Goiânia recebe palestra de Miguel Falabella

O renomado ator Miguel Falabella estará em Goiânia no dia 10 de novembro para conduzir a palestra “Onde estás, felicidade? Desenvolvimento de Competências do Palco à Vida”, marcando a abertura da 21ª edição do Goianarh.

O evento, organizado pela Associação Brasileira de Recursos Humanos seccional Goiás (ABRH-GO), acontecerá nos dias 10 e 11, no Centro de Cultura e Convenções de Goiânia. Destinado a gestores, analistas de recursos humanos, diretores de empresas e estudantes, o evento tem como objetivo promover boas práticas dentro do ambiente organizacional.

O presidente da ABRH-GO, Milton Marinho, informou que são esperados 800 participantes e que 36 empresas de diversas áreas já confirmaram presença com estandes. O evento contará com palestrantes de renome internacional, abordando temas como relações interpessoais, dicas para se destacar no mercado profissional, além de técnicas e práticas em gestão de pessoas.

 

Mais informações e ingressos estão disponíveis no Sympla.

 

Serviço

21º Goianarh

Quando: 10 e 11 de novembro

Onde: Centro de Cultura e Convenções de Goiânia (Rua 4, n. 1400, Setor Central, Goiânia, GO)

Informações e ingressos: Sympla

 

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Foto de Capa: divulgação

Susana Vieira chega a Goiânia com espetáculo ‘Uma Shirley Qualquer’

Uma das maiores divas da TV brasileira chega aos palcos do Teatro Goiânia em Novembro. Trata-se do premiado espetáculo de comédia ‘Uma Shirley Qualquer’ com Susana Vieira que interpreta a personagem Shirley Valentine, uma esposa dedicada, mãe de dois filhos, que decide dar uma virada em sua vida e faz uma viagem em busca de encontrar a felicidade e, sobretudo, se reencontrar.

O espetáculo celebra os 60 anos de carreira da atriz e seus 80 anos de idade e será apresentado em duas sessões, nos dias 12 e 13 de Novembro às 21h e às 19h, respectivamente.

Sobre a peça

‘Uma Shirley Qualquer’ é uma versão brasileira para um dos grandes sucessos dos palcos londrinos da década de 1980, “Shirley Valentine”, que virou filme e rendeu vários prêmios à atriz Pauline Collins. A adaptação foi feita por Miguel Falabella, a quem Susana deve muito o seu tempero cômico, além de trazer leveza aos dilemas da personagem. A protagonista divide com o público suas angústias, buscando entender aonde foram parar seus sonhos, e também as situações inusitadas e pra lá de engraçadas que marcam sua trajetória. 

Os ingressos já estão à venda pelo site Mais Ingressos com valores a partir de R$ 80,00. A peça tem direção de Tadeu Aguiar, realizado pelo Polo BH Jordão Produções e Co-realização do Sesc Goiás, e classificação etária a partir de 12 anos.

SERVIÇO:

Espetáculo ‘Uma Shirley Qualquer’ com Susana Vieira

Quando: dias 12 e 13 de Novembro

Onde: Teatro Goiânia – Rua 23, nº 252, Centro

Horário: 21h (12/11) e 19h (13/11)

Ingressos: site Mais Ingressos e Sanduicheria Komiketo

susana

Imagem: Daniel Chiacos

 

Goiânia recebe ‘A Mentira’ com Miguel Falabella e Danielle Winits

Goiânia recebe ‘A Mentira’ com Miguel Falabella e Danielle Winits neste final  de semana. Serão duas apresentações: a primeira no sábado, 22 de outubro, ás 21 horas; e a outra no domingo, 23 de outubro, às 18 horas.  As apresentações acontecem no Teatro FacUnicamp. 

‘A Mentira’ é um texto,  escrito pelo francês Florian Zeller e traduzido por Miguel Falabella, apresenta, de forma leve e divertida, que faz uma reflexão sobre os limites da fraqueza e da lealdade nas relações pessoais. No espetáculo, Alice (Danielle Winits) surpreende o marido (Frederico Reuter) de sua melhor amiga (Alessandra Verner) com outra mulher, criando, assim, um conflito para si mesma sobre contar ou não à amiga o que viu. O seu marido, Paulo (Miguel Falabella), tenta convencê-la a esconder a verdade, defendendo assim a mentira. Mas será que essa atitude de Paulo seria somente para proteger o seu amigo? Ou ele também tem algo a esconder?

A peça tem uma narrativa brilhante e abre um diálogo instigante sobre a verdade, em um momento em que a sociedade tem sido bombardeada por fake news, traçando um paralelo com a realidade onde não se sabe mais o que é verdade e o que é mentira.

Traduzida, dirigida e estrelada por Miguel Falabella, A Mentira é uma comédia sobre a arte de esconder para proteger aqueles que amamos ou não. No elenco Falabella divide o palco com Danielle Winits, Alessandra Verney e Fred Reuter.

O espetáculo tem produção nacional da Atual Produções e Aveia cômica, em parceria com a produtora local Blow Marketplace.

 

Serviço

Espetáculo: “A Mentira”, com Miguel Falabella, Danielle Winits, Alessandra Verney e Frederico Reuter

Datas e horários: Sábado, 22 de outubro – 21h e Domingo, 23 de outubro – 18h.

Local: Teatro FacUnicamps, Av. Anhanguera, 2635 – Setor Coimbra – Goiânia, GO

Classificação etária: 10 Anos

Ingressos: a partir de R$ 40

Vendas: sympla.com.br

 

O Vídeo Show pode voltar à programação da Globo; entenda

O Vídeo Show, atração encerrada em janeiro de 2019, tem chance de voltar à programação da Globo em 2022. O maior defensor de seu retorno é o diretor de Entretenimento, Ricardo Waddington. Um dos programas mais longevos da emissora, o Vídeo Show foi ao ar entre março de 1983 e janeiro de 2019, quando a emissora anunciou o fim.

 

Além de Waddington, executivos da Rede Globo acreditam na força da marca da atração, que ficou no ar durante esses 36 anos ininterruptos, e veem potencial para que o projeto possa servir como ponte para reaproximar os telespectadores dos bastidores da rede novamente.


A informação foi divulgada em primeira mão pela jornalista Patrícia Kogut, do O Globo, e disse, ainda, que o programa não deve ser apenas mais um na grade de programação da TV aberta. Ele também deve ganhar exibições no Multishow, que tem aumentado cada vez mais sua importância no Grupo Globo.

 

A última edição do Vídeo Show foi transmitida em 11 de janeiro de 2019. O cancelamento do tradicional programa foi anunciado apenas três dias antes, em 8 de janeiro, e acabou inviabilizando uma despedida elaborada.

Imagem: Reprodução

Veja também: Tem goiano no The Masked Singer

Filme dirigido por Miguel Falabella estreia no cinema do Buriti Shopping nesta quinta-feira

O longa dirigido por Miguel Falabella e protagonizado pelos atores Eduardo Moscovis, Dira Paes e Carol Castro tem estreia confirmada nas salas de cinema do Buriti Shopping, em Aparecida de Goiânia. A programação conta também com os filmes infantis ‘Cruella’; ‘Godzilla Vs Kong’ e ‘Spirit: O Indomável, além dos terrores ‘Espiral – O Legado de Jogos Mortais’ e ‘Invocação do Mal’ e também ‘Em Um Bairro em Nova York’ e ‘Quem Vai Ficar com Mário?’. 

 

Sobre a única estreia da semana, que tem coprodução da Globo Filmes e FM Produções, ‘Veneza’, conta a história de Gringa, dona de um bordel no interior do Brasil que deseja reencontrar o único homem que amou em toda sua vida. Cega e muito doente, ela insiste em realizar seu último desejo: ir até Veneza para pedir perdão ao antigo amante, que abandonou décadas atrás. Para levá-la à cidade italiana, o personagem Tonho, (interpretado por Moscovis), Rita (Dira Paes), Madalena (Carol Castro) e as outras moças que trabalham para Gringa idealizam um fantástico plano. As sessões de estreia estão disponíveis nos horários das 15h e 18h50.

 

Confira a programação completa abaixo:

 

Veneza
Dira Paes, Carmem Maura e Eduardo Moscovis em ‘Veneza’. Foto: Reprodução/Divulgação.

Veneza

– Horários: 15h00 | 18h50 (Nac)

 

Cruella

– Horários: 17h10 | 20h00 (Dub)

 

Invocação do Mal: A Origem do Demônio

– Horários: 15h20 | 16h30 | 17h50 | 19h00 | 20h20 (Dub)

– Horários: 21h30 (Leg)

 

Godzilla Vs. Kong

– Horários: 21h20 (Dub)

 

Espiral – O Legado dos Jogos Mortais

Horários: 16h20 – 19h30 – 21h40 (Dub)

 

Em Um Bairro em Nova York

Horários: 18h20 (Dub)

Horários: 21h00 (Leg)

 

Quem Vai Ficar com Mário?

Horários: 16h20 (Nac)

 

Spirit: O Indomável

Horários: 16h15 (Dub)

 

Para mais informações, como classificação indicativa, clique aqui.


Foto: Divulgação

Miguel Falabella e Samantha Schmütz bateram boca ao vivo no Domingão do Faustão

O apresentador Fausto Silva teve que lidar com uma saia justa no último domingo (25) em seu programa, no quadro “Show dos Famosos”. A confusão começou quando Miguel Falabella, um dos três jurados do quadro, afirmou que Samantha Schmütz não era cantora.

Em um momento de sua fala, Falabella dizia que “à exceção de Fafá [de Belém] e de Luiza [Possi], que são cantoras, todos os outros são…”. Nesse momento, mesmo sem microfone, a participante o interrompeu dizendo que “a Emanuelle [Araújo] e a Samantha também são”.

Sem graça, o escritor e diretor tentou se explicar: “não é isso. Entenda o que estou dizendo. Você é uma atriz que canta lindamente, mas não é cantora. Você tem CD vendendo na loja ou não? Então você não é uma cantora”, disparou.

Schmütz então novamente retrucou: “não tenho CD vendendo CD na loja, mas tenho uma carreira paralela de cantora”. Nesse momento, Fabella ainda argumentou que “Fafá e Luiza são cantoras em primeiro lugar. Você tem outras várias coisas, mas não é a primeira coisa na carreira”.

Foi a hora que Faustão se ligou no clima pesado e tentou intervir. O apresentador tentou atenuar a discussão ao afirmar que Luiza Possi e Fafá de Belém são conhecidas por serem cantoras, mas que ali haviam atores, atrizes e humoristas que também cantavam.

Enquanto os outros dois jurados – Claudia Raia e Silvio de Abreu – procuraram defender o companheiro de bancada, Schmütz finalizou: “gostaria só de deixar claro aqui que me considero uma cantora porque eu sempre tive banda, sempre cantei, faço aula de canto há 10 anos. Às vezes as pessoas acham que porque você não é uma cantora famosa, você não é uma cantora”

O desentendimento, claro, repercutiu bastante na internet. Confira o vídeo:

 

Miguel Falabella apresenta comédia da Broadway em Goiânia e Anápolis

Depois de passar por Niterói, Belo Horizonte, Curitiba, Campinas, Brasília e Porto Alegre, sendo sucesso absoluto de público, “GOD” fez sua estréia oficial e primeira grande temporada na cidade de São Paulo e agora é a vez de Goiás ser agraciado com “tamanha divindade”.

O magnífico ator Miguel Falabella desembarca com apresentações na cidade de Anápolis, no dia 22 de junho, (quinta-feira) às 21h, no teatro São Francisco. Já na capital goiana será nos dias 23 (sexta-feira), às 22h, e dia 24 (sábado) às 21h, no teatro Madre Esperança Garrido.

Quando alguma coisa está errada, pode confiar: Deus toma as devidas providências. E dessa vez, o Todo-Poderoso, Rei do Universo, autor do espaço e do tempo decide vir à Terra pessoalmente… ou quase isso. Cansado dos Dez Mandamentos e de toda a incerteza que eles vêm gerando à humanidade, o criador toma forma através de Miguel Falabella para propor novas leis e esclarecer qualquer mal-entendido a seu respeito.

No espetáculo, ele e seus dois arcanjos dedicados, Miguel (Magno Bandarz) e Gabriel (Elder Gattely), respondem a algumas das questões mais profundas que têm atormentado a humanidade desde a criação, em apenas 90 minutos. De uma forma muito particular, o “Deus de Falabella” vem para arrancar muitas risadas do público e desvendar os maiores segredos do universo ou, pelo menos, do Brasil. “Afinal, Deus não é brasileiro?”, brinca Falabella.

De David Javerbaum, vencedor de Emmy AwardWinner, o aclamado e premiado “God” fez um enorme sucesso na Broadway, sendo definido pelo jornal The New York Times como “delirantemente, divinamente engraçado”. No Brasil, o espetáculo chega ao público pelas mãos de Miguel Falabella que, além de interpretar o personagem principal, assina a versão brasileira e a direção.

O “altíssimo” vem aos seus em uma versão bem mais “moderninha”, com direito à Bíblia em formato iPad, sabendo tudo sobre corte de gordura trans e glúten, e sem paciência para política. Dentre os mandamentos repaginados, estão “Honrarás teus filhos”, “Separar-me-ás do Estado” e “Não me dirás o que devo fazer” – todos peculiarmente muito bem explicados e fundamentados.

S E R V I Ç O
God – Miguel Falabela em Anápolis
Quando: quinta-feira, 22 de junho
Onde: Teatro São Francisco – Av. Pinheiro Chagas, 500, Jundiaí
Que horas: 21h
Quanto: R$ 50 (meia) R$ 100 (inteira)
Vendas online: Original Ingressos
Vendas offline: Espaço EBM / Loja Hunters Pesca e Cia (Brasil Park Shopping) / Imperium Calçados (Ana Shopping)
Duração: 90 minutos
Classificação: 12 anos
Informações: 4141-2270 ou culturadoriso.com

God – Miguel Falabela em Goiânia
Quando: sexta e sábado, 23 e 24 de junho
Onde: Teatro Madre Esperança Garrido – Av. Contorno, 241, St. Central
Que horas: sexta às 22h e sábado às 18h e 21h 
Quanto: R$ 60 (meia) R$ 120 (inteira)
Vendas online: Original Ingressos
Vendas offline: Leitura (Goiânia Shopping) / Fnac (Shopping Flamboyant) / Lojas Mormaii / Bilheteria do teatro / Pharmacia Therapeutica
Duração: 90 minutos
Classificação: 12 anos
Informações: 4141-2270 ou culturadoriso.com

 

Foto: Divulgação

Falabella faz texto emocionante sobre Marília Pêra: “No seu último dia de gravação percebi que aquilo era uma despedida”

O ator e diretor Miguel Falabella se despediu da Marília Pêra em sua página pessoal do Facebook. Marília, que morreu na manhã de sábado (5), aos 72 anos, vítima de câncer no pulmão, era amiga, confidente e uma “mestra” de Falabella. Os dois contracenaram juntos várias vezes na TV e no teatro.

No post, Falabella diz que a conheceu quando tinha 22 anos. “Marília nos ensinava a amar o teatro”.  Também diz que ela foi mais que uma colega de trabalho, mas uma mestra com quem ele teve o privilégio de ter aulas particulares. E revela como foi o último encontro com a colega de Pé na Cova: “No seu último dia de gravação percebi no olhar dela que aquilo era uma despedida”. Falabella foi direto ao comentar sobre o programa humorístico da TV Globo: “Pé na cova não existe sem a Marília. No final, por causa da doença, ela já estava gravando sentada. Aprendi a representar com ela. É um dia muito triste. Mesmo com dor, ela tinha aquela chama da vontade. Eu ia para as cenas com ela para aprender. Ela é uma atriz espetacular e está no top cinco das melhores do Brasil. Vai ser difícil trabalhar sem ela”, disse ele”.

Reprodução / Facebook

Reprodução Facebook.

 

Confira o texto na íntegra:

Na sexta-feira não me senti bem. Um mal estar por todo o corpo. Fiquei na cama recuperando forças para o espetáculo noturno, assistindo a um documentário sobre Van Gogh. E pensei nela. Curiosamente, enquanto o narrador explicava que as escolhas do pintor o direcionavam para uma singularidade excepcional, eu pensava em Marília Pêra. E fazia uma analogia entre as pinceladas nervosas e o ritmo inebriante do mestre holandês com a agilidade com que Marília buscava as emoções, cuidadosamente armazenadas e devidamente estudadas.

Assim como Van Gogh escolhia as cores, Marília ia escolhendo emoções e colorindo com elas o texto. Enfim, fui para o teatro e não me senti bem no fim do primeiro ato. Cogitou-se até se Cláudio Galvan não deveria fazer o segundo ato em meu lugar, que é o que se faz numa emergência, mas é estranho. Terminei a peça, fui pra casa, tomei um remédio e me embrulhei nas cobertas. Acordei suado, dolorido, com o telefone tocando. Marília se foi, Cininha me disse chorando./ O mundo para. O quarto está escuro, porque nunca consegui dormir com luz. E penso que preciso vê-la. Preciso me despedir dela./ No avião, vim costurando os pedaços da manta, tentando contar a história.

Eu tinha vinte e dois anos quando conheci Marília Pêra. Era egresso d’O Tablado e ela nos dirigiu numa montagem de A Menina e o Vento da Saudosa Maria Clara Machado, no teatro Clara Nunes. Era uma diretora caprichosa, cheia de vontades, e ali já havia a tal singularidade excepcional. Mais do que conceituar ou nos explicar as intenções da personagem, Marília nos ensinava a amar o teatro. A sagração do ofício para ela sempre foi muito importante. Era dona absoluta do texto, estudava sem parar o texto. Nunca entrei em seu camarim, sem que ela estivesse passando uma ou outra fala. E ensaiávamos nossas cenas com cuidado, aprendendo a respiração um do outro, percebendo o tamanho exato da pausa para que o ritmo não se perdesse e a emoção se mantivesse à tona.

Nesse sentido, Marília foi muito mais do que uma colega de trabalho. Foi uma mestra com quem tive o privilégio de ter aulas particulares. Lembro-me de um dia em que troquei uma fala e ela me corrigiu: como você escreveu fica melhor! Ela costumava dizer que nós não éramos amigos, que o trabalho é que nos juntava. Talvez ela tivesse razão. Nunca me falou sobre a doença e eu entendia o porquê. Não queria que eu a visse como alguém que já não pudesse mais exercer seu ofício. Eu imediatamente comecei a escrever um projeto para ela estrelar depois de Pé na Cova. Percebi que o trabalho talvez a mantivesse viva. Não foi o bastante. No seu último dia de gravação, quando ela se despediu de sua memorável Darlene, e foi sendo levada para o camarim em cadeiras de rodas, ovacionada pela técnica e pelo elenco, eu me deixei ficar atrás do cenário, porque percebi no olhar dela, que se estendia até os refletores lá no alto, que aquilo era uma despedida. Talvez não fôssemos amigos, mas havia algo muito maior que nos unia: o respeito pelo ofício. Que eu aprendi com ela e com outros mestres que me cruzaram o caminho.

Essa foto foi tirada numa de suas últimas gravações. Acabamos de gravar uma cena e ela ficou satisfeita, depois ficamos falando sobre os ataques que ela estava sofrendo por ter abandonado a peça que ela estava ensaiando. Já não importava mais, Marília sofreu vários ataques ao longo de sua carreira. Não somos um povo generoso com o sucesso. A classe a rejeitou no episódio Collor e só seu extraordinário talento fê-la sobreviver ao massacre. Enfim, voltando à foto: Eu peguei o celular e disse: deixa eu tirar uma foto sua! Ela respondeu: Pode tirar. Eu já fiz as pazes com isso tudo.

Já tinha publicado a foto, mas não tinha contado a história. Talvez não fôssemos amigos, como ela gostava de dizer, fazendo charme e fingindo ciúme de outras atrizes, mas em sua última mensagem no WhatsApp, ela diz que me ama do fundo do coração. E eu então? De que maneira mensurar tantas emoções? Você foi o norte de uma geração de atores, Marília! Todos nós seguimos viagem com sua bússola nas mãos, buscando seu fraseado e seu gesto preciso. Eu também te amo. Do fundo do coração. E quer saber? Eu acho que também já fiz as pazes com isso tudo.