenda foi transferida para o Instituto Nex, em Corumbá de Goiás, na região central do estado. A “Marruá”, como foi nomeada, foi resgatada por um fazendeiro após perder a mãe nas queimadas no Pantanal, em 2020. As informações são do G1 Goiás.

A onça chegou na fazenda em Cáceres, no Mato Grosso, ainda bebê, mas começou a representar risco depois de cerca de dois anos e a polícia ambiental foi chamada. De acordo com o médico veterinário Thiago Luczinskin, Marruá está no Nex desde o dia 4 de fevereiro e se adapta ao novo lar.

“Ela está ativa, se alimenta bem, mas não dá para cortar de uma vez o contato humano. Ela está desmamando. Ainda tem o contato com pessoas, não é legal, mas como ela tinha muito contato, fica chamando e tentando interagir”, explicou o veterinário em reportagem ao G1.

O profissional relatou ainda que, por conta de ter sido domesticada por muito tempo, a onça não poderá retornar à natureza. Thiago considerou prejudicial a “humanização” que o animal sofreu, por ser um bicho selvagem.

“Ela perdeu o medo do ser humano. Se a gente soltá-la, pode ser que ela se aproxime de alguma fazenda, não para atacar alguém, mas porque ela sabe que o humano vai dar comida, vai cuidar, e isso pode gerar receio de algum fazendeiro, que pode acabar atacando ou abatendo”, falou Thiago.

Longe da fazenda em que foi criada, o recinto definitivo que está sendo construído para receber a onça tem 240 metros quadrados. Marruá será “vizinha” de outras 25 onças de quatro biomas.

A coordenadora de projetos do Instituto Nex, Daniela Gianni, explicou que será feito um trabalho para readaptação para o animal “lembrar” que é uma onça, por conta da humanização do animal.

“A gente vai fazer um trabalho de recondicionamento para que os instintos dela retornem. Então, vamos ensiná-la a caçar, a subir em árvore, a nadar, tudo que ela não fazia”, falou Daniela.

A onça foi resgatada no dia 3 de fevereiro deste ano, na cidade mato-grossense, depois do pedido do dono da fazenda em que ela vivia. Thiago Luczinskin contou que Marruá vivia solta e, quando chamada, bem tranquila se esfregou na perna das pessoas que estavam no local.


Imagem: Reprodução TV Anhanguera

Combate a incêndio na Chapada dos Veadeiros ganha reforço com helicóptero bombeiro

O Helicóptero Bombeiro do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBMGO) decolou na manhã desta terça-feira, 14, para reforçar as equipes que combatem incêndio em vegetação na região da Chapada dos Veadeiros. 

De acordo com o CBMGO, o apoio aéreo é fundamental na região que é de difícil acesso.  As chamas começaram no domingo, 12, no Vale da Lua. 

Incêndio

Cerca de 100 pessoas, entre bombeiros militares, servidores do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e brigadistas voluntários que moram na região, além de três aeronaves, trabalham para combater as chamas.

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Baixa umidade do ar chega a 12% e deixa Goiás em estado de emergência

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) colocou Goiás em alerta laranja para o risco de baixa umidade, que pode chegar a 12% no fim de semana com o clima seco intenso, o que caracteriza estado de emergência e risco para queimadas.

 

De acordo com a Inmet, nesta quinta-feira (19), a média se manteve em 15%, e a capital Goiânia chegou a 19%. Referente à temperatura, a máxima até às 15h desta quinta-feira foi em Aragarças, que registrou 35,6°C. Os termômetros na capital chegaram a 32,7ºC.

 

A recomendação é que a população beba muito líquido e evite exposição ao sol entre as 10h até 16h. As atividades físicas devem ficar restritas às horas menos quentes. Além disso, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o índice recomendado para os seres humanos é entre 60% e 80%. Com o tempo seco e a queda dos níveis de umidade, é aconselhável que a população siga as recomendações básicas para evitar a desidratação e possíveis doenças respiratórias.

 

 

Imagem: Sílvio Túlio

 

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Cientistas encontram nova espécie de macaco na região do Mato Grosso

Ainda há esperança para uma das regiões amazônicas mais afetadas pelo desmatamento no Brasil. Pesquisadores brasileiros encontraram na região uma nova espécie de macaco, que passou algumas décadas sendo confundida com alguns de seus parentes antes de ser finalmente revelada à comunidade científica.

 

micos

 

É o mico schneider ou ‘’Sagui-de-shneider’’, cuja pelagem com tons de laranja e chumbo, e prateada na parte da frente, ajuda a diferenciá-lo dos vários outros membros do gênero mico que habitam áreas vizinhas da floresta. E tudo indica que a espécie é exclusivamente mato-grossense, sendo encontrada apenas na região entre os rios Juruena e Teles Pires, nos municípios de Paranaíta e Alta Floresta.

 

A Amazônia, que abriga 20% da diversidade de primatas em todo o mundo, continua surpreendendo a comunidade científica com novas espécies de macacos porque ainda faltam muitos dados sobre a distribuição geográfica e as características de cada bicho.

 

Os detalhes sobre a nova espécie são encontrados em artigo publicado na revista ‘’Scientific Reports’’. Assinam o estudo Rodrigo Costa-Araújo, do Museu Paraense Emílio Goeldi, Gustavo Canale, da Universidade Federal de Mato Grosso, e pesquisadores de outras instituições no Brasil e no Reino Unido.

 


Foto: Divulgação / Diego Silva

 

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