Lenda do futebol brasileiro, Zagallo morre aos 92 anos
Único quatro vezes campeão da Copa do Mundo, o ex-jogador e ex-técnico Mário Jorge Lobo Zagallo morreu aos 92 anos, no Rio de Janeiro. A informação foi confirmada pela família por meio das redes sociais, no início da madrugada deste sábado (6).
“Um pai devotado, avô amoroso, sogro carinhoso, amigo fiel, profissional vitorioso e um grande ser humano. Ídolo gigante. Um patriota que nos deixa um legado de grandes conquistas”, diz a nota.
O Velho Lobo, como era conhecido, deixa seis filhos: Maria Emilia de Castro Zagallo, Paulo Jorge de Castro Zagallo, Mário César Zagallo, Maria Cristina de Castro Zagallo. Sua esposa, Alcina de Castro, com quem foi casado por 57 anos, Alcina, havia morrido em 2012.
A causa da morte ainda não foi divulgada.
Carreira
Zagallo nasceu em Alagoas no dia 9 de agosto de 1931. Ainda jovem, se mudou para o Rio e iniciou sua carreira como jogador nas categorias de base do América Futebol Clube.
Em 1950, participou de sua primeira Copa do Mundo, mas ainda não como atleta. Na época, aos 19 anos, fazia parte da Polícia do Exército.
Oito anos mais tarde, a história foi diferente. Já sendo um dos destaques do Flamengo, esteve relacionado na convocação para a Seleção Brasileira na campanha vitoriosa da Taça Oswaldo da Cruz. Com o êxito, seguiu com o grupo para o Mundial daquele ano, que foi disputado na Suécia.
Foi tricampeão do Campeonato Carioca pelo Flamengo entre 1953 e 1955. Ponta esquerdo habilidoso e moderno para o seu tempo, não apenas atacava, mas também defendia, o que foi determinante para ser convocado em 1958 e conquistar seu primeiro título de Copa do Mundo. A partir de então, começou uma história de identificação e amor pela amarelinha.
Antes da Copa do Mundo de 1970, disputada no México, foi chamado para ser técnico da Seleção, substituindo João Saldanha. O time era recheado de craques, como Pelé, Rivelino, Gérson, Jairzinho, Clodoaldo e Tostão.
Zagallo foi o único tetracampeão mundial na história do futebol, com títulos de Copas em 1958 e 1962, como jogador, e 1970 e 1994, como treinador.
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