Luana Piovani é cobrada em R$ 747 mil por Ministério da Cultura

A atriz Luana Piovani está sendo cobrada em R$ 747 mil pelo Ministério da Cultura. Segundo o jornalista e colunista Lauro Jardim, as contas da peça teatral “O Pequeno Príncipe” (que recebeu incentivos da Lei Rouanet) foram reprovadas. Em vídeo postado no YouTube, a atriz comentou a decisão do Ministério, afirmando não estar preocupada com o acontecido.
O projeto teatral, que foi dirigido e protagonizado pela atriz em 2006 e passou por 17 cidades do país, apresentou divergências entre as notas fiscais apresentadas e os pagamentos que foram informados.
“Esse projeto tem 12 anos, mas a gente tem todos os documentos guardados com a graça divina de Deus. Lá no papel diz que a gente até tem que guardar por 10 [anos]. Não estou muito preocupada, primeiro porque minha mãe sempre fez administração financeira, cuidando de tudo com olhos de águia”, afirmou a atriz em seu canal do YouTube “Luana sem freio”.

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Foto: Reprodução/GNT

Após decisão do Ministério da Cultura, resta a Piovani comprovar a idoneidade das contas prestadas durante doze anos. Contudo, como mesmo afirma a atriz, não será uma tarefa fácil. “Algumas coisas se perdem porque não são digitalizadas, nessa época as prestações de conta eram em papel e muita coisa perde tinta. Trabalho dado, trabalho recebido e vamos lá cumprir”, afirmou em vídeo.

Ministério da Cultura vai abrir editais para incentivar jovens youtubers

Com a intenção de apoiar a produção de canais no Youtube sobre a cultura brasileira, o Ministério da Cultura anunciou que lançará editais para incentivar o envolvimento de jovens vlogueiros.

Apesar de ainda não haver detalhes sobre o projeto, a previsão é que o edital seja lançado em maio deste ano e que seja oferecido R$ 50 mil para canais de vídeos e R$ 20 mil para aplicativos.

 

Os interessados devem ter entre 18 e 29 anos e deverão publicar vídeos de 5 a 15 minutos ao menos 2 vezes ao mês. Fique de olho para mais informações!

Claudia Leitte terá que devolver R$ 1,2 mi captados pela Lei Rouanet

O Ministério da Cultura (MinC) exige que Claudia Leitte devolva R$ 1,2 milhão aos cofres públicos, e alega que sua produtora usou esta verba para uma turnê através da Lei Rouanet, mas não cumpriu regras legais de distribuição e venda de ingressos. A produtora Ciel tem dez dias para tentar recurso contra a reprovação das contas, que foi publicada no Diário Oficial da União nesta sexta (20).

Segundo o MinC, as contas foram reprovadas pois a turnê não realizou ações de “democratização de acesso”, que são exigidas pela lei e necessárias para ter um projeto apoiado. A produtora vendeu entradas mais caras do que foi acordado e não provou a distribuição de 8,75% de ingressos combinados a alunos de escolas públicas e entidades de assistência social. A distribuição gratuita é uma das contrapartidas do benefício.

Os advogados da cantora Claudia Leitte divulgaram nota afirmando que está tudo correto com a prestação de contas dela por conta da captação de recursos pela Lei Rouanet. Eles já entraram com ação para entender porque a prestação foi reprovada. O Diário Oficial da União publicou nesta sexta-feira (21) alguns projetos beneficiados pela lei que tiveram as prestações barradas e, por isso, terão que devolver parte ou todo dinheiro captado.

 

Claudia Leitte aparece na lista com R$ 6.4777.700,000 solicitados em 2013 para shows em Rio Branco (Acre), Macapá (Amapá), Belém (Pará), Manaus (Amazonas), Porto Velho (Rondônia), Boa Vista (Roraima), Teresina (Piauí), João Pessoa (Paraíba), São Luis (Maranhão), Fortaleza (Ceará), Goiânia (Goiás) e Brasília (DF).  Deste valor, foram captados R$ 1,2 milhão, quantia que ela teria que devolver ao Fundo Nacional de Cultura – corrigido, o valor chega a R$ 1.274.129,88.

O escritório Dessimoni e Blanco advogados, que representa a cantora, divulgou comunicado afirmando que todos os eventos foram realizados e podem ser comprovados. “Na qualidade de advogado da Produtora CIEL (empresa de Claudia Leitte), informo que TODOS os eventos do projeto foram realizados e devidamente comprovados ao Ministério da Cultura. Estamos averiguando os motivos da reprovação da prestação de contas junto ao MinC e informamos ainda que entraremos com recurso, pois a CIEL está apta a comprovar a realização dos eventos, bem como a distribuição dos ingressos”, diz o texto.

Outros sete projetos também tiveram prestação de contas reprovadas. Além de devolver o dinheiro obtido, caso não consigam comprovar a correção no processo, os projetos ficam proibidos de usar a lei de incentivo por três anos. (Com informações do G1 e Correio 24 Horas)

Artistas do Brasil se manifestam sobre o fechamento do Ministério da Cultura

O Ministério da Cultura foi uma pasta criada no governo de José Sarney, em 1985, e simbolizava um marco na redemocratização do pais.  Em edição extra do Diário da União publicado na última quinta-feira (12), o Presidente Interino Michel Temer decretou a junção do Ministério junto ao da Educação, comandada hoje pelo ministro Mendonça Filho.

A mudança causou desagrado da parte dos classe artística brasileira. Confira agora os comentários de alguns cantores, cineastas e demais personalidades do pais.

 

Wagner Moura, ator:

Já era de se esperar. Tem havido um movimento desonesto de convencimento público da desimportância da cultura e da criminalização dos artistas que fazem uso da Lei Rounet (que contraditoriamente é uma lei de viés neoliberal que estava sendo revista pelo Minc). A ideia de que o MinC e as leis de incentivo à Cultura não passam de uma maneira do governo sustentar artista vagabundo e comprar seu apoio político ganhou extraordinária e surpreendente aceitação popular. E como nos momentos de crise a cultura é a primeira que roda, o fim do MinC, sob a ótica do Estado enxuto e sob o entendimento popular de que artistas não passam de vagabundos que mamam nas tetas do Estado, infelizmente, não é uma surpresa. E a tendência é piorar.

 

Anna Muylaert, cineasta:

Em primeiro lugar, estou em estado de choque com tudo o que está acontecendo. O afastamento (da Dilma) é de 180 dias, o Michel Temer é um presidente interino. Acho ousado ele estar com essas transformações ministeriais todas prontas. No mínimo, deveria deixar a cadeira esfriar. Agora, as consequências dessa fusão depende de como o ministro vai pensar. Uma avaliação, neste momento, é algo prematuro. Porém, Educação e Cultura são coisas tão diferentes que, a princípio, me parece um retrocesso. Educação lida com formação, e Cultura tem relação com o povo, cultura mesmo. Olho com maus olhos.

 

José de Abreu, ator:

Solicitei ao governo francês um visto. Me deram um especial de residência chamado Competência e Talento com direito a trabalhar lá. Talvez por isso a Cultura na França movimente sete vezes mais dinheiro que a indústria automobilística. Aqui, o Temer quer acabar com a Cultura. Fechar o MinC mostra o período de trevas que começa nesta sexta-feira 13. Piada maior que o 1º de abril de 64.

 

Wolf Maya, diretor de TV e teatro:

Sinto que o nosso MinC que já ultrapassou a maior idade e que sempre teve uma representatividade importante no processo cultural brasileiro, nosso Ministério que representa e orgulha os criadores de cultura, possa voltar a ser uma Secretaria do MEC. Como tantas Secretarias Estaduais que foram perdendo a importância. É terrível!

 

Fernando Meirelles, cineasta:

Todo mundo acha que o Brasil precisa diminuir o número de ministérios mas ninguém quer perder o “seu” ministério. Na cultura deve acontecer o mesmo. Imagino que meus colegas tenderão a não gostar da idéia. Não sei qual seria o plano e o que isso pode gerar de perdas para a produção cultural, mas me ocorre que para a educação, estar mais ligada a cultura pode ser interessante e ha maiores chances disso acontecer se houver uma cabeça pensando ambas as áreas. Talvez nem seja tão bom para os produtores culturais mas se for bom para a educação, se alunos tiverem mais acesso a cultura, já estaria valendo. Vamos ver o que vem.

 

Rogério Flausino, cantor:

As pessoas acham que o que está sempre em voga no MinC são artistas batalhando por seus direitos. Mas o ministério tem um papel maior. O patrimônio histórico, por exemplo. As pessoas não se dão conta disso.

 

Baby do Brasil, cantora:

Parece que eles não sabem o que significa cultura. Acho que se juntássemos uma turma para ir a Brasília, falássemos com os sindicatos…

Zeca Pagodinho, cantor e compositor:

A Cultura que já não era tão valorizada, vai perder ainda mais força sem ter um ministério. E Cultura é uma das coisas mais importantes para um país.

 

Walcyr Carrasco, autor:

Eu acho que o Ministério da Cultura não deveria perder sua autonomia. A Educação é importantíssima, e o MEC deve ter todos os seus esforços dirigidos para a educação, pois trata-se de uma grande lacuna no país. Mas é preciso também um projeto cultural, que estimule a expressão artística regional, inclusive. E para isso é preciso um Ministério da Cultura.

Governo brasileiro quer criar versão tupiniquim do Netflix

Serviço norteamericano de transmissão online de filmes e séries, o Netflix pode ganhar uma versão brasileira. A Secretaria do Audiovisual, vinculada ao Ministério da Cultura, investirá R$10 milhões para criar uma versão brasileira do Netflix. Com serviço inicialmente gratuito e sem necessidade de acesso à internet para acessar o conteúdo, o serviço transmitirá cerca de 30 mil produções da Cinemateca Brasileira, conteúdos da rede pública de televisão e títulos independentes e de editais, como o DOCTV América Latina. O projeto também prevê o intercâmbio de conteúdos das nações que integram a Comunidade de Países de Língua Portuguesa.

 

Com informações do Blog do Fernando Rodrigues

Claudia Leitte ganha R$ 350 mil do Ministério da Cultura para lançar livro biográfico

O valor aprovado pelo Minsitério da Cultura é de exatamente R$ 355.927,00 e vai ajudar a bancar a produção do livro que contará a trajetória da cantora de axé.

O projeto já foi publicado no Diário Oficial da União dessa terça-feira (16), e a obra será escrita em português e inglês.

Com tiragem incial de 2 mil exemplares, o livro também contará com letras e partituras dos principais sucessos de Claudia Leitte e fotos exclusivas de sua carreira.

Não é a primeira vez que a empresa da cantora consegue autorização do governo federal para captar recursos. Em 2013, o Ministério da Cultura concedeu permissão para que ela conseguisse 6 milhões de reais para a realização de doze shows em cidades das regiões Norte, Norde e Centro-Oeste. Após críticas, o valor de captação foi reduzido para 1,2 milhão de reais. 

A lei

Criada em 1991 durante o governo de Fernando Collor de Mello, a Lei Rouanet é o principal mecanismo do país para financiar e incentivar a cultura. 

Com a legislação, empresas públicas e privadas podem patrocionar projetos culturais em troca de descontos no pagamento de imposto de renda. Portanto, os cofres públicos deixam de receber os tributos de quem ofereceu o patrocínio.