‘O mundo depois de nós’: Drama psicológico com Julia Roberts é o novo sucesso estrondoso da Netflix

“O Mundo Depois de Nós”, disponível na Netflix, é um exemplar marcante do cinema contemporâneo que entrelaça habilmente suspense, terror psicológico e elementos de ficção científica, criando uma narrativa densa e envolvente. Sob a direção visionária de Sam Esmail e baseado na obra literária de Rumaan Alam, o filme vai além do tradicional cenário apocalíptico, explorando com maestria as nuances psicológicas e sociais em um mundo à beira do colapso.

A narrativa se desenrola em um cenário onde a tecnologia, outrora salvadora da humanidade, se torna sua ruína. O filme desafia o espectador a contemplar o que acontece quando os sistemas que sustentam a sociedade moderna falham repentinamente. Essa premissa é habilmente entrelaçada com a história da família Sandford, que busca um refúgio temporário de suas vidas agitadas, apenas para encontrar-se presa em um pesadelo imprevisto e inimaginável.

O que distingue “O Mundo Depois de Nós” é a sua capacidade de manter o espectador engajado não apenas com os elementos de suspense e terror, mas também com o drama humano profundo que se desenrola. As atuações, especialmente de Julia Roberts e Mahershala Ali, são intensas e críveis, trazendo à vida personagens complexos e multifacetados. Eles nos conduzem por uma jornada de auto-descoberta, medo e paranoia, enquanto lutam para manter a sanidade e a moral em um mundo que não faz mais sentido.

Enredo e Direção

No filme “O Mundo Depois de Nós”, a direção de Sam Esmail se entrelaça habilmente com o enredo para criar uma narrativa intensa e provocativa. O filme acompanha a jornada da família Sandford, formada por Amanda (interpretada magistralmente por Julia Roberts), seu marido Clay (Ethan Hawke) e seus filhos. Buscando um refúgio da rotina estressante, eles alugam uma luxuosa casa em Long Island, esperando encontrar paz e tranquilidade. No entanto, o cenário idílico rapidamente se transforma em um terreno fértil para tensões e mistérios, quando uma misteriosa família bate à sua porta, buscando abrigo após um apagão em massa na cidade.

Esmail, conhecido por seu trabalho em “Mr. Robot”, tece uma trama que transcende os limites do thriller convencional. Ele utiliza o contexto de um mundo apocalíptico não só para explorar os horrores físicos dessa realidade, mas também para mergulhar nos complexos aspectos psicológicos e sociais que surgem em situações extremas. A narrativa se concentra na ansiedade crescente relacionada à nossa dependência da tecnologia, levantando questões provocativas sobre como a interrupção súbita de nossos sistemas e dispositivos impactaria nossa existência.

A direção de Esmail é marcada por uma tensão crescente e uma atmosfera carregada de suspense. Ele habilmente usa os cenários, a linguagem corporal dos personagens e a cinematografia para criar um clima de incerteza e desconfiança. Através de uma abordagem sutil, mas poderosa, Esmail consegue manter o espectador engajado, equilibrando o suspense do desconhecido com as dinâmicas interpessoais intensas que se desenrolam entre os personagens.

Em suma, “O Mundo Depois de Nós” é uma obra cinematográfica que destaca a habilidade de Esmail em contar histórias complexas e envolventes. Ele não apenas apresenta uma visão assustadora de um mundo pós-apocalíptico, mas também reflete sobre as complexidades da natureza humana, nossas vulnerabilidades e a fragilidade de nossa sociedade altamente conectada

Atuação e Personagens

No filme “O Mundo Depois de Nós”, o elenco, liderado por Julia Roberts e Mahershala Ali, apresenta atuações que são não apenas notáveis, mas verdadeiramente memoráveis. Julia Roberts, interpretando Amanda, uma mulher complexa e cheia de nuances, demonstra uma profundidade emocional impressionante. Sua personagem é multifacetada, lidando com suas próprias inseguranças e preconceitos em um mundo que está se desintegrando ao seu redor. A performance de Roberts é crua e autêntica, fazendo com que o público simpatize com suas lutas internas, apesar de seus defeitos evidentes.

Mahershala Ali, no papel de G.H., o misterioso proprietário da casa, exibe uma presença magnética e enigmática. Ali traz uma mistura de dignidade e vulnerabilidade ao seu personagem, que se torna o catalisador de muitas das tensões e revelações no filme. Seu desempenho é sutil, mas poderoso, comunicando volumes com pequenos gestos e expressões faciais, adicionando camadas de complexidade à narrativa.

A dinâmica entre Amanda e G.H., juntamente com os outros personagens, é um dos pontos altos do filme. Conforme suas personalidades são exploradas e suas histórias se entrelaçam, o filme revela não apenas os medos e preconceitos que cada personagem carrega, mas também suas vulnerabilidades e desejos. Há uma evolução palpável nos personagens ao longo do filme, à medida que eles são forçados a confrontar suas próprias falhas e preconceitos no contexto de uma crise global.

Este elenco talentoso, sob a direção habilidosa de Sam Esmail, cria uma experiência cinematográfica rica e envolvente. Cada ator contribui significativamente para a narrativa, trazendo à tona a complexidade das relações humanas em tempos de crise. A interação entre os personagens é carregada de tensão e emoção, tornando “O Mundo Depois de Nós” um estudo fascinante sobre a natureza humana.

Fotografia e Sonoplastia

A fotografia em “O Mundo Depois de Nós” é uma faceta crucial do filme que merece um reconhecimento detalhado. A escolha de uma paleta de cores dominada por tons de azul, cinza e branco é uma decisão artística deliberada, que serve para criar um contraste visual com o tema caótico do enredo. Esses tons frios evocam uma sensação de isolamento e desolação, acentuando a atmosfera de incerteza e tensão que permeia toda a narrativa.

A cinematografia do filme faz um trabalho excepcional ao capturar a beleza sombria de um mundo pós-apocalíptico. Cada cena é meticulosamente enquadrada para destacar o contraste entre a serenidade da casa de praia e o caos crescente do mundo exterior. As cenas externas são particularmente notáveis, com a utilização inteligente da luz natural para realçar o sentimento de desamparo e desorientação dos personagens.

A trilha sonora de “O Mundo Depois de Nós” complementa perfeitamente a experiência visual. Ela começa com um tom mais alegre e esperançoso, refletindo a ilusão inicial de um retiro pacífico. No entanto, à medida que o enredo se desenrola e a tensão aumenta, a música transita sutilmente para um tom mais sombrio e suspenso. Esta progressão sonora acompanha a mudança na atmosfera do filme, aumentando a sensação de apreensão e incerteza.

Esses elementos visuais e sonoros são harmonizados de forma magistral, trabalhando juntos para mergulhar o espectador na experiência única que é “O Mundo Depois de Nós”. O uso cuidadoso da fotografia e da trilha sonora não é apenas esteticamente agradável, mas também serve para aprofundar a narrativa, realçando a experiência emocional dos espectadores e mantendo-os engajados do início ao fim.

Em resumo, a fotografia e a trilha sonora em “O Mundo Depois de Nós” são exemplos exemplares de como os aspectos técnicos de um filme podem ser utilizados para realçar e complementar a história, criando uma experiência cinematográfica verdadeiramente imersiva e emocionante.

Recepção Pública e Crítica

“O Mundo Depois de Nós”, apesar de sua execução técnica e artística impecável, gerou opiniões divididas entre o público e a crítica especializada. Alguns espectadores expressaram descontentamento com o final ambíguo e a falta de respostas definitivas. Um usuário em uma crítica online comentou, “Horrível, péssimo, duas horas assistindo para não ter um final. Começa a puxar vários assuntos… e depois, quando esperamos o desenrolar e desfecho, o filme acaba.” Este sentimento de insatisfação ressalta a preferência de parte do público por narrativas com conclusões mais concretas e resoluções claras dos mistérios apresentados.

Por outro lado, a crítica especializada tende a apreciar o filme por seu desenvolvimento intrigante e habilidade de envolver e desafiar o espectador. Um crítico do CinePOP observou que “O Mundo Depois de Nós é desses filmes que o desenvolvimento dos obstáculos é melhor do que a explicação em si – pois, independente de qual seja, sempre ficará abaixo da expectativa.” Esta visão sugere que a força do filme reside na jornada e não necessariamente no destino, valorizando a maneira como a narrativa se desenrola e mantém o espectador engajado.

Outro aspecto louvado pela crítica é a maneira como o filme aborda temas contemporâneos, como a dependência da tecnologia e as complexidades das relações humanas em situações extremas. Um crítico da Flixlândia afirmou que o filme “transcende as convenções do thriller apocalíptico, proporcionando uma experiência cativante e provocativa.” Essa perspectiva ressalta a habilidade do filme em provocar reflexões sobre questões relevantes, além de fornecer entretenimento.

Em resumo, “O Mundo Depois de Nós” é um filme que, com seu final aberto e abordagem temática profunda, consegue ser ao mesmo tempo uma fonte de frustração para alguns e de admiração para outros. Ele representa um exemplo claro de como o cinema pode ser divisivo, dependendo das expectativas e preferências individuais dos espectadores.

Conclusão

“O Mundo Depois de Nós” é uma obra que transcende as convenções do thriller apocalíptico. Oferecendo uma experiência cinematográfica cativante e provocativa, o filme de Sam Esmail destaca-se como uma reflexão contundente sobre a fragilidade da sociedade moderna e a complexidade das relações humanas em tempos de crise.


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Tesla é vítima de ataques cibernéticos e causa série de acidentes em novo filme da Netflix

Estrelando Julia Roberts e Ethan Hawke, O Mundo Depois de Nós é um dos lançamentos da Netflix em dezembro, com assinatura da produtora Higher Ground Productions, gerida pelos Obamas. 

A obra, que carrega o ideal de terror psicológico, aborda o tema de ataques cibernéticos com viés político em um mundo que sobrevive de altas tecnologias, desde celulares até carros de direção autônoma, como os Teslas que causam acidentes e entopem as principais rodovias da cidade. 

No longa, as férias perfeitas de uma família são perturbadas quando dois estranhos batem à porta, no meio da noite, alegando que a casa é deles e que precisam de ajuda para fugir do blecaute que afeta a cidade. A cada minuto que se passa, o que era apenas uma queda de energia na cidade, se transforma em um pesadelo.

Alerta de spoiler! O filme não é dos piores mas, de fato, poderia ser melhor. Acerta em muitos pontos, mas deixa a desejar em questões pífias. O que era pra ser um terror psicológico se transforma, rapidamente, em uma comédia frágil. A começar pelo navio petroleiro que invade a praia…e é só isso mesmo, sem explicações, sem grande alvoroço. 

Clay (Ethan Hawke) que curtia a praia com a família no momento do incidente até tenta entender o porquê, mas o roteiro é tão fraco que a conversa entre ele e o segurança é banal e esquecida. Amanda (Julia Roberts) age como se a chegada dos proprietários da residência alugada por eles fosse a coisa mais estranha do mundo, ignorando o navio encalhado na praia como se isso fosse algo corriqueiro. 

Inspirado no romance “Leave the World Behind” (Deixe o Mundo para Trás) de Rumaan Alan, o longa entrega críticas e boas reflexões. Mas são 2h30min de um roteiro raso e sem explicações, com terror psicológico pouco trabalhado. A trama do apocalipse é boa, o que deixa a desejar é o roteiro fraco e os personagens sem sal.

Chega a ser incrível como um thriller apocalíptico fala pouco de apocalipse. A produção se perde muito no roteiro, mas deixa claro que os americanos adoram criar teorias da conspiração ao invés de lidar com a realidade sobre uma política fragilizada e autodestrutiva. 

A visão crítica sobre como a sociedade depende da tecnologia é toda nossa, baseando-se, principalmente, na pré-adolescente de 13 anos que passa o dia inteiro chorando para a mãe que não consegue continuar assistindo Friends em seu Ipad já que a internet caiu. No final, ao encontrar uma casa com mantimentos e um bunker com todas as temporadas de Friends em DVD, ela simplesmente ignora que tem uma família lá fora morrendo enquanto procura por ela, e decide terminar a série. 

Confira o Trailer:

Famílias, fiascos e festas: novo sucesso da Netflix é um delicioso caos materno de Hollywood

Imagine abrir um antigo álbum de fotos de família. Alguns rostos reconhecíveis, outros nem tanto, e uma série de histórias entrelaçadas de risos e lágrimas. Garry Marshall, com seu legado à lá “Uma Linda Mulher”, traz a tona em “O Maior Amor do Mundo” um retrato divertido, por vezes melodramático, desse mosaico familiar.

De antemão, esqueça as comparações. Este não é o filme homônimo de Cacá Diegues. Aqui, Marshall borda um quilt de tramas familiares, pincelando relações maternas com um pano de fundo próximo ao Dia das Mães. O casting brilha com nomes como Jennifer Aniston e Julia Roberts. No entanto, se você espera ver a Julia de “Uma Linda Mulher”, prepare-se para uma nova versão, que, apesar de seu sorriso contagiante, por vezes, parece perdida no meio do roteiro.

Aniston, por sua vez, resplandece na pele de uma mãe divorciada, enquanto a sumida Kate Hudson navega por questões familiares preconceituosas e relações contemporâneas. O roteiro flerta com temas atuais, como as diversas formações familiares, mas nem sempre acerta o tom.

Há momentos de pura diversão, especialmente com a mãe desbocada interpretada por Margo Martindale. Por outro lado, Marshall parece às vezes buscar em demasia um autenticidade que escapa entre os dedos. Mesmo com algumas derrapadas, é uma experiência cinematográfica que oferece risadas, algumas reflexões e, é claro, a inegável sensação nostálgica de sua assinatura clássica.

No final das contas, “O Maior Amor do Mundo” se parece com um encontro de família: repleto de momentos agridoces, alguns dramas exagerados e aquela pitada de humor que só as relações familiares podem oferecer. Se você está à procura de uma comédia dramática leve para relaxar, dê uma chance a esse filme. E quem sabe? Talvez você encontre no meio dessas tramas um reflexo de sua própria família.

Julia Roberts e outras estrelas ficam descalças no tapete vermelho como forma de protesto

Julia Roberts, Kristen Stewart e Sasha Lane decidiram tirar os sapatos no 69º Festival de Cannes, para fazer um protesto. O objetivo dessas celebridades, de acordo com a imprensa internacional, é protestar contra o fato de, no ano passado, mulheres terem sido impedidas de entrar no festival por usarem calçados sem salto. Algumas delas inclusive, segundo o site Screen Daily, tinham problemas de saúde.

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(Foto: Antonin Thuillier/AFP)

As estrelas conseguiram burlar as regras com uma estratégia simples: como mostram algumas fotos, elas chegaram ao tapete vermelho (onde se concentra a maior parte dos seguranças) usando salto, mas retiraram os sapatos no caminho para a escadaria que leva os artistas à sala de exibição dos filmes.