Cidade goiana abriga apaixonante lago azul, segredos milenares e aventuras radicais
Longe de ser uma obra de manipulação digital, o vibrante Lago Azul se desvenda como o tesouro mais cintilante da tranquila Mara Rosa, situada a uma distância equidistante entre Goiânia e Brasília. Este icônico ponto turístico, banhado por águas genuinamente azuis ricas em magnésio, não só é um deleite para os olhos como também se apresenta como um convite irrecusável aos amantes de mergulho, tanto para novatos quanto para os mais experientes.
Ao mergulhar nas profundidades que alcançam 56 metros, os aventureiros encontram um mundo subaquático repleto de histórias e segredos, onde os vestígios do passado, como uma Kombi e um fusca, jazem silenciosamente, transformando o fundo do lago em um museu submerso que narra a trajetória vibrante do local. A água, embora muito alcalina e desprovida de vida aquática, abriga um espetáculo visual inusitado, com um parque de diversões subaquático que encanta a todos.
O Lago, com sua história ligada às operações de mineração da Western Mining Company, é circundado por um impressionante paredão de cerca de 40 metros de altura, que hoje serve de palco para os entusiastas do rapel se deleitarem em uma atividade repleta de adrenalina, com uma vista panorâmica que só aumenta o charme do local.
Ao visitar Mara Rosa, não se pode ignorar o riquíssimo patrimônio arqueológico que o município hospeda. A curta distância do centro da cidade, no povoado de Amarolândia, se encontram as milenares pedras rupestres, testemunhas silenciosas do tempo, gravadas com desenhos circulares e espirais que datam da era da cultura Caiapó, evocando um elo histórico profundo com os habitantes ancestrais da região. O local, um convite aberto à reflexão e ao apreço pela arte ancestral, guarda também a memória daquela civilização nas cerâmicas preservadas e agora exibidas no Museu do Instituto Goiano de Pré-História e Antropologia (IGPA).
Ao programar sua visita, é prudente levar alimentos e bebidas, além de manter um compromisso inegociável com a preservação do meio ambiente, garantindo que o local permaneça limpo e acolhedor para as futuras gerações.
Ao se dirigir para este recanto de Mara Rosa, você não estará apenas indo a um ponto turístico, mas embarcando em uma viagem através do tempo, onde cada pedra e cada mergulho revelam páginas vivas da história, um convite para explorar as maravilhas naturais e as narrativas impregnadas na cultura local. Cada visita torna-se, assim, uma descoberta de belezas naturais e histórias que transcendem gerações, fazendo do Lago Azul e arredores não apenas um destino turístico, mas uma experiência enriquecedora e inesquecível.
O azul intenso perfeito para fotos, mergulho e até banho.
O Cristo Redentor da cidadezinha acolhedora de apenas 11 mil habitantes. (Fotos Divulgação Prefeitura Mara Rosa)
Para quem ainda é amador, a empresa Mergulho & Cia, de Brasília, oferece cursos e pacotes para o local. É recomendado levar os próprios equipamentos.
Mergulho livre Lago Azul Mara Rosa publicado por “Zoiao Sub / YouTube.
Origem
O lago foi formado pelas escavações para exploração de minérios de uma grande multinacional que se instalou no final da década de 1980. Quando a mineradora encerrou suas atividades alguns anos depois, parou-se então de dragar o solo da imensa cratera e então a água transbordou formando o belo cartão postal.
Do Centro da cidade até o Lago Azul, são apenas 14 quilômetros (metade é estrada de chão com bom acesso mas pouca sinalização). O ideal é pedir informação para os próprios moradores que adoram falar do ponto turístico.
Sítio Arqueológico
Outro atrativo do município são as pedras rupestres (no povoado de Amarolândia, a 15 minutos do Centro da cidade). O local fica dentro de uma propridedade privada mas tem acesso liberado. Segundo pesquisadores, os desenhos seriam de índios que ocuparam a região a cerca de 1,5 mil anos atrás até o século 18.
Pelos traços e estilo de produção, os desenhos são da chamada fase mossâmedes e são característicos da cultura Caiapós, índios que já habitavam a região naquela época. As figuras com formato circular e espiral esculpidas nas rochas teriam finalidade decorativa para serem apreciadas pelos que viviam ali. No local também foram encontradas cerâmicas que já foram recolhidas e atualmente estão expostas no museu do Instituto Goiano de Pré-história e Antropologia (IGPA), da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC).
Comer e dormir
Para comer, a dica é fazer o pit stop no Tropical Restaurante com almoço caseiro. A noite o Hélios Bar e Restaurante serve bons pratos. O Flávios Hotel é a opção de hospedagem na cidade com ar condicionado e frigobar para quem busca um pouco mais de conforto.
Distância: 348 Km de Goiânia e 354 Km de Brasília
Como chegar em Mara Rosa: Acesso via BR-153 e GO-154
Telefones úteis:
Prefeitura: (62) 3366-2209
Capa: Goiás Turismo