Goiás sanciona lei que garante medicamento à base de cannabis pelo SUS

Na última quinta-feira (18), foi sancionada pelo Governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), a lei que institui a Política Estadual de Fornecimento Gratuito de Medicamentos Prescritos à Base de Cannabis.

A legislação assegura que o Sistema Único de Saúde (SUS) será responsável por distribuir, gratuitamente, medicamentos à base de planta para tratamento de várias doenças, em Goiás, e entrará em vigor em 90 dias.

O projeto de lei é de autoria do deputado estadual Lincoln Tejota (UB) e foi desenvolvido em parceria com a Associação Goiana de Apoio e Pesquisa à Cannabis Medicinal (Agape). Nas redes sociais, o parlamentar comemorou a aprovação da lei e o avanço que representa para a medicina goiana. 

Derivados da planta de cannabis foram cientificamente comprovados para fornecer aos pacientes benefícios no tratamento de uma variedade de condições de saúde. Entre elas, doenças crônicas como esclerose múltipla e fibromialgia. Além de tratar autismo, Alzheimer, TDAH, glaucoma, AIDS, epilepsia, dores crônicas e neuropáticas.

A Cannabis Medicinal tem se tornado realidade no Brasil nos últimos anos, com a permissão da Anvisa para importação do CBD nos casos de prescrição médica para o tratamento de epilepsias refratárias às terapias convencionais. Estados como Distrito Federal e São Paulo possuem leis semelhantes à que foi aprovada em Goiás.

 

 

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Iquego é o primeiro laboratório público do Brasil a produzir canabidiol

Em Março, o Diário Oficial publicou sobre a parceria inédita entre a Indústria Química do Estado de Goiás (Iquego) e a empresa norte-americana Golden CBD+. O acordo envolve a transferência de tecnologia, que vai produzir produtos à base de cannabis medicinal para distribuição pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no estado.

No estado, já tramita um projeto de lei na Assembleia Legislativa de Goiás (ALEGO), para a distribuição gratuita de medicamentos, fitofármacos e fitoterápicos prescritos a base da planta inteira ou isolada, que contenham na composição, fitocanabinóides, como Canabidiol (CBD), Cannabigerol (CBG), Tetrahidrocanabinol (THC), nas unidades de saúde pública estaduais e privadas conveniadas ao SUS. Em Goiânia, já é realidade, a capital possui uma legislação própria aprovada.

Segundo Diony Melo, médico especialista em cannabis medicinal, o intuito é fazer com que a população do estado de Goiás e dos outros órgãos públicos, seja de esfera estadual, municipal ou federal, possam ter os medicamentos à base de canabidiol via SUS.

“Inicialmente, serão disponibilizados de imediato para comercialização os seguintes produtos: Full Spectrum Canabidiol 100mg/ml (3000mg/30ml) – Solução Oral e Full Spectrum Canabidiol 200mg/ml (6000mg/30ml) – Solução Oral. A previsão é de que a produção seja iniciada em junho, pois depende de questões sanitárias e de importação”, destaca o médico.

Qual a importância da cannabis medicinal?

O canabidiol é um medicamento derivado da Cannabis, a planta da maconha, que é capaz de atuar no tratamento de doenças que atingem o Sistema Nervoso Central do ser humano. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mais de 100 mil pacientes realizam algum tipo de tratamento que necessita do uso do canabidiol, também conhecido como CBD.

No ano de 2021, mais de 66 mil medicamentos à base de Cannabis foram importados para o Brasil e o uso medicinal e industrial do canabidiol já é regulamentado em aproximadamente 50 países.

“O movimento das famílias, dos pacientes, das associações, inclusive das empresas que pretendem atuar nesse ramo, já está a todo vapor. E, a meu ver, não vai retrair. Entendemos que pode ser um caminho sem volta para a medicina, um avanço, pois vários resultados demonstram a eficácia do tratamento para uso medicinal. A Iquego está saindo na frente, pioneira como laboratório público no Brasil, se tornando o primeiro a firmar uma parceria nesse sentido. Nossa intenção é fazer com que as pessoas de todo Brasil tenham acesso a essa medicação de forma mais acessível.” afirma o diretor-presidente da Indústria Química do Estado de Goiás – Iquego, José Carlos dos Santos.

A Iquego, com mais de seis décadas de história, e por se tratar de uma estatal que possui como principal acionista o Governo de Goiás, tem como finalidade produzir e comercializar medicamentos e produtos para a saúde atendendo demandas do Ministério da Saúde, Secretarias de Saúde estaduais e municipais.

A Iquego vai cumprir o seu papel, regulando o mercado e o acesso aos produtos via Sistema Único de Saúde (SUS), ofertando por valores mais competitivos e acessíveis. 

iquego

 

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Remédio mais caro do mundo será distribuído pelo SUS

A Comissão Nacional de Incorporação de Novas Tecnologias em Saúde (Conitec) emitiu parecer favorável à incorporação do medicamento Zolgensma, considerado o mais caro do mundo, no rol de medicamentos disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A informação foi confirmada no último sábado, 3, pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, no Twitter. O Zolgensma é utilizado para tratar a atrofia muscular espinhal (AME), uma doença rara e degenerativa passada de pais para filhos. O medicamento custa cerca de R$ 6 milhões.

Apesar de a AME afetar pessoas de todas as idades desde o seu nascimento, no parecer da Conitec, a recomendação é de que o Zolgensma, também conhecido como Onasemnogeno Abeparvoveque na linguagem farmacêutica, seja aplicado em crianças de até seis meses com AME tipo I que passam mais de 16 horas diárias sem necessidade de utilizar métodos de ventilação invasiva.

“Esta é uma luta de muitos pais e de todos nós. Fico feliz em dar uma resposta tão importante. A AME é uma doença muito rara, degenerativa, que afeta o neurônio motor, responsável por gestos voluntários vitais para o corpo humano, como respirar, engolir e se mover”, escreveu Queiroga, utilizando uma foto dele com a primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

Além do novo medicamento, o SUS já disponibiliza outros dois remédios para tratar a doença, o Nusinersena e o Risdiplam. Segundo Queiroga, com a nova incorporação de medicamento, o sistema público passará a ofertar as “tecnologias mais avançadas para o tratamento da AME”.

O que é Ame?

A AME é uma doença genética e neuromuscular causada pela incapacidade do corpo em produzir uma proteína essencial para a sobrevivência dos neurônios motores. Com isso, ela afeta todos os músculos do seu corpo, impedindo que a pessoa tenha alguns impulsos motores, dificultando ou impossibilitando gestos voluntários vitais simples do corpo, como respirar, engolir e se mover.

A doença atinge 1 em cada 10 mil bebês no Brasil, segundo estudo publicado na National Library of Medicine, e varia do tipo 0 (antes do nascimento) ao 4 (segunda ou terceira década de vida), dependendo do grau de comprometimento dos músculos e da idade em que surgem os primeiros sintomas.

 

*Agência Estado

Medicamento à base de Cannabis será vendido via Delivery no Brasil

A farmacêutica brasileira GreenCare, controlada por um dos maiores fundos globais especializados em negócios de cannabis, o Greenfield Global Opportunities, começou esta semana a vender medicamento de cannabis medicinal no varejo por meio de delivery.

Com autorização sanitária obtida junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que permitiu a empresa ter localmente estoque desses itens, a companhia consegue encurtar de 30 dias para 48 horas o prazo de entrega do medicamento ao paciente. Antes de obter essa autorização, a importação era feita diretamente pelos pacientes e demorava cerca de um mês até ser finalizada.

“Em 70% do território nacional, vamos conseguir retirar a receita azul (controlada) na casa do cliente em 24 horas após o pedido telefônico e retornamos com o produto no local depois de 24 horas”, explica Fábio Furtado, sócio e diretor comercial da empresa. Ele ressalta que se trata do primeiro delivery de medicamentos à base cannabis do Brasil, um modelo já usado em outros países.

Com a estratégia do delivery, feita por meio de call center dedicado, a expectativa da companhia é ampliar em 40% a base de clientes no prazo de um ano, prevê Martim Prado Mattos, presidente da farmacêutica e controlador do fundo. Hoje a empresa atende 20 mil pacientes.

Mudança

Quando a farmacêutica começou a desenhar o projeto de venda no varejo, chegou a cogitar a possibilidade de comercializar o produto no balcão da farmácia. No entanto, esse caminho está descartado no momento. Mattos diz que pesaram para a mudança de estratégia alguns fatores, como o relacionamento que a empresa já mantém com os clientes, muitos deles idosos e com dificuldade de ir até às farmácias. Também com a pandemia, muitos médicos começaram atender remotamente pacientes de outros Estados. “Percebemos a necessidade do cliente receber o produto dentro de casa.”

Outro ponto que influenciou a decisão foi que, com o delivery, é possível manter a fidelidade da clientela. “Hoje já temos milhares de pacientes que se relacionam com os nossos canais de vendas e não há por que, neste momento, expô-los junto à concorrência no balcão da farmácia”, diz Mattos.

O primeiro produto que começou a ser vendido por meio de delivery é o extrato de cannabis. A companhia planeja disponibilizar duas outras formulações para o varejo em outubro e dezembro. A expectativa é de ter seis novos produtos à base de cannabis no ano que vem. As entregas serão feitas por uma empresa terceirizada, especializada em logística hospitalar, e o frete será gratuito. No modelo atual, onde o cliente importa diretamente, há o custo de frete. 

 

*Agência Estado

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Anvisa aprova liberação de vacina e de remédio contra a varíola dos macacos

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a liberação para uso da vacina Jynneos/Imvanex contra a varíola dos macacos (monkeypox) e do medicamento tecovirimat para o tratamento da doença no Brasil. As informações são do G1.

Para conceder as aprovações, a agência analisou dados da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e da Agência Americana (FDA). A dispensa temporária e excepcional se aplica somente ao Ministério da Saúde e terá validade de seis meses, desde que não seja expressamente revogada pela Anvisa.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o imunizante já está aprovado nos Estados Unidos, Canadá e União Europeia. Veja as duas autorizações da Anvisa:

– Tecovirimat: concentração de 200 mg, na forma farmacêutica cápsula dura, uso oral, prazo de validade de 84 meses e indicado para o tratamento de doenças causadas por Ortopoxvírus em adultos, adolescentes e crianças com peso mínimo de 13 kg.

– Vacina Jynneos/Imvanex: imunizante da empresa Bavarian Nordic A/S é fabricado na Dinamarca e Alemanha. Vacina é destinada a adultos com idade igual ou superior a 18 anos e possui prazo de até 60 meses de validade quando conservada entre -60 a -40°C.

No começo de agosto, Marcelo Queiroga afirmou que o Brasil iria receber o antiviral tecovirimat para combater o surto no país. Uma pesquisa publicada na revista científica “The Lancet Infectious Diseases” apontou que o antiviral se mostrou promissor em reduzir a duração dos sintomas e o tempo em que pacientes com a varíola dos macacos são capazes de infectar outras pessoas.

Brasil tem mais de quatro mil casos

A OMS informou na quinta-feira (25) que o número de casos vem caindo após uma tendência de alta que durou um mês. No Brasil, o número de casos confirmados até a noite de quarta-feira era de 4.144, enquanto o número de casos suspeitos era de 4.653, segundo dados do Ministério da Saúde. O país registrou um óbito relacionado à doença.

A OMS disse que as infecções nas Américas mostraram “um aumento contínuo e acentuado” na semana anterior, e a região representou cerca de 60% dos casos no último mês.

Teste com nova droga aprovada pela Anvisa elimina tumor em 100% dos casos

Um medicamento já aprovado pela Anvisa surpreendeu a comunidade científica ao fazer desaparecer o câncer colorretal em 100% dos pacientes testados. As informações são do portal Terra.

O tratamento foi realizado em um pequeno grupo de 12 pacientes com o anticorpo monoclonal dostarlimab e, em todos eles, houve remissão completa da doença. Os resultados positivos se sustentaram por um ano.

“Durante o período médio de acompanhamento de 12 meses, nenhum paciente recebeu quimiorradioterapia ou foi submetido à ressecção cirúrgica”, diz trecho do estudo norte-americano, publicado no periódico New England Journal of Medicine no dia 5 de junho.

O dostarlimab é aprovado no Brasil para tratar câncer de endométrio, e não tinha sido testado contra outros tipos de tumores até então.

Pesquisa histórica

Os pacientes participantes do estudo tomaram o medicamento por meio intravenoso a cada três semanas por seis meses. Um ano depois do início do tratamento, os tumores desapareceram de exames como ressonância magnética, avaliação endoscópica, toque retal ou biópsia.

Cerca de três quartos dos participantes apresentaram efeitos colaterais leves ou moderados, como fadiga, náusea, coceira e alergias. O estudo ainda não foi concluído, e seguirá acompanhando os pacientes para verificar se os tumores não voltarão. Além disso, outras pessoas devem ser incluídas na pesquisa a partir de agora. Outros tipos de câncer também devem ser testados.

Em entrevista ao The New York Times, o oncologista Luiz Diaz Jr., um dos autores do trabalho, afirma que a taxa de sucesso da pesquisa norte-americana não é comum, e talvez seja a primeira vez que algo do gênero é registrado em toda a história de estudos contra o câncer.

Remédio contra o câncer de mama

Outros remédios contra o câncer estão chegando ao Brasil. No início do ano a Anvisa aprovou um medicamento para auxiliar no combate ao câncer de mama, um dos tipos de câncer mais letais entre as mulheres brasileiras. Trata-se da combinação entre as substâncias pertuzumabe e trastuzumabe, com dose fixa e aplicação subcutânea – injeção na camada adiposa da pele.

“Além da rapidez, as pacientes se sentiram melhor com essa forma de administração, menos agredidas e invadidas com a aplicação subcutânea do que com a aplicação na veia ou no cateter. Os motivos principais pelos quais elas preferiram o subcutâneo é menos tempo na clínica, mais conforto durante a aplicação, menos estresse emocional e menos dor na hora da injeção”, explica a oncologista Dra. Gisah Guilgen.

De acordo com a Roche, farmacêutica que fabrica o produto, o medicamento servirá para o tratamento de câncer de mama HER2 positivo, tanto inicial quanto metastático.

 

Imagem: Pixabay

Prefeitura de Goiânia aprova o Dia Municipal da Cannabis Terapêutica

O prefeito Rogério Cruz sancionou, nesta terça-feira (8), o projeto de lei, criado pelo vereador Lucas Kitão, que inclui a data 27 de novembro como o Dia Municipal da Cannabis Terapêutica no Calendário de Eventos de Goiânia. As informações são do Jornal A Redação.

A proposta foi aprovada no plenário da Câmara, no último dia 10 de Fevereiro, com apenas um voto contrário. De acordo com Kitão, a instituição do Dia Municipal da Cannabis Terapêutica faz parte de uma série de ações de incentivo à pesquisa e à discussão sobre o uso terapêutico da substância, com o objetivo de instruir a população acerca da regulamentação e distribuição dos medicamentos.

Em Goiânia, a Câmara já promulgou a lei que autoriza a regulamentação e a distribuição gratuita de medicamentos prescritos à base de cannabis medicinal. A legislação precisa ainda ser regulamentada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS).  

O parlamentar afirmou que quer incentivar o debate e a conscientização, juntamente com a oficialização do Dia da Cannabis Terapêutica, para fomentar ações em defesa dos pacientes que necessitam do tratamento, mas que enfrentam preconceito e dificuldade para adquirir os medicamentos.   

“A inclusão no Calendário Oficial do Município vai permitir que ações sejam realizadas por instituições públicas ou privadas, a fim de promover atividades de caráter educacional na cidade que é referência em todo o Brasil, desde a aprovação da regulamentação desses medicamentos na capital”, explicou o vereador, que tem se dedicado à causa.  

Além disso, a data de 27 de novembro também é marcada pelo Dia Nacional de Combate ao Câncer. A escolha foi idealizada por ativistas defensores do medicamento derivado da cannabis, que apresenta grande efetividade no alívio de sintomas provocados pela quimioterapia.

“Desde 2013 a data já é celebrada não oficialmente. Agora poderemos incluir no Calendário Municipal a realização de debates, palestras e atos públicos, além da distribuição de material informativo”, concluiu Kitão.

 

Imagem: Getty Images

Anvisa aprova uso emergencial do primeiro remédio contra a Covid-19

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, na última quinta-feira, 24, o uso emergencial, em caráter experimental, do remédio Evusheld, desenvolvido pela empresa farmacêutica AstraZeneca, contra a Covid-19.

É o primeiro medicamento autorizado no Brasil com indicação profilática, ou seja, a ser usado para evitar a doença, antes da pessoa ser infectada pelo vírus. Por outro lado, há restrições e apenas algumas pessoas poderão fazer uso do remédio. Assim, o remédio não substitui a vacina para a maioria das pessoas.

O Evusheld é indicado para as pessoas com o sistema imunológico comprometido de forma moderada ou grave, em razão de alguma doença ou tratamentos, nas quais as vacinas são menos efetivas. É o caso, por exemplo, de quem faz tratamento contra câncer, tenha passado por transplante de órgão, ou por infecção por HIV avançada ou não tratada.

A diretora da Anvisa, Meiruze de Sousa Freitas, relatora do processo de autorização do remédio, destacou que essas pessoas são as mais vulneráveis a desenvolver a doença.

O medicamento também é indicado a quem tem contraindicação às vacinas, caso dos alérgicos aos componentes dos imunizantes. Para fazer uso, também será necessário não ter tido uma exposição recente conhecida a outra pessoa infectada pelo vírus. Quem tiver menos de 40 quilos ou menos de 12 anos também não poderá usar o remédio.

Segundo a Anvisa, o medicamento é composto de dois fracos, que devem ser aplicados por meio de injeção intramuscular. O remédio contém as substâncias cilgavimabe e tixagevimabe) e já foi aprovado para uso emergencial nos Estados Unidos, França, Israel, Itália, Barein, Egito e Emirados Árabes Unidos, estando ainda em análise pela Agência Europeia de Medicamentos. No Brasil, o pedido de autorização foi feito pela AstraZeneca em 17 de dezembro do ano passado.

O medicamento não substitui a vacina 

A Anvisa destaca que a profilaxia pré-exposição com Evusheld não substitui a vacinação para indivíduos em que a vacinação contra a Covid-19 seja recomendada.  Pessoas para os quais a vacinação é indicada devem receber a vacinação contra Covid-19. Isso inclui as pessoas com comprometimento imunológico moderado a grave, mas que podem se beneficiar da vacinação contra a Covid-19, segundo avaliação profissional. 

 

Imagem: Pixabay / Ilustrativa

Pesquisa mostra que o uso do Canabidiol reduz tumor cerebral altamente agressivo

O canabidiol (CBD), um dos princípios ativos da maconha, diminuiu o tamanho do glioblastoma, um tumor cerebral altamente agressivo e letal, em ratos. Os pesquisadores também observaram que, após inalarem a substância, as cobaias apresentaram redução de substâncias essenciais para o crescimento da doença. Detalhes da pesquisa foram apresentados na revista especializada Cannabis and Cannabinoid Research.

Usando células de glioblastoma modificadas de humanos, os especialistas criaram o que é chamado de glioblastoma ortotópico, o modelo mais realista possível para o tumor. No oitavo dia, o câncer se estabeleceu de forma agressiva no cérebro dos camundongos. E, no dia seguinte, a equipe deu início ao tratamento, com doses diárias de CBD inalado. Alguns animais receberam um placebo, e o experimento durou sete dias.

Ao avaliar as imagens do tumor, os pesquisadores notaram uma expressiva diminuição do tamanho da doença nos ratos que ingeriram o CBD, o que não foi visto no grupo placebo. “Vimos uma redução significativa no tamanho do tumor e também no microambiente tumoral estabelecido pelas células cancerosas, o que inclui vasos sanguíneos e fatores de crescimento diversos que fazem com que ele se espalhe”, explica, em comunicado, Babak Baban, imunologista da Augusta University, nos Estados Unidos, e um dos autores do estudo.

cientistas
Rutkowski (E) e Baban testam a substância contra o glioblastoma – (crédito: Michael Holahan, Augusta University)

 

Uso combinado

O tratamento para o glioblastoma atualmente inclui cirurgia, seguida de quimioterapia e radioterapia, mas os resultados não são altamente satisfatórios. “O que temos não está funcionando muito bem. Os familiares trazem os pacientes e dizem que eles simplesmente não estão pensando direito, que a memória está desordenada ou que foram demitidos do emprego porque não estão mais fazendo as coisas que faziam há 30 anos”, conta Baban.

Um dos planos dos especialistas, caso o efeito da droga se repita em outras análises laboratoriais, é usar o CBD em conjunto com as abordagens disponíveis, como a cirurgia. “Estamos animados com a redução do tumor e acreditamos que o canabidiol poderá ser explorado como uma ferramenta auxiliar durante o tratamento”, ressalta Baban.

 

*Fonte Correio Braziliense

Imagem: Reprodução / Ilustrativa

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Anvisa aprova nova medicação à base de Cannabis

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (17) uma resolução que autoriza a comercialização de mais um produto medicinal à base de Cannabis no país. O novo produto aprovado é o Extrato de Cannabis Sativa Alafiamed 200 mg/ml. Segundo o órgão, ele é obtido a partir do extrato vegetal da Cannabis sativa, a partir de um conjunto de substâncias da planta.

O produto, de acordo com a Anvisa, é fabricado na Suíça e será importado e distribuído no Brasil como produto acabado pronto para uso. Ele estará disponível sob a forma de solução em gotas, contendo 50 mg/mL de canabidiol (CBD) e não mais que 0,2% de tetrahidrocanabinol (THC). O THC é o princípio ativo priscotrópico da planta. O medicamento será comercializado em farmácias e drogarias a partir da prescrição médica por meio de receita do tipo B (de cor azul).

“O CBD e o THC informados são considerados marcadores no controle de qualidade desses extratos, os quais são compostos também por outras substâncias, como demais canabinoides e taninos. Os extratos vegetais têm composição complexa, podendo conter muitas substâncias ativas que podem agir por diferentes mecanismos no corpo humano, o que torna ainda mais importante o controle e o monitoramento aplicados a esses produtos pelo Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS)”, destacou a Anvisa.

No total, há nove produtos à base de Cannabis aprovados pela Anvisa e que podem ser adquiridos em farmácias e drogarias. De acordo com a Anvisa, são produtos fabricados por empresas certificadas quanto às Boas Práticas de Fabricação, que foram totalmente avaliados em relação à sua qualidade e adequabilidade para uso humano.

 

*Agência Brasil

Imagem: Reprodução

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Anvisa não recomenda ivermectina na prevenção do covid-19: ‘não tem eficácia comprovada’

Nas últimas semanas, várias mensagens incentivando o uso da ivermectina na prevenção ou cura do coronavírus têm se espalhado nas redes sociais. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reforça que o uso de ivermectina não é recomendado para o tratamento de pacientes com covid-19.

O alerta é que não há comprovações de eficácia do medicamento, tem efeitos colaterais e riscos do uso sem prescrição médica. “No caso da Ivermectina, os principais problemas (eventos adversos) são: diarreia e náusea, astenia [perda da força física], dor abdominal, anorexia, constipação e vômitos; em relação ao sistema nervoso central, podem ocorrer tontura, sonolência, vertigem e tremor. As reações epidérmicas incluem prurido, erupções e urticária”,reforça Anvisa.

A Ivermectina é um medicamento antiparasitário, usado no combate a vermes, parasitas e ácaros. É mais utilizada no Brasil contra piolhos.

Confira nota na íntegra:

“Diante das notícias veiculadas sobre medicamentos que contêm ivermectina para o tratamento da covid-19, a Anvisa escarece:

Inicialmente, é preciso deixar claro que não existem estudos conclusivos que comprovem o uso desse medicamento para o tratamento da covid-q9, bem como não existem estudos que refutem esse uso.

Até o momento, não existem medicamentos aprovados para prevenção ou tratamento da Covid-19 no Brasil.

Nesse sentido, as indicações aprovadas para a ivermectina são aquelas constantes da bula do medicamento.

Cabe ressaltar que o uso do medicamento para indicações não previstas na bula é de escolha e responsabilidade do médico prescritor”.

Foto: Anvisa/Divulgação

CFM não recomenda o uso de cloroquina no tratamento de covid-19, mas autoriza o uso em três casos

O presidente do Conselho Federal de Medicina, Dr. Mauro Ribeiro, afirmou que não existem comprovações científicas acerca da eficácia da hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19. Em parecer de nº 4/2020, o CFM menciona que, desde o final de 2019, vários medicamentos têm sido testados e, embora alguns tenham sido promissores em testes de laboratório e observação clínica, nenhum foi aprovado em ensaios clínicos com desenho cientificamente adequado, logo, não podem ser recomendados para o tratamento da enfermidade.

“É importante ressaltar que, na história recente da pesquisa do tratamento de várias doenças infecciosas, como por exemplo a recente epidemia de infecção pelo vírus Ebola, muitos medicamentos que demonstraram efeito em estudos em laboratório não foram eficazes ou acabaram sendo prejudiciais quando passaram para utilização clínica”. Ainda é mencionado que o uso de um medicamento não recomendado em casos de doenças graves sob a prerrogativa de que “o benefício será maior que o prejuízo” é uma visão equivocada, uma vez que não é possível determinar todas as consequências de um medicamento administrado no tratamento de um doença para a qual não foi testado.

No que tange a cloroquina e a hidroxicloroquina, administradas isoladamente ou associadas a algum antibiótico, embora tenham resultados comprovados quanto ações anti-inflamatórias e outros agentes infecciosos, além de apresentarem baixo custo e efeitos colaterais conhecidos, afirma-se que “não existem até o momento estudos clínicos de boa qualidade que comprovem sua eficácia em pacientes com COVID-19”. No entanto, “a situação pode mudar rapidamente, porque existem dezenas de estudos sendo realizados ou em fase de planejamento e aprovação”.

Assim, com base no que se conhece sobre o medicamento, o CFM propôs três situações em que o uso do medicamento pode ser considerado, ressaltando que seu uso deve ser decidido e autorizado pelo médico assistente juntamente ao paciente e/ou familiares quando for o caso:

a) Considerar o uso em pacientes com sintomas leves no início do quadro clínico, em que tenham sido descartadas outras viroses (como influenza, H1N1, dengue), e que tenham confirmado o diagnóstico de COVID 19.

b) Considerar o uso em pacientes com sintomas importantes, mas ainda não com necessidade de cuidados intensivos, com ou sem necessidade de internação.

c) Considerar o uso compassivo em pacientes críticos recebendo cuidados intensivos, incluindo ventilação mecânica, uma vez que é difícil imaginar que em pacientes com lesão pulmonar grave estabelecida, ena maioria das vezes com resposta inflamatória sistêmica e outras insuficiências orgânicas, a hidroxicloroquina ou a cloroquina possam ter um efeito clinicamente importante.

Do isolamento social:

Ainda foi mencionado que o isolamento social é única solução para o momento. Em nota, afirma-se que “a única estratégia reconhecida até o momento para prevenir a infecção é evitar a exposição ao vírus, e as pessoas devem ser aconselhadas a vários comportamentos, que incluem lavar frequentemente as mãos, evitar tocar os olhos, o nariz e a boca com as mãos não limpas, evitar o contato próximo com as pessoas e cobrir a boca e o nariz com o antebraço ao tossir ou espirrar”. Além disso, também é mencionado que os principais responsáveis pela elevada taxa de transmissão são as pessoas infectadas pelo vírus, porém, que não apresentam sintomas.

 

Leia o parecer completo aqui.