Pesquisa mostra que o uso do Canabidiol reduz tumor cerebral altamente agressivo

O canabidiol (CBD), um dos princípios ativos da maconha, diminuiu o tamanho do glioblastoma, um tumor cerebral altamente agressivo e letal, em ratos. Os pesquisadores também observaram que, após inalarem a substância, as cobaias apresentaram redução de substâncias essenciais para o crescimento da doença. Detalhes da pesquisa foram apresentados na revista especializada Cannabis and Cannabinoid Research.

Usando células de glioblastoma modificadas de humanos, os especialistas criaram o que é chamado de glioblastoma ortotópico, o modelo mais realista possível para o tumor. No oitavo dia, o câncer se estabeleceu de forma agressiva no cérebro dos camundongos. E, no dia seguinte, a equipe deu início ao tratamento, com doses diárias de CBD inalado. Alguns animais receberam um placebo, e o experimento durou sete dias.

Ao avaliar as imagens do tumor, os pesquisadores notaram uma expressiva diminuição do tamanho da doença nos ratos que ingeriram o CBD, o que não foi visto no grupo placebo. “Vimos uma redução significativa no tamanho do tumor e também no microambiente tumoral estabelecido pelas células cancerosas, o que inclui vasos sanguíneos e fatores de crescimento diversos que fazem com que ele se espalhe”, explica, em comunicado, Babak Baban, imunologista da Augusta University, nos Estados Unidos, e um dos autores do estudo.

cientistas
Rutkowski (E) e Baban testam a substância contra o glioblastoma – (crédito: Michael Holahan, Augusta University)

 

Uso combinado

O tratamento para o glioblastoma atualmente inclui cirurgia, seguida de quimioterapia e radioterapia, mas os resultados não são altamente satisfatórios. “O que temos não está funcionando muito bem. Os familiares trazem os pacientes e dizem que eles simplesmente não estão pensando direito, que a memória está desordenada ou que foram demitidos do emprego porque não estão mais fazendo as coisas que faziam há 30 anos”, conta Baban.

Um dos planos dos especialistas, caso o efeito da droga se repita em outras análises laboratoriais, é usar o CBD em conjunto com as abordagens disponíveis, como a cirurgia. “Estamos animados com a redução do tumor e acreditamos que o canabidiol poderá ser explorado como uma ferramenta auxiliar durante o tratamento”, ressalta Baban.

 

*Fonte Correio Braziliense

Imagem: Reprodução / Ilustrativa

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Lei municipal autoriza uso de maconha medicinal em Goiânia

O presidente da Câmara de Vereadores de Goiânia, Romário Policarpo, promulgou na última quinta-feira (29/04), a Lei Municipal 10.611, que estabelece a distribuição gratuita de medicamentos nacionais ou importados, produzidos à base de maconha,  para pacientes em que tratamentos convencionais de doenças não apresentem eficácia. 

 

Entretanto, o cultivo doméstico da planta para fins medicinais ainda é considerado crime, com base na Lei de Drogas, de 2006, visto que não há ainda uma regulamentação específica para este fim. 

 

De autoria do vereador Lucas Kitão (PSL), a legislação determina a distribuição dos medicamentos prescritos à base da planta inteira ou isolada, que contenham em sua fórmula as substâncias canabidiol (CBD) e tetrahidrocanabinol (THC). Segundo a lei, deverá ser realizada em unidades de saúde pública municipal, privadas e conveniadas ao Sistema Único de Saúde (SUS), em Goiânia. 

CRITÉRIOS

De acordo com a norma, é necessário que o paciente apresente prescrição de médico legalmente habilitado, contendo obrigatoriamente, o nome do paciente e do medicamento, a posologia, quantidade, tempo de tratamento, data e assinatura com número do registro profissional no Conselho Regional de Medicina (CRM).

Além disso, o paciente é obrigado a apresentar um laudo médico, com a descrição do caso, o número da Classificação Internacional de Doenças (CID) e problemas relacionados à saúde. O laudo pode ser substituído por autorização administrativa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 

 

Segundo a nova norma, esses documentos vão embasar a justificativa para utilização do medicamento, e a viabilidade em detrimento às alternativas terapêuticas ofertadas pelo SUS e tratamentos anteriores. 

 

Venda e registro de remédios à base de maconha está aprovada no Brasil

A aprovação aconteceu na manhã desta terça feira (03), e foi aprovada por totalidade no plenário da Diretoria Colegiada. O tema que já vem sendo debatido na agência desde o ano de 2014, tomou um rumo diferente ao chegar no plenário somente neste ano. As decisões sobre o uso medicinal da planta ‘Cannabis sativa’ para a A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ainda não podem ser definidos como medicamentos, pois ainda não há estudo científicos que comprovem a eficácia da planta.

O diretor e presidente da Anvisa, William Dib, já havia dado seu aval sobre o tema abordado hoje. E o diretor Fernando Mendes argumentou com uma proposta à qual os medicamentos atendam os mesmos critérios exigidos pelos demais medicamentos, que reivindica a realizar pesquisas das quais comprovam a efetividade e competência dos resultados garantindo a segurança dos produtos à base da planta.A regra vale pelos próximos três anos, sendo que a medida deverá ser obrigatoriamente revisada após o período.

Foto capa: smokebuddies

 

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Freiras da Califórnia, nos Estados Unidos, plantam e comercializam produtos derivados da maconha

Não, você não entendeu errado. As freiras da organização Sisters of the Valley, em Merced, Califórnia, plantam e vendem maconha. Mas, não é nada disso que você está pensando. A cannabis é utilizada para fazer cannabidiol (CBD) e dele produzir infusões de óleo, cremes para a pele e suplementos para doentes. As freiras ressaltam que os produtos contêm nenhuma ou quantidade mínima de THC, que é a substância responsável pelos efeitos psicoativos da droga.

Mas, nem tudo são flores: a cidade de Merced não está nada satisfeita com o comércio, e vereadores do município já preparam um projeto de lei para banir o cultivo e venda da marijuana medicinal. A organização das freiras começou a divulgar uma petição para invalidar a ação das autoridades locais. Elas argumentam que não estão agindo ilegalmente, pois pagam impostos e trazem renda para a cidade. Disseram ainda que não fazem parte de nenhuma religião ou organização religiosa, e que trabalham de maneira independente.

Vale lembrar que diversos estudos já comprovaram que o CBD tem ação terapêutica para quem sofre com problemas de saúde como o câncer, a psicose crônica, ansiedade, entre outros.