Pessoas que tomaram a primeira dose da vacina contra a Covid-19 em Goiás não estão tomando a segunda, diz Caiado

Na manhã desta quarta-feira (17), o governador Ronaldo Caiado (DEM) afirmou que as pessoas que tomaram a primeira dose do imunizante contra a Covid-19 não estão retornando para a aplicação da segunda dose. A informação foi divulgada durante uma reunião realizada por videoconferência, durante discussões sobre a situação da pandemia em Goiás.

Para Caiado, é necessário que os municípios encontrem uma forma de “convocar” essas pessoas para tomarem a segunda dose do imunizante nos postos de vacinação. Em sua fala, o governador ainda citou as novas variantes identificadas na África do Sul e no Reino Unido, que já chegaram ao Brasil e apresentam ainda mais transmissibilidade.

Medidas

Entre as medidas citadas para controle da atual situação no estado, Caiado citou o cancelamento das cirurgias eletivas pelo Instituto de Assistência dos Servidores Públicos de Goiás (Ipasgo) para liberar leitos para o atendimento de pacientes com a Covid-19. Recentemente, o governo abriu mais 35 leitos de UTI para o tratamento desses pacientes, mas a taxa de ocupação das 300 unidades na rede estadual segue acima de 80%

De acordo com o boletim informativo liberado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-GO), a taxa de ocupação em leitos de UTI em Goiás é de 88,93%, com 33 leitos dos 305 disponíveis ocupados. Na capital goiana, a ocupação desses leitos é de 66,5%

Para Caiado, os municípios precisam encontrar uma forma de ‘convocar’ a população para tomar a segunda dose nos postos de vacinação | Foto: Reprodução/Fábio Lima

Campanha de vacinação em Goiânia

A Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), deu início a mais uma etapa do Plano de Vacinação Contra a Covid-19 e começou a vacinar na manhã desta quarta-feira (17/2) idosos com 84 anos com a primeira dose da vacina Coronavac. A imunização desse grupo ocorre até amanhã (18/2) em cinco pontos de vacinação na capital.

No intuito de evitar aglomerações e proporcionar mais conforto aos atendidos, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) preparou cinco pontos de vacinação. Confira:

Região Sudoeste: Escola Municipal Francisco Matias
Endereço: R. Carlos Gomes – Parque Anhanguera, Goiânia – GO
Região Oeste: Escola Municipal Lions Club Bandeirante.
Endereço: Praça da Bandeira, 200, Quadra 30, Bairro Goiá, Goiânia-GO
Região Noroeste: Escola Municipal Coronel José Viana
Endereço: Rua CM7 – St. Cândida de Morais, Goiânia – GO
Drive Thru Shopping Passeio das Águas
Endereço: Av. Perimetral Norte, 8303 – Fazenda Caveiras, Goiânia. Acesso exclusivo pela entrada da Av. Perimetral
5) Drive Thru Pontifícia Universidade Católica de Goiás – Área 1(atendimento para pedestres e Drive Thru)
Endereço: R. 235, 722 – Setor Leste Universitário, Goiânia – GO.

Segunda dose da Coronavac

O plano de vacinação para os idosos teve início com o atendimento aos acamados com 60 anos ou mais. Até o momento, 2.110 pessoas do grupo já foram imunizadas.

Nesta segunda-feira (15/2), Goiânia deu início à aplicação da segunda dose da Coronavac em trabalhadores da Saúde e idosos institucionalizados. O balanço dá conta de 1.083 vacinados em dois dias, no total, a capital já tem 64.470 pessoas imunizadas.

Reprodução: Secretaria Municipal de Saúde/Prefeitura de Goiânia

Sputnik V: estudo aponta eficácia de 91,6% da vacina russa contra a Covid-19

A vacina Stupnik V, desenvolvida pelo Instituto de Pesquisa Gamaleya, na Rússia, apresentou 91,6% de eficácia contra a Covid-19, segundo estudos preliminares publicados na revista científica “The Lancet” nesta terça-feira (2). Em casos moderados e graves da doença, o imunizante apresentou 100% de eficiência.

Os resultados são baseados em uma análise de dados com 19.866 participantes, maiores de 18 anos, onde parte do grupo recebeu a vacina e outra parte o placebo. Além disso, o imunizante também apresentou resultados positivos quanto aos idosos: em uma subanálise com adultos de mais de 60 anos, a eficácia ficou na taxa de 91,8%.

Vacina Sputnik V | Reprodução: Poder360

Entendendo a taxa

A eficácia representa a capacidade da vacina em impedir uma infecção com sintomas da Covid-19, ou seja, a pessoa vacinada tem 91,6% menos chances de se contaminar quando comparada àqueles que não se vacinaram. Aplicada em duas doses, com o intervalo de 21 dias entre elas, a Sputnik V também não apresentou nenhum efeito colateral associado à aplicação, apenas eventos adversos leves.

A vacina é a quarta a ter resultados publicados em uma revista, o que significa que os dados foram revisados e validados por outros cientistas, dando valor científico a seu uso. Ainda em andamento, o estudo pretende envolver 40 mil participantes para publicar informações mais conclusivas.

Assim como todos os desenvolvedores de vacinas da Covid-19 até agora, os pesquisadores envolvidos no estudo mediram somente os casos sintomáticos para calcular a eficácia da vacina. Nesse sentido, são necessários estudos para determinar a eficácia da vacina em impedir a transmissão da doença.

Recebimento de caixas com vacinas Sputnik V, em Buenos Aires (Argentina) | Reprodução: Agustin Marcarian/Reuters

Importação para o Brasil

A Sputnik V ainda não está sendo testada em território nacional, mas a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está analisando um pedido para que ensaios da fase 3 sejam realizados no Brasil. Essa aprovação é fundamental, pois a agência determinou que somente vacinas testadas em solo brasileiro podem receber autorização de uso emergencial.

Na última semana, a Anvisa se reuniu com a farmacêutica União Química para discutir a respeito da vacina no país. A empresa apresentou um acordo de transferência de tecnologia da Sputnik V e poderá fabricá-la no Brasil.

A farmacêutica afirmou que a Rússia está pronta para entregar 10 milhões de doses no primeiro semestre assim que o uso emergencial for aprovado. Na segunda-feira (01), a União Química enviou uma manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF) em que diz ter a capacidade de entregar 150 milhões de doses da Sputnik V até o final de 2021.

Sede da União Química | Reprodução: ICTQ

Análise e compra

O presidente Jair Bolsonaro disse, na última semana, que comprará a vacina desenvolvida pela Rússia quando houve aprovação da Anvisa. No entanto, a agência afirmou que os dados publicados a respeito deste imunizante são diferentes daqueles submetidos pela União Química.

Para que o pedido seja analisado, é necessário que a farmacêutica dê acesso aos dados completos gerados nos estudos clínicos da vacina. Em comunicado, a Anvisa ressaltou que há dados pendentes, e é necessário o fornecimento de relatórios de estudos clínicos da vacina que incluam dados sobre a fase 3, demonstrando ao menos 50% da eficácia.

No Brasil, a campanha de imunização está ocorrendo atualmente com a vacina CoronaVac, do laboratório chinês Sinovac e o Instituto Butantan e a vacina da Oxford.

Goiás recebe 65,5 mil doses da vacina Oxford/AstraZeneca

No último domingo (24), Goiás recebeu 65,5 mil doses da vacina AstraZeneca, desenvolvida pela Universidade de Oxford. A decisão do Ministério da Saúde remanejou a distribuição do imunizante, reduzindo a quantidade inicial de 140 mil doses para o estado, como anunciado pelo governador Ronaldo Caiado (DEM) na sexta-feira da semana passada.

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) informou que a quantidade foi reduzida após um acordo entre os estados e o Ministério da Saúde. O órgão definiu que, neste momento de crise, é necessário enviar uma quantidade superior de doses para o Amazonas.

Carregamento da vacina AstraZeneca chega a Goiânia | Foto: Reprodução/PRF

Grupos prioritários

O transporte da vacina está acontecendo no território do estado, e a expectativa é que a distribuição seja concluída dentro de 24h. A SES-GO informou que essa remessa está destinada para a vacinação dos trabalhadores de saúde.

De acordo com a instituição, a ordem de prioridade entre esses profissionais que deverão receber as doses é definida por locais de atuação, confira:

1) Hospitais;

2) Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) / Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) / Sistema Integrado de Atendimento ao Trauma e Emergências (Siate);

3) Unidades Básicas de Saúde (UBSs);

4) Consultórios/Laboratórios.

Vacina AstraZeneca, produzida pela Universidade de Oxford | Foto: Reprodução/Jornal O Globo

CoronaVac x AstraZeneca

Os grupos prioritários que foram vacinados com a CoronaVac, do Instituto Butantan, não terão acesso à AstraZeneca, da Universidade de Oxford. De acordo com as autoridades de saúde, as vacinas foram feitas com tecnologias e condições diferentes, portanto, é necessário seguir com os tratamentos individuais de cada imunizante sem misturá-los indiscriminadamente.

O planejamento do Governo de Goiás é que essa primeira remessa seja utilizada como primeira dose. Como o prazo para a aplicação da segunda dose dessa vacina é de três meses, a expectativa é que a próxima remessa chegue nesse período, para que a campanha tenha continuidade.

Segundo o Secretário de Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, as 65,5 mil doses irão contemplar 27% da totalidade de profissionais de saúde do estado. Os profissionais da saúde orientam que os cidadãos que receberam a primeira dose da vacina contra a Covid-19 continuem com as medidas protetivas, como utilizar a máscara e o álcool em gel, pois a imunização ocorre somente após 15 ou 45 dias da primeira aplicação, no caso das duas vacinas disponíveis no Brasil.

Goiás deve usar todas as vacinas da AstraZeneca como primeira dose, afirma Caiado

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), afirmou nesta sexta-feira (22) que planeja utilizar imediatamente as vacinas da AstraZeneca contra a Covid-19. Com a vacina CoronaVac, o governo do estado manteve metade do carregamento para aplicação da segunda dose.

A previsão é que 140 mil doses importadas da Índia cheguem a Goiás na próxima segunda-feira, após análise da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A decisão do governador foi tomada baseada no fato de que, no caso da AstraZeneca, a segunda dose é aplicada somente três meses após a primeira.

Reprodução: Agência Brasil

Primeira dose

Em pronunciamento oficial, Caiado afirmou que não haverá falta de vacina no estado. “A segunda dose dessa vacina é dada depois de doze semanas. Por isso, neste período de três meses teremos tempo de receber a segunda remessa, e não terá falta de vacina.”, explicou o atual governador.

O pedido do Ministério da Saúde orienta que 5% do total de cada estado seja colocado em uma reserva de emergência para atender os estados em situação de necessidade ao longo da campanha de imunização no país. Nesse sentido, seriam 130 mil moradores de Goiás com pelo menos uma dose da vacina da AstraZeneca, além dos quase 90 mil que já estão recebendo a CoronaVac desde o início da semana.

Grupos prioritários

A expectativa é que todo o primeiro grupo prioritário seja atendido com pelo menos a primeira dose dos imunizantes. Fazem parte desse grupo os profissionais de saúde que estão na linha de frente do combate contra o coronavírus e os idosos institucionalizados, ou seja, aqueles que estão em residências de longa permanência.

As diretrizes do Ministério da Saúde e da Secretaria do Estado de Saúde em Goiás orientam que, além deste primeiro grupo prioritário, devem ser vacinados também pessoas a partir de 18 anos de idade com deficiência, residentes em instituições inclusivas. A população indígena vivendo em território indígena também faz parte dessa lista.

Aos 73 anos, Maria Conceição da Silva é a primeira vacinada contra o Covid-19 em Goiás

Na tarde desta segunda-feira, uma moradora de um abrigo de idosos se tornou a primeira goiana a ser imunizada contra a Covid-19 no estado. A primeira dose da vacina foi aplicada pelo próprio governador Ronaldo Caiado, que é médico, durante cerimônia realizada na unidade de saúde do Residencial Leblon, em Anápolis.

Com 73 anos de idade e comorbidade de hipertensão, Maria Conceição da Silva tem seis filhos e trabalhou como doméstica e gari ao longo da vida. Residente do Abrigo dos Velhos Professor Nicéphoro Pereira da Silva, a senhora teve a oportunidade de ser imunizada com a primeira dose da Coronavac, que chegou hoje à Goiás.

Reprodução: TV Anhanguera

Certificado

Dona Maria recebeu um certificado da primeira dose, e irá tomar a próxima dentro de 28 dias. Estima-se que a imunização ocorra 45 dias após as duas etapas, segundo estudos recentes sobre as novas vacinas. Até lá, a senhora irá aguardar com os outros moradores do Abrigo dos Velhos Professor Necéphoro Pereira da Silva.

Em entrevista ao Jornal Anhanguera, Maria da Conceição afirmou não ter sentido dor. “Esperei muito tempo por essa vacina, eu estava ansiosa. Isso vai dar força para todas e todos. Quando todo mundo tiver imunizado, aí será alegria para mim, enquanto não for, eu não tenho muita alegria. Não basta só eu, tem que ser todos”, relatou a senhora logo após a aplicação.

Reprodução: O Popular

Vacinação na capital

A campanha de imunização em Goiânia tem início nesta quarta-feira. Anápolis foi escolhida para o início dos procedimentos de imunização no estado como retribuição por ter acolhido brasileiros repatriados de Wuhan, cidade chinesa conhecida como o epicentro da doença, no início de 2020.

Goiânia recebeu 30 mil doses, e a expectativa é que sejam aplicadas mil por dia. No primeiro momento, serão vacinados profissionais que atuam na linha de frente do combate à pandemia e idosos que residem em abrigos.

A vacinação ocorrerá diretamente nas unidades de saúde e nos abrigos. O planejamento da Secretaria Municipal de Saúde é de que todos os idosos em instituições de longa duração sejam imunizados.

Confira a publicação do governador Ronaldo Caiado no momento da vacinação de Dona Maria:

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Secretaria de Saúde inicia a elaboração do plano de vacinação contra a Covid-19 em Goiás

Na última quarta-feira (6), a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) apresentou o Plano Estadual de Imunização contra a Covid-19, responsável pelo planejamento e previsão das ações de imunizações no estado mediante a disponibilidade da vacina. O documento foi discutido durante a primeira reunião do Centro de Operações de Emergências (COE) deste ano.

O Plano ainda não está pronto, mas tem previsão de ser finalizado no próximo dia 12 entre a Secretaria de Estado e as Secretarias Municipais de Saúde. Submetido a ajustes, a próxima reunião tem como objetivo definir a quantidade e o horário das salas de vacinação necessárias à campanha.

Informações adicionais

Após essa reunião, o Plano Estadual de Imunização será divulgado na íntegra para a imprensa e a população. Os detalhes não foram amplamente divulgados, mas a SES-GO informou que o plano “estabelece as ações e estratégias para a operacionalização da vacinação contra o vírus.”

Em entrevista ao Jornal Anhanguera, a superintendente de Vigilância em Saúde da SES-GO, Flúvia Amorin, afirmou que a organização logística e a definição dos grupos prioritários já está definido, mas que ainda há a necessidade de acertar os detalhes técnicos, como a questão das salas, com as Secretarias Municipais. “Precisamos definir [essas questões] para fechar o Plano, para que todo o Estado trabalhe da forma mais homogênea possível, para que as pessoas tenham a mesma oportunidade independente do município que ela esteja.”

Reprodução: Dia Online

Aulas presenciais

O COE definiu que as escolas particulares seguem com 30% dos alunos de forma presencial, negando o pedido do Sindicato das Escolas Particulares para que 50% dos alunos retornassem ao ensino presencial, pois a instituição entendeu que este não é o melhor momento. As decisões sobre esses assuntos são tomadas a partir dos indicadores da Covid-19 no Estado, e devido à movimentação no período de final de ano, assim como a mudança administrativa no âmbito político do estado, o COE optou por manter a atual medida.

A previsão é que este número seja avaliado daqui a duas ou três semanas, de acordo com os indicadores do coronavírus no estado. Os indicadores incluem as informações sobre os números de casos, internações em UTI e nas enfermarias.

Mais informações no portal oficial da Secretaria de Estado de Saúde.