Mulheres de Goiás: uma goiana foi a primeira mulher a se tornar procuradora geral da república

Natural da cidade de Morrinho em Goiás, Raquel Elias Ferreira Dodge é uma jurista brasileira que integra o Ministério Público Federal desde 1987. 

Filha de Ivone Elias Cândido Ferreira e de José Rodrigues Ferreira, então advogado, pais de mais três filhos, outra mulher e dois homens. A família morava em frente ao Colégio Coronel Pedro Nunes, onde Raquel e seus irmãos iniciaram seus estudos, acompanhados pela tia materna, a professora Ivonete Elias Cândido.

Ainda durante a infância de Raquel, Rodrigues Ferreira foi aprovado em concurso público para juiz de direito e mudou-se com a família para Araguacema, atualmente no estado de Tocantins, depois para Formoso, Goiás, e, por fim, Brasília, na época em que entrou para o Ministério Público Federal. Já adolescente, Raquel começou a se preparar para também seguir carreira na área jurídica.

Em dezembro de 1992, casou-se com Bradley Dodge, cidadão americano residente no Brasil como professor da Escola das Nações, instituição de ensino para filhos de integrantes do corpo diplomático de Brasília. O encontro entre ambos aconteceu pois Raquel, que ansiava por cursar o mestrado na conceituada Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, buscava um professor de língua inglesa. Ele lhe deu aulas com foco em termos jurídicos. Já casada e mãe de dois filhos, um casal, Dodge transferiu-se temporariamente para os Estados Unidos e obteve seu mestrado. Fernando e Sofia, seus filhos, atualmente residem nos Estados Unidos, onde são estudantes.

De 2017 a 2019 ela exerceu o cargo de procuradora-geral da República, como a primeira mulher a comandar a PGR. Na época, integrou o quarteto de mulheres que comanda as quatro altas instituições do sistema judiciário brasileiro: a ministra Carmem Lúcia, no Supremo Tribunal Federal, a ministra Laurita Vaz, presidindo o Superior Tribunal de Justiça, e a ministra Grace Mendonça à frente da Advocacia-Geral da União. 

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Divulgação: SECOM/PGR

Raquel é bacharel em direito pela Universidade de Brasília e mestre em direito pela Universidade de Harvard. 

No Ministério Público, integrou a 3.ª Câmara de Coordenação e Revisão, que trata de assuntos relacionados ao consumidor e à ordem econômica, e o Conselho Superior do Ministério Público. Foi também Coordenadora da Câmara Criminal do Ministério Público Federal.

É membro do Conselho Superior do Ministério Público pelo terceiro biênio consecutivo, eleita pelo Colégio de Procuradores da República: 2011-2013, 2013-2015, 2016-2018.

Tem intensa atuação nas áreas criminal, defesa de direitos humanos, meio ambiente e patrimônio público, índios e minorias (demarcação de terras, resolução de conflitos, construção de escolas, saúde indígena), consumidor e ordem econômica e também eleitoral.

A goiana já se envolveu em polêmicas, na época do governo de Jair Bolsonaro, quando foi acusada de segurar as investigações contra o ex-presidente.

 

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Fotos: SECOM/MPF

 

MPF abre vagas de estágio em Goiás com bolsa de R$850,00

O Ministério Público Federal em Goiás abriu edital de processo seletivo para formação de cadastro reserva de estagiários para estudantes dos cursos de Direito, Administração, Biblioteconomia e Comunicação Social/Jornalismo. As vagas são voltadas para compor cadastro reserva em Anápolis, Luziânia e Rio Verde.

 

As inscrições são gratuitas e estarão abertas até o dia 19 de Agosto e aproximadamente 10% das vagas serão destinadas para cotas raciais e para pessoas com deficiência. 

 

Para concorrer às vagas, os candidatos devem estar matriculados em uma das Instituições de Ensino Superior (IES) conveniadas com o MPF/GO. O estagiário terá uma jornada semanal de 20 horas e contará com uma bolsa-auxílio no valor de R$850,00 mensais, além da concessão de auxílio-transporte de R$7,00 por dia efetivamente estagiado.

 

O MPF informa, ainda, que para os alunos do curso de Direito a prova será realizada no formato online. Clique aqui para acessar o edital completo.

 

 

Imagem: Reprodução

 

Veja também: Tribunal de Justiça de Goiás abre concurso oferecendo 292 vagas

 

Em depoimento ao MPF, Sérgio Cabral admite pela primeira vez que recebeu propina

O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral admitiu pela primeira vez que recebeu propinas durante o período em que esteve à frente do executivo estadual.  A confissão foi feita no dia 21 de fevereiro, em depoimento ao Ministério Público Federal (MPF).

Na ocasião, Cabral falou por quase três horas e suas declarações foram gravadas em vídeo. O ex-governador não fechou acordo de delação premiada e é tratado pelo MPF como réu confesso.

As informações foram reveladas nesta segunda-feira pela Globo News e posteriormente confirmadas pela reportagem da EBC.

A mudança de postura de Cabral ocorreu após o advogado Márcio Delambert assumir o comando da defesa do ex-governador no lugar de Rodrigo Roca.

Antes, Cabral negava ter recebido propina e admitia apenas o uso de caixa 2 em campanhas, afirmando ainda ter empregado quase a totalidade dos recursos na política e não para enriquecimento próprio.

Já em seu depoimento mais recente ao Ministério Público Federal, Sérgio Cabral revelou ter feito acertos para receber propinas de fornecedores e prestadores de serviços do governo do estado e também em obras, como a da reforma do Maracanã, desapropriação do Porto do Açu e construção Linha 4 do Metrô, entre outras.

Cabral disse ainda que o esquema de corrupção começou logo no início de seu primeiro mandato, em 2007. (EBC)

Ministério Público Federal pede que UFG suspenda imediatamente curso ‘O golpe de 2016’

O Ministério Público Federal em Goiás (MPF-GO) lançou uma ação civil pública pedindo que a Universidade Federal de Goiás (UFG) suspenda o polêmico curso “O golpe de 2016 e a universidade pública brasileira”.

O MPF também solicitou que a universidade represente correntes de pensamentos diversas e que altere o título da disciplina caso decida criar novas aulas sobre o tema do impeachment ocorrido em 2016.

Foi após receber uma representação que o MPF solicitou à reitoria da universidade mais informações sobre o referido curso.

Caso descumpra o parecer do MPF-GO, a universidade poderá sofrer multas diárias de R$ 5 mil – além de R$ 10 mil diários, caso crie novos cursos nos mesmos modelos.

A ação se deu a partir de uma investigação iniciada pelo MPF há quase um mês, após o recebimento de uma representação afirmando que o curso não possuía caráter acadêmico, mas antes servia como uma forma de propaganda político-partidária, realizada com a utilização de bens públicos e beneficiando o Partido dos Trabalhadores (PT).

Segundo a universidade, o curso foi idealizado em uma resposta política à declaração feita pelo ministro Da Educação, Mendonça Filho, em fevereiro deste ano, na qual afirmou ter encaminhado à Advocacia Geral da União, ao Tribunal de Contas da União e ao MPF um pedido para que estes órgãos avaliassem as medidas adotadas pela Universidade de Brasília quanto à ministração de um curso semelhante.

Todavia, o MPF em Goiás afirmou que o curso não foi criado com a finalidade de, verdadeiramente, refletir a respeito da conjuntura sociopolítica atual, mas sim como uma resposta política das universidades contra aquilo que entendem ser uma violação à autonomia universitária cometida pelo ministro da Educação.

Por outro lado, a UFG argumentou que o curso se trataria de uma disciplina não-obrigatória, mas que não chegaria a ser institucionalizada em virtude de falta de tempo hábil para inclusão em seu calendário acadêmico.
O atual reitor da UFG, o professor Edward Madureira, se posicionou contra a decisão do MPF-GO e afirmou que vê o curso sobre o impeachment como algo próprio do exercício da autonomia da universidade e da liberdade de pensamento.

 

Leia na íntegra a nota do Ministério Público Federal sobre a operação Lavajato / Aletheia

A Polícia Federal chegou às 6h da manhã desta sexta-feira no prédio do ex-Presidente Lula e de seu filho Fábio Luíz para realizar a 24ª fase da Operação Lava Jato. Lula é alvo de um mandado de busca e apreensão e de condução coerciva (quando o investigado é obrigado a depor) e foi levado de sua casa nesta manhã, mas não de ser ouvido em São Paulo, uma vez que o despacho foi feito pelo juiz federal Sergio Moro em Curitiba.

Essa fase da operação foi batizada como Aletheia, que é uma referência a uma expressão grega que significa “busca da verdade” e apura se as empreiteiras e o pecuarista José Carlos Bumlai favoreceram Lula por meio do tríplex no Guarujá. As suspeitas é que o ex-presidente tenha recebido valores vindos do esquema Petrobas por meio da reforma de apartamento triplex e de um sítio em Atibaia. Além disso, são apurados pagamentos ao ex-Presidente, feitos por empresas que são alvos de investigação na Lava Jato, sendo referidos como supostas doações e palestras.

Em nota divulgada publicamente, o Ministério Públio Federal (MPF) diz que “o ex­-presidente Lula, além de líder partidário, era o responsável final pela decisão de quem seriam os diretores da Petrobras e foi um dos principais beneficiários dos delitos”.

É a primeira vez na história do Brasil que um ex-presidente é obrigado a depor sem qualquer foro privilegiado.

A nova etapa da operação gerou euforia nos mercados, repetindo a reação já vista no dia anterior; dólar chegou cair mais de 3% e Ibovespa a subir mais de 5%.

O juiz federal Sérgio Moro, que conduz os processos da Operação Lava Jato, afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não está “imune à investigação” ao decretar a condução coercitiva do petista.

“Embora o ex-­Presidente mereça todo o respeito, em virtude da dignidade do cargo que ocupou (sem prejuízo do respeito devido a qualquer pessoa), isso não significa que está imune à investigação, já que presentes justificativas para tanto”, escreveu Moro, no despacho que deflagrou nesta sexta-feira (4).

 

Leia a íntegra da nota do MPF sobre a Aletheia:

“Estão sendo cumpridos, nesta data, mandados de busca e apreensão e de condução coercitiva para aprofundar a investigação de possíveis crimes de corrupção e lavagem de dinheiro oriundo de desvios da Petrobras, praticados por meio de pagamentos dissimulados feitos por José Carlos Bumlai e pelas construtoras OAS e Odebrecht ao ex­-Presidente da República Luis Inácio Lula da Silva e pessoas associadas.”

Ao longo das 23 fases anteriores da Lava Jato, avolumaram-­se evidências muito consistentes de que o esquema de desvio de dinheiro da Petrobras beneficiava empresas, que enriqueciam às custas dos cofres da estatal, funcionários da Petrobras, que vendiam favores, lavadores de dinheiro profissional, os quais providenciavam a entrega da propina, e os políticos e partidos que proviam sustentação aos funcionários da Petrobras e em troca recebiam a maior parte da propina, a qual os enriquecia e financiava campanhas. Esse grande esquema era coordenado a partir das cúpulas e lideranças dos partidos políticos que compunham a base do governo federal, especialmente o Partido dos Trabalhadores, o Partido Progressista e o Partido do Movimento Democrático Brasileiro.

O ex­-presidente Lula, além de líder partidário, era o responsável final pela decisão de quem seriam os diretores da Petrobras e foi um dos principais beneficiários dos delitos. De fato, surgiram evidências de que os crimes o enriqueceram e financiaram campanhas eleitorais e o caixa de sua agremiação política. Mais recentemente, ainda, surgiram, na investigação, referências ao nome do ex-presidente Lula como pessoa cuja atuação foi relevante para o sucesso da atividade criminosa, tanto no tocante à quitação do empréstimo obtido pelo Partido dos Trabalhadores junto ao Banco Schahin, por meio do direcionamento ilícito de contrato da Petrobras ao grupo Schahin, a pedido de José Carlos Bumlai, como para que um negócio entre OSX e Sete Brasil se efetivasse.

No último caso, há notícia de pagamento de propina que seria destinada, segundo Bumlai teria informado, para parente do ex­-presidente.

O avanço das investigações revelou, também, evidências de que o ex-presidente recebeu, em 2014, pelo menos R$ 1 milhão sem aparente justificativa econômica lícita da OAS, por meio de reformas e móveis de luxo implantados no apartamento tipo triplex, número 164­-A, do Condomínio Solaris, em Guarujá.

Embora o ex­-presidente tenha alegado que o apartamento não é seu, por estar em nome da empreiteira, várias provas dizem o contrário,  como depoimentos de zelador, porteira, síndico, dois engenheiros da OAS, bem como dirigentes e empregado da empresa contratada para a reforma, os quais apontam o envolvimento de seu núcleo familiar em visitas e tratativas sobre a reforma do apartamento.

Há evidências de que a OAS pagou despesas elevadas para reformar o imóvel (mais de R$ 750 mil), arcou com móveis de luxo para cozinha e dormitórios (cerca de R$ 320 mil), bem como de que tudo isso aconteceu de modo não usual (foi o único apartamento que sofreu tal intervenção) e com o envolvimento do próprio presidente da OAS, Léo Pinheiro.

A suspeita é de que a reforma e os móveis constituem propinas decorrentes do favorecimento ilícito da OAS no esquema da Petrobrás, empresa essa cujos executivos já foram condenados por corrupção e lavagem na Lava Jato. Além disso, há fortes evidências de que outros líderes e integrantes do Partido dos Trabalhadores foram agraciados com propinas decorrentes de contratos da Petrobrás, inclusive por meio de reformas e após deixarem o cargo público, como no caso de José Dirceu, o que já ensejou acusação criminal formal contra este.

As apurações apontam também para o fato de que o ex­-presidente Lula, em 2010, adquiriu dois sítios em Atibaia mediante interpostas pessoas, pelo valor de R$ 1.539.200,00, havendo ainda fortes indícios de que, entre 2010 e 2014, recebeu pelo menos R$ 770 mil sem justificativa econômica lícita de José Carlos Bumlai e das empresas Odebrecht e OAS, todos beneficiados pela corrupção no esquema Petrobrás.

De fato, dois sítios contíguos, um colocado em nome de Jonas Suassuna e outro em nome de Fernando Bittar, foram adquiridos na mesma data, em 29/10/2010. Tanto Jonas como Fernando são sócios de Fábio Luís Lula da Silva como foram representados na compra por Roberto Teixeira, notoriamente vinculado ao ex­-presidente Lula e responsável por minutar as escrituras e recolher as assinaturas.

Encontrou­-se, ainda, mensagem eletrônica que aponta o uso dos adquirentes nominais como interpostas pessoas.

Ademais, o ex­-presidente determinou que parte de sua própria mudança, quando do fim do exercício da presidência, fosse entregue na sede dos sítios, para onde foi, com expressiva frequência, ao longo dos últimos anos.

Para além da suspeita sobre a ocultação de propriedade em nome de terceiros, há fortes indícios, consistentes na palavra de diversas testemunhas e notas fiscais de compras de produtos, de que reformas e móveis no valor de pelo menos R$ 770 mil foram pagos, sem razão econômica lícita, por Bumlai e pelas empreiteiras Odebrecht e OAS, todos favorecidos no esquema Petrobras.

Bumlai e a Odebrecht se encarregaram da reforma. A OAS adquiriu móveis no valor de aproximadamente R$ 170 mil para a cozinha, comprada no mesmo estabelecimento em que aquela empresa adquiriu móveis para o triplex 164­A, o que também indica que o imóvel pertencia ao ex­Presidente. Foram encontradas mensagens, ainda, no celular de Léo Pinhero, indicando que os beneficiários da cozinha eram o ex­Presidente e sua esposa, ex­-primeira-dama. A suspeita, aqui novamente, é que os valores com que o ex­-presidente foi agraciado constituem propinas pagas a título de contraprestação pelos favores ilícitos obtidos no esquema Petrobrás.

Surgiram, ainda, fortes indícios de pagamentos dissimulados de aproximadamente R$ 1,3 milhão pela empresa OAS em favor do ex­-presidente, de 01/01/2011 a 01/2016, para a armazenagem de itens retirados do Palácio do Planalto quando do fim do mandato. Apesar de a negociação do armazenamento ter sido feita por Paulo Okamotto, que foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores, presidente do Instituto Lula desde o fim de 2011 e sócio do ex-presidente na LILS Palestras desde sua constituição em março de 2011, o contrato foi feito entre a OAS e a empresa armazenadora. Nesse contrato, seu real objeto foi escondido, falsificando­se o documento para dele constar que se tratava de “armazenagem de materiais de escritório e mobiliário corporativo de propriedade da construtora OAS Ltda.”

Paulo Okamotto assinou ainda, em 12 de janeiro de 2016, procuração autorizando a retirada dos bens.

Por fim, investigam ­se pagamentos vultosos feitos por construtoras beneficiadas no esquema Petrobrás em favor do Instituto Lula e da LILS Palestras, em razão de suspeitas levantadas pelos ingressos e saídas dos valores. De fato, a maior parte do dinheiro que ingressou em ambas as empresas, ao longo de 2011 a 2014, proveio de empresas do esquema Petrobras: Camargo Correa, OAS, Odebrecht, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão e UTC.

No Instituto Lula, foram 20,7 dentre 35 milhões que ingressaram. Na LILS, foram 10 dentre 21 milhões. Quanto às saídas de recursos, além de beneficiarem pessoas vinculadas ao Partido dos Trabalhadores – cumprindo recordar que o esquema da Petrobras era partidário ­, elas beneficiaram parentes próximos do ex­Presidente, por meio de pagamentos a empresas de que são sócios. Além de tudo isso, a própria presidência do Instituto foi ocupada, em dado momento, por ex­tesoureiro de sua campanha que é apontado por colaboradores como recebedor de propinas que somaram aproximadamente R$ 3 milhões, decorrentes de contratos com a Petrobras, o que, mais uma vez, mostra o vínculo de pessoas muito próximas ao ex­-presidente com os crimes e indica possível ligação das próprias empresas ao esquema ilícito e partidário que vitimou a Petrobrás.

Todos esses fatos estão sendo investigados no âmbito da Lava Jato porque eles se relacionam com o destino de verbas desviadas da Petrobras por empresas e pessoas participantes do megaesquema criminoso. Os fatos são de competência federal não só por se relacionarem com crimes financeiros e de lavagem de dinheiro transnacional, mas também por haver fatos praticados quando o ex­-presidente estava no exercício de mandato no âmbito da União Federal, onde possivelmente sua influência foi usada, antes e depois do mandato – o que é objeto de investigação –, para que o esquema existisse e se perpetuasse.

Ressalta a Força Tarefa do Ministério Público Federal que a investigação sobre o ex-Presidente não constitui juízo de valor sobre quem ele é ou sobre o significado histórico dessa personalidade, mas sim um juízo de investigação sobre fatos e atos determinados, que estão sob suspeita. Dentro de uma república, mesmo pessoas ilustres e poderosas devem estar sujeitas ao escrutínio judicial quando houver fundada suspeita de atividade criminosa, a qual se apoia, neste caso, em dezenas de depoimentos e ampla prova documental. Conforme colocou a decisão judicial, “embora o ex­Presidente mereça todo o respeito, em virtude da dignidade do cargo que ocupou (sem prejuízo do respeito devido a qualquer pessoa), isso não significa que está imune à investigação, já que presentes justificativas para tanto.”

Oscar Maroni da boate adulta Bahamas oferece acesso vitalício ao juiz Sérgio Moro

“Mourão, vou dar pra você um vale vitalício, enquanto o p… funcionar”. Assim começou o dia nas redes sociais de Oscar Maroni, dono da boate Bahamas, bordel de luxo de São Paulo.

Outra promessa feita pelo empresário, foi endereçada à Polícia Federal (PF) e ao ministério Público Federal (MPF): “Podem sortear cinco de vocês para frequentar o Bahamas Club.

Em seu perfil no Facebook, Maroni escreveu: “Que prazer ver a nossa Polícia Federal na porta da casa do Lula levando coercitivamente ele e seus familiares”.

Além do texto, Maroni também postou um vídeo afirmando estar mais animado como empresário e ver que o Brasil pode estar tomando um rumo. Prometeu novamente cerveja de graça no Bahamas caso o ex-presidente seja preso. “Lula, você colhe o que plantou.” 

“Um brasileiro que voltou a acreditar na sua pátria”, finalizou Maroni.

Assista:

 

 

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