Médico libanês, filho de comerciantes, mudou a história da medicina goiana

Em Goiânia, o sobrenome Rassi é imediatamente associado à medicina. Instituições como o Hospital Geral de Goiânia (HGG) Alberto Rassi e o Hospital do Coração Anis Rassi são claros testemunhos dessa ligação. Anis Rassi foi tema de uma outra matéria que você pode ler aqui.  Hoje, nosso foco é desvendar a trajetória de Alberto Rassi e entender o motivo pelo qual o HGG ostenta seu nome.

 Para entender é preciso voltar no tempo. A saga da família Rassi começa com a travessia dos comerciantes  Abrão e Mariana Rassi, oriundos de Cheikn-Taba, no Líbano, ao Brasil no início do século XX. Em sua chegada, já traziam consigo seis filhos nascidos em território libanês: Leonardo, Alberto, Salvador, Glória, Luiz e Aurora.

 No entanto, a jornada brasileira da família começou com um desembarque não planejado no Rio de Janeiro, ao invés de Santos, como originalmente previsto. Uma vez no Brasil, o casal se dirigiu a Vianópolis-GO. Lá, em solo goiano, Mariana e Abrão expandiram ainda mais a família com o nascimento de mais cinco filhos: João, Fued, Raul, Anis e Afif. Juntos, esses onze membros da família Rassi formariam um legado que se entrelaçaria indissociavelmente com a história da medicina em Goiânia.

O nome de Alberto Rassi ganha destaque nesse contexto. Após se formar em medicina no Rio de Janeiro em 1940, ele fundou o Instituto Médico-Cirúrgico em Goiânia, instituição que, mais tarde, daria lugar à Casa de Saúde Dr. Rassi. Além de Alberto, seus irmãos Luiz, Raul, Anis e Afif também seguiram a carreira médica, reforçando a presença da família na área da saúde em Goiás.

Em 1959, erguendo-se na Avenida Anhanguera, no Setor Oeste de uma Goiânia ainda jovem com apenas 26 anos, surgiu o Hospital Rassi. Com um projeto arquitetônico ousado, o médico Alberto Rassi e seus irmãos médicos deram vida a um marco que se tornaria sinônimo da medicina goiana. A cidade, projetada para abrigar 50 mil habitantes, foi testemunha do crescimento meteórico desse hospital, como se Alberto já pressentisse o boom demográfico que estava por vir.

O caminho de Alberto é permeado de desafios e determinação. Desde os dias da Casa de Saúde Dr. Rassi em Campinas até a majestade do Hospital Rassi em Goiânia, seu irmão, Luiz Rassi, compartilha histórias inspiradoras. Como na época de inflação exacerbada, quando cada centavo recebido era imediatamente investido em materiais de construção, evitando dívidas, um hábito arraigado na família. Ou quando Alberto, imerso em sua visão e paixão pelo projeto, decidiu que sua família viveria nas dependências do hospital durante sua construção.

Em  abril de 2025, se estivesse vivo, Alberto Rassi completaria 110 anos. A atual fachada do hospital é uma ode ao seu fundador, mantendo-se fiel aos seus princípios de excelência e ensino.


Com um impacto tão significativo na medicina goiana, não é surpresa que hospitais da região levem o nome Rassi. Ao passar pelas ruas de Goiânia e ouvir o nome “Rassi” associado à medicina, é mais do que uma homenagem a um indivíduo. É o reconhecimento do esforço, dedicação e paixão de uma família que, geração após geração, dedicou-se a cuidar e aprimorar a saúde dos goianos.


Por que o Hospital Geral de Goiânia leva o nome de Alberto Rassi?

Há 33 anos, em janeiro de 1998, o Hospital Geral de Goiânia (HGG) recebeu uma mudança significativa em sua nomenclatura. A decisão surgiu quando o governador da época, Maguito Vilela, sancionou a Lei Estadual nº 13.234, de autoria própria, renomeando o hospital para “Hospital Dr. Alberto Rassi”.

A alteração visava homenagear o Dr. Alberto Rassi, médico pioneiro em Goiânia, que falecera no ano anterior, em 1997. Sua trajetória na medicina começou em 1940, quando se formou no Rio de Janeiro. No ano seguinte, já atendia em Goiânia, mais especificamente na Avenida Bahia, em Campinas. Sua influência foi tão marcante que outros membros da família Rassi, como Anis Rassi, seguiram seus passos na medicina.

O HGG, anteriormente conhecido como Hospital Geral – Inamps, iniciou suas operações em 29 de dezembro de 1959. Durante seus primeiros 20 anos, funcionou como hospital federal, atendendo casos eletivos, urgentes e emergenciais em diversas especialidades. Em dezembro de 1990, houve a transferência administrativa do hospital da esfera federal para a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), com base em decretos e termos de cessão estabelecidos.

Em 1991, a necessidade de reformas levou ao fechamento temporário do HGG, sendo os atendimentos transferidos para outras instituições, como o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) e o Hospital de Doenças Tropicais (HDT). A reabertura, em maio de 1998, trouxe uma proposta revitalizada: atendimentos especializados, cirurgias eletivas de alto custo e procedimentos diagnósticos. Além disso, a interação com a comunidade acadêmica se fortaleceu em 2001, quando o hospital estabeleceu residência médica em diversas especialidades e firmou parcerias com unidades de ensino. Uma mudança significativa na gestão ocorreu em março de 2012, quando a administração passou a ser conduzida por uma organização social (OS).

O nome “Dr. Alberto Rassi” não só honra um profissional que contribuiu imensamente para a medicina goiana, mas também reflete o legado e a evolução de um hospital central para a saúde dos goianos.

 

Idosa toca piano em casa destruída por explosões no Líbano; veja vídeo emocionante

Os vídeos registrados após a catastrófica explosão em Beirute, ontem (04) continuam chegando e emocionando o mundo todo. As duas enormes explosões no Líbano deixaram mais de 100 mortos e 4.000 feridos.

Um destes vídeos mostra uma senhora tocando piano em um apartamento que foi claramente muito impactado pela explosão.

Por lá, ela entoa uma triste melodia enquanto há pessoas se movimentando pelo local, provavelmente pensando nos próximos passos para a reconstrução.

A página What’s Up Lebanon compartilhou o vídeo e escreveu: “Sem palavras… que Deus abençoe todas as pessoas que perderam as vidas, as famílias que perderam as casas e todas as pessoas boas ao redor do mundo.”

A libanesa de 79 anos estava tocando uma tradicional música escocesa de despedida “Auld Lang Syne” (traduzida para o português como “Valsa da Despedida’), tocada tradicionalmente em fins de ano, velórios, formaturas e outros eventos de encerramento.

A neta da pianista, May-Lee Melki, que mora nos EUA, contou à imprensa norte-americana que recebeu o vídeo de sua mãe, que fez o registro em Beirute. E que decidiu compartilhar o registro para “mostrar um sinal de esperança no meio de tanto desespero”.

Assista:

 
 
 
 
 
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Uma publicação compartilhada por Guia Curta Mais (@curtamais) em 6 de Ago, 2020 às 1:24 PDT

 

Teria Simpsons previsto grande explosão em Beirute, no Líbano?

Esta terça-feira (4) foi marcada por uma grande tragédia no Líbano. Em Beirute, uma grande explosão aconteceu em um depósito de fogos de artifícios, deixando milhares de feridos.

Em meio a isso, um vídeo circula nas redes sociais, onde mostra Homer Simpson, da série “Os Simpsons”, comprando explosivos em uma loja. No entanto, sua utilização teria resultado numa “grande explosão semelhante a ocorrida em Beirute, capital do Líbano”.

Os Simpsons são conhecidos por fazerem previsões do futuro, tendo já premeditado  o final da série Game Of Thrones, 7×1 da Alemanha e Brasi, corrupção na FIFA, eleição de Donald Trump, prêmio Nobel, e até a massa de Boson Higgs, dentre outras assustadoras previsões.

O vídeo da ‘previsão’ se tornou viral e diversos perfis brasileiros e estrangeiros resolveram compartilhar.

Entretanto, o site E-farsas, que desvenda fake news desde 2002, resolveu dar uma analisada no vídeo e constatou que ele é falso! Na verdade, o vídeo foi editado para incluir cenas distintas de dois episódios da série animada “Os Simpsons”, que não possuem nenhuma relação com o que aconteceu no Líbano.

O primeiro trecho, que vai até o ponto de Homer acender o pavio de um fogo de artifício ilegal na boca de um fogão foi retirado de “Summer of 4 Ft. 2“, o 25° episódio da sétima temporada. Ao contrário do que é mostrado no vídeo, não ocorreu nenhuma “explosão nuclear” após essa cena.

Confira: