Com um enredo espetacular, vibrante, fixante, aventureiro, e sem dúvida um dos melhores filmes que você assistirá em 2020, Enola Holmes interpretada por ninguém menos que Millie Bobby Brown, conta uma simples e divertida história de uma garota que ‘insistem’ encaixar nos padrões de sua época (1800). Com adaptação da série “Os Mistérios de Enola Holmes”, o longa (lançado hoje na Netflix), com pouco mais de 2h, exibe uma conjunção do famoso universo “Sherlock Holmes”. Só que desta vez, a historia conta a trajetória da irmã cujo foi criada igualmente aos irmãos Mycroft (Sam Claflin) e Sherlock (Cavill), e que não deixa à desejar. Uma trama investigativa e bastante dinâmica, com um certo charme, uma narrativa brilhante e um elenco invejável.

O princípio norteador da narrativa sem dúvida é; “garota real, mundo real, riscos reais”, como diria a Ali Mendes, produtora do longa, dando vida, à jornada de uma jovem, em fase de amadurecimento, cujo é considerada pelos irmãos “selvagem”. Treinada pela mãe Eldorado Holmes (Helena Bonham Carter), desde o primeiro dia de sua vida, Enola, que é dona de uma personalidade cativante e irritante ao mesmo tempo, com o jeitinho ‘Holmes’, carismático de ser, possui várias habilidades nada comuns.
 
– Uma mulher feroz criou uma menina feroz, diz Mycroft. Ela é circunstancialmente diferente de sua era; sabe lutar jiu-jítsu, sabe observar os fatos com riqueza de detalhes, e livre-pensamento, e foi criada para se responsabilizar pelo próprio futuro, sob o refúgio de sua própria eminência.

Utilizando-se de códigos secretos, o filme tem um quê das sufragistas orientais, aprofundando-se em estilos de lutas usadas por mulheres daquela época na Inglaterra. “Enola é o espírito da revolução, é o espírito necessário da investigação, de não se acomodar e aceitar o mundo como mandam”, afirma Fiona Shaw, senhorita Harrison na trama.

“Se ela vivesse hoje seria considerada fascinante, carismática e excêntrica, na era vitoriana seria considerada malandra, temperamental, rebelde e perigosa”. brinca Henry, sobre a personagem.

Portanto ser ou se sentir diferente, a sociedade não saber lidar com o que você se tornou, não torna Enola menos incrível, pelo contrário, isso significa que você irá se sobressair aos demais, em todas as situações, principalmente se comparada às mulheres de sua era, “criada para vestir o que quisesse, ter o penteado e dizer e fazer o que quisesse”. – nunca aprendi a bordar, fui ensinada a observar e ouvir, fui ensinada a lutar, diz Brown, em falas do filme.

“Uma Menina ingênua e atrevida que se atreveu a entrar num mundo desafiador e perigoso, o que muda sua perspectiva de como sua vida deveria ser”, declara o diretor do longa Harry Bradbeer.

Um enredo carregado de detalhes, porém, que deixa a trama intencionalmente suave, sem que você se canse de assistir, cortejada pela bela trilha sonora de Daniel Pemberton, que também registra seu talento nas telinhas da trama “Aves de Rapina”, outro longa meramente incrível, mas esse assunto fica pra outra hora!

Curiosidade: Enola ao contrário se escreve Alone. Será que tem algo a ver com a trama? Intencionalmente eu diria que SIM!

Ano:2020
País:Reino Unido
Duração:2h 3min min
Direção:Harry Bradbeer
Roteiro:Jack Thorne
Elenco:Sam Claflin, Helena Bonham Carter, Millie Bobby Brown, Henry Cavill
Produtoras: Legendary Pictures, Warner Bros e Pictures
Autora: Nancy Sringer

Assista a apresentação de Enola Holmes ao mundo: (Agora na Netflix)