Toni Morrison, a primeira mulher negra a conquistar um prêmio nobel, morre aos 88 anos

A escritora americana Toni Morrison, que ganhou o Prêmio Nobel de Literatura em 1993, morreu nesta segunda-feira (05/08) aos 88 anos. Seu falecimento foi confirmado nesta terça-feira (06/08), pelo twitter da editora de Toni. Ela foi a primeira mulher negra a conquistar o prêmio.

A autora estava internada no Centro Médico Montefiore, em Nova York e, segundo a família de Toni, ela faleceu após contrair uma leve doença e, apesar da tristeza por sua partida, a família se sente grata por ela ter tido uma vida longa e bem vivida.

Nascida no estado estadunidense de Ohio, em fevereiro de 1931, Toni Morrison ficou conhecida por obras que descrevem os obstáculos políticos e sociais enfrentados pela comunidade negra ao longo da história americana, ganhando o apelido de Pantera Negra, em referência ao grupo que inseriu com força o debate das questões raciais na sociedade americana. 

“O Olho Mais Azul” é seu romance de estreia, publicado em 1970. O livro conta a história de uma mulher negra que sonhava em ser loira dos olhos azuis. Entre seus maiores sucessos estão ‘Sula’ (1973), que lhe rendeu uma indicação ao National Book Award e ‘Amada’ (1988), que lhe rendeu um prêmio Pulitzer e uma adaptação cinematográfica estrelada por Oprah Winfrey, em 1998. 

Toni era muito amiga de personalidades como Barack Obama e Maya Angelou, que prestaram homenagens à escritora em suas redes sociais:

Primeira bailarina negra de Goiânia apresenta o espetáculo ‘Adobe’ marcando o Dia Internacional da Mulher

Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, Luciana Caetano apresenta o espetáculo “Adobe”, como forma de reverenciar suas ancestrais negras e matriarcas. Após uma pausa de dois anos, com uma obra carregada de simbolismos, Luciana levará ao público os cenários que ela traz dentro dela, das vidas das mulheres de sua família e de suas histórias, de memórias físicas, sociais e emocionais que delineiam a existência destas matriarcas. A montagem reverencia esse legado de sabedoria, força, delicadeza e amor familiar.

ADOBE

Ancestral do tijolo de barro, o tijolo de adobe pertence à história brasileira tanto quanto os corpos negros que construíram a arquitetura deste país. Base das paredes largas das casas grandes e senzalas, o adobe é peça de alvenaria rudimentar, resistente e confortável para os sentidos, feita de terra, água e fibra. Solitário, o adobe não cria estruturas, mas unido a peças iguais, criam lares e comunidades.

Assim é a analogia criada pela coreógrafa Luciana Caetano, quando decide dar o nome de “Adobe” ao seu novo espetáculo solo de dança, que na verdade vem sendo criado dentro do seu corpo há bastante tempo. A obra é uma reverência às mulheres ancestrais da intérprete/criadora e a tudo que a bailarina traz em seu corpo e sua alma que é herdado desse matriarcado. A mulher enquanto esteio de gerações. A mulher que é base de famílias e sociedades. A mulher que gera, que protege, que cerca, que abriga, resguarda e acolhe.

Luciana Caetano

Primeira bailarina de Goiânia, Coreógrafa, Professora de Dança e especialista em Pilates, membro do Fórum de dança de Goiânia, membro do Colegiado Nacional de Dança. Diretora, coreógrafa residente e fundadora do Grupo Solo de Dança e do Grupo Contemporâneo de dança.

Natural de Goiânia, iniciou seus estudos em dança no ano de 1975. De 1985 a 1990 integra o Grupo de Dança Energia convidada por Julson Henrique. Já entre os anos de 1989 e 1999 integra a Quasar Cia de Dança, participando de todas as turnês nacionais e internacionais deste período. Em 1996 funda o Grupo Solo de dança no qual atua como coreógrafa e bailarina. Formada em Geografia, pela Universidade Federal de Goiás em 1992, Luciana Tem desenvolvido diversos trabalhos ligados a dança contemporânea e às artes cênicas no estado de Goiás e no Brasil.

Concebeu e coreografou os seguintes espetáculos: 1997 “Enquanto se Espera” (primeira versão), 1998 “Preto no Preto”, 1999 “Obliquação”, 2000 “Terra Cruz” e “Saúri-nhõre”, 2003 “Parceiros da Rua”, 2004 “Mulheres”, 2006 “Enquanto se Espera” (versão infantil), 2008 Cerratenses, 2015 “Cartas de Frida”.

SERVIÇO

“Adobe”

Quando: 07 de março
Onde:  Teatro Sesc Centro (Rua 15, esquina com Rua 19, Centro)
Horário: 20h
Ingressos: R$ 8 (trabalhadores do comércio e dependentes); R$ 10 (Conveniados); R$ 11 (Meia-entrada); R$ 22 (inteira)
Informações: (62) 3933 1714 ou 3933 1711

Imagem: Cida Carneiro | Divulgação

Raissa Santana, do Paraná, é a nova Miss Brasil 2016

Ela nasceu na Bahia, mas foi a representante paranaense no concurso. Em 2º lugar, ficou Danielle Marion, do Rio Grande do Norte. A Miss Maranhão, Deise D’Anne, ficou em 3º. Raissa Oliveira Santana é a primeira negra a vencer o concurso em três décadas.

Depois de bater um recorde de candidatas negras, o concurso de beleza mais tradicional do País elegeu uma negra para ser Miss Brasil 2016.

Raissa é de Umuarama, estuda marketing e é modelo. Ela se tornou a segunda negra a ganhar o concurso. Há exatos 30 anos, a gaúcha Deise Nunes levou o título e se tornou a primeira Miss Brasil negra.

Na hora de justificar porque merecia a coroa, a paranaense afirmou que desejava quebrar “o jejum de 30 anos” desde que a última miss negra venceu a competição.

Pela primeira vez, seis candidatas negras disputaram o concurso de beleza (representantes dos estados da Bahia, Espírito Santo, Maranhão, Paraná, Rondônia e São Paulo). Isso equivale a 25% das participantes.

Apesar de a representatividade negra ainda ser baixa nos concursos de beleza, visto que mais da metade da população brasileira (cerca de 54%) é formada por pessoas negras, esse número inédito mereceu ser comemorado.

 

Acordei e não era sonho ❤️. Obrigada por tanto amor minha gente linda!!

Uma foto publicada por Raissa Santana (@santana_raissa) em Out 2, 2016 às 4:04 PDT

10 filmes para refletir sobre a questão racial no Brasil e no mundo

No dia 20 de novembro é celebrado no Brasil o Dia Nacional da Consciência Negra, data estabelecida em 2011 e que é dedicada à reflexão e discussão sobre a condição social do povo negro na sociedade brasileira. O Brasil, que se orgulha de ser um país de povo miscigenado, ainda sofre com as diferenças socioeconômicas entre os povos, e para entender melhor a questão e se informar sobre a luta do movimento negro e a história de seu povo, listamos aqui 10 filmes para refletir sobre a questão racial no Brasil e no mundo:

 

Malcolm X – 1992

Dirigido por Spike Lee, Malcom X narra a história do líder afro-americano de mesmo nome, um símbolo da luta por direitos da população negra norte-americana.

 

A negação do Brasil – 2000

Este documentário é uma viagem na história da telenovela no Brasil, analisando os papéis atribuídos aos atores negros, revelando uma realidade cheia de estereótipos e preconceitos.

 

12 anos de escravidão – 2014

Vencedor do Oscar de Melhor Filme de 2014, 12 anos de escravidão narra a história real de Solomon Northup, escravo liberto que é sequestrado e novamente vendido como escravo.

 

Branco Sai. Preto Fica – 2015

Em uma mistura de documentário e ficção científica, o longa debate a questão racial no Brasil a partir de um crime ocorrido na periferia de Brasília.

 

Fruitvale Station – A Última Estação – 2014

Fruitvale Station é baseado na história real de Oscar Grant e narra o último dia na vida do americano de 22 anos, que é assassinado pela polícia em uma estação de trem.

 

Quilombo – 1984

Dirigido por Cacá Diegues, o longa narra a história de um grupo de escravos que se rebela em um engenho de Pernambuco e vai para o Quilombo dos Palmares, onde encontram os líderes Gaga Zumba e seu afilhado, Zumbi.

 

A Cor Púrpura – 1986

Dirigido por Steven Spielberg, A Cor Púrpura narra a história de Celie, uma jovem negra de 12 anos que é separada de seus filhos e é doada a “Mister”, e ao conhecer duas fortes mulheres, Celie revela seu espírito brilhante.

 

Cores e Botas – 2010

Neste curta nacional, a diretora Juliana Vicente narra a história de Joana, que sonha em ser Paquita. No entanto, Joana é uma menina negra, e nunca viu nenhuma Paquita com sua cor de pele.

 

Quanto Vale ou é por Quilo? – 2005

O diretor Sérgio Bianchi faz uma analogia entre o antigo comércio de escravos e a atual exploração da miséria pelo marketing social, debatendo as diferenças sociais e de raça.

 

Besouro – 2009

O longa narra a trajetória de Manoel, baiano que conhece a capoeira quando criança e se transforma em Besouro, capoeirista brasileiro a quem eram atribuídos feitos heroicos e lendários.