Kambô: conheça a vacina do sapo que promete aumentar a imunidade

O kambô é uma medicina muito utilizada entre membros de tribos indígenas como os katukinas, kaxinawás e yawanawás, entre outros. A rã arbórea Phyllomedusa bicolor, chamada de kambô, vive nas copas das árvores da região amazônica e quando em situação de ameaça solta uma secreção. A medicina consiste nesta secreção, que é extraída da rã e aplicada diretamente na pele das pessoas, através de pequenos furinhos feitos pelo aplicador.

Nos homens pode ser aplicada nos braços ou no peito, e nas mulheres é mais comum que seja aplicada na panturrilha. É obrigatório que o paciente esteja em jejum e que tome 3 litros de água, 1 hora antes da aplicação.

Pele após a aplicação da secreção da rã kambô

O efeito é quase imediato, com uma sensação de calor extremo pelo corpo inteiro. Algumas pessoas têm desconfortos estomacais que podem resultar em vômito ou até mesmo diarreia. Após esse período, é importante se alimentar com caldo quente durante o resto do dia, repousar e beber água e chás. Os efeitos benéficos são sentidos após a aplicação, em até um ano, quando é recomendado o reforço.

A procura pelo kambô tem aumentado cada dia mais nos centros urbanos do Brasil, ainda mais depois da pandemia do COVID-19. A secreção da rã promete aumentar a imunidade e ainda outros benefícios, como por exemplo o tratamento de doenças de cunho psicológico (depressão, ansiedade, síndrome do pânico) e também para casais que tem dificuldade em ter filhos. São inúmeros relatos de curas através dessa medicina da floresta.

A terapeuta Mura, aplicadora da secreção, afirma “Nós acreditamos que o Kambô tira da gente a amargura, pois essa frequência chamada de amargura nos enfraquece, a gente quando enfraquece fica vulnerável. Daí vem o Kambô e nos liberta dessa energia, dessa frequência e nós retomamos a nossa força original, que você pode chamar de imunidade”.

O Kambô pode auxiliar no aumento da imunidade, e ser utilizado como uma vacina (uma vez ao ano), por isso ela é conhecida popularmente como “vacina do sapo”. É importante a procura de um profissional bem cotado e com experiência no assunto. Mas vale ressaltar que a substância ainda é proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).

Outra preocupação é o bem estar do animal. Existem profissionais capacitados para retirar essa secreção da rã sem causar nenhum mal ao simpático anfíbio.

kambo

O biólogo Carlos Jared, diretor do Laboratório de Biologia Celular do instituto, ressalta que ainda é muito prematuro falar sobre os benefícios da “vacina do sapo”. “Só temos 30 anos de estudos sobre os efeitos dos venenos dos anfíbios. Se comparado com as pesquisas do veneno de cobras, por exemplo, que vem sendo estudado desde o século XVII, ainda estamos só no começo. Nunca houve uma ação de saúde pública direta para estudá-lo. Seria importante coletar o veneno bruto do animal, passá-lo por um processo de separação química, isolar cada substância e estudá-las separadamente para, assim, afirmarmos veementemente sua eficácia. Mas para isso é preciso tempo, já que o processo é longo e trabalhoso.”

O Kambô já foi objeto de estudos científicos como um artigo da Universidade Federal do Paraná e também pauta de jornais famosos como “The New York Times”.

Imagens: reprodução BBC

Bebê nasce com anticorpos para Covid-19

Um bebê nascido na última sexta-feira (23) teve anticorpos contra a covid-19 detectados em um teste sorológico. O recém-nascido ainda chegou a testar positivo para a doença causada pelo novo coronavírus em um primeiro teste PCR, mas depois deu negativo num segundo exame do tipo, que coleta amostras do nariz ou da garganta com cotonetes.

O caso intrigou os médicos por causa do primeiro diagnóstico positivo para a Covid-19. No entanto, após ser respeitado o protocolo de esperar 48 horas para a realização de um novo teste PCR, o diagnóstico negativo leva a crer que o bebê pode ter adquirido os anticorpos pela placenta da mãe. O caso aconteceu na Espanha.

Os casos relatados de transmissão de anticorpos da mãe para o bebê são raros no mundo. O mais frequente é a presença do vírus no recém-nascido, que pode acontecer até pela contaminação do ambiente.

No caso do bebê, a hipótese de transmissão pela placenta é a mais provável porque os recém-nascidos não são capazes de gerar por si próprios a imunidade contra a Covid-19. O processo é conhecido como transmissão vertical.

A mãe do bebê já havia dado positivo num teste PCR quando deu entrada no hospital, o que reforça a tese de transmissão dos anticorpos pela placenta, que fornece nutrientes da mãe para o feto.

Há ainda a possibilidade de transmissão no parto quando o bebê indica positivo para a presença do vírus. Não foi o caso do recém-nascido porque o segundo teste PCR deu negativo para a contaminação pelo novo coronavírus.

 

Foto: Reprodução/Pixabay

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Vitamina D pode ser uma grande aliada contra a Covid-19 revela novo estudo

A deficiência de vitamina D no organismo pode estar relacionada com a resposta imune do corpo à Covid-19, sugere pesquisa publicada no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism nesta terça-feira (27). O estudo mostra que baixos níveis da substância que, apesar do nome, é um hormônio, são mais frequentes em pacientes internados por infecção do coronavírus.

A pesquisa acompanhou dois grupos – um de 216 pessoas hospitalizadas na Espanha, e outro de 197 que não tiveram registro de contágio – e descobriu que 82,2% dos internados tinham deficiência na vitamina, ante 47,2% no grupo de pessoas sem a doença.

No universo de pessoas hospitalizadas, houve maior necessidade de internação em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) em quem tinha menor taxa de vitamina D no corpo do que nos que registraram níveis “satisfatórios” do hormônio. Foi observado 26,6% e 12,8% de percentual de permanência em UTIs nesses grupos, respectivamente.

O tempo de permanência nas unidades também foi maior – 12 dias para os que têm deficiência da vitamina no organismo, contra 8 dias para os que não têm. Apesar disso, não houve correlação encontrada com a mortalidade da Covid-19

“Portanto, os níveis de vitamina D devem ser interpretados com cautela, uma vez que a população sob risco de uma infecção pelo (vírus) Sars-CoV-2 grave é provavelmente a mesma sob risco de deficiência de vitamina D”, lê-se no artigo.

A interpretação dos cientistas foi de que a maior incidência pode estar relacionada à maior probabilidade de que pessoas com deficiência da vitamina tenham comorbidades.