Aparecida de Goiânia recebe 12 pacientes vindos de Manaus

O Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (HMAP) recebeu, na madrugada desta terça-feira, 19, 12 pacientes vindos de Manaus (AM) para serem tratados contra a Covid-19 na cidade. Os recém-chegados estão numa enfermaria separada destinada a eles, que têm casos clínicos moderados, segundo a equipe médica da unidade. Todavia, caso seja necessário, 10 UTI’s estão preparadas exclusivamente para atendê-los.

O prefeito Gustavo Mendanha ressaltou que a oferta dos tratamentos foi uma questão “humanitária e de responsabilidade social. O Amazonas vive um momento crítico e Aparecida tem o HMAP, um hospital público de reconhecida excelência, e também a taxa de ocupação dos leitos intensivos para Covid-19 em nossa rede pública está em 49%, então temos condições de ajudar. Cuidaremos desses pacientes que viajaram por quase 2 mil quilômetros com qualidade técnica e dedicação. Essa é a razão de ser do Sistema Único de Saúde (SUS).”

O diretor de Avaliação e Controle da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Aparecida de Goiânia, Luciano Carvalho, informou que os recém-chegados serão tratados separadamente dos pacientes locais por uma equipe multidisciplinar destacada exclusivamente para atendê-los.

“Os pacientes estão numa enfermaria com camas elétricas, tv e ar condicionado, além de todos os equipamentos e insumos necessários para os atendimentos e com o suporte de uma estrutura completa para exames laboratoriais e de imagem (tomografia e ressonância magnética)”, acrescentou o diretor.

Viagem humanitária

O avião que trouxe 18 pacientes vindos do Amazonas aterrissou na Aeroporto Santa Genoveva (Goiânia) às 23h20. No local, já estavam a postos ambulâncias do Samu de Goiânia para fazer a transferência de 6 pacientes para o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HCUFG) e de outros 12 para o HMAP, destes 2 foram para UTIs.

Segundo informações do Ministério da Saúde (MS), as transferências são seguras e a escolha dos pacientes segue o protocolo de classificação de risco Manchester para estabelecer a prioridade de atendimento de acordo com a gravidade de cada caso. Durante a viagem, profissionais de saúde acompanham os pacientes e as aeronaves contam com a estrutura necessária de equipamentos e insumos hospitalares.

 

Foto: FAB/Divulgação

Hospital das Clínicas da UFG receberá pacientes com Covid-19 vindos de Manaus

Com a coordenação do Ministério da Saúde (MS), uma rede de apoio está sendo criada em todo o país para receber os pacientes de Manaus com Covid-19 que não encontram mais vagas para internação na capital amazonense. Agora à tarde, a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), vinculada ao Ministério da Educação, encaminhou um ofício ao MS disponibilizando, aproximadamente, 150 leitos distribuídos em nove hospitais universitários federais que fazem parte da Rede Ebserh a fim de ajudar o estado.

A expectativa é receber os pacientes nos próximos dias para tratamento em leitos de enfermaria e UTI. A infraestrutura necessária já está sendo organizada com leitos exclusivos para pacientes com o novo coronavírus no Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HU-UFMA), Hospital Universitário Onofre Lopes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (HUOL-UFRN), Hospital Universitário de Brasília da Universidade de Brasília (HUB-UnB), Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí (HU-UFPI), Hospital Universitário Lauro Wanderley da Universidade Federal da Paraíba (HULW-UFPB), Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiânia (HC-UFG), Hospital Universitário Walter Cantídio da Universidade Federal do Ceará (HUWC-UFC), Hospital Universitário da Universidade Federal de Pernambuco (HU-UFPE) e no Hospital Universitário Prof. Alberto Antunes da Universidade Federal de Alagoas (HUPAA-UFAL). Dos 150 leitos, 22 são de UTI e os demais de enfermaria.

HC-UFG

Em Goiás, o Hospital das Clínicas UFG-Ebserh deve receber cerca de 20 pacientes com Covid-19 vindos de Manaus. O objetivo dessa ação é diminuir a demanda por oxigênio na capital do Amazonas.

Os leitos de enfermaria já estão prontos para receber os pacientes que demandarem oxigenoterapia, mas antes de serem transferidos, os pacientes passarão por uma triagem para avaliar se há condições de transferência segura.

O HC receberá casos leves ou moderados e também estará com UTIs equipadas, caso existam complicações. Atualmente, a taxa de ocupação de leitos do hospital é de 50%.

Fonte: Rede Ebserh