National Geographic afirma que a Terra tem 5 oceanos e não 4

A National Geographic Society, organização sem fins lucrativos fundada há 133 anos, conhecida pelos seus canais de televisão e revistas, é referência em termos de produção cartográfica. Anunciou, no início desta semana, que reconhecerá o corpo de água que circunda a Antártida como um oceano à parte, sendo o quinto do planeta Terra.

“O Oceano Antártico há muito tempo já é reconhecido por cientistas, mas, como nunca existiu um acordo internacional nesse sentido, nunca tínhamos o reconhecido”, disse Alex Tait, geógrafo da instituição no anúncio feito pela National Geographic Society.

De acordo com a organização, o que distinguiria o oceano Antártico dos demais seria, não seriam os continentes que o cercam, como acontece com os outros oceanos, mas sua correnteza, a Corrente Circumpolar Antártica. As águas da região são mais frias e ligeiramente menos salgadas do que as ao norte.

O reconhecimento dessa área como um oceano à parte está inserido em um esforço de chamar atenção para a necessidade de sua conservação frente às mudanças climáticas e a pesca predatória.

Agora, os mapas criados pela instituição, que são produzidos desde 1915 e usados em escolas ao redor do mundo, contarão com o quinto oceano, os outros incluem os oceanos Atlântico, Pacífico, Índico e Ártico. Muitos outros geógrafos e cientistas, no entanto, defendem que o Oceano Antártico é apenas prolongamento e encontro de outros corpos de água, como o Oceano Pacífico, o Atlântico e o Índico.

Em 2000, a Organização Hidrográfica Internacional propôs os limites do Oceano Antártico, mas nem todos os 93 países membros concordaram com a iniciativa.

“Acreditamos que um dos maiores impactos será do ponto de vista da educação. Os alunos aprendem informações sobre o mundo dos oceanos por meio de quais oceanos estão sendo estudados. Se não incluir o Oceano Antártico, eles não aprendem os detalhes dele e como ele é importante”, disse Tait.

Google Maps disponibiliza serviço offline

Via Exame

O Google lançou nesta terça-feira (10), uma função no aplicativo do Google Maps para smartphones Android que permite baixar mapas e ser guiado curva a curva por voz sem precisar de internet móvel.

Nesta primeira versão, somente a navegação para carros terá suporte ao uso offline (rotas de transporte público, de bicicleta e a pé só estão disponíveis no app se ele estiver online).

“Sem conexão, você poderá navegar pelo mapa, dar zoom, solicitar rotas e navegação curva a curva para carros. É quase como uma volta ao passado, é aquele seu primeiro GPS que não tinha internet”, afirmou Marcus Leal, gerente de Google Maps para a América Latina, durante um evento para jornalistas realizado na sede da empresa, em São Paulo. “Agora, você pode queimar o seu guia de ruas”, disse o executivo.

Também é possível pesquisar estabelecimentos, como um bar ou restaurante, e ver as notas dadas por internautas mesmo quando você está desconectado. Entretanto, como não há conexão, informações sobre o trânsito em tempo real não são exibidas.

Apesar de a novidade ser o modo offline, a economia de dados não é o foco do Google com essa atualização do Maps. O foco é performance.

Quando você vai para um local em que o sinal de internet móvel é ruim ou pega um túnel muito longo, o aplicativo pode acessar as informações guardadas no smartphone, em vez de ficar refém de uma conexão fraca, o que prejudica a experiência de uso.

“Se você estiver no estacionamento do shopping, no subsolo, o Maps vai usar os dados locais para navegar”, declarou Leal, explicando um possível cenário de uso.

A versão 9.17 do Maps começa a chegar aos usuários nesta terça, mas ela só deve chegar a todos os smartphones Android no dia 17 deste mês. A edição do app com novidades também chegará aos iPhones, mas o Google não informou quando isso acontecerá.

A novidade é importante para o Brasil. O país é um dos cinco maiores mercados do Maps em todo o mundo, diz o Google.

 

Como usar offline 

As pessoas que não têm planos de internet móvel com muitos dados para gastar podem tirar ainda mais proveito da novidade. A solução é utilizar o aplicativo com o smartphone no modo avião, mas com a geolocalização ativa.

Para conseguir navegar sem internet, é preciso fazer previamente o download dos mapas da região que para a qual você vai. O limite sugerido de cada mapa é de 400 MB, mas o usuário pode optar por baixar os dados de navegação de uma região maior, com no máximo 50 quilômetros quadrados. Para fazer download, basta pesquisar o endereço desejado e deslizar o dedo de baixo para cima no app. A partir daí, é preciso delimitar a área do mapa e iniciar o download. Recomenda-se que o usuário esteja conectado a uma rede Wi-Fi para isso.

Cada mapa baixado tem duração de 30 dias no smartphone do usuário e, passado esse período, ele pede renovação. A ideia é evitar que dados desatualizados prejudiquem a experiência de uso do Maps.

 

Demanda Offline

De acordo com o Google, com base em dados de 2015, a quantidade de buscas online referentes a localizações representa 30% dos resultados de pesquisa exibidos. Além disso, a empresa conduziu um levantamento no Brasil, com a participação de mil usuários de smartphones, que mostrou uma necessidade de melhorar o aplicativo do Maps.

Entre os brasileiros, 40% responderam que tiveram problemas ao acessar um mapa no mesmo dia da pesquisa, devido a falhas de conexão.

Fora isso, o Google informou que muitos usuários que utilizam planos pré-pagos em seus aparelhos já tiraram capturas de telas de mapas e usaram o Street View para se familiarizar com o ambiente por não ter como utilizar a navegação do app do Maps por conta da restrição do consumo de dados da franquia. “Esse cenário de uso nós resolvemos com essa atualização”, finaliza Leal.