Leonardo Pareja: novo livro mostra história do criminoso com ótica humanizada

Nesta quinta-feira, 30 de Março, é a data marcada para o lançamento de um novo livro sobre a história de Leonardo Pareja, o ‘’criminoso mais famoso do Brasil’’. A biografia, chamada de ‘’Muralhas da Solidão’’, foi escrita por sua melhor amiga, Adriana Ripardo, com detalhes nunca antes revelados. O lançamento acontece na Câmara Municipal de Uruaçu (GO), e será vendido pelo site oficial da Editora Santorini, responsável pela publicação.

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No livro a autora conta a história de Leonardo Pareja, totalmente diferente das reportagens e noticiários da época, mostrando o seu lado mais humano, sensível e genioso. A biografia traz em detalhes como ele agia, pensava e arquitetava seus planos e estratégias.

Além disso, o livro conta como os dois se conheceram, durante uma fuga de Pareja e como eles se tornaram melhores amigos e confidentes. Em um dos trechos, Adriana conta como ele sobreviveu na mata para não ser encontrado pela polícia e como ficou escondido na casa da amiga. A publicação está recheada com imagens e esboços escritos por ele.

A obra traz ainda depoimentos inéditos de pessoas que também estiveram com Pareja de perto, como a delegada Renata Cheim, o desembargador Homero Sabino, e outros personagens que foram feitos reféns durante uma rebelião no presídio, liderada por Pareja.

Além do livro, Adriana guarda um arsenal de documentos, como milhares de cartas que Pareja recebia na cadeia, de mulheres do Brasil inteiro, esboço de planos de fuga da cadeia e centenas de fotos que ele mandava com dedicatória.

O criminoso mais famoso do Brasil

Leonardo Rodrigues Pareja nasceu em Goiânia e começou sua trajetória de fama em setembro de 1995 quando, após assaltar um hotel na cidade de Feira de Santana, Bahia, manteve como refém por três dias uma garota de 16 anos, Fernanda Viana, sobrinha do então senador Antônio Carlos Magalhães.

Em abril de 1996 comandou uma rebelião de sete dias no Centro Penitenciário de Goiás (CEPAIGO), na cidade de Aparecida de Goiânia, quando ele e mais 43 detentos fugiram após fazer várias autoridades como refém, inclusive o presidente do Tribunal de Justiça de Goiás, Desembargador Homero Sabino.

O criminoso conseguiu fugir ao fim da rebelião levando seis reféns. Durante a fuga, ele parou em um bar, deu autógrafos, comprou cigarros e bebidas. Ele foi recapturado um dia depois, em um posto de combustíveis de Porangatu, no norte do estado.

Pareja foi traído e morto na prisão em dezembro de 1996, por ter delatado um plano de fuga.

 

*Informações: Jornal Opção

 

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Os maiores casos policiais de Goiás que ganharam repercussão no Brasil e no mundo

 Casos policiais acontecem todos os dias. Chamam a atenção pela brutalidade, pelo perfil dos envolvidos e pelo inesperado. Mas algumas histórias ganham tanta notoriedade na mídia que ficam marcadas no tempo.

Puxando à memória, Goiás carimbou emblemáticos casos policiais que repercutiram nacionalmente. Alguns desses episódios foram tão marcantes que basta um termo, como “serial killer”, para que as pessoas já se recordem de qual fato e do que se trata. Alguns casos tristes, outros revoltantes. Relembre 10 casos de polícia em Goiás que rodaram os noticiários em todo o país. Você se lembra deles?

 

1. Caso Lázaro

O caso mais recente que preocupa os moradores de Goiás e do Distrito Federal é o de Lázaro Barbosa de Sousa: já são dez dias de perseguição e um rastro de violência extrema pelo caminho. O homem, de 33 anos, é acusado de matar uma família de quatro pessoas em Ceilândia – pai, mãe e filhos -, invadir chácaras, fazer reféns, atear fogo em carro e casa e balear três vítimas.

A busca pelo criminoso está em curso desde quarta-feira (9/6) e reúne mais de 200 policiais e 50 viaturas do Distrito Federal e de Goiás, que reforçam as buscas pelo suspeito, que, até o momento, sempre conseguiu dar um jeito de fugir e impõe rastro de violência no processo.

 

2. Tiago Henrique: o maior Serial Killer da história de Goiânia
Já que iniciamos a chamada exemplificando este caso, vamos relembrá-lo. Tiago Henrique Gomes da Rocha, conhecido como o Serial Killer de Goiânia, foi um dos casos policiais goianos recentes de maior repercussão nacional. Após uma série de crimes recorrentes na capital em 2014, a investigação chegou a conclusão que os casos tinham um único envolvido. Thiago assumiu para polícia ter matado 39 pessoas, entre 2011 e 2014. Suas vítimas eram mulheres, moradores de rua e homossexuais. A soma dos anos de sua condenação beira 660 anos de prisão. Após condenado, o serial killer revelou que sofreu bullying e abuso sexual na infância. Atualmente, Tiago se prepara para lançar livro sobre sua vida como matador em série.

3. Leonardo Pareja

O nome é bastante familiar para os goianienses, sobretudo para aqueles que têm mais de 30 anos. Leonardo Pareja ficou conhecido em todo o Brasil em setembro de 1995, quando manteve refém, depois de um assalto, a sobrinha de ninguém mais, ninguém menos, Antônio Carlos Magalhães, à época, um dos políticos mais influentes do país. O mais surpreendente foi o fato de Pareja ter escapado da polícia e, não bastasse o feito, começou a zombar das autoridades ao dar entrevistas para rádios anunciando as cidades onde cometeria seus novos ataques. Foi capturado e cumpriu pena no maior presídio de Goiás, o então Cepaigo.

Em 1996 liderou uma fuga espetacular de presos, que posteriormente, recapturados, acusaram o então diretor da penitenciária, Coronel Nicola Limongi, de maus tratos. As denúncias foram investigadas e, no dia 26 de abril de 1996, o então presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, desembargador Homero Sabino, decidiu ir pessoalmente ao presídio verificar as condições em que viviam os detentos. Estava armado o palco daquela que se transformaria em uma das maiores rebeliões do país. O desembargador, o Coronel Nicola Limongi e outras autoridades da segurança pública foram feitos reféns no motim comandado por Leonardo Pareja.

Em meio ao caos da rebelião, Pareja protagonizou uma cena inusitada: ao lado de um colega, escalou a caixa d’água do presídio e lá de cima começou a tocar violão e a cantar Vida de Gado, do cantor Zé Ramalho. Nascia o estranho “mito”, com um marcante senso de espetáculo, capaz de provocar a ira das autoridades goianas e ganhar a simpatia da opinião pública. A rebelião terminou ao vivo, televisionada pelas principais emissoras do país, e com Leonardo Pareja dando uma volta pela cidade, ao lado do desembargador Homero Sabino, em um dos carros cedidos pela polícia goiana, uma das estranhas exigências feitas pelo bandido.

De volta à prisão, denunciou à direção do Cepaigo, em dezembro de 1996, um suposto plano de fuga de acusados de matar dois presidiários, amigos de Pareja. No dia 9 de dezembro foi esfaqueado no pescoço pelo detento Eduardo Rodrigues e não resistiu aos ferimentos. A audácia e carisma de Leonardo Pareja despertou a curiosidade nacional, e a vida do criminoso inspirou o livro Ensaio de uma vida bandida, do autor curitibano Leandro França, e o documentário Vida Bandida, do diretor Régis Faria.

 

4. O bicheiro Carlinhos Cachoeira
E por falar em política, Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira foi preso pela Política Federal em fevereiro de 2012 pela Operação Monte Carlo, esquema de contravenção do bicheiro envolvendo exploração de jogatina mediante corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro. O caso ganhou ainda mais repercussão depois que a PF descobriu ligações do contraventor com diversos políticos de Goiás. Cachoeira, que reside em Goiânia, foi condenado a 39 anos e 8 meses pelos crimes de peculato, corrupção, violação de sigilo e formação de quadrilha. No entanto, recorreu da sentença e passou a aguardar a decisão da Justiça em liberdade. Nem sua esposa passou despercebida nacionalmente neste caso. Também alvo da investigação da Operação Monte Carlo, a goiana Andressa Mendonça chamou atenção de parlamentares e da imprensa por sua beleza e jovialidade, se tornando popularmente conhecida como Musa da CPI.

 

5. A brutalidade de Mohammed d’Ali
Mohammed d’Ali Carvalho dos Santos ficou conhecido por matar a inglesa Cara Marie Burke, de 17 anos, que morava em Goiânia. O crime ocorreu no dia 26 de julho de 2008, em um apartamento do Setor Leste Universitário, na capital. Mohammed foi condenado a 21 anos de prisão após ter assassinado a facadas e esquartejado o corpo da estudante inglesa. O caso teve repercussão mundial devido à sua brutalidade. Mohammed morreu em 2016 após ter sofrido uma overdose enquanto cumpria pena.

 

6. Caso Pedrinho
Um dos sequestros mais conhecidos do país envolveu Pedro Rosalino Braule Pinto, o “Pedrinho”, hoje com 31 anos. Levado dos braços da mãe, em janeiro de 1986, da maternidade Santa Lúcia, em Brasília, o adolescente foi localizado 16 anos depois, em Goiânia, vivendo com outra família e com outro nome. Na mesma época, um exame de DNA mostrou que, na mesma casa, também registrada como filha legítima, morava Aparecida Fernanda Ribeiro da Silva, sequestrada havia mais de 23 anos pela mesma mulher: Vilma Martins Costa. O caso deu tanta repercussão que inspirou até o escritor Aguinaldo Silva a escrever a novela “Senhora do Destino”, da Globo.

 

7. As torturas de Silvia Calabresi
E desse caso, quem lembra? Em março de 2008, após denúncia anônima, uma menina de 12 anos foi encontrada acorrentada em uma escada, amordaçada e com vários ferimentos pelo corpo no apartamento da empresária Silvia Calabresi, em um setor nobre de Goiânia. Com autorização da mãe biológica, Silvia criava a jovem de família humilde com promessa de bons estudos e melhores condições de vida, mas aplicava severos castigos e torturava a garota com a ajuda da empregada. O caso ganhou tamanha repercussão não foi à toa. Silvia Calabresi deixava a menina presa acorrentada, sem beber agua nem comer, tirava pedaços da língua, dos dentes e das unhas com alicate. De noite a menina era solta para limpar o apartamento todo, amordaçada e usando as luvas para nao sujar nada de sangue. Calabresi foi condenada há 14 anos de prisão. A garota torturada, hoje uma linda mulher, diz não guardar nenhum rancor.

 

8. Sequestro do irmão de Zezé de Camargo e Luciano

Apesar de não ser o filho de Francisco mais famoso, o cantor e compositor gospel Wellington Camargo foi vítima de um dos sequestros que mais mobilizou a imprensa e comoveu o povo brasileiro. Raptado em dezembro de 1998 em Goiânia, Wellington passou 94 dias em cativeiro e teve um pedaço de sua orelha esquerda cortada para pressionar o pagamento do resgate. Curiosamente, no decorrer das negociações, os criminosos reduziram o valor pedido inicialmente de US$ 5 milhões para US$ 300 mil. Além de ser irmão dos cantores Zezé de Carmargo e Luciano, o que atenuou a comoção geral foi o fato de Wellington ser cadeirante, vítima de uma poliomielite aos 2 anos de idade.

 

9. A morte do jornalista Valério Luiz

Cronista esportivo foi assassinado com 4 tiros à queima-roupa após sair da rádio em que trabalhava, em Goiânia, em julho de 2012. De acordo com a investigação, as recorrentes críticas de Valério Luiz à cúpula do time Atlético-GO teriam motivado o homicídio. Após 5 anos, caso segue sem solução. A morte do jornalista entrou para a estatísticas de casos de violação contra a liberdade de expressão no Brasil, com mais de 190 registros. O pai do cronista, Mané de Oliveira, morreu em fevereiro de 2021 sem acompanhar o desfecho do caso.

 

10. Cartunista Glauco
A morte do cartunista Glauco virou notícia nacional, mas quem protagonizou essa história foi o assassino dele: Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, o Cadu. O crime aconteceu em 12 de março de 2010, no sítio onde a vítima morava, em Osasco (SP). Ele invadiu a propriedade e atirou contra as vítimas. Cadu frequentava a Igreja Céu de Maria, fundada por Glauco, que seguia a doutrina religiosa do Santo Daime. Ele acabou indo para o Complexo Médico-Penal do Paraná e depois transferido para Goiânia, onde ficou internado em uma clínica psiquiátrica até 2013. Em 2014, Cadu voltou à prisão após matar duas pessoas durante assalto em Goiânia. 

 

11. Troca dos bebês
Em 2008, dois bebês foram trocados em uma maternidade particular de Goiânia. A confusão foi descoberta 2 anos depois quando uma das mães decidiu fazer um teste de DNA porque o marido suspeitava que o filho não era dele. Uma desconfiança que destruiu o casamento do casal. A mãe do outro bebê que nasceu no horário próximo ao parto disse à polícia que nunca desconfiou que o bebê pudesse ser de outra pessoa, mas aceitou fazer o exame de DNA para esclarecer o caso na época. O dia da troca dos bebês comoveu geral. O caso ganhou tanta repercussão que os cantores João Carreiro e Capataz e apresentadora Ana Maria Braga doaram e reformaram uma casa para que as famílias morassem próximas para não perderem os laços criados com as crianças. 

 

12. A delação dos irmãos Batista
Se tem uma coisa que dá repercussão nacional é política. E quando aliado a crimes então nem se fala… Recentemente, tivemos o caso dos irmãos Joesley e Wesley Batista, donos de uma das maiores indústrias frigoríficas do mundo, fundada em Goiás. A PF (Polícia Federal) indiciou os irmãos Joesley e Wesley Batista por uso privilegiado de informações do mercado financeiro e esquema de propina. Para que as condenações fossem amenizadas, os Batista fecharam acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República e revelações bombásticas dos irmãos implodiram o meio político envolvendo importantes políticas, entre eles, o atual presidente Michel Temer.

10 fatos marcantes da história de Goiânia

Em seus 82 anos, Goiânia já coleciona pelo menos uma dezena de fatos que entraram não só para a história da jovem capital, mas também para a história do Brasil e do mundo. Alguns desses fatos perderam-se no tempo, como é o caso do Crime da Família Mateucci, nos anos de 1950. Outros, ainda estão vivos na memória dos goianienses; recentes ou não, merecem ser revisitados. Para relembrar momentos históricos acontecidos em nossa cidade, o Curta Mais preparou uma lista com 10 acontecimentos que levaram o nome de nossa cidade para os principais noticiários do país e deixaram uma marca indelével no imaginário coletivo. Acompanhe:

1. O Crime da família Mateucci

Entre os fatos que marcaram a história da capital está o famoso “Crime da família Mateucci”. No dia 6 de dezembro de 1957, os jornais noticiaram a chacina de seis pessoas da mesma família. O comerciante Wanderley Mateucci, sua mulher Lourdes de Sá e quatro de seus cinco filhos – Walkíria, 6 anos; Wagner, 5; Wolney, 4; e Wilma, de 9 meses de idade, foram assassinados com golpes de machado. Apenas Wânia, na época com 2 anos, escapou da morte. Suspeitos foram presos e um réu confesso cumpriu pena, mas nem mesmo a polícia acreditava em sua culpa. A casa da família, na rua 74, no Centro (antigo Bairro Popular), ficou anos abandonada, quando enfim foi comprada e transformada em uma casa de embalagens, que ainda hoje funciona no local. A história que chocou os goianienses serviu como pano de fundo para o romance Veias e Vinhos, do autor goiano Miguel Jorge.

 

2. Acidente com o Césio 137

Conhecido como o maior acidente radiológico do mundo, o acidente com o Césio 137 assustou não só os goianienses, mas todo o país. No dia 13 de setembro de 1987, dois catadores de lixo encontraram dentro de uma clínica abandonada (hoje, Centro de Convenções de Goiânia) um aparelho utilizado em radioterapias. Acreditando que a cápsula que guardava o componente químico poderia ter algum valor comercial, levaram o instrumento para casa, desmontando-o e repassando-o para outras pessoas, gerando um rastro de contaminação. O acidente vitimou quatro pessoas, entre elas, a menina Leide das Neves, e contaminou centenas. Quase 30 anos depois, o tratamento das pessoas contaminadas continua: 975 pessoas são monitoradas pela Superintendência Leide das Neves, a SuLeide.

 

3. Leonardo Pareja

O nome é bastante familiar para os goianienses, sobretudo para aqueles que têm mais de 30 anos. Leonardo Pareja ficou conhecido em todo o Brasil em setembro de 1995, quando manteve refém, depois de um assalto, a sobrinha de ninguém mais, ninguém menos, Antônio Carlos Magalhães, à época, um dos políticos mais influentes do país. O mais surpreendente foi o fato de Pareja ter escapado da polícia e, não bastasse o feito, começou a zombar das autoridades ao dar entrevistas para rádios anunciando as cidades onde cometeria seus novos ataques. Foi capturado e cumpriu pena no maior presídio de Goiás, o então Cepaigo.

Em 1996 liderou uma fuga espetacular de presos, que posteriormente, recapturados, acusaram o então diretor da penitenciária, Coronel Nicola Limongi, de maus tratos. As denúncias foram investigadas e, no dia 26 de abril de 1996, o então presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, desembargador Homero Sabino, decidiu ir pessoalmente ao presídio verificar as condições em que viviam os detentos. Estava armado o palco daquela que se transformaria em uma das maiores rebeliões do país. O desembargador, o Coronel Nicola Limongi e outras autoridades da segurança pública foram feitos reféns no motim comandado por Leonardo Pareja.

Em meio ao caos da rebelião, Pareja protagonizou uma cena inusitada: ao lado de um colega, escalou a caixa d’água do presídio e lá de cima começou a tocar violão e a cantar Vida de Gado, do cantor Zé Ramalho. Nascia o estranho “mito”, com um marcante senso de espetáculo, capaz de provocar a ira das autoridades goianas e ganhar a simpatia da opinião pública. A rebelião terminou ao vivo, televisionada pelas principais emissoras do país, e com Leonardo Pareja dando uma volta pela cidade, ao lado do desembargador Homero Sabino, em um dos carros cedidos pela polícia goiana, uma das estranhas exigências feitas pelo bandido.

De volta à prisão, denunciou à direção do Cepaigo, em dezembro de 1996, um suposto plano de fuga de acusados de matar dois presidiários, amigos de Pareja. No dia 9 de dezembro foi esfaqueado no pescoço pelo detento Eduardo Rodrigues e não resistiu aos ferimentos. A audácia e carisma de Leonardo Pareja despertou a curiosidade nacional, e a vida do criminoso inspirou o livro Ensaio de uma vida bandida, do autor curitibano Leandro França, e o documentário Vida Bandida, do diretor Régis Faria.

 

4. A morte do cantor Leandro

No dia 23 de junho de 1998 os brasileiros acordaram e receberam uma triste notícia: morria o cantor Leandro, da dupla goiana Leandro & Leonardo, certamente uma das mais amadas e conceituadas do mundo sertanejo, e que ainda hoje é uma referência para cantores do gênero. Leandro travou, durante dois meses, uma luta contra um câncer pulmonar raríssimo e extremamente agressivo, conhecido como tumor de Askin. Antes de falecer, o cantor passou por várias internações e cirurgias, quando os médicos do renomado Hospital São Luiz, em São Paulo, perceberam que já não havia mais nada que pudesse salvar a vida de Leandro, que faleceu vítima de falência múltipla dos órgãos.

Foi velado na Assembléia Legislativa de São Paulo e, posteriormente, seu corpo foi trazido para o Ginásio Olímpico, onde uma multidão aguardava para prestar a última homenagem. Estima-se que cerca de 150 mil pessoas acompanharam o cortejo em direção ao Cemitério Parque Jardim das Palmeiras, onde foi sepultado.

 

5. Sequestro Wellington Camargo

O cantor Wellington Camargo, um dos irmãos dos cantores Zezé di Camargo e Luciano, foi sequestrado no dia 16 de dezembro de 1998 em sua casa, no Jardim Europa, em Goiânia, por quatro homens armados. Teria início um dos sequestros mais duradouros do país. No dia 13 de março de 1999, os sequestradores enviaram a uma emissora de televisão da capital um pedaço da orelha de Wellington juntamente com um bilhete, no qual pressionavam a família a pagar o resgate de US$ 300 mil. Dias depois, exames confirmaram que a orelha era mesmo da vítima. O pagamento foi feito no dia 20 de março e, no dia 21, Wellington foi deixado dentro de um buraco, a 150 metros de uma estrada vicinal, entre Goiânia e Guapó. Foi encontrado por dois motociclistas, que o reconheceram imediatamente. O sequestro, que durou 94 dias, marcaria a vida da família Camargo e entraria para a lista de fatos marcantes da história da capital goianiense.

 

6. Queda do avião monomotor no estacionamento do Shopping Flamboyant

No dia 9 de março de 2009 um avião monomotor foi derrubado no estacionamento do Shopping Flamboyant. Na queda, morreram o piloto, Cleber Barbosa da Silva, de 30 anos, e a filha, Penélope Barbosa Correia, de 5 anos.

Cleber viajava com a filha e a esposa quando, durante uma discussão, agrediu a mulher com o extintor do carro que dirigia e a jogou para fora do veículo. Depois, fugiu com a filha em direção ao aeroclube da cidade de Luziânia, onde roubou uma das aeronaves sob pretexto de alugá-la para um vôo panorâmico. Ele partiu em direção à capital, onde o monomotor foi visto dando rasantes sobre vários setores, entre eles o setor Santa Genoveva. O acidente foi provocado intencionalmente e acabou entrando para a lista de fatos marcantes da história de Goiânia.

 

7. Escândalo envolvendo o empresário goiano Carlinhos Cachoeira

O empresário goiano Carlos Augusto de Almeida Ramos, mais conhecido como Carlinhos Cachoeira, nasceu em Anápolis, Goiás, e ficou conhecido nacionalmente por seu envolvimento com o crime organizado no Brasil. Em 2004, um vídeo gravado por ele mostrava Waldomiro Diniz, assessor do então ministro da Casa Civil José Dirceu, lhe fazendo pedidos de propina para arrecadar fundos para a campanha eleitoral do Partido dos Trabalhadores e do Partido Socialista Brasileiro no Rio de Janeiro. Cachoeira divulgou o vídeo, que culminaria no primeiro grande escândalo de corrupção do governo Lula. O empresário ganhou notoriedade da imprensa nacional e internacional, e a divulgação das imagens de entrega de propina enfraqueceu a posição política influente de José Dirceu, que posteriormente seria condenado por corrupção ativa no processo conhecido como Mensalão do PT.

 

8. Serial Killer de Goiânia

O ano de 2014 marcou a história de Goiânia: uma série de assassinatos de mulheres assustou a população, alimentando as suspeitas de que haveria um serial killer em ação na capital. Depois de uma demorada investigação, as suspeitas foram confirmadas quando a Polícia Civil de Goiás prendeu o vigilante Thiago Henrique Gomes da Rocha, que confessou o assassinato de 35 pessoas, entre elas, mulheres, homossexuais e moradores de rua. Em depoimento à polícia, Thiago dizia que matava porque “sentia angústia e precisava aliviar o sentimento ruim”. Ele cumpre pena de 12 anos e 4 meses em regime fechado no Núcleo de Custódia, em Aparecida de Goiânia, por ter assaltado duas vezes a mesma agência lotérica no Setor Central. O serial killer já foi pronunciado por 28 dos 35 assassinatos atribuídos a ele, mas nenhum júri tem data marcada, uma vez que a defesa do réu ainda pode recorrer da decisão de pronúncia em todos os casos.

 

9. Morte do jogador Fernandão

Fernando Lúcio da Costa, mais conhecido como Fernandão, foi um dos maiores ídolos da história do Internacional e do Goiás. O ex-atacante faleceu em um acidente de helicóptero no dia 7 de junho de 2014, aos 35 anos. O jogador voltava de sua casa de férias em Aruanã quando a aeronave em que ele e mais quatro amigos estavam caiu. A notícia da morte de Fernandão causou grande comoção em todo o país, especialmente entre os torcedores dos times que representou. O velório levou uma multidão para o ginásio da Serrinha, e o sepultamento aconteceu no Cemitério Parque Jardim das Palmeiras sob forte comoção. Em Porto Alegre, foi erguida uma estátua em sua homenagem no pátio do estádio Beira-Rio.  

 

10. Morte do cantor Cristiano Araújo

A morte do cantor Cristiano Araújo entrou para a lista de fatos marcantes da história de Goiânia. Nome respeitado e conhecido no cenário da música sertaneja, Cristiano faleceu no dia 24 de junho de 2015, aos 29 anos, vítima de um grave acidente de carro, que também vitimou sua namorada, Allana Moraes, 19. Cristiano, que voltava de um show na cidade de Itumbiara, não usava o cinto de segurança quando o veículo, uma Land Rover, capotou por volta das 3h na rodovia Transbrasiliana (BR-153). Ele chegou a ser levado em estado grave para o Hospital Municipal de Morrinhos, foi transferido de helicóptero para o Hospital de Urgências de Goiânia, mas chegou na capital sem vida. Allana morreu no local do acidente. O velório aconteceu no Centro Cultural Oscar Niemeyer, onde milhares de fãs prestaram as últimas homenagens ao cantor.