Brasileira salva araras-azuis da extinção e entra para o Hall da Fama da ONU

A bióloga brasileira Neiva Guedes, de 58 anos, acaba de entrar para o hall da fama da ONU Mulheres, pelo trabalho em prol da preservação das araras-azuis. Neiva estuda o comportamento da espécie, que é 100% brasileira, desde os anos 80.

Essas pesquisas a levaram fundar, no ano de 2003, o Instituto Arara Azul, em Campo Grande (MS), e que busca conscientizar sobre a causa animal e desenvolve técnicas para instalar na natureza ninhos artificiais em condições perfeitas para que as aves se reproduzam.

O Instituto ainda apoia o estudo da biologia reprodutiva das araras-vermelhas, tucanos, gaviões, corujas, pato-do-mato e outras espécies que coabitam com a arara azul no Pantanal.

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Além de fazer o acompanhamento das araras na natureza, o monitoramento de ninhos naturais e artificiais, numa área de mais de 400 mil hectares, realiza ainda o trabalho de conservação da espécie, em conjunto com proprietários locais. Foram cadastrados mais de 800 ninhos, entre naturais e artificiais, em 65 propriedades.

Anualmente, mais de 1600 monitoramentos são realizados no Pantanal sul-mato-grossense e mato-grossense, onde a população das araras-azuis é de aproximadamente 5 mil indivíduos.

Em matéria publicada para o portal ‘’The Greenest Post’’ Neiva conta que ainda ‘’há muito trabalho a ser feito, sobretudo no que diz respeito ao impacto das mudanças climáticas na vida das araras azuis, mas me sinto orgulhosa em poder realizar as mudanças e ter o reconhecimento do trabalho. Além de ser importante falar sempre sobre preservação de espécies, principalmente para os mais jovens’’.

Além da conquista no Hall da Fama das Meninas e Mulheres Cientistas da ONU Mulheres, Neiva também já virou personagem da história em quadrinhos da Turma da Mônica, que é parceira da organização.

 

Imagens: Divulgação

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Michelle Obama irá fazer parte do Hall da Fama das Mulheres dos EUA

O Hall da Fama das Mulheres é conhecido como uma das organizações mais antigas dos Estados Unidos, principalmente pelo trabalho de homenagear a reconhecer as ações de mulheres pelo desenvolvimento do país. Na lista desse ano, a ex-primeira-dama norte-americana Michelle Obama será incluída, juntamente com outras oito mulheres reconhidas por suas contribuições. 

Em anúncio oficial, o site do Hall da Fama das Mulheres afirmou que Michelle Obama é uma das mulheres mais influentes e emblemáticas do século 21. Aos 57 anos, a advogada formada em Harvard, escritora e ex-primeira-dama dos Estados Unidos acumula trabalhos voluntários desde o início de sua carreira, principalmente com as comunidades periféricas do país. 

Foto: Reprodução/Instagram/@michelleobamaMichelle Obama em seu projeto “Let Girls Learn” em 2016 | Foto: Reprodução/Harpers Bazaar

Participantes da lista

A organização anunciou nesta segunda-feira (8) os nomes que estarão na lista, mas a entrada oficial acontecerá somente no dia 2 de outubro. A expectativa é que a situação da pandemia tenha sido controlada para que seja possível realizar uma cerimônia oficial com todas as participantes, de modo a homenageá-las devidamente. 

Além de Michelle Obama, outras oito mulheres estarão integrando a lista. Entre elas está: Indra Nooyi, ex-presidente-executiva da PepsiCo, Mia Hamm, um reconhecido ícone do futebol, e Katherine Johnson, matemática da agência espacial Nasa que faleceu no ano passado. 

A lista ainda inclui a autora Octavia Butler, que faleceu em 2006 e Rebecca Halstead, reconhecida por uma importante carreira militar. Para concluir a entrada das oito nova participantes, se faz presente nomes como o da poeta Joy Harjo, a artista Judy Chicago e a ativista Emily Howland, conhecida por ter ensinado ex-escravos a ler e escrever em assentamentos de refugiados durante a Guerra Civil.