Resenha : The Crown mostra que a realeza não é só glamour e ostentação

The Crown está com a quarta temporada liberada para o público. A série é sucesso de crítica e de público por, além de mexer com o imaginário popular ao revelar segredos da realeza britânica, mostrar que a coroa tem um peso muito maior do que os benefícios que ela traz. Há momentos em que o espectador se coloca em questionamento sobre se, de fato, vale a pena tanta renúncia e tanto sofrimento para manter o título da realeza.

 

A série, que é a mais cara da história do streaming, retrata a chegada de Elizabeth ao posto de rainha e vai revelando segredos e momentos históricos com o passar dos episódios. Uma das maiores surpresas para o público foi o Príncipe Philip e todas as conceções que a Rainha da Inglaterra fez para salvar e manter seu casamento. 

 

Analistas da história dizem que “The Crown” não possui relevância significativa e que não aborda assuntos que já não tenham sido cobertos pela mídia. Mas ainda assim, a série é sucesso absoluto. Na primeira temporada a série deixa a mensagem de que ‘a coroa deve prevalecer’ e mostra que, para isso, o monarca e toda a sua família devem fazer concessões, renúncias e seguir regras, em todos os pontos da vida. 

 

A segunda temporada tem grande parte dos episódios dedicado à crise no casamento de Elizabeth e Philip, que acabam sendo pouco interessantes. A temporada dá um choque no público no episódio que mostra o  encontro da Rainha com John e Jackie Kennedy. O encontro das duas mulheres faz a rainha se sentir obsoleta e pouco interessante, até ela perceber a realidade da vida de Jackie. O final do episódio retratando o assassinato do presidente estadunidense é imperdível. 

 

A terceira temporada traz a rainha com cinquenta anos,  em um momento estável de seu casamento com Philip, mãe de Charles e Anne , que se tornam figuras centrais na narrativa. Neste momento, o roteiro passa a mostrar com uma dura clareza o quanto a possibilidade de uma possível sucessão torna alguém tão vulnerável. Conversas entre a rainha e Charles retomam a narrativa de que a realeza não é uma escolha, é um dever.  A Coroa prevalece com toda a pompa e peso.

 

A quarta temporada traz a tão esperada presença de Diana, que não é tão brilhante pelo fato dela dividir espaço com Margareth Thatcher. Sobre Diana, aa série expõe de maneira dura e crua que a princesa aceitou o noivado com Charles quando ainda era muito nova e ingênua. Assim, por meio dos sonhos da jovem Diana, a série representa o povo e sua vontade de ascensão.  

 

Nesta temporada, The Crown teve várias passagens de tempo, preparando o público para um possível final. É imprescindível dizer que o roteiro mostra de uma maneira muito clara que os sonhos com a realeza não são a vida da realeza. De acordo com a série, fazer parte da realeza é bem mais pesado e difícil do que se possa imaginar.

5 séries sobre a Família Real britânica para você assistir na Netflix

 

A família real da Inglaterra desperta curiosidade e fantasia em muita gente. A ‘curiosidade’ pela realeza ultrapassa os limites do reino de Elizabeth e conquista fãs do mundo todo. 

 

Prova desse sucesso é o grande número de séries, filmes e documentários sobre a vida e a história dessas pessoas. Para matar um pouco a curiosidade e ajudar a entender um pouco de como essa família influenciou a história do mundo, separamos  cinco séries, que estão disponíveis no Netflix e que contam a história, revelam segredos e nos ensinam mais sobre a Inglaterra que muitos livros de história. 

 

Prepare-se para maratonar. 

 

  1. The Tudors 

A trama gira em torno do rei Henrique VIII e de suas “manobras” desesperadas em busca de um herdeiro, mostrando sua relação com Catarina de Aragão, Ana Bolena e a fundação da Igreja Anglicana.

 

  1. The Crown 

A série original da Netflix conta a história da rainha Elizabeth II, descrevendo as intrigas de rivalidades políticas que marcaram os bastidores da monarquia britânica no século XX.

 

  1. The royal house of Windsor 

 

Foca em toda a família e vai abordar desde a criação da Família Real até agora, com a eminência do Príncipe Charles assumir a Coroa. No documentário aparecem familiares de pessoas envolvidas com a Coroa, historiadores e jornalistas. 

 

  1. The Story of Diana

 

O irmão e pessoas do círculo íntimo da princesa Diana falam sobre sua vida marcante e sobre seus conflitos pessoais.

 

  1. The Windsors 

Sempre na boca do povo, a vida pessoal e os problemas da família real inglesa servem de inspiração e conteúdo para esta novela cômica.

 

Rainha Elizabeth II quebra tradição centenária da realeza

A Rainha Elizabeth II está quebrando uma tradição centenária da Família Real Britânica. A majestade está de luto pela morte de seu marido, o príncipe Philip, que faleceu no início do mês. De acordo com os costumes reais, em tal situação a Rainha deve usar o brasão e papel timbrado com bordas pretas durante o período de luto. Entretanto, segundo a revista People, ela fará diferente.

O papel timbrado da realeza significa seu próprio brasão de outra cor, provavelmente vermelho. A revista informou que a mudança pode ter sido uma homenagem à personalidade mais moderna de Philip, que, inclusive, teve seu funeral fora dos protocolos reais. Seu caixão foi levado de Land Rover para a cerimônia do Castelo de Windsor.

Os outros integrantes da realeza, como o Príncipe Charles, Camilla, a Duquesa da Cornualha, o Príncipe William e Kate Middleton vão seguir a tradição, usando o papel timbrado e brasão com bordas pretas. Ainda segundo a People, o uso desses artigos de papelaria era comum no século 19 e foi passado pela Rainha Vitória depois da morte de seu marido, o Príncipe Albert em 1861. Além disso, o uso de envelopes combinando com o papel da carta com um borda preta grossa são usados como um sinal de luto.

Por mais que tenha rompido com a norma centenária, a rainha manteve a tradição de colocar uma mensagem manuscrita a Philip no papel timbrado de borda preta, em um buquê de flores em seu funeral. Charles, com 72 anos, seguiu a tradição no passado, principalmente após a morte de sua avó e rainha-mãe em 2002.