Henrique Mandetta acaba de ser demitido do Ministério da Saúde

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, anunciou a sua demissão nesta quinta-feira (16) em seu twitter: ” Acabo de ouvir do predidente Jair Bolsonaro o aviso da minha demissão do Ministério da Saúde”. 

Mandetta será substituído pelo oncologista e empresário Nelson Teich, que esteve com Jair Bolsonaro mais cedo no Palácio do Planalto. Teich é formado na Uerj, com especialização em oncologia pelo Inca. Tem MBA em Gestão de Saúde pela Coppe e mestrado em Economia na Universidade de York. É fundador da Centro de Oncologia Integrado, adquirido pela UnitedHealth.

Bolsonaro planeja demitir Henrique Mandetta e João Gabbardo pode ser o novo Ministro da Saúde

O presidente Jair Bolsonaro planeja demitir, nesta semana, o Ministro da Saúde Henrique Mandetta. Embora a exoneração ainda não tenha ocorrido, todos continuam trabalhando sabendo que em breve o momento chegará.

A decisão ocorre devido ao clima entre entre ele o presidente ter ficado intragável, uma vez que divergem em várias questões, sobretudo, quanto às orientações de isolamento durante a pandemia. Portanto à exoneração deverá ser divulgada entre a quinta e sexta-feira desta semana.

Em outras oportunidades, ao ser indagado sobre o motivo de não deixar o cargo durante esse desencontro de opiniões com o presidente, o Ministro da Saúde ressaltou que continuará cumprindo seu papel e não deseja renunciar, a menos que seja exonerado.

A demissão de Mandetta foi confirmada por interlocutores da presidência da república e conta com apoio da ala Militar do governo.

O governo já possui três nomes à sua disposição para assumir o cargo no futuro.

Osmar Terra é um dos cotados para o cargo, devido ter conquistado o apoio de um dos filhos do presidente, Flávio. O aumento da sua popularidade ocorreu em razão de proferir críticas contra o isolamento social.

O empresário Cláudio Lottenberg, presidente do conselho do Hospital Albert Einstein e um dos líderes mais influentes da Comunidade Judaica paulista, é visto como um possível candidato. No entanto, suas diferenças com João Dória podem inviabilizar a indicação para o cargo.

Uma opção que parece ser a mais lógica para o momento seria escalar para o cargo João Gabbardo, que já compõe o atual ministério e, caso selecionado, não “aqueceria tanto os ânimos”, diferentemente de personagens como Terra que possuem uma visão radical contra o isolamento. Em seu favor, Gabbardo conta com uma boa relação com o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, além de ser um apoiador de Bolsonaro.

Wanderson Kleber de Oliveira, Secretário Nacional de Vigilância em Saúde, após se reunir com o ministro, enviou uma carta a equipe afirmando sobre o término da gestão de Mandetta, que deve ocorrer assim que o presidente encontrar um substituto.

 

Confira a carta na íntegra:

“Bom dia!

Finalmente chegou o momento da despedida. Ontem tive reunião com o Ministro e sua saída está programada para as próximas horas ou dias. Infelizmente não temos como precisar o momento exato. Pode ser um anúncio respeitoso diretamente para ele ou pode ser um Twitter. Só Deus para entender o que o querem fazer.

De qualquer forma, a gestão do Mandetta acabou e preciso me preparar para sair junto, pois esse é um cargo eletivo e só estou nele por decisão do Mandetta. No entanto, por conhecer tão profundamente a SVS, tenho certeza que parte do que fizemos na SVS vai continuar, pois é uma secretaria técnica e sempre nos pautamos pela transparência, ética e preceitos constitucionais.

A maioria da equipe vai permanecer e darão continuidade ao trabalho de excelência que sempre fizeram e para isso não precisam mais de mim.

Foi uma honra enorme trabalhar mais uma vez com você. Para que não tenhamos solução de continuidade, indiquei o meu amigo querido Gerson Pereira para ficar de Secretário interino. Ele é um Profissional excelente e vai dar seguimento a tudo que estamos fazendo.

Vou entregar o cargo assim que a decisão sobre o Mandetta for resolvida. Todos estão livres para fazer o que desejarem.

Tenho certeza que a SVS continuará grande e será maior, pois vocês é que fazem ela acontecer. Minhas contribuições foram pontuais e insignificantes, perto do que essa Secretaria é como uma só equipe. A SVS é minha escola e minha gratidão por ter trabalhado com você será eterna. Muito obrigado por me permitir estar Secretário Nacional de Vigilância em Saúde. Jamais imaginei que seria o primeiro enfermeiro a ocupar tão elevado e importante cargo e o primeiro de muitos que virão.

Muito obrigado!​”

Mandetta fica e diz que Ministério da Saúde seguirá critérios técnicos da ciência

Após um dia tenso com o presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, anunciou em comunicado coletivo (e sem perguntas) nesta segunda-feira, 6, que vai ficar na chefia da pasta para “enfrentar o nosso inimigo”, que é coronavírus.

O ministro começou sua fala afirmando que não tem problema com críticas construtivas, que não é dono da verdade e que também tem dúvidas sobre o coronavírus: “O que nós temos muita dificuldade é quando, em determinadas situações, ou determinadas impressões, as críticas não vem no sentido de construir, mas para trazer dificuldade no ambiente de trabalho. Isso eu não preciso traduzir, vocês todos sabem mas tem sido uma constante”.

“Nós vamos continuar, porque continuando nós vamos enfrentar nosso inimigo, o covid-19. Médico não abandona paciente, eu não vou abandonar. Mas as condições para os médicos precisam ser as melhores”, afirmou.

Ele também prestou solidariedade aos funcionários do Ministério da Saúde que, segundo ele, até “limparam as gavetas” no dia de hoje, o que fez com que o “dia fosse de pouco trabalho”. “Hoje foi um dia emocionalmente muito duro para todos”, afirmou o ministro, completando que os funcionários estão juntos “e iriam sair juntos”.

Mandetta realiza a entrevista coletiva depois de ter se reunido com o presidente Jair Bolsonaro, que o ameaçou de demissão nesta segunda-feira, 6, mas voltou atrás após conversas com a cúpula militar do governo. O ministro decidiu não responder perguntas nessa entrevista.

Em discurso, Mandetta falou que o Ministério da Saúde “procura ser a voz da ciência para enfrentar a covid-19”. Segundo o ministro, o trabalho dos funcionários da pasta é um “trabalho técnico” e que ele é apenas “um porta-voz”.

Ele voltou a dizer que “médico não abandona paciente” e reforçou que o “momento é de isolamento social”. O ministro salientou que o que a população passou nas últimas duas semanas não é quarentena e não é lockdown. “Quarentena e lockdown é muito mais duro que isso”.

O ministro pediu, ainda, que a população não perca o foco: “é ciência, disciplina, planejamento e foco”.

Mandetta recebe convite de Caiado para ser secretário em Goiás

Líder em popularidade no país, após assumir o protagonismo das ações de combate ao novo coronavírus, o ministro da Saúde, Henrique Mandetta (DEM-MS), recebeu convite do seu colega de partido, Ronaldo Caiado, para assumir a secretaria de Saúde de Goiás, caso seja dispensado pelo presidente Jair Bolsonaro. 

Caiado, principal responsável pela indicação de Mandetta à Bolsonaro, confirmou à coluna Giro, do jornal O Popular que o convite foi reiterado.  “Caso ocorra, fiz o convite e ele tem compromisso comigo de que virá assumir a secretaria em Goiás. Todos sabem da minha ligação com Mandetta e, ao mesmo tempo, o reconhecimento de seu preparo como médico e gestor.” O governador falou ainda que o assunto já estaria alinhado com o atual responsável pela pasta, Ismael Alexandrino. “Já conversou comigo e é favorável ao convite. Buscaremos todas as boas cabeças para nos ajudar a vencer o Covid-19”.

Bolsonaro tem falado publicamente do seu incômodo com a postura de Mandetta e chegou a insinuar sua demissão em conversa gravada com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, em Brasília (DF). “A hora dele não chegou ainda não, a hora dele vai chegar. E a minha caneta funciona. Não tenho medo de usar a caneta, nem pavor e ela vai ser usada para o bem do Brasil”, disse sem citar diretamente o ministro da Saúde.

‘Sigam as recomendações dos governadores’, afirma Ministro da Saúde

Em coletiva nesta segunda-feira (30), o ministro da Saúde, Henrique Mandetta (DEM-MS), disse que ‘por enquanto, mantenham as recomendações dos estados’. ‘Temos dialogado com os secretários dentro do que é técnico, cientifico do que é preciso ter na Saúde para que a gente possa imaginar qualquer tipo de movimentação que não é essa que a gente está’, afirmou.

A orientaçao foi dada um dia após o presidente Jair Bolsonaro ter feito um passeio pelo comércio de Brasília mesmo em meio ao surto do novo coronavírus. Ele ainda defendeu o “máximo grau de isolamento social”.

“E eu tenho dialogado com os secretários estaduais e municipais – dentro do que é técnico, dentro do que é cientifico, dentro do planejamento – quais seriam as condicionantes, o que a gente precisa ter na Saúde (…) para que que a gente possa imaginar qualquer tipo de movimentação que não seja esta”, disse Mandetta em entrevista coletiva nesta segunda-feira (30) no Palácio do Planalto, em Brasília.

O ministro afirmou, mais de uma vez, que a pandemia não é um problema que diz respeito apenas ao seu ministério: “Essa briga não é [somente] da Saúde”. De acordo com ele, “esse vírus ataca a economia, a sociedade”, afetando transporte e bolsas de valores.

“Eu vejo o grande divisor é: temos uma onda na saúde, temos uma onda na economia. Parece que é consenso de todos que fazer um lockdown absoluto da sociedade brasileira, neste momento, não é o que a gente tá precisando. Porque a gente vai ter muito problema na frente.”

Mandetta também se desculpou por recentemente ter feito críticas ao trabalho da imprensa na cobertura da pandemia do novo coronavírus, afirmando que os meios de comunicação são sórdidos porque, na visão dele, só vendem se a matéria for ruim.

“Eu peço desculpas. A gente, quando erra, a gente erra. Naquele momento, o que eu quis dizer era o seguinte: leia um livro, procura conversar, nós estamos na Quaresma, procura ler a ‘Bíblia’, e tem outras possibilidades”.

Se antecipando a questionamentos da imprensa, ele minimizou o possível desentendimento com Bolsonaro. “Não vamos mudar nenhum milímetro de nosso foco de proteção à vida”, disse.