Um dos atrativos mais tradicionais de Goiânia, Parque Mutirama celebra 55 anos de história

Em 2024, o Parque Mutirama, um ícone no coração da capital goiana, celebra 55 anos de existência, marcando décadas de diversão, transformações e histórias compartilhadas. Inaugurado em 1969 pelo então prefeito Iris Rezende Machado, o parque tornou-se um ponto de referência no lazer acessível para a população local.

Situado estrategicamente no Centro de Goiânia, ao lado do Parque Botafogo, o Mutirama abraça uma área cuidadosamente planejada desde a fundação da cidade e tornou-se não apenas parte integrante da história, mas também uma lembrança vívida da infância de várias gerações.

Montanha Russa no Parque Mutirama. Foto: Divulgação/ Agetul

Atrações e espaços verdes para todos os gostos

Com 21 atrações em pleno funcionamento, o Parque Mutirama recebe, nos dias de funcionamento, até 10 mil pessoas de todas as idades, proporcionando um ambiente de lazer inclusivo e aberto ao público. Sua administração, a cargo da Prefeitura de Goiânia, garante entrada gratuita, consolidando o Mutirama como uma opção acessível para todas as famílias.

Foto: Arquivo Curta Mais

Operando de quinta-feira a domingo, das 10h às 16h, o parque registra um aumento significativo de público nos fins de semana. Sua localização privilegiada facilita o acesso, enquanto os brinquedos, atrações e áreas verdes oferecem opções variadas para entretenimento, piqueniques e atividades ao ar livre.

Foto: divulgação

A história por trás do encanto

Conhecido como a “Disney Goiana”, o Parque Mutirama tem raízes profundas na visão do prefeito Iris Rezende. Em uma época em que os clubes eram elitizados e opções de lazer acessíveis eram escassas, o Mutirama surgiu como uma resposta à necessidade de proporcionar diversão para todos.

O projeto original, concebido pelo arquiteto Eurico Godoi e construído pelo engenheiro Wilson Honorato, evoluiu ao longo dos anos. Desde a abertura em 1969, o parque enfrentou desafios, passando por reformas em 2012 e um período de fechamento após um incidente em 2017. No entanto, o Mutirama ressurgiu, mantendo-se como um símbolo de resiliência e entretenimento.

O Parque Mutirama foi construído na primeira gestão de Iris Rezende em Goiânia, em 1969, motivado pelo encantamento do prefeito após visita a um parque infantil nos Estados Unidos (foto: divulgação)

Diversão com responsabilidade

Atualmente, o Parque Mutirama oferece mais de 20 opções de brinquedos, passando por constantes manutenções para garantir a segurança dos visitantes. Tobogãs, roda gigante, teleférico, carrossel e montanhas-russas fazem parte das atrações, juntamente com o planetário da Universidade Federal de Goiás e o cativante Parque dos Dinossauros.

A Agência Municipal de Turismo, Eventos e Lazer enfatiza a importância das manutenções corretivas, preventivas e preditivas para assegurar a integridade dos visitantes.Para preservar a segurança de todos, é proibida a entrada com objetos que possam emitir fumaça ou fogo, animais (exceto cão-guia), bicicletas e bebidas alcoólicas.

Foto: Secom

Passeio ciclístico para comemoração dos 55 anos do parque

Para celebrar este momento especial, o prefeito Rogério Cruz participou de mais uma edição do Bora de Bike. Realizado no último domingo (3/3), o passeio reuniu ciclistas de todas as idades em um dos pontos turísticos mais visitados da cidade e que marca gerações desde 1969. A concentração ocorreu na entrada principal do parque.

O evento foi realizado com o apoio da Prefeitura de Goiânia, por meio da Agência Municipal de Turismo, Eventos e Lazer (Agetul). Participantes do passeio ciclístico percorreram 13 km e passaram por pontos históricos de Goiânia, como a Praça Cívica, Bosque dos Buritis e a Praça Tamandaré.

Passeio ciclístico realizado no Mutirama, com apoio da Prefeitura de Goiânia, integra a programação que celebra os 55 anos do parque (Fotos: Jucimar de Sousa)

Durante o evento, o prefeito Rogério ressaltou a história do Mutirama e antecipou que o município prepara uma série de eventos para celebrar os 55 anos do parque. “Teremos shows, eventos culturais e diversas atrações ao longo das próximas semanas para celebrar a história do Mutirama. A programação inclui uma corrida infantil e diversas atrações para as crianças”, disse.

A escolha do Mutirama para ser o ponto de partida do passeio ciclístico evidenciou, segundo o presidente da Agetul, Danilo Guimarães, a importância do parque para a cidade. “O Mutirama faz parte da memória afetiva de muitas pessoas e, atualmente, ainda é um local de encontro das famílias goianienses. Ao sediar um evento como este, que é organizado por uma emissora como a Record, estamos atraindo a atenção do público e convidando as pessoas a revisitarem o parque”, pontua.

Carinho do público

O público que participou do passeio ciclístico demonstrou carinho pelo Mutirama. O ciclista Matheus Henrique falou da alegria de voltar ao parque depois de adulto. “Todos os goianos conhecem o Mutirama, um local que faz parte da infância de muita gente. Hoje, voltar ao parque é motivo de alegria e me trouxe muitas lembranças”, disse.

Alex Cavalcanti comentou que é a segunda vez que participou de um evento ciclístico na Capital. Desta vez, o evento foi ainda mais especial por ser no Mutirama. “Goiânia tem muitos locais públicos atrativos e o Mutirama, com certeza, é um desses pontos que merecem ser visitados”, comentou.

Foto: Jucimar de Sousa

 

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Recorde a história do político goiano conhecido pelos grandes mutirões

Importante figura política goiana, Iris Rezende marcou o estado de Goiás em diversos momentos históricos, sendo eleito prefeito de Goiânia e governador do estado em diferentes ocasiões.

 

História

A história dos 87 anos de Goiânia contada por Iris Rezende | Diário da manhã

Iris Rezende jovem, prefeito, em 1966; Créditos: Diário da Manhã

Nascido em 22 de dezembro de 1933, Iris Rezende Machado é natural de Cristianópolis, cidade do interior localizada a 92 km de Goiânia. Vindo de família humilde, seu pai se chamava Filostro Machado Carneiro, e sua mãe, Genoveva Resende Machado. Ele foi o segundo filho de um total de cinco que o casal teve. Seus irmãos eram Orlando, Jairo, Otoniel e Iracema. 

Quando Iris nasceu, seu pai trabalhava fabricando tijolo e telhas, mas, ao longo dos anos, juntou dinheiro suficiente para comprar terras e construir a própria fazenda. Surgia, assim, a Fazenda Canastra, onde Iris passou grande parte de sua infância e adolescência, pois, segundo ele mesmo, sua rotina na fazenda começava antes do galo cantar. 

Em 1949, seus pais decidiram mudar-se para Goiânia. Eles repetiram o movimento de milhões de brasileiros que, nesse período, abandonaram o campo para se estabelecer nas cidades. Em Goiânia, a família de Iris procurou investir em alguns negócios e na educação dos filhos. Por conta disso, a Fazenda Canastra foi vendida.

Em Goiânia, sua família comprou uma casa no bairro Campinas e assim, ele deu início aos seus estudos, sendo matriculado em duas escolas: Escola Técnica de Goiânia e Colégio Liceu.

 

Carreira política

Iris Rezende no início de sua carreira política, em Goiânia; Créditos: A Redação

A adesão de Iris Rezende à carreira política aconteceu no final da década de 1960, quando ele concorreu ao cargo de vereador de Goiânia. A disputa por esse cargo marcou o início da carreira ascendente do jovem político goiano, que foi eleito vereador e o candidato mais votado na ocasião. Foi vereador de 1959 a 1962, e presidiu a Câmara Municipal entre 1960 e 1961.

Em 1962, Iris decidiu dar um salto na sua carreira e se candidatou ao cargo de deputado estadual. Sendo assim, foi eleito e, novamente, alcançou o feito de ser o candidato mais votado da disputa. No ano seguinte, ele assumiu como deputado estadual e permaneceu na função até 1965. Nesse período, chegou a ocupar a função de presidente da Assembleia Legislativa.

Com o apoio do ex-governador de Goiás, Mauro Borges, Iris decidiu disputar a prefeitura de Goiânia em 1966. Ele desejava ser prefeito da capital havia alguns anos, mas suas chances só se tornaram reais quando ele conquistou o apoio de Borges. Seu adversário era Juca Ludovico, primo do ex-governador Mauro Borges e com isso, o resultado dessa eleição foi uma nova vitória para Iris Rezende, que derrotou seu adversário com quase 30 mil votos.

O goiano ficou conhecido em todo o estado pela construção de diversas casas populares. Essa estratégia auxiliou o político a se manter próximo das camadas populares, trazendo prestígio para a sua gestão e, ao mesmo tempo, chamou a atenção dos militares. Foi convidado a filiar-se à Aliança Renovadora Nacional (Arena), o partido dos militares durante o período da ditadura, mas o político goiano não aceitou o convite.

 

Carreira após a ditadura militar 

O ex-governador Naphtali Alves, Iris e Maguito Vilela, nas campanha de 1998; Créditos: A Redação

Após ficar afastado da política por 10 anos, Iris Rezende retornou à vida normal com seus direitos políticos sendo restaurados apenas em 1979. Durante o seu período como governador, apoiou a campanha das Diretas Já, que exigia o retorno do voto direto na eleição presidencial, e apoiou a candidatura do político mineiro Tancredo Neves à presidência. Iris chegou a discursar em um dos comícios das Diretas Já e com o fim da ditadura, em 1985, teve atuação em cargos de projeção nacional.

Foi ministro da Agricultura entre 1986 e 1990, durante o governo de José Sarney, e ministro da Justiça entre 1997 e 1998, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. Paralelamente a esses cargos, Iris continuou como uma figura influente na política goiana sendo eleito governador de Goiás pela segunda vez, em 1990. Esteve no exercício dessa função entre 1991 e 1994.

Em 1994, foi eleito senador por Goiás com uma votação expressiva. Em 1998 e 2002, sofreu duas derrotas políticas, pois não conseguiu eleger-se para os cargos de governador e senador, respectivamente. Os últimos anos da sua carreira política tiveram mais projeção municipalmente. Ele foi eleito prefeito de Goiânia em 2004, reeleito em 2008 e eleito para um novo mandato em 2016.

Em 2020, decidiu não se reeleger prefeito de Goiânia e aposentou-se da política aos 87 anos. Do ponto de vista pessoal, Iris casou-se com Iris Araújo e fruto do relacionamento, tiveram três filhos: Cristiano, Ana Paula e Adriana.

 

Morte de Iris Rezende 

Meses após se aposentar da carreira política, Iris Rezende sofreu um Acidente Vascular Cerebral, episódio conhecido como AVC. O ocorrido foi em agosto de 2021, com o ex-político submetido a uma cirurgia de emergência na capital goiana. Ele permaneceu internado alguns dias na capital tendo sido transferido para São Paulo. 

Ficou internado por cerca de três meses, com seu estado de saúde oscilando entre bons e maus momentos ao longo desse período. Sua condição se agravou no último mês de internação, e seu falecimento aconteceu na madrugada de 9 de novembro de 2021. Iris foi sepultado em Goiânia, cidade em que foi prefeito por diversos mandatos.

 

Memorial Iris Rezende

No dia 11 de setembro deste ano, em uma segunda-feira, a construção do memorial foi discutida pelo prefeito Rogério Cruz e pelas filhas de Iris, Adriana e Ana Paula Rezende, em reunião realizada no Paço Municipal. 

O museu será implantado no Centro Cultural Casa de Vidro, no Setor Oeste da capital, visando se tornar um espaço educativo e interativo. O projeto inclui a instalação de painéis de LED, exposições temáticas, totens interativos, exibição de documentários, espaços imersivos e um ambiente dedicado à coleta de histórias pessoais daqueles que conviveram com Iris.

Deputado estadual Clécio Alves é o autor da lei que deu origem ao memorial. Além dele, outros 18 vereadores de Goiânia também destinaram emendas impositivas para financiar o projeto. A reforma da Casa de Vidro e as adequações para implantação do memorial serão realizadas pela Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra).

 

Créditos da imagem de capa: Mais Brasília

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Conheça o bairro de Goiânia que virou referência nacional no mercado de peças usadas para carros

Bem-vindo à Vila Canaã, um bairro na região central de Goiânia com sua própria singularidade. Fundado na década de 1960 com o auxílio notável de Íris Rezende, este bairro se destaca como um ponto de referência para os entusiastas de carros e desempenha um papel significativo na história da cidade. Ao explorar suas ruas, você logo notará a autenticidade peculiar da Vila Canaã.

O Santuário Basílica Sagrada Família é uma parte integrante da história deste bairro. Erguido em 1980 originalmente como uma paróquia da Sagrada Família em Goiânia, ao longo dos anos atraiu um crescente número de fiéis e uma crescente devoção. Após 36 anos de história como Paróquia, foi agraciado com o título de Santuário.

Igrejas da Grande Goiânia têm programação especial de missas neste domingo  de Páscoa | Goiás | G1

Foto: Reprodução/Arquidiocese de Goiânia

Este reconhecimento é evidenciado pela presença semanal de mais de 80 mil fiéis no Santuário. Com uma programação abrangente, o Santuário Sagrada Família permanece aberto 24 horas por dia, sete dias por semana, em vigília constante, pronto para atender aos peregrinos. Todas as missas são transmitidas ao vivo na página oficial no Facebook, onde conta com cerca de 446 mil seguidores.

Aqui, residências são raras, cedendo espaço para uma diversidade de estabelecimentos comerciais, predominantemente lojas de peças automotivas e ferros-velhos. O bairro se assemelha a um vasto depósito de ferramentas, repleto de soluções para qualquer contratempo mecânico que um veículo possa enfrentar.

A Vila Canaã também abriga a principal unidade do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) em Goiânia, inaugurada em 1981. Além disso, a presença da UniAnhanguera enriquece a vida acadêmica da região.

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Apesar de sua atmosfera comercial predominante, a Vila Canaã não se resume apenas aos amantes de carros ou aqueles em busca de reparos automotivos. Suas ruas proporcionam um vislumbre do cotidiano de Goiânia, onde passado e presente convivem em harmonia. A comunidade local, embora pequena em número, é notável pela sua hospitalidade, e você poderá experimentar a autenticidade de Goiânia a cada esquina.

Pequenas praças pontuam o bairro, caracterizando sua identidade. Além das peças automotivas, outro destaque é o comércio vibrante. Na Vila Canaã, você encontra de tudo, eliminando a necessidade de sair do bairro para quase qualquer coisa.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Censo revelou uma população de 432 pessoas na Vila Canaã. No entanto, não subestime a singularidade deste bairro, pois ele ostenta uma personalidade e caráter que transcende suas dimensões.

Portanto, se você está em busca de peças automotivas ou simplesmente deseja conhecer um pedaço especial da história de Goiânia, a Vila Canaã é o lugar certo. Aqui, você encontrará a fascinação pelo mundo dos automóveis e a autenticidade de uma comunidade que dá vida a esse rincão único da cidade.

 

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Foto de Capa: Prefeitura de Goiânia

Personagens históricos de Goiânia: Figuras que moldaram a cidade

A cidade de Goiânia, até então fundada pelo interventor do estado de Goiás, Pedro Ludovico Teixeira, coleciona grandes nomes que deixaram um legado no coração da capital. Vários líderes políticos, artistas, empresários, entre outros nomes conhecidos, tiveram papéis significativos no desenvolvimento e na formação da Metrópole.

Confira abaixo algumas figuras marcantes que moldaram a história e a identidade de Goiânia:

Pedro Ludovico Teixeira 

Pedro

Responsável pela fundação de Goiânia, Pedro Ludovico é considerado o interventor do estado de Goías, pois em apoio as intervenções políticas de Getúlio Vargas, o médico decidiu que era hora de mudar a capital. Por isso, impulsionou a ocupação do Estado, direcionando os excedentes populacionais para espaços demográficos vazios na tentativa de aumentar a produção econômica.

De acordo com relatos históricos, o nome sugerido para a nova capital de Goiás teria sido “Petrônia”, em homenagem ao seu fundador Pedro Ludovico. O jornal O Social havia realizado um concurso cultural com seus leitores para o batismo da nova cidade. Dois nomes concorreram: Petrônia e Goiânia. O primeiro foi escolhido por 68 leitores do jornal, enquanto Goiânia obteve menos de 10 votos. Pedro Ludovico, no entanto, por razões que ele nunca revelou a ninguém, preferiu Goiânia e em decreto de 2 de agosto de 1935 formalizou o nome da nova capital. 

Attilio Corrêa Lima

Attilio

Uma fígura importante na construção de Goiânia foi Attilio Corrêa Lima, engenheiro-arquiteto e paisagista, responsável pelo plano urbanístico da capital. Ele trouxe consigo o estilo Art Déco, que estava associado ao luxo e à modernidade, além de ter se inspirado em jardins no modelo do urbanismo francês para definir a estrutura de Goiânia. Considerada a primeira capital planejada no início do século XX e idealizada pelo primeiro urbanista brasileiro de formação acadêmica, onde estudou Urbanismo em uma das escolas mais tradicionais, o Instituto de Urbanismo da Universidade de Paris – Sorbonne. 

A cidade teve origem no Plano Diretor elaborado pelo arquiteto, que em 1932, a convite de Pedro Ludovico, se inspirou, em concepções avançadas para criar uma cidade moderna e planejada. Localizada no Centro-Oeste brasileiro, funcionou como uma espécie de ponta de lança da interiorização do Brasil, precursora da mudança da capital brasileira para o Planalto Central.

Íris Rezende

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Natural de Cristianópolis, Goiás, Iris nasceu em 1933 e se mudou para a capital no ano de 1940. Formado em direito, ingressou na política por volta do anos 50, quando tinha apenas 16 anos. Além de se tornar prefeito de Goiânia em 1966, ele também foi deputado estadual em Goiás, Governador por dois mandatos, Senador da República por Goiás, ministro da Agricultura no governo José Sarney e ministro da Justiça no governo Fernando Henrique Cardoso.

Com a popularidade em alta e querido pelo povo, Íris se tornou alvo de militares, opositores da ditadura e teve seu mandato cassado em 1969. Por causa disso, ele perdeu seus direitos políticos por 10 anos. Após o reestabelecimento dos direitos em 1979, decidiu retornar à política e disputar o governo de Goiás em 1982, sendo eleito com 67% dos votos. 

Após 60 anos de vida pública, Íris faleceu em decorrência de um AVC na capital goiana. O ex-governador coleciona conquistas políticas no estado de Goiás e também a nível nacional. O mutirão das 1000 casas e o enorme apoio ao movimento de redemocratização do Brasil após da ditadura militar, são alguns dos feitos do político. 

Nion Albernaz

Nion

Natural da cidade de Goiás, antiga Vila Boa, Nion Albernaz se formou em Direito e Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Ele começou a trajetória política como vereador, em Goiânia, quando foi eleito em 1957. Nion chegou a ser presidente da Câmara Municipal, esteve à frente da Companhia de Habitação de Goiás e foi diretor-geral da Universidade Federal de Goiás (UFG). Durante anos, atuou como professor de matemática no Colégio Lyceu de Goiânia. 

Nion foi eleito prefeito de Goiânia por três mandatos, entre 1983 e 1986, depois de 1989 e 1992 e pela terceira vez de 1997 a 2000. Ele ficou conhecido por ter investido na arborização e planejamento urbano da capital, colocando jardins nas praças e avenidas. Outras medidas que chamaram a atenção durante administração dele foram: a criação de cooperativas de produção em bairros pobres, início da construção das marginais Botafogo e Cascavel, além da informatização da prefeitura. Nion Albernaz morreu em Goiânia, no dia 6 de setembro de 2017, aos 87 anos. 

Altamiro de Moura Pacheco

Altamiro

Nascido em Bela Vista em 1896, Altamiro Pacheco se formou em Farmácia na cidade de Goiás e depois em Medicina na antiga Faculdade de Medicina Fluminense, em Niterói. Se mudou para Goiânia no final dos anos 30, retornou para sua terra natal e resolveu abrir uma farmácia por lá. Quando Goiânia se consolidava como um novo centro urbano, mudou-se para a cidade que seu amigo de jaleco, Pedro Ludovico Teixeira, fundara e criou o Instituto Médico-Cirúrgico.

Sua residência, situada na Avenida Araguaia com a Rua 15 é um dos marcos do Centro de Goiânia. Construída ainda nos anos 40, no estilo eclético, e tombado como bem histórico de Goiânia pela prefeitura e pelo Estado, o sobrado foi doado em testamento por Altamiro para a Academia Goiana de Letras (AGL) em 1993, três anos antes de sua morte. Além do sobrado, foi doado todo o seu acervo pessoal: fotos, medalhas, livros da histórica biblioteca, bens móveis e obras de arte que preservam a história de Goiás, tanto na abrangência da parte arquitetônica e histórica do imóvel quanto ao acervo cultural nele inserido.

Doou grande parte das terras para instituições públicas de Goiânia, como a área destinada para a construção do aeroporto, que se chama Santa Genoveva em homenagem à sua mãe. Foi um dos principais articuladores da fundação da Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura (SGPA) e da UFG, tendo sido o responsável por entregar o documento com o pedido de fundação da universidade nas mãos do próprio presidente Juscelino Kubitscheck.

Foi responsável também pela compra das terras do futuro Distrito Federal. Era o proprietário da área verde de cerca de 3.200 hectares, às margens da BR-060, que se tornou o Parque Ecológico que leva seu nome. Altamiro faleceu aos 100 anos de idade, no ano de 1996.

Célia Câmara

Célia

Nascida no Paraná, Célia casou-se com Jaime Câmara em 1943 e começou a escrever sua história em Goías. Fundou o programa “Mulher”, que trazia debates interessantes sobre a condição feminina, arte e cultura. É considerada uma das principais mecenas do cenário cultural goiano, com a criação de espaços como a Grande Galeria de Arte e a Fundação Jaime Câmara.

Neusa Moraes

Neusa

Natural da Cidade de Goías, Neusa sempre foi apaixonada pela arte e influenciada desde a infância pelo tio, irmão de sua mãe, a estudar arquitetura. Graduada em aperfeiçoamento de escultura na Escola de Belas Artes em São Paulo, ela ocupava a cadeira 32 na Academia Feminina de Letras e Artes de Goías. Uma de suas marcas era o uso de materiais diversos em sua produção, como ferro, cerâmica, pau-brasil, bronze, pedra-sabão e mogno.

É a autora do monumento “As Três Raças”, localizada no centro da capital e considerado um dos principais cartões postais de Goiânia. O monumento, feito de bronze e granitina, também é chamado popularmente por outros nomes, como “Três Raças”, “Monumento ao Trabalhador”, “Monumento aos Construtores” e “Os Negrões”. Representa a miscigenação de três raças – o índio, o negro e o branco – trabalhando na construção de uma cidade. Na estaca de granito que as estátuas de bronze erguem, está incrustado o brasão da cidade.

A artista juntamente com seu assistente, Júlio, são responsáveis por outra escultura bastante popular. Os dois ainda trabalhavam na obra quando Neusa veio a falecer, em fevereiro de 2004 e por isso, Júlio ficou, então, com a incumbência de finalizar a peça. O monumento chamado “Resgate à Memória”, foi construído em homenagem ao fundador de Goiânia, Pedro Ludovico, e instalado pela primeira vez no gramado lateral do Palácio Pedro Ludovico Teixeira, na confluência da Rua 82 com a Avenida 85. Com a revitalização da Praça Cívica, em 2016, a estátua foi transferida para a parte central, ao lado da obra do artista plástico Siron Franco. Inicialmente a ideia era que ela fosse colocada no Morro da Serrinha, onde Pedro Ludovico teria visto pela primeira vez a área onde seria construída a futura capital. Apenas 19 anos após sua confecção, ela foi instalada na Praça Cívica, que é considerada o marco zero de Goiânia.

Maurício Vicente de Oliveira (Mauricinho Hippie)

Mauricinho

Foi um dos primeiros hippies da cidade, fazia artesanato, tocava sanfona primorosamente e andava pela cidade de bicicleta, com roupas diferentes ou femininas e longos cabelos cacheados, entre os anos de 1960 e 1990. Maurício Vicente de Oliveira, seu nome de registro, declamava poesias, fazia performances corporais e atuava em defesa dos direitos dos homossexuais em uma época conservadora. Suas ações ajudaram a fundar a Feira Hippie, na Avenida Goiás, que reunia músicos, artesãos e artistas plásticos. Em 1995, Maurício sofreu um acidente e perdeu o pé. A partir daí, mesmo tendo colocado uma prótese, passou a ficar em casa e pouco saia. Atualmente, está com mais de 80 anos e mora ainda no setor aeroporto. 

Gustav Ritter

Gustav

Henning Gustav Hitter, alemão naturalizado brasileiro, foi um dos fundadores da Faculdade de Artes Visuais da UFG e participou também da Escola Goiana de Belas Artes, embrião da futura Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO). Deu aulas para vários artistas e foi um dos responsáveis pela modernização das artes plásticas na região, a partir da estruturação do ensino das linguagens, métodos e técnicas tridimensionais. Foi homenageado ao dar nome a uma das principais escolas de artes do Estado, o Instituto de Educação em Artes Gustav Ritter, órgão da Secretaria de Estado da Educação. 

Ricardo Paranhos 

Ricardo

É a figura que dá nome à famosa Avenida no setor marista, em Goiânia. Foi um poeta, contista, político, advogado e um dos mais exímios cidadãos goianos, tanto para a literatura quanto para a política do estado de Goiás. Ricardo Paranhos também foi um dos fundadores da Academia Goiana de Letras, além de deputado estadual, senador e Capitão da Guarda Nacional. Uma de suas principais obras, reconhecidas a nível nacional, é o livro “O Crime de Catalão e os Canibais”, onde trata da morte do pai. Ricardo faleceu em Corumbaíba, no ano de 1941 e até hoje seu legado permanece no coração de Goías.

João Malandro 

João

Natural da Cidade de Goiás, João Malandro veio para Goiânia antes mesmo da fundação da capital. Ele trabalhou na construção da cidade e foi um dos primeiros torcedores do Goiás Esporte Clube, chegando a fazer parte do Grupo 33, que era um seleto grupo de torcedores esmeraldinos. Na década de 1940, ele serviu na Força Pública de Goiás (atual PM) e também foi um dos mais conhecidos motoristas da capital, tendo atuado na função por mais de 50 anos. 

Foi pioneiro do transporte coletivo em Goiânia e o primeiro motorista da primeira linha de ônibus da Viação Araguarina, atualmente Rápido Araguaia. A linha ligava Campinas (Pç. Joaquim Lúcio) ao Setor Universitário (Pç. da Bíblia) passando pela 24 de outubro, as avenidas Anhanguera, Tocantins, Praça Cívica e Avenida Universitária. Por mais de 50 anos esteve na ativa como motorista desta linha e trabalhou também nas empresas Expresso Goiás, Expresso Bandeirante e Viação Santa Luzia. Infelizmente, João veio a falecer aos 95 anos em maio de 2022, em decorrência de problemas de saúde relacionados a diabetes e hipertensão.

Joelma Fernandes (Nega Brechó)

Nega

Conhecida como Nega Brechó, Joelma Fernandes é uma fanática torcedora do Vila Nova Futebol Clube e desde menina, dedica sua vida a acompanhar o time do coração. Aos 58 anos de idade, sendo que 40 destes dedicados ao Vila Nova, Brechó é o símbolo da torcida colorada e não perde um jogo do Tigrão.

Créditos das Fotos

Pedro Ludovico Teixeira – Loja Maçônica Luz no Horizonte 

Attilio Corrêa Lima – Jornal Hora Extra

Iris Rezende – Assembleia Legislativa do Estado de Goiás 

Nion Albernaz – Câmara dos Deputados 

Célia Câmara – Bernadete Alves 

Neusa Moraes – Curta Mais 

João Malandro – Sagres

Nega Brechó – O Popular 

Mauricinho Hippie – Curta Mais

Créditos da imagem de capa: Loja Maçônica Luz no Horizonte

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Íris Rezende: um político que moldou o destino de Goiás

Íris Rezende, uma figura política de destaque em Goiás, deixou um legado significativo no estado ao longo de décadas. Sua trajetória e liderança visionária moldaram o destino de Goiás, transformando-o em várias áreas e impulsionando seu desenvolvimento. 

Nascido em Cristianópolis, Goiás, na década de 1930, Íris Rezende ocupou cargos importantes, como prefeito de Goiânia por quatro mandatos e governador de Goiás em três ocasiões distintas. Sua longa e bem-sucedida trajetória política é testemunho de sua habilidade em conquistar o apoio popular e implementar projetos que beneficiam os goianos.

Um dos principais legados de Íris Rezende para Goiás está relacionado ao desenvolvimento urbano e à infraestrutura. Como prefeito de Goiânia, liderou projetos de expansão e modernização da cidade, buscando melhorar a qualidade de vida dos cidadãos. 

Além disso, Íris Rezende desempenhou um papel crucial no fortalecimento da economia goiana. Com sua visão empreendedora e habilidade política, atraiu investimentos, promoveu políticas de incentivo fiscal e desenvolveu setores estratégicos, como o agronegócio e a indústria. Seu trabalho incansável impulsionou o crescimento econômico do estado, gerando empregos e oportunidades para a população.

No campo da educação, Íris Rezende também deixou sua marca. Investiu na ampliação e qualificação da rede pública de ensino, implementando programas de inclusão e formação profissional. Reconhecendo a importância da educação como base para o desenvolvimento social e econômico, deixou um legado duradouro na formação de gerações de goianos. Sua visão educacional permitiu que mais jovens tivessem acesso a oportunidades de aprendizado e capacitação, preparando-os para os desafios do mercado de trabalho.

Além de suas realizações concretas, a importância política de Íris Rezende também reside em sua capacidade de unir diferentes forças políticas em prol do interesse coletivo. Destacou-se por construir alianças e buscar o diálogo, colocando os interesses de Goiás acima das divergências partidárias. Sua liderança carismática e habilidade política foram essenciais para promover a estabilidade e o progresso do estado. Íris Rezende mostrou que é possível construir consensos e superar obstáculos em benefício da sociedade.

Íris Rezende também teve uma importância significativa em nível nacional. Durante o período da ditadura militar, ele lutou contra o regime autoritário, enfrentando perseguições e defendendo a democracia.


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Goiás no poder: Conheça os políticos goianos que já foram ministros do Brasil

Goiás é um estado que já revelou muitos políticos de destaque no cenário nacional. Alguns deles chegaram a cargos mais altos, se tornando ministros em diferentes governos.

Mas afinal, o que é ser ministro? O ministro é, responsável por assegurar a tradução das diretivas políticas do governo para a atividade administrativa do ministério que tutela. O ministério a cargo de um ministro constitui a sua “pasta”.

Desde janeiro de 2023, são 37 pastas ministeriais, sendo 30 ministérios, três secretarias e quatro órgãos equivalentes a ministérios. Cada ministério é responsável por uma área específica e é liderado por um ministro ou ministro-chefe. O titular da pasta é escolhido pelo Presidente da República.

Dentre os ministérios que compõem o Governo Federal, o mais antigo é o da Justiça, criado em 3 de julho de 1822, pelo Príncipe Regente D. Pedro, com nome de Secretaria de Estado de Negócios da Justiça.

Entre os goianos que já foram ministros no Brasil, destacam-se nomes como Henrique Meirelles, Íris Rezende e Carlos Alberto Franco França. 

Conhecer a trajetória desses políticos é importante para entender a história política de Goiás e do Brasil. 

 

Confira quem foram os goianos que já foram ministros do Brasil: 

 

Leopoldo de Bulhões

Foto: Wikipedia

Joaquim Leopoldo de Bulhões Jardim, natural da Cidade de Goiás, tornou-se Ministro da Fazenda em 1902, por convite do então presidente da República, Rodrigues Alves.

Bulhões foi ministro de Rodrigues Alves de 15 de novembro de 1902 a 15 de novembro de 1906. Em sua primeira gestão à frente da pasta, Bulhões regulamentou e fiscalizou as companhias estrangeiras e procurou criar instrumentos de ação do Estado nas áreas financeira e tributária, através da instituição da Inspetoria de Seguros do Tesouro Nacional, bem como da reorganização da Casa da Moeda e das Delegacias Fiscais nos estados.

Ainda em 1909, o goiano voltaria a ser Ministro da Fazenda, a convite do presidente Nilo Peçanha, que substituiu o presidente Afonso Pena (1906-1909), então falecido. Em sua curta gestão (1909-1910), Bulhões realizou uma grande reforma administrativa que incluiu a regulamentação de concursos públicos para o ingresso no serviço fazendário.

 

Alfredo Nasser

Foto: Arquivo Nacional

Natural de Caiapônia, aos 54 anos e com uma carreira já concretizada no Legislativo, Nasser foi nomeado ministro da Justiça pelo primeiro-ministro Tancredo Neves. Ele permaneceu no cargo até 26 de junho de 1962, por ocasião da renúncia coletiva do gabinete, reassumindo o seu mandato na Câmara Federal.

 

Flávio Peixoto

Portal Goiás - Flávio Peixoto é o novo secretário da Educação, Cultura e  Esporte

Foto: Portal Goiás

Com o fim da Ditadura e, consequentemente, o início da redemocratização, o goiano Flávio Rios Peixoto da Silveira, ou simplesmente Flávio Peixoto, foi convidado para assumir o Ministério do Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente (MDU), criado a partir da divisão do antigo Ministério do Interior. 

Flávio Peixoto deixou o ministério em fevereiro de 1986. Ele foi projetado para o cenário político nacional nos primeiros anos da década de 1980, quando administrou a Secretaria de Planejamento e Coordenação durante o governo de Iris Rezende, sendo um dos principais responsáveis pelos mutirões habitacionais feitos por Iris.

 

Iris Rezende

Iris Rezende foi duas vezes ministro e já foi condenado por improbidade  administrativa - Notícias - R7 Eleições 2014

Foto: R7

Um dos mais conhecidos políticos goianos, Iris Rezende foi ministro em duas oportunidades: durante os governos Sarney e FHC.

Em 1986, Iris assumiu o Ministério da Agricultura no governo do presidente José Sarney (1985-1990). Nessa época, ele comandou as chamadas super-safras, quando, mesmo em meio a uma grave crise econômica, o país quebrou o recorde de produção de grãos por dois anos consecutivos. Iris voltaria a ser ministro durante o primeiro mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC), entre os anos de 1997 e 1998. Dessa vez, ele comandou a Pasta da Justiça. Em abril de 1998, por determinação da legislação, Iris deixou o cargo para concorrer ao governo de Goiás, quando sofreu a primeira derrota para Marconi Perillo (PSDB).

Diante do resultado negativo nas eleições daquele ano, Iris retomou o mandato de senador e foi eleito prefeito de Goiânia em três eleições: 2004, 2008 e 2016.

 

Ovídio de Angelis

Foto: Alan Marques

Por indicação de Iris, o goianiense Ovídio Antônio de Angelis foi nomeado em maio de 1998 pelo presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2003) para a Secretaria Especial de Políticas Regionais da Presidência da República. Ele ocupou o cargo, que passou a ter status de ministério, até julho de 1999.

Em 03 de agosto de 1999, Ovídio de Angelis tomou posse na Secretaria Especial de Desenvolvimento Urbano, onde permaneceu até o fim do segundo mandato de FHC.

 

Henrique Meirelles

Meirelles nega ser

Foto: Poder360

Ex-presidente internacional do BankBoston, Meirelles extrapola as fronteiras brasileiras e é provavelmente o goiano mais conhecido no mundo – mais até do que o próprio chanceler.

Atualmente no cargo de secretário da Fazenda do Governo de São Paulo, foi presidente do Banco Central e ministro da Fazenda.

 

Carlos Alberto Franco França

Foto: ImageBank

No início de abril de 2021, o então desconhecido diplomata Carlos França assumiu o comando do Ministério das Relações Exteriores, tendo como uma das missões prioritárias melhorar a imagem do Brasil no exterior.

Sobrinho do artista plástico goiano Siron Franco, o chanceler tem se caracterizado – e sido elogiado – por uma gestão mais discreta e pragmática à frente do Itamaraty, conforme determina a tradição da política externa brasileira e diferentemente de seu antecessor, Ernesto Araújo.

 

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Foto de Capa:  Prefeitura de Goiânia

Primeiro conjunto habitacional de Goiânia se transformou em bairro populoso bem pertinho do maior shopping da capital

A região sul de Goiânia esconde um dos bairros mais famosos e históricos da capital. Quando tudo ainda era mato e a cidade enfrentava os estímulos do desenvolvimento, o então prefeito, Iris Rezende, criou o setor Vila Redenção.

Aquela administração populista de uma Goiânia na década de 1960, visava a formulação de um conjunto habitacional para todos. Quebrando os paradigmas de que a cidade só abrigava grandes investidores.

De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia) divulgados pela Prefeitura de Goiânia, no Censo 2010 a população do Vila Redenção estava estimada em, aproximadamente, 5.713 pessoas.

Apesar de ter sido idealizado para abrigar famílias de baixa renda, grande parte dessa população já não ocupa mais este território.

Sua localização privilegiada transformou toda a região. O setor garante acesso aos tradicionais pontos de lazer, escolas e faculdades de Goiânia.

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vila

Na divisa entre o Vila e o Setor Alto da Glória, é possível encontrar o Plutus. Uma tradicional hamburgueria de Goiânia, ou melhor, o tradicional Pit Dog de Goiânia!

Plutus

Outro tradicional point da região é o Don Guina, um pub conhecido por sua decoração exclusiva. Como o esqueleto fumante na entrada do estabelecimento.

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Imagens: Marcos Aleotti Fotografia – Curta Mais

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A proximidade com o Shopping Flamboyant e a Universidade Paulista Unip, cria uma ideia de que a cidade se desenvolveu a partir da fundação do setor.

Além do forte fluxo comercial, o Vila Redenção abriga ainda o Hospital da Mulher e Maternidade Municipal Dona Iris. E quantos goianos não nasceram “no Dona Iris”?!

 

Hospital da Mulher e Maternidade Municipal Dona Iris

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Imagem: Letícia Coqueiro

Reinaugurado a cerca de 10 anos atrás, o Hospital e Maternidade é uma instituição pública da Prefeitura de Goiânia. O espaço funciona como referência para o parto natural e humanizado em Goiás.

Realizando em média 500 partos por mês, a unidade conta com 69 leitos de enfermaria para acomodação de puérperas; 6 leitos para parto normal; 4 salas de centro cirúrgico; 10 leitos de Unidades de Cuidados Intermediários; 10 leitos de Unidades de Terapia Intensiva Neonatal; e 4 leitos de sala de cuidados.

A maternidade recebeu o título de Hospital Amigo da Criança. Além de adotar as recomendações do Método Canguru, que visam estimular o fortalecimento do vínculo entre mãe e bebê.

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Curiosidade histórica: criador do Tocantins ficou insatisfeito com a postura de Iris Rezende sobre a divisão do estado

O Antigo Norte de Goiás, atualmente se chama Tocantins. Com a descoberta de grandes jazidas de minério nessa região, passou a ser conhecido como uma das áreas que mais produzia ouro da capitania. Depois da queda da mineração virou sinônimo de atraso, um lugar sem estrutura, abandonado, em relação ao restante do estado.

A situação se estendeu até a década de 1980, quando, mais especificamente em 87 começaram as movimentações de lideranças políticas para a divisão do estado de Goiás em dois. O norte do estado goiano agora seria chamado de Tocantins.

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Foto: Governo do Tocantins

Após a coleta de mais de 80 mil assinaturas populares, a Assembleia Constituinte recebeu o documento como reforço à proposta de criação do estado do Tocantins. Ao mesmo tempo foi criado o “Comitê Pró-Criação do Estado do Tocantins” que conquistou importantes adesões para a causa separatista.

O então deputado estadual e relator da subcomissão dos estados, José Wilson Siqueira Campos, redigiu e entregou ao presidente da casa a fusão de emendas criando o novo estado. Essa foi lida e aprovada no mesmo dia pela Assembleia Legislativa do estado de Goiás.

Então, no dia 5 de outubro de 1988 nasceu o mais novo estado da federação brasileira: o Tocantins, antigo norte de Goiás.

Foto: Governo do Tocantins

Íris Rezende, que governou Goiás pela primeira vez de 1983 a 1986 era, na época, ministro da Agricultura do governo José Sarney (15 de fevereiro de 1986 a 14 de março de 1990) e contrário a divisão do estado. 

Na ocasião, o ex governador e o deputado Siqueira Campos eram importantes lideranças que tinham muitas diferenças. Uma delas era que o deputado era pró ditadura e Iris Rezenda contra. 

Tudo isso fez com que o lider da criação do Tocantins ficasse profundamente chateado com o entrão Ministro da Agricultura.

O fato é que na região norte de Goiás a pobreza era algo catastrófico e realmente necessitava de um olhar mais atento. Sendo assim, o novo estado foi criado e irá completar 34 anos.

Íris Rezende governou Goiás pela segunda vez de 1991 a abril de 1994, quando Tocantins já existia.

 

Leia Também

Saiba como foi o processo de divisão de Goiás que resultou na criação do Tocantins

 

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Foto de Capa: Governo do Tocantins

Dona Iris: missa de sétimo dia será realizada nesta segunda-feira em Goiânia

A missa de 7º dia em homenagem à ex-senadora, deputada federal e primeira-dama de Goiás, Iris de Araújo Rezende Machado, será realizada nesta segunda (27) às 19h na Igreja Matriz de Campinas.

Dona Iris morreu, aos 79 anos no último dia 21 de Fevereiro, após ter complicações no pulmão após uma cirurgia, segundo informou uma das filhas dela, Ana Paula Machado. O boletim divulgado pelo Hospital Albert Einstein, onde ela estava internada, informou que ela faleceu em decorrência do “agravamento de doenças pulmonares prévias”.

Além da família, uma das presenças confirmadas na missa está a do governador Ronaldo Caiado que cumpre agenda na capital.

Carreira política

Dona Iris começou a vida pública ao ser designada como suplente do senador Maguito Vilela em 1999 e assumir temporariamente o cargo em 2003. Ela já foi candidata à vice-presidente da República, presidente do PMDB e primeira-dama de Goiânia e de Goiás dos cargos eletivos do marido, Iris Rezende, que morreu em 2021 e foi prefeito da capital goiana e governador do estado.

 

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Prefeitura de Goiânia sanciona Lei que altera o nome da Avenida Castelo Branco em homenagem a Iris Rezende

O prefeito de Goiânia em Exercício, Romário Policarpo, sancionou, nesta sexta-feira (18/11), lei que muda o nome da Avenida Castelo Branco para Agrovia Iris Rezende Machado. Comerciantes da região terão 5 anos para fazer adequação ao novo nome. O projeto foi aprovado pela Câmara Municipal na quinta-feira (17/11). 

A matéria, de autoria do presidente em exercício da Câmara Municipal, Clécio Alves, tem por objetivo homenagear a trajetória de Iris, que foi prefeito de Goiânia por quatro mandatos, vereador, deputado estadual, presidente da Assembleia Legislativa, governador de Goiás, senador da República, ministro da Justiça e da Agricultura. Faleceu em novembro de 2021.

Na justificativa do projeto, o autor ressalta a importância da alteração. Em respeito à história do ex-prefeito, o texto destaca que, no chamado Estado de Exceção, cujo governo de Castelo Branco representava, houve suspensão dos direitos políticos de Iris Rezende, que teve mandato de prefeito cassado. 

“A sanção do projeto se torna imprescindível, uma vez que ainda usufruímos tão bem dos feitos propostos pelo ex-prefeito Iris Rezende. Um homem que dedicou sua vida ao povo e às bases populares. Deputado estadual, governador de Goiás, senador da República, ministro da Justiça e da Agricultura, desempenhou com excelência todas essas funções”, afirmou o prefeito de Goiânia em Exercício, Romário Policarpo.

“A história de Goiânia se mistura com a de Iris. E é preciso lembrar que ele foi precursor do movimento Diretas Já, pela redemocratização do país. Essa homenagem é muito justa”, endossou Romário Policarpo.

Ex-auxiliar das gestões de Iris Rezende, Paulo Ortegal ressaltou que “é emocionante ver a homenagem de um poder que ele tanto admirava, que é o Legislativo municipal”. Segundo avalia, “é uma bela forma de agradecermos a esse homem que dedicou sua vida a fazer o bem pelo povo, e sonhava com a viabilização dessa Agrovia”, completou. 

Autor da matéria, Clécio Alves disse que “todas as homenagens que pudermos render a Iris Rezende são justas e merecidas. Esta, embora muito importante, é apenas uma delas”, afirmou. 

Iris Rezende foi eleito pela quarta vez prefeito de Goiânia no segundo turno das eleições de 2016, e faleceu em novembro do ano passado, aos 87 anos de idade. 

Participaram da solenidade de sanção o chefe de Gabinete do prefeito Rogério Cruz, José Firmino Alves, secretário de Governo, Michel Magul, vereadores Henrique Alves, Juarez Lopes, Pastor Wilson, Geverson Abel, Welton Lemos, Paulo Magalhães, Paulo Henrique da Farmácia e Kleybe Morais. 

 

Ex-primeira dama de Goiânia, Dona Iris está internada na UTI

A ex-primeira-dama de Goiânia, Dona Íris de Araújo, apresentou um quadro de infecção nos rins que evoluiu para uma Síndrome da Angústia Respiratória Aguda (Sara). O quadro fez com que ela tivesse de ser submetida à uma internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

De acordo com o portal G1 Goiás, ela deu entrada no Hospital Albert Einstein na segunda-feira (14/11) mas só nesta quinta-feira (17/11) sua assessoria de imprensa confirmou a internação.

De acordo com a filha de Dona Iris, Ana Paula Rezende, o caso da mãe é grave, mas estável. “Hoje ela teve pequenos sinais de melhora. Estamos confiantes de que vai dar tudo certo. Com muita fé”, disse Ana Paula.

Casada com o ex-prefeito de Goiânia e ex-governador de Goiás, Iris Rezende, dona Iris é ex-primeira dama da capital goiana e do estado.

Missa em memória de Iris Rezende acontece nesta quarta em Goiânia

A partir das 19 horas desta quarta-feira (9), a Matriz de Campinas celebra uma missa especial de ação de graças e memória de 1 ano da morte do ex-prefeito e ex-governador Iris Rezende Machado, um dos políticos mais importantes da história de Goiás.

A celebração religiosa será aberta ao público e contará com a participação da Orquestra Sinfônica e do Coro Sinfônico de Goiânia.

Morte e Carreira

Iris Rezende faleceu no dia 9 de Novembro de 2021, aos 87 anos, por consequências de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) onde ficou mais de três meses internado. 

Iris começou a carreira política em 1959, quando foi eleito vereador. Na época, foi o candidato com maior número de votos e mais jovem da história da capital, aos 25 anos. Ele encerrou a carreira política em dezembro de 2020, após concluir o quarto mandato como prefeito de Goiânia.

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Projeto que incorpora o nome de Iris Rezende ao Palácio das Esmeraldas avança na Assembleia Legislativa

O nome do ex-governador de Goiás e ex-prefeito de Goiânia, Iris Rezende Machado, pode ser incorporado ao Palácio das Esmeraldas, sede do Governo do Estado. Um projeto com este objetivo recebeu parecer favorável da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa de Goiás e seguiu para análise da Comissão de Educação, Cultura e Esporte. 

Com autoria do deputado estadual Bruno Peixoto (MDB) e do presidente da Alego, Lissauer Vieira (sem partido), o projeto pode ser colocado em votação nos próximos dias. A proposta foi apresentada em novembro de 2021, poucos dias após a morte de Iris.

De acordo com Bruno Peixoto, há, ainda, outro projeto para homenagear o ex-gestor. Segundo ele, a ideia é colocar, também, o nome do emedebista no trecho da GO-020, entre Goiânia e Cristianópolis, cidade natal de Iris.

Polêmica
Nas últimas semanas, um outro caso gerou atritos na Câmara Municipal, com a proposta de mudança do nome da Avenida Castelo Branco para Avenida Iris Rezende. A matéria foi vetada pelo prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos). Alguns vereadores tentaram derrubar o veto, mas pressionados por comerciantes da região, acabaram desistindo da homenagem.

Foto: Jackson Rodrigues / Prefeitura de Goiânia

 

Câmara de Goiânia mantém nome da Avenida Castelo Branco e nega homenagem a Iris Rezende

A Câmara de Goiânia decidiu, na manhã desta terça-feira (22/02), manter o veto do prefeito Rogério Cruz à mudança do nome da Avenida Castelo Branco para Avenida Iris Rezende Machado. Familiares, amigos e aliados do ex-prefeito da capital, que morreu em novembro do ano passado, defendiam a aprovação do projeto. No entanto, houve pressão de empresários da região, que alegaram prejuízos ao comércio local caso a mudança fosse efetivada.

No total, foram 24 votos contrários à derrubada do veto e oito favoráveis. A votação foi marcada por discussões acaloradas. Vereadores que defendiam a homenagem ao emedebista chegaram a ser vaiados pelos empresários que ocupavam as galerias. 

Com a polêmica, o vereador Clécio Alves (MDB), que é autor da propositura, renunciou ao cargo de líder do MDB no Legislativo. O parlamentar chamou os vereadores que mudaram de posição em relação ao veto de “covardes”. Ele pediu perdão a Iris por ter proposto o projeto que, segundo ele, levaria a Câmara a desrespeitar sua memória.

Nas redes sociais, o presidente do MDB Goiás, Daniel Vilela, criticou os vereadores da capital, inclusive os que são filiados ao partido. “A Câmara erra – e principalmente os vereadores do MDB -, ao não conceder a honraria ao político que tanto fez por Goiás e por Goiânia”, declarou. “Me junto aos goianos que, mesmo com este revés, não medirão esforços para manter sempre vivo o legado de Iris Rezende”, completou.

No último fim de semana, a família do ex-prefeito publicou uma carta à população. O texto pedia que a decisão de homenagear ou não o emedebista fosse feita com “união, consenso, espíritos desarmados de todos que buscam, no reconhecimento material, dar a justa e devida homenagem a Iris”.

 

Goiânia recebe exposição gratuita em homenagem à Iris Rezende

O Centro Cultural Marietta Telles Machado, unidade da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), recebe a partir desta terça-feira, 25 de janeiro, a exposição “Iris: Uma História de Amor por Goiás”. A mostra fotográfica faz parte das homenagens realizadas no Tributo ao ex-prefeito de Goiânia e ex-governador Iris Rezende e ficará à disposição do público na sala Belkiss Spenzieri. 

Produzida pelo Museu da Imagem e do Som de Goiás (MIS), unidade da Secult Goiás, a exposição conta com cerca de 74 fotos, dispostas em painéis, dos acervos pessoal da família, do MIS, da organização Jaime Câmara e também dos arquivos da prefeitura de Goiânia, e busca desenvolver a linha do tempo de um dos maiores líderes políticos do país, com os momentos mais significativos para o seu legado.

Iris Rezende nasceu em Cristianópolis (GO), em 1933. Na década de 1940 mudou-se com a família para Goiânia. Formou-se em Direito e ingressou na política nos anos 1950. Teve presença marcante na vida política do Estado e marcou seu nome como uma das principais dirigentes políticos do MDB.

Com entrada gratuita, a visitação é aberta ao público de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h. Para mais informações e agendamentos de grupos, pode-se entrar em contato pelo (62) 3201-4625 ou pelo e-mail [email protected].

 

SERVIÇO:

Exposição “Iris: Uma História de Amor por Goiás”

Data: a partir do dia 25/01
Horário: 9h às 17h
Local: Centro Cultural Marietta Telles Machado, Praça Cívica, Centro
Entrada gratuita

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Imagens: Divulgação Secult