Hospital Araújo Jorge em Goiânia explica passo a passo para se tornar um doador de medula óssea
O Dia Mundial do Doador de Medula Óssea é celebrado, mundialmente, no terceiro sábado de setembro. Em 2022, a data será celebrada no dia 17. A data é uma forma de reafirmar a importância da doação de medula óssea, utilizada, sobretudo, no tratamento de pacientes com leucemia, quinto tipo de câncer mais comum entre os adultos, atingindo cerca de 5.920 homes e 4.386 mulheres por ano, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA).
Referência em tratamento no Centro-Oeste, o Hospital de Câncer Araújo Jorge (HAJ), em Goiânia, principal unidade operacional da Associação de Combate ao Câncer em Goiás (ACCG), é o único Centro de Alta Complexidade em Oncologia (CACON) no estado. O local realiza transplantes em pacientes adultos, e só este ano, já foram realizados 17 procedimentos no Setor de Transplante de Medula Óssea da instituição.
Dados do Registro de Doadores de Medula Óssea no Brasil (REDOME) calculam que, hoje, a plataforma registra cerca de cinco milhões de doadores cadastrados. Os números colocam o país em 3º lugar com maior número de doadores. Contudo, as cirurgias ainda demoram a ser realizadas. Isso, porque a chance de o paciente encontrar uma pessoa compatível é de uma em 100 mil. Por isso, é tão importante que as pessoas se cadastrem no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome) como doadoras.
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Para a hematologista e coordenadora do Serviço de Hematologia e Transplante de Medula Óssea do Araújo Jorge, Dra. Marina Aguiar, o número de pessoas cadastradas no Redome faz a diferença para quem aguarda pelo procedimento. “Quanto mais pessoas se dispuserem a ser doadoras de medula óssea, maior é a chance dos pacientes de encontrarem um doador compatível”.
Como ser um doador
A médica especialista em transplante de medula óssea explica mais sobre o assunto. “A medula óssea é encontrada no interior dos ossos, onde contém as células-tronco hematopoéticas que produzem os componentes do sangue, incluindo as hemácias ou glóbulos vermelhos, os leucócitos ou glóbulos brancos. Esses, são parte do sistema de defesa do organismo”, detalha.
Entenda o passo a passo
– Podem se cadastrar no Redome pessoas entre 18 e 35 anos;
– No Hemocentro do seu estado, agende uma consulta de esclarecimento;
– O voluntário deve assinar um termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE), e preencher uma ficha com informações pessoais;
– Ainda no Hemocentro, é retirada uma pequena quantidade de sangue (10ml) do candidato a doador;
– O seu sangue será analisado por exame de histocompatibilidade (HLA), um teste de laboratório para identificar suas características genéticas que vão ser cruzadas com os dados de pacientes que necessitam de transplantes para determinar a compatibilidade;
– Os dados pessoais e o tipo de HLA serão incluídos no Redome;
– Quando houver um paciente com possível compatibilidade, o doador será consultado para decidir quanto à doação. Por este motivo, é necessário manter os dados sempre atualizados;
– Para seguir com o processo de doação serão necessários outros exames para confirmar a compatibilidade e uma avaliação clínica de saúde;
– Somente após todas estas etapas concluídas o doador poderá ser considerado apto e realizar a doação.
Aguiar ressalta ainda que todo o procedimento é feito com cautela, prezando a saúde, também, do doador. “Existe uma atenção especial. Se o doador está no cadastro e surge a oportunidade do transplante de medula para outra pessoa, a equipe entra em contato, explica se ele quer fazer o procedimento e realiza exames. Tudo, para garantir o bem-estar do doador”, afirma a médica e ex-paciente do Araújo Jorge.
Imagem: Divulgação HAJ
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