Os Bailes do Grande Hotel marcaram época e guardam memórias imponentes

O Grande Hotel era sinônimo de luxo, glamour, exuberância e fé no progresso social e tecnológico. A construção estava entre os edifícios prioritários do fundador, Pedro Ludovico Teixeira. O local é símbolo do movimento art déco e tratava-se de uma obra estratégica, já que a nova cidade precisava de um local para hospedar os visitantes.

Originalmente era uma construção imponente: com três pavimentos, 60 quartos, além de quatro apartamentos de luxo. O local recebeu nomes famosos como o antropólogo Claude Lévi-Strauss. O presidente da República, na época da Fundação de Goiânia, Getúlio Vargas, também veio à cidade e se hospedou no Grande Hotel.

O prédio também já serviu de hospedagem para grandes nomes, como o poeta chileno Pablo Neruda e o escritor brasileiro Monteiro Lobato, autor de obras conhecidas como o Sítio do Picapau Amarelo.

Créditos: Grande Hotel. Década de 1960.  Alois Feichtenberger. Goiânia – GO. Acervo MIS|GO. 

Com a defesa de intelectuais e outras personalidades, o prédio foi finalmente tombado, em 1991, como um dos 20 bens que formam o patrimônio do estilo arquitetônico art déco em Goiânia. Naqueles tempos, de uma cidade ainda em construção, o hotel modernista ia muito além de local de hospedagem dos famosos. Era ponto de encontro da elite que aqui se instalava. 

Foi palco dos bailes mais badalados das primeiras décadas da capital, do primeiro carnaval de Goiânia e o seu restaurante era um dos lugares preferidos da alta sociedade. O lugar também era palco onde se apresentavam a banda da 1ª Cia. da Polícia Militar, o Jazz Band Imperial e outros grupos.

Da construção original, resta a estrutura da fachada. O interior foi descaracterizado ao longo dos anos. Mesmo durante seu auge, os problemas já começaram a surgir no Grande Hotel. Em 1938, o Governo de Goiás publicou um despacho convocando a arrendatária do Grande Hotel para, dentro de 30 dias, efetuar pagamentos atrasados para o Estado e Previdência, a fim de não perder a concessão de arrendamento.

Créditos: Carlos Falcão / Aproveite à Cidade

Em 2003 o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), declarou o tombamento do Grande Hotel e dos demais edifícios e monumentos públicos que integravam o conjunto urbano de Goiânia, um total de 22 construções concentradas, em sua maioria, no Centro da cidade. As instalações passaram por reforma em 2004, quando o Grande Hotel sediou o evento Casa Cor.

Atualmente, o lugar não está em pleno funcionamento e tem parte das salas ocupadas por funcionários do INSS. Além disso, conta com atividades pontuais, como as oficinas realizadas pelo centro cultural que leva o nome do imóvel.

Com o passar dos anos, o primeiro hotel da capital goiana se tornou ponto de encontro de diversas tribos urbanas, curtindo um samba ao vivo. No entanto, as rodas de chorinho deram lugar ao silêncio. O imóvel está vazio, abandonado, sem vida. Na época de glória ficou apenas na memória dos que ali frequentavam.

 

Créditos da imagem de capa: Grande Hotel. 194-. Alois Feichtenberger. Goiânia – GO. Acervo MIS|GO.

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Arquitetura Art Déco é uma das marcas de Goiânia

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Arquitetura Art Déco é uma das marcas de Goiânia

A arquitetura Art Déco floresceu no início do século 20 e deixou uma impressão duradoura em Goiânia, que foi planejada e construída em meados do século. Os elementos distintivos desse estilo arquitetônico, como linhas geométricas, detalhes decorativos e uma abordagem moderna, podem ser vistos em edifícios públicos, residências e marcos urbanos por toda a cidade.

O projeto da nova capital era marcado pela modernidade e sofisticação, deixando para trás o antigo estilo colonial, presente nas cidades que nasceram com a mineração. Assim, Attilio Corrêa Lima encontrou no estilo Art Déco, uma alternativa para expressar o progresso que a nova capital representava para o estado

A maioria das primeiras construções da cidade, erguidos entre 1940 e 1950, fazem parte do conjunto urbano de Goiânia, tombado como Patrimônio Histórico e Cultural (2003), mas hoje se encontram abandonados e pichados e se concentram no Setor Central. Confira abaixo alguns lugares que se adequam a essa arquitetura surpreendente.

 

Grande Hotel 

Créditos: Poder Goiás

Inaugurado em 1937, o Grande Hotel recebia importantes hóspedes em suas visitas à capital. Atualmente, o prédio recebe eventos de cunho cultural, apesar do precário estado de conservação. 

 

Endereço: Av. Goiás, 462 – St. Central, Goiânia – GO, 74063-010

 

Palácio das Esmeraldas

Créditos: Correio Braziliense

Sua composição Art Déco tem predominância de linhas retas e caráter sóbrio, pendendo para a simplificação. Na visão do arquiteto Atílio Corrêa Lima, a sede do executivo goiano deveria representar a racionalidade e economia, traduzidas em uma construção sólida e que atendesse às exigências da vida moderna.

 

Endereço: Praça Dr. Pedro Ludovico Teixeira – St. Central, Goiânia – GO, 74083-010

 

Teatro Goiânia 

Créditos: Curta Mais

Conhecido como o mais nobre e tradicional espaço cultural da cidade, o Teatro Goiânia foi inaugurado em 14 de junho de 1942 e integra o conjunto arquitetônico do início da capital. A mais luxuosa casa de espetáculos da nova capital recebeu a cerimônia do Batismo Cultural da Cidade, que contou com discursos, entrega da chave da cidade ao primeiro prefeito, Venerando de Freitas, e a presença de autoridades e intelectuais para extensa programação cultural.

 

Endereço:  R. 23, 252 – St. Central, Goiânia – GO, 74015-120

 

Centro Cultural Marieta Telles Machado

Créditos: Via Liberdade

Construído em 1933 em estilo art déco, o prédio serviu primeiro à Secretaria Geral do Estado. Anos depois abrigou o Fórum e mais tarde, foi sede da Secretaria da Fazenda. No local, funcionou o escritório técnico das obras da construção de Goiânia, em 1936. Hoje é o Centro Cultural Marietta Telles Machado, onde funcionam algumas unidades e setores da Secretaria de Estado da Cultura.

 

Endereço: Praça Cívica, nº 2, Praça Dr. Pedro Ludovico Teixeira – St. Central, Goiânia – GO, 74003-010

 

Museu Zoroastro Artiaga 

Créditos: Museu Zoroastro Artiaga

Considerado o primeiro do Estado de Goiás e de Goiânia, o espaço desempenha um papel fundamental na preservação e promoção da memória e cultura da região. O edifício foi projetado, no início dos anos de 1940, e destaca-se pela arquitetura em estilo art déco. Sendo considerado um dos mais belos da cidade, um edifício bastante épico. 

 

Endereço: Praça Dr. Pedro Ludovico Teixeira, 13 – St. Central, Goiânia – GO, 74083-010

 

Antiga Estação Ferroviária de Goiânia 

Créditos: Curta Mais 

A construção foi erigida no Estilo Art-Déco, sendo uma das principais construções históricas do município de Goiânia. O edifício possui em sua área interna (saguão principal), dois importantes murais produzidos pelo artista italiano Frei Nazareno Confaloni – introdutor do modernismo em Goiás, ambos pintados no ano de 1953. Esses murais se destacam por serem afrescos, pintados em areia – uma técnica até então inovadora e primaz em nosso Estado.

 

Endereço: Av. Goiás, 1799 – St. Central, Goiânia – GO, 74063-010

 

Coreto da Praça Cívica 

Créditos: A Redação

O monumento se destaca pela riqueza dos detalhes e do acabamento, com composição simétrica, laje plana e elementos que também remetem ao ecletismo arquitetônico. O espaço é considerado um dos exemplares mais elaborados do patrimônio art déco goianiense, uma obra-prima pelo conjunto dos elementos que o compõem.

 

Endereço: St. Central, Goiânia – GO, 74015-095

 

Centro de Ensino em Período Integral Lyceu de Goiânia

Créditos: A Redação

Fundado em 1846, na cidade de Goiás, pelo presidente da província, Barão de Ramalho, o Lyceu de Goiânia é um dos primeiros colégios secundários do Brasil. Com a mudança da capital, a unidade foi transferida para a nova cidade, em 1937, por Pedro Ludovico Teixeira, pois seria muito oneroso manter dois colégios. O estilo é uma mesclagem entre o colonial e o art déco, com fachada reta, pórtico na entrada principal, pilares e os marcantes portões de ferro.

 

Endereço: R. 21, 10 – St. Central, Goiânia – GO, 74030-070

 

Instituto Federal de Goiás (IFG)

Créditos: Instituto Federal de Goiás

Nas construções art déco do edifício predominam nas fachadas as linhas retas e a limpeza visual. O pórtico de entrada do edifício é um elemento interessante. Os traços dele fazem referências aos elementos aerodinâmicos. Outra característica arquitetônica também marcante do edifício do IFG são as janelas redondas em formas de escotilhas pouco usadas em outros prédios construídos na capital no mesmo período.

 

Endereço: R. 75, 46 – Centro Centro, Goiânia – GO, 74055-110

 

Goiânia Palace Hotel

Créditos: TripAdvisor

Os traços em Art Déco, que marcam diferentes construções no centro histórico, também alcançam e deslizam a entrada do hotel, que ainda hoje recebe pessoas de diferentes lugares.

 

Endereço: Av. Anhanguera, 5195 – St. Central, Goiânia – GO, 74043-011

 

Créditos da imagem de capa: TripAdvisor

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Goiânia é destaque em patrimônio histórico preservado e turismo cultural

Goiânia é a capital do estado de Goiás, fundada em 24 de outubro de 1933, durante a gestão do então interventor federal Pedro Ludovico Teixeira. A cidade foi planejada e construída com o objetivo de se tornar uma nova capital para o estado, substituindo a antiga capital, a Cidade de Goiás, que estava se tornando inadequada para as necessidades modernas.

 

O plano urbanístico de Goiânia foi elaborado pelo urbanista Atílio Correia Lima, seguindo os princípios do movimento urbanístico conhecido como Art Deco. A cidade foi projetada em formato de um grande tabuleiro de xadrez, com ruas largas e avenidas arborizadas, proporcionando uma estrutura moderna e funcional para a época.

 

Atílio Correia Lima

Foto: Reprodução Desconhecida

 

Nascido em 1901, Atílio Correia Lima foi arquiteto, urbanista, paisagista e designer Italiano, teve um papel crucial na idealização e modernização de Goiânia, a primeira capital planejada do século XX no Brasil. Sua formação acadêmica o levou a estudar Urbanismo na renomada Universidade de Paris – Sorbonne, trazendo consigo técnicas e concepções projetuais inovadoras. Sua jornada neste mundo arquitetônico foi interrompida em um acidente de avião, deixando sua esposa e seu filho, aos 42 anos. 

 

A cidade surgiu com a ambição de diversificar as riquezas nacionais, antes concentradas no litoral, ao mesmo tempo que revitaliza o Centro-Oeste do Brasil. O então arquiteto incorporou ao projeto urbanístico o estilo Art Déco, símbolo de modernidade e luxo da época, inspirando-se nas cidades-jardins do urbanismo francês para moldar a estrutura de Goiânia.

 

Goiânia foi concebida para abrigar 50 mil habitantes, mas seu crescimento ultrapassou todas as expectativas, transformando-a em uma das principais metrópoles do país, com mais de 1 milhão de habitantes, de acordo com o IBGE. As primeiras avenidas convergem para a Praça Cívica, centro da cidade e lar do maior acervo Art Déco do Brasil.

 

Atílio possuía um legado arquitetônico evidente na região central da cidade, onde edifícios como o Museu da Imagem e Som, Palácio das Esmeraldas, Museu Zoroastro Artiaga e o Coreto enriquecem o patrimônio histórico. A Avenida Goiás exibe o Grande Hotel, Goiânia Palace Hotel e a icônica Estação Ferroviária.

 

Apesar das modificações ao longo dos anos, o legado de Attilio Corrêa Lima permanece graças aos esforços conjuntos de arquitetos, historiadores, museólogos e entidades, mantendo viva a história e a identidade de Goiânia. Seu pioneirismo na introdução de técnicas construtivas inovadoras e sua visão modernizadora continuam a moldar a cidade e a preservar sua memória.

 

Construção de Goiânia

A construção de Goiânia teve um impacto significativo na economia da região. A abertura de novas vias, a urbanização e a instalação de serviços públicos impulsionaram a economia local, gerando empregos e oportunidades para muitos residentes. Além disso, a cidade atraiu investimentos e novos empreendimentos comerciais, consolidando-se como um centro de comércio e serviços.

 

Do ponto de vista cultural, Goiânia também se destacou. A cidade foi planejada para abrigar espaços culturais e de lazer, como praças, parques e teatros. A Praça Cívica, por exemplo, é um importante marco arquitetônico da cidade, com edifícios governamentais e monumentos que contam parte da história de Goiás. Além disso, Goiânia tem uma rica cena artística e cultural, com festivais, exposições e eventos culturais que refletem a diversidade da região.

 

No que se refere ao patrimônio histórico, Goiânia possui diversos edifícios, praças e monumentos que contam a história da cidade e da região. Alguns exemplos incluem:

 

Teatro Goiânia

 

Teatro Goiânia em 1942

Foto: Reprodução IBGE

 

O teatro vive desde 1942, sendo então o mais nobre e  tradicional espaço cultural de Goiânia. Integrando todo o estilo arquitetônico da cidade. 

Projetado no estilo Art déco pelos arquitetos Jorge Félix e José do Amaral Neddermeyer, o teatro faz parte do conjunto arquitetônico original da cidade. Sua construção foi iniciada em 1940 e concluída em 1942, marcando um importante evento na época com a presença do interventor federal do estado, Pedro Ludovico Teixeira.

 

O Teatro Goiânia desempenhou um papel significativo no Batismo Cultural da cidade, exibindo o filme “Divino Tormento” em sua estreia e recebendo a Companhia Eva Todor para uma peça teatral. Embora tenha sido projetado para funções de cinema e teatro, acabou sendo mais usado como um teatro do que um cinema.

 

Com capacidade para 850 pessoas, o teatro é um espaço crucial para apresentações de dança, teatro e música erudita e popular em Goiânia. Em 2003, foi declarado Patrimônio Nacional, reconhecendo sua importância histórica e cultural.

 

Após um abrangente trabalho de restauro e reconstituição de elementos originais, o teatro foi reinaugurado em 28 de dezembro de 2010, com um concerto grandioso que marcou sua reabertura. O evento contou com a participação do barítono Renato Mismetti, do pianista Maximiliano de Brito e da Orquestra de Câmara Goyazes, regidos por Eliseu Ferreira. O Teatro Goiânia continua a desempenhar um papel vital na vida cultural da cidade, proporcionando um espaço para apreciar diversas formas de arte.

 

Teatro Goiânia Atualmente

Foto: Reprodução Marcos Aleotti /Curta Mais

 

Interior do Teatro Goiânia Atualmente

 

Foto: Reprodução Teatro Goiânia

 

Serviço

 

Endereço:  R. 23, 252 – St. Central, Goiânia – GO

Telefone: (62) 3201-4684

 

Peças em Cartaz

Estreia Musical – Camaleão: Quem sou eu?

Foto: Reprodução Sympla

Horário: 16:00H

Ingressos

Inteira 40,00 

Meia 20,00

Henrique de Oliveira + Banda MR Gyn

Foto: Reprodução Sympla

 

Dia: 20 de Setembro

Horário: 20:00H

Ingressos

Inteira 40,00

 

Grande Hotel

Grande Hotel na década de 1940

Foto: Reprodução Desconhecida

 

Um dos primeiros edifícios de Goiânia, começou a ser construído em 1935 e foi concluído em 23 de janeiro de 1937. Logo após sua inauguração, foram realizados concursos públicos para arrendamento do espaço, que já estava mobiliado e equipado. O contrato de arrendamento foi assinado por Maria Nazaré Jubé Jardim em fevereiro de 1937, com um prazo de três anos, e incluía a condição de manter o letreiro luminoso na fachada aceso todas as noites.

 

O hotel representou luxo, glamour e confiança no progresso social e tecnológico durante seu auge. Foi uma construção estratégica para a cidade, planejada pelo fundador Pedro Ludovico Teixeira, sendo um símbolo do movimento Art Déco. Localizado na Avenida Goiás, esquina com a rua 3, sua posição facilitava o acesso à Praça Cívica e ao Palácio de Governo, bem como à Estação Ferroviária na saída da cidade.

 

Com três pavimentos e 60 quartos, além de quatro apartamentos de luxo, o Grande Hotel acolheu personalidades como o antropólogo Claude Lévi-Strauss e o presidente Getúlio Vargas, que fez um pronunciamento em Goiânia em 1940, enfatizando a relação da cidade com a Revolução de 1930 e a revitalização nacionalista.

 

O hotel também hospedou figuras renomadas como o poeta chileno Pablo Neruda e o escritor brasileiro Monteiro Lobato, autor de “O Sítio do Picapau Amarelo”. Sua localização estratégica e imponente presença fizeram do Grande Hotel um símbolo marcante da visão e do progresso da nova capital, refletindo tanto a história de Goiânia quanto suas conexões com personalidades influentes.

 

Grande Hotel Atualmente

(deteriorado devido ao vandalismo) 

 

Foto: Reprodução Marcos Aleotti /Curta Mais

 

O que aconteceu com o hotel

O Grande Hotel tornou-se um vibrante centro cultural e de entretenimento em Goiânia, atraindo uma variedade de visitantes que chegavam à cidade tanto para fins de lazer quanto de negócios. O ambiente do hotel proporciona um local informal e aconchegante para artistas e público se encontrarem e desfrutarem de apresentações musicais.

 

A própria arrendatária Maria Nazaré era uma pianista talentosa e animava as reuniões da sociedade local com suas performances noturnas. Esses eventos sociais eram frequentes, muitas vezes acontecendo aos sábados, e estavam sempre acompanhados de música ao vivo.

 

O “Palácio Monumental”, como o Grande Hotel também era conhecido, sediou os primeiros bailes de carnaval da cidade, com a apresentação de bandas como a da 1ª Companhia da Polícia Militar e o Jazz Band Imperial, entre outros grupos musicais.

 

Ao longo dos anos, o hotel se tornou um ponto de encontro para diversas comunidades urbanas, onde as pessoas se reuniram para curtir música ao vivo, especialmente samba. 

Atualmente, o espaço é destinado para projetos culturais.

 

Serviço

 

Endereço:R. Sen. Jaime, 944 – St. Campinas, Goiânia – GO

 

Museu Pedro Ludovico Teixeira

 

Pedro Ludovico 

Foto: Reprodução Desconhecida

 

Museu Pedro Ludovico décadas passadas

Foto: Reprodução Desconhecida

 

Pedro Ludovico Teixeira foi um político e administrador brasileiro, desempenhando um papel crucial na história e desenvolvimento de Goiânia. Nascido em Pireneus, Goiás, sua participação na Revolução de 1930, que levou Getúlio Vargas ao poder, o conduziu a ser nomeado interventor federal em Goiás (1930-1945), período em que promoveu a modernização do estado e a criação da nova capital.

 

Sua visão era diversificar as riquezas nacionais, que estão concentradas no litoral, promovendo o desenvolvimento do interior. Convidou Attilio Corrêa Lima, arquiteto, para conceber o Plano Urbanístico da Nova Capital de Goiás, que culminou na fundação de Goiânia, uma cidade que incorporou elementos do estilo Art Déco, refletindo sua visão progressista.

 

Além de urbanista, Pedro Ludovico trouxe inovações em infraestrutura, educação e saúde para Goiânia, demonstrando seu compromisso com o desenvolvimento holístico da cidade. Sua atuação também foi marcada pela emancipação política de Goiás e sua influência em movimentos políticos nacionais.

 

Após seu falecimento, a casa onde residia foi transformada em museu em 1987. Seguindo uma trajetória de preservação, o museu passou por reformas, a mais recente iniciada em 2017 e concluída em 2018. A construção, iniciada em 1934 sob a influência da estética Art Déco, preserva essa arquitetura marcante até hoje.

 

Tombada pelo Patrimônio Histórico Estadual, a casa-museu abriga um acervo de 1836 peças, incluindo porcelanas, mobiliário, vestuário, cristais e objetos pessoais de Pedro Ludovico. A biblioteca particular do fundador, com dois mil livros e oitocentos documentos originais, é um tesouro histórico. O acervo iconográfico, com 1142 fotos, contribui para a preservação da história.

 

Museu Pedro Ludovico atualmente

 

Foto: Reprodução Marcos Aleotti

 

Serviço

 

Endereço:  R. Dona Gercina Borges Teixeira – St. Sul, Goiânia – GO

Telefone: (62) 3201-4678

Horário de funcionamento: fechado durante a Segunda, e Terça a Domingo aberto das 09:00H – 17:00H

Horário com visitação agendada

 

 

Estação Ferroviária

Estação Ferroviária em 1957

Foto: Reprodução Tomas Somlo

 

Estação Ferrovária atualmente

Inaugurada em 1950, a antiga Estação Ferroviária de Goiânia desempenhou um papel significativo como ponto de chegada e partida de trens de cargas e passageiros da Estrada de Ferro Goyaz, funcionando até a década de 1980. Este edifício icônico é uma joia do Acervo arquitetônico e urbanístico Art Déco de Goiânia, reconhecido e tombado pelo Iphan desde 2002.

 

O edifício possui uma rica história e características marcantes. No pavimento central, encontram-se dois notáveis afrescos de autoria de Frei Nazareno Confaloni, um pintor e muralista pioneiro da arte moderna em Goiás. A Estação Ferroviária foi inaugurada em 1950, junto com outras estações do trecho entre Leopoldo de Bulhões e a capital. Trens de cargas e passageiros começaram a circular em 1952, operando por três décadas.

 

Entretanto, em 1980, a transferência do pátio ferroviário para Senador Canedo resultou na continuação da Avenida Goiás e na construção da Rodoviária da cidade, marcando o fim da era ferroviária da estação.

 

Tombado pelo Iphan em 2002, o edifício é um componente valioso do acervo Art Déco da capital, resguardando os afrescos de Frei Nazareno Confaloni, notadamente o “Bandeirantes: Antigos e Modernos”.

 

A restauração do edifício, iniciada em etapas, abrangeu desde a revitalização completa até a reconstituição dos detalhes arquitetônicos. A locomotiva Maria Fumaça foi cuidadosamente restaurada e reinstalada na plataforma de embarque, enquanto o relógio da torre também passou por uma reabilitação.

 

Os afrescos datados de 1953, atribuídos a Frei Confaloni, foram meticulosamente restaurados, preservando um marco importante das artes plásticas goianas. As paredes, esquadrias e gradis foram recuperados e pintados, e a edificação recebeu uma nova sinalização, sistema elétrico, hidráulico, climatização e proteção contra descargas atmosféricas.

 

A renovação não se limitou ao edifício, estendendo-se à Praça do Trabalhador, que compartilha uma conexão histórica com a estação. A praça foi requalificada, com nova pavimentação, paisagismo, iluminação e mobiliário, transformando-a em um espaço convidativo para a comunidade.

 

Essa restauração não apenas preserva a herança arquitetônica e cultural de Goiânia, mas também oferece um ambiente renovado para a população, onde passado e presente se entrelaçam harmoniosamente.

 

Foto: Reprodução Marcos Aleotti /Curta Mais

Endereço: Av. Goiás, 1799 – St. Central, Goiânia – GO

 

 

Palácio das Esmeraldas

Palácio das Esmeraldas em construção

Foto: Reprodução Desconhecida

 

O Palácio das Esmeraldas, cuja construção teve início em dezembro de 1933, foi concluído após um período de três anos, culminando na inauguração oficial em 23 de março de 1937. Seu estilo Art Déco, com linhas retas e um caráter sóbrio que tende para a simplificação, concebido pelo arquiteto Atílio Corrêa Lima, que acreditava que a sede do governo goiano deveria encarnar a racionalidade e a economia, manifestadas em uma construção robusta que atendesse às demandas da vida moderna.

 

As características distintas da arquitetura Art Déco são evidentemente presentes na geometria harmônica, na simetria da fachada e na opção por varandas semi-embutidas. O acesso centralizado por meio do hall e os acabamentos lisos com sancas de luz indireta reforçam essa estética.

 

Foram selecionados elementos que remetessem às características regionais da capital em construção naquela época. Um exemplo notável é a assinatura artística dos vitrais feitos pelo artista russo Conrado Sorgenicht, retratando assim a história social, cultural e econômica da região, incorporando elementos como cavalos, índios, motivos da flora e fauna, além do papel dos bandeirantes na exploração do Centro-Oeste brasileiro.

 

O Palácio é dividido em três pavimentos, que reservam diferentes funções para cada andar. No térreo, estão as instalações administrativas, incluindo o gabinete do governador, espaços para recepções e os salões Verde e Dona Gercina. O cinema, embora atualmente desativado, já foi um espaço ativo no governo de Ary Valadão. Nesse pavimento também se encontra uma capela destinada a reflexões familiares.

 

O segundo e terceiro pavimentos, estão destinados à residência oficial do governador. O segundo pavimento abriga a sala de refeições da família, a sala de chá e outras áreas sociais, enquanto o terceiro pavimento engloba os aposentos reservados para os familiares do governador.

 

O jardim do Palácio, é inspirado no jardim do Palácio de Versalhes, Com 17 jabuticabeiras plantadas por Dona Gercina Borges na década de 40, o pomar é uma característica marcante. Fontes de água e postes de iluminação no estilo Art Déco acentuam a beleza do jardim.

 

Ao longo dos anos, o Palácio das Esmeraldas foi palco de momentos cruciais para a história de Goiás e do Brasil em geral. Em 1988, serviu como local para o lançamento das Diretas Já, com a presença de figuras como Tancredo Neves, Ulisses Guimarães e Henrique Santillo. Também testemunhou homenagens a Ary Valadão Filho após um acidente aéreo e recebeu a seleção brasileira de futebol em 1984, quando conquistaram a medalha de Prata nas Olimpíadas.

 

Hoje, o Palácio das Esmeraldas faz parte do projeto do Circuito Cultural Praça Cívica, uma iniciativa da Secretaria de Educação, Cultura e Esporte (Seduce) que visa unir espaços históricos em um tour guiado acessível ao público. Além da residência oficial do governador, o circuito inclui a antiga chefatura de polícia (agora a sede da Procuradoria Geral do Estado), o Centro Cultural Marieta Telles Machado, a antiga sede do Tribunal de Contas do Estado e o Museu Zoroastro Artiaga. Todas essas construções datadas dos anos 30 são protegidas como patrimônio arquitetônico, e o Palácio das Esmeraldas continua a ser um marcante símbolo da nova capital de Goiás e dos momentos históricos que moldaram a região e o país.

 

Palácio das Esmeraldas Atualmente

Foto: Reprodução Marcos Aleotti /Curta Mais

 

 

Foto: Reprodução Marcos Aleotti /Curta Mais

 

Endereço:  Praça Dr. Pedro Ludovico Teixeira – St. Central, Goiânia – GO

Localização: Praça Dr. Pedro Ludovico Teixeira

Telefone(62) 3524-2000

 

Arte Decorativa em Goiânia

O Museu de Arte Contemporânea (MAC) desempenha um papel importante, abrigando não somente uma coleção de arte, mas também obras que refletem a evolução da expressão artística ao longo do tempo. 

 

A capital de Goiás traz consigo uma narrativa rica, espelhando tanto suas raízes culturais quanto sua progressão ao longo dos anos. O projeto e a concepção da cidade, como mencionado anteriormente, foram profundamente influenciados pelo estilo Art Déco. Movimento esse que desempenhou um papel de destaque na configuração visual da cidade, encontrando expressão em edificações, monumentos e espaços públicos.

 

Durante a etapa de construção da  cidade, o Art Déco estava em seu auge; edifícios e monumentos dessa época, como o Teatro Goiânia e o Palácio das Esmeraldas, exibem padrões que caracterizam o estilo. Influência essa que deixou uma marca no paisagismo da cidade até hoje. 

 

Museu de Arte Contemporânea

Foto: Reprodução: Marcos Aleotti /Curta Mais

 

Locais como Feiras de Artesanato enriquecem também a cultura da cidade, sendo muito procuradas por turistas e moradores. Permitindo adquirir peças únicas e decorativas que incorporam a autenticidade cultural. 

O desenvolvimento cultural de Goiânia absorve influências que enriquecem a identidade da cidade e sua relevância.

 

Feira do Cerrado

 

Exemplo de um, dos vários artesanatos possíveis de encontrar em Goiânia é a Feira do Cerrado, por artesãos locais. A feira também conta com uma área de alimentação.

Foto: Reprodução Instagram @feiradocerrado

 

 Artesã: Ana Paula

Instagram da artesã: @donadaflor

Telefone: 62 99151-4496

Endereço: Edif. Trend Office – R. 72, 325 – Sl 1804-1807 – Jardim Goiás, Goiânia – GO

Horário de funcionamento: aos Domingos, das 09:00h – 13:00h

 

Varanda do Ipê

 

A loja é um espaço colaborativo em que são produzidos vários artesanatos repletos de expositores. Sendo a maior loja de artesanato de Goiânia.

Foto: Reprodução Instagram @varandadoipe

 

Endereço: R. 21 – St. Central, Goiânia – GO

Telefone: (62) 99901-9628

Horário de funcionamento: Durante a semana, 08:00h – 18:00h

Sábado, 08:00h – 13:00h 

Fechada aos Domingos

O Curta Mais não se responsabiliza por eventuais mudanças. Consulte sempre antes de sair de casa!  

 

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Marco histórico e arquitetônico de Goiânia recebe feira de brechós

O Grande Hotel é uma das referências arquitetônicas de Goiânia. Como um ícone do movimento Art Déco, o hotel foi uma das primeiras construções da cidade a adotar esse estilo arquitetônico na capital de Goiás. A construção começou em 1935 e foi concluída em 23 de janeiro de 1937, data da sua inauguração.

A história de Goiânia acaba se misturando com a do Grande Hotel, visto que ele fez parte de importantes momentos para a capital. Atualmente o espaço é destinado para projetos culturais. Neste final de semana eele recebe a Feira de Brechós, que  busca dar força ao movimento da moda sustentável também no Dia dos Namorados.

Além disso,  uma pesquisa realizada pelo Globo Gente apontou que a maior parte dos brasileiros, o que corresponde a 29% de todos os entrevistados, pretendem presentear roupas. Outra pesquisa realizada pela CDL Goiânia revelou que o goianiense tem uma média de gasto de R$ 150,00 para o presente do Dia dos Namorados. 

 Com esse valor, é possível comprar um look completo no Encontro de Brechós ou até mesmo mais de um. Além disso, é uma ótima opção para encontrar a roupa perfeita para o date. No evento, há uma ampla variedade de roupas femininas, masculinas, plus size e de grife.

Além das diversas opções de compra, o Encontro de Brechós também oferece atrações musicais durante todo o dia, praça de alimentação e espaço Kids. A edição anterior, realizada no dia 24 de maio, ao lado do Grande Hotel, foi um sucesso de público, recebendo mais de 2 mil pessoas. Esta edição, que ocorrerá em dois dias, promete atrair ainda mais pessoas para o Centro de Goiânia. 

Thaís Moreira, criadora do Encontro, destaca que “o Encontro de Brechós promove a ocupação positiva do Centro da capital. É uma oportunidade única de desfrutar de um dos pontos mais tradicionais da nossa cidade e, ao mesmo tempo, contribuir com a moda circular”.

Serviço:

Encontro de Brechós especial do Dia dos Namorados

Data: 10 e 11 de junho (sábado e domingo)

Horário: 10h às 18h

Local: Grande Hotel, Rua 3 com Av. Goiás, Centro de Goiânia.

Entrada gratuita.

Goiânia: A construção da cidade planejada e seu legado arquitetônico

A cidade de Goiânia foi fundada através de intervenções políticas e sob o comando do médico, Pedro Ludovico Teixeira, nomeado interventor do estado de Goías, colocaram em prática o projeto de mudança da capital. Em 1930, a revolução liderada por Getúlio Vargas impôs uma renovação das lideranças políticas nacionais e regionais. No ano de 1932 foi organizada uma comissão que deveria realizar a escolha da melhor região para a qual a nova capital seria transferida. A escolha acabou sendo realizada em função de cidades que já existiam e, entre as opções existentes, Goiânia veio a ser definida nas proximidades da cidade de Campinas, hoje o mais antigo bairro da metrópole.  

Vista

A construção de Goiânia foi um importante marco para o desenvolvimento de Goiás, assim como para toda a região Centro-Oeste do Brasil, em razão da centralidade implementada pela nova capital, em termos políticos e econômicos. Ela foi construída de maneira planejada, com áreas residenciais, comerciais, industriais e administrativas bem delimitadas. Além disso, o centro urbano foi concebido com inúmeros parques e áreas verdes.

A partir do crescimento da mancha urbana da cidade, foram surgindo áreas de ocupação que não estavam previstas no projeto original, sendo inclusive notável na cidade, nos dias atuais, o fenômeno de conurbação com municípios vizinhos. A construção de Goiânia gerou ainda um intenso processo de migração para a região, e os vários grupos de imigrantes assentados na cidade possibilitaram o desenvolvimento local e o enriquecimento cultural goianiense.

Construída inicialmente para 50 mil habitantes, Goiânia experimentou um crescimento moderado até 1955. Entretanto, devido a uma série de fatores, como a chegada da estrada de ferro, em 1951, a retomada da política de interiorização de Getúlio Vargas, de 1951 a 1954, a inauguração da Usina do Rochedo, em 1955, e construção de Brasília, de 1954 a 1960, cerca de 150 mil pessoas já habitavam a nova capital em 1965. Apenas da década de 1960, Goiânia ganhou cerca de 125 novos bairros e tudo isso exigia mais infraestrutura, energia, transporte e escolas. 

Uma fígura importante na construção de Goiânia foi Attilio Corrêa Lima, engenheiro-arquiteto e paisagista, responsável pelo plano urbanístico da capital goiana. Ele trouxe consigo o estilo Art Déco, que estava associado ao luxo e à modernidade, além de ter se inspirado jardins no modelo das cidades-jardins do urbanismo francês para definir a estrutura de Goiânia. 

Palácio

Considerada a primeira capital planejada no início do século XX e idealizada pelo primeiro urbanista brasileiro de formação acadêmica, onde estudou Urbanismo em uma das escolas mais tradicionais, o Instituto de Urbanismo da Universidade de Paris – Sorbonne. A cidade foi um canteiro experimental da nova técnica do concreto armado, utilizado em grande escala para a construção dos primeiros edifícios modernos. É bastante relevante lembrar que Attilio trouxe além de concepções projetuais inovadoras, também técnicas construtivas ainda desconhecidas no Brasil. 

Attilio apresentou o projeto da cidade a Pedro Ludovico, que previa a organização do traçado da cidade, projetos de infraestrutura, plano diretor, projetos arquitetônicos dos principais edifícios públicos e casas para funcionários, além da estruturação administrativa. Após a execução de relatórios e da escolha do sítio, Attilio Corrêa Lima não questionou a região escolhida pela comissão técnica, que foi outra, porém discordava do local indicado para implantar a área central da nova capital. O arquiteto projetou o núcleo inicial mais próximo da rodovia (atual Avenida Anhanguera) que então fazia a ligação entre Campinas – cidade que deu apoio à construção de Goiânia – e a cidade de Leopoldo de Bulhões, onde chegava a ferrovia. 

Panorama

A cidade possui 21 bens tombados pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Entre eles estão o belo Teatro Goiânia, o Grande Hotel, o Museu Pedro Ludovico Teixeira, a Estação Ferroviária, o Palácio das Esmeraldas, entre outros. Confira abaixo alguns desses patrimônios:

Grande Hotel

Grande

Localizado no centro da cidade, o hotel foi inaugurado em 1937 e conta com 60 quartos, sendo quatro de luxos, distribuídos em três pavimentos. Considerado um dos três primeiros edifícios de Goiânia, o lugar recebeu fíguras importantes como o presidente da República, Getúlio Vargas, o antropólogo Claude Lévi-Strauss, o poeta chileno Pablo Neruda, o famoso escritor brasileiro, Monteiro Lobato, entre outros hóspedes que marcaram a história do hotel.

Da construção original resta apenas a estrutura da fachada, tendo o interior sido descaracterizado ao longo dos anos. As instalações passaram por reforma em 2004, quando o Grande Hotel sediou o evento Casa Cor. Hoje o espaço abriga o Núcleo Centro Cultural Grande Hotel, onde são realizados cursos e qualificações para jovens, adultos e crianças. O Núcleo integra também a Secretaria Municipal de Cultura (Secult).

Teatro Goiânia

cine

Inaugurado em 1942, o Teatro Goiânia é o mais nobre e tradicional espaço cultural da cidade, integrado ao conjunto arquitetônico do início da capital. Trata-se de projeto do arquiteto Jorge Félix, que o concebeu em estilo art déco. Sua construção teve início em 1940 e sua inauguração oficial se deu em 14 de julho de 1942. Anteriormente chamado de Cine-Teatro Goiânia, o local foi criado por Pedro Ludovico como parte do seu plano de desenvolvimento para a cidade. Além de contar com moderna aparelhagem cinematográfica (equipamentos importados, o que havia de mais sofisticados na época), acomodações confortáveis, o espaço que passou a ser conhecido apenas como Cine Goiânia mantinha programação de filmes nacionais e estrangeiros em sintonia com o eixo Rio-São Paulo. 

Sua última reforma, foi em 1998, com reinauguração em 28 de novembro. Na reforma geral, recebeu 100 novos lugares. Com isso, passou a acolher 710 pessoas. Outro aspecto de reforma foi a retirada da antiga lanchonete que funcionava em suas dependências, descaracterizando o projeto original. Em 2003, o espaço cultural foi tombado como patrimônio histórico pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). 

Museu Pedro Ludovico 

Museu

A construção foi realizada nos anos 30, mediante a execução do projeto de Atílio Corrêa Lima, renomado arquiteto e urbanista responsável pelo projeto da nova capital do Estado de Goiás. O casarão é um destaque na história arquitetônica de Goiânia, sendo um marco da modernidade anunciada e símbolo da ruptura com o passado colonial da antiga capital. Um mês após a morte de Pedro Ludovico em 1979, o Governo do Estado de Goías sancionou a Lei n°8690 que previa a criação de um museo em homenagem ao fundador de Goiânia, com sede na residência oficial de Ludovico.

Tem como objetivo preservar, conservar, restaurar e ampliar todo o acervo, ligado à história de Goiânia. Assim, o museu visa proporcionar ao pesquisador um ambiente propício ao resgate da memória da capital de Goiás. A casa manteve seus padrões originais como os móveis, biblioteca e os demais objetos usados pela família.

Estação Ferroviária

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Inaugurada em 1950, a antiga Estação Ferroviária de Goiânia funcionou até a década de 1980, recebendo trens de cargas e passageiros da Estrada de Ferro Goyaz. Ela é um dos mais importantes edifícios representativos do Acervo arquitetônico e urbanístico Art Déco de Goiânia, tombado pelo Iphan desde 2002. O pavimento central do edifício possui dois relevantes afrescos de autoria de Frei Nazareno Confaloni, pintor e muralista, reconhecido como pioneiro da arte moderna em Goiás. 

Créditos da imagem de capa: Michel

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Primeiro hotel de Goiânia nasceu luxuoso e se tornou point da alta sociedade da cidade

A construção do primeiro hotel de luxo em Goiânia começou no ano de 1935,  mas a construção só foi entregue em janeiro de 1937. O Grande Hotel Goiânia foi um dos três primeiros prédios da cidade. 

 

Uma combinação de estilos modernistas com habilidade fina e materiais ricos, o hotel é um simbólico prédio do movimento arquitetônico Art Déco. Em sua inauguração, o Grande Hotel era um monumento que representava luxo, glamour e exuberância. Para os cidadãos goianos era sinal de crescimento social, econômico e tecnológico.

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O prédio conta com 60 quartos no total, distribuídos em três pavimentos. Dentre essa dezena de quartos, quatro deles são de alto luxo.  O restaurante-bar se tornou, na época, o ponto de encontro da sociedade goianiense.

 

Foi posicionado estrategicamente, entre as principais avenidas Tocantins, Araguaia e Independência, contendo dois eixos, a Avenida Goiás e a Avenida Anhanguera.

 

Em 1991, o hotel foi tombado como Patrimônio Histórico e Cultural de Goiás, sendo um dos 20 bens formadores do patrimônio do estilo arquitetônico do estado.  O local Foi tombado como patrimônio histórico de Goiânia pelo IPHAN em 18 de novembro de 2003

 

Por muitos anos, o hotel foi símbolo importante do centro de Goiânia. Um grande polo cultural, hospedou inúmeros visitantes que chegavam à cidade, seja a passeio ou a negócios. O hotel tinha a capacidade de proporcionar o ambiente ideal para que os artistas se encontrassem com um público desprovido de formalidades. 

 

Durante as noites, Maria Nazaré Jubé Jardim tocava piano para animar as reuniões que aconteciam no interior do hotel e fazer com que o público se sentisse acolhido. Os eventos sociais eram frequentes nos salões do Grande Hotel, principalmente nos sábados a noite. 

 

Ao longo dos anos, o local foi perdendo sua identidade arquitetônica e cultural. No ano de 2004 as instalações passaram por reformas para receber a Casa Cor. De sua construção original só resta a estrutura da fachada. 

Hoje o espaço abriga o Núcleo Centro Cultural Grande Hotel, onde são realizados cursos e qualificações para jovens, adultos e crianças. O Núcleo integra a Secretaria Municipal de Cultura (Secult).

 

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Goiânia recebe espetáculo gratuito com apresentações de danças livres

A Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Cultura (Secult), recebe, nesta quinta-feira (24/03), no Museu de Arte de Goiânia (MAG), localizado no Bosque dos Buritis; e nesta sexta-feira (25/03), no Grande Hotel, na Rua 3, Centro; o espetáculo de dança mineiro “Cartografias”, às 20h, nos dois dias. Apresentações são gratuitas.

O espetáculo é apresentado ao ar livre pelo Grupo Contemporâneo de Dança Livre. Projeto, inspirado em obras literárias de escritoras indígenas, é financiado pelo Edital Funarte de Circulação Centro Oeste, e também será apresentado em prédios históricos de Campo Grande (MS).

Para o prefeito Rogério Cruz, é uma honra receber o “Cartografias” em dois polos culturais da Capital. “O nosso querido Museu de Arte de Goiânia e o nosso patrimônio cultural, Grande Hotel, serão palcos de uma obra de arte de realização e reconhecimento internacional. São 30 minutos que nos permitirão apreciar o encontro cultural de vários países de forma híbrida e simultânea”, afirma.

‘Cartografias’ é uma obra de improvisação em dança, com duração de 30 minutos, construída a partir do seguinte tripé: investigação de novas formas de territorialidade, intercâmbios à distância entre os artistas convidados, e o trabalho com poemas escritos por mulheres indígenas latino-americanas: Graça Graúna (Brasil), Graciela Huinao (Chile), Irma Pineda (México) e Yenny Muruy Andoque (Colômbia).

As apresentações acontecem de forma híbrida: enquanto os bailarinos Duna Dias e Leonardo Augusto realizam sua performance presencialmente, serão projetadas imagens de 17 artistas convidados de cinco países da América Latina – Brasil, Costa Rica, Colômbia, México e Peru – dançando e se apresentando simultaneamente. Objetivo é promover diálogo entre o corpo, a cidade, seus cruzamentos e ressignificações por meio da dança. A trilha sonora original é da artista argentina Sofi Álvarez.

O secretário de Cultura, Zander Fábio, pontua a importância de Goiânia ser escolhida para apresentação de grupo com tamanha bagagem. “Uma grande oportunidade de intercâmbio e troca de experiência para a nossa arte. A prefeitura já promove festivais com participações internacionais de grupos de dança, teatro, e a nossa intenção é ampliar cada vez mais, disseminando potencial e espalhando cultura por todos os cantos da nossa cidade”, ressalta o secretário.

Grupo Contemporâneo de Dança Livre

Originário de Minas Gerais, o Grupo Contemporâneo de Dança Livre trabalha com processos colaborativos, pesquisa e criação em dança contemporânea para palco e rua desde 2010, e já participou de diversos festivais e projetos no Brasil e em países como Inglaterra, Escócia, Argentina, Portugal, França, Bélgica, México, Panamá, Colômbia, Costa Rica, Guatemala e Peru.

Integrante do grupo, Duna Dias explica que o projeto nasceu da possibilidade de investigar a dança a partir de relações, discussões, compartilhamentos e observações coletivas, de modo a promover intercâmbio de experiências entre diferentes vias. “Assim, podemos ampliar o ângulo de perspectiva do que é criado em dança hoje. Além disso, o projeto é derivado de experiência que o grupo viveu durante dois anos da pandemia, quando isolados em suas casas, dançarinos e outros artistas se reuniam de forma online para dançar e se apresentar em lives”, afirma a artista.

 

SERVIÇO:

Assunto: Espetáculo mineiro “Cartografias”, com apresentação de dança presencial e virtual simultânea
Data e Hora:
24/03 – quinta feira – 20h | MAG – Museu de Arte de Goiânia – Bosque dos Buritis
25/03 – sexta feira – 20h | Grande Hotel Goiânia – Rua 3, Centro
Classificação Livre

 

Foto: Divulgação/ Secult

Abertas as inscrições para formação musical gratuita em instrumentos e canto coral em Goiânia

A Prefeitura de Goiânia abre inscrições para formação musical gratuita em instrumentos e canto coral. São 140 vagas para crianças a partir de 8 anos, adolescentes, jovens e adultos, sendo oito reservadas para musicalização inclusiva. Cadastros devem ser feitos por formulário disponibilizado na internet até o dia 10/03.

As turmas terão aulas presenciais sediadas no Grande Hotel, na Rua 3, e na sede da Orquestra Sinfônica de Goiânia, no Edifício Parthenon Center, ambos no centro da capital. São oferecidos cursos de violão, violino, viola clássica, saxofone, flauta transversal, musicalização, canto coral, flauta doce e teclas (teclado, piano e cravo).

As aulas têm início no dia 14/03 e seguem até meados de julho, nos períodos matutino e vespertino. Com o objetivo de incluir trabalhadores do centro, também são disponibilizadas turmas no horário de almoço (12h às 14h). Os professores responsáveis pela formação são bolsistas da Rede Municipal de Núcleos Musicais de Goiânia, departamento educacional da Orquestra Sinfônica de Goiânia.

Para o prefeito Rogério Cruz, os cursos integram a proposta de democratizar o acesso à cultura em Goiânia. “Nossa Orquestra realiza um belo trabalho e essa é uma oportunidade para quem quer se aprimorar na música e no canto. A música faz parte de minha vida e é um remédio diário. Quando o projeto me foi apresentado, o apoiei de prontidão e continuo a incentivar iniciativas como esta, pois permitem que a arte se torne cada vez mais acessível aos goianienses”, disse o prefeito.

O secretário municipal de Cultura, Zander Fábio, explica que este é um projeto experimental que analisará a demanda de matrículas, tendo as aulas no horário de almoço para trabalhadores do centro como um dos diferenciais. “A depender da procura, a formação continuará nos próximos semestres, com mais vagas”, informa.
 
Inclusão

Do total das 140 vagas, oito são de musicalização inclusiva para pessoas com Síndrome de Down a partir de 8 anos. O titular da Cultura apresenta o músico e professor Maxwel Amaral, integrante da Rede Municipal de Núcleos Musicais de Goiânia.

“Maxwel desenvolve pesquisa na área da formação musical inclusiva e trará suas experiências e ensinamentos aos alunos da inclusão”, explica. Segundo Zander Fábio, o objetivo é que, nas próximas turmas, o quantitativo de vagas inclusivas seja ampliado.
 
Inscrição e confirmação

A inscrição para os cursos é feita pela ficha disponível no link  https://forms.gle/MFeBpkiNrCA5C2uz5. O documento contém informações sobre turmas e horários. As vagas são preenchidas por ordem de inscrição e a lista de alunos selecionados será publicada no dia 11/03 no endereço: www.orquestrasinfonicadegoiania.org/processo-seletivo. Os alunos selecionados também serão comunicados via e-mail.

 

Imagem: Secult

Galeria pluvial construída na década de 1930 é encontrada em Goiânia durante obras do BRT

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em Goiás (Iphan) encontrou uma galeria pluvial construída na década de 1930, em frente ao Grande Hotel, localizado no Centro de Goiânia.

 

A estrutura feita de barro com cerca de 100 milímetros de diâmetro estava escondida sob uma fina camada de concreto e foi encontrada enquanto planejavam a instalação de novas tubulações para o escoamento de águas durante as obras do Bus Rapid Transit (BRT). A localização exata da estrutura estava situada em frente onde ficava a lavanderia do hotel.

 

De acordo com a arqueóloga responsável pela pesquisa, Elaine Alencastro, trata-se de uma galeria de águas pluviais, fabricada na mesma época de construção do Grande Hotel, um dos primeiros edifícios construídos no estilo Art Déco e que se tornou importante para a história de Goiânia.

 

O que intrigou os profissionais durante a descoberta é que o achado foi feito em uma época em que ainda não existia tratamento ou escoamento de esgoto na capital. Para a arqueóloga, a construção que tem relação com a mesma época de Pedro Ludovico Teixeira, foi uma ideia visionária e planejada. “A preocupação dos engenheiros responsáveis pela construção do Grande Hotel demonstra que eles estavam completamente alinhados, não só com os aspectos estéticos da época, mas também com os ideais de saneamento público já consolidado na Europa”, afirma Alencastro.

 

Como forma de preservar a estrutura e realizar futuras pesquisas, a parte externa da estrutura foi vedada com um material especial e revestida por camadas de areia e brita, já previstas no projeto de pavimentação. Este método tem o objetivo de permitir que futuras gerações tenham acesso e também tenham interesse em realizar estudos sobre o achado histórico.

 

Agora, as pesquisas arqueológicas previstas no licenciamento ambiental do corredor Norte-Sul do BRT devem ocorrer até julho deste ano. E com isso, o Iphan aguarda o relatório final do ArqLogus, documento que é público e fica acessível a todos os interessados;

 

O Grande Hotel foi inaugurado em 1937 e faz parte do acervo arquitetônico e urbanístico da capital goiana. No ano de 2003, ele foi tombado pelo Iphan com a finalidade de preservar a história de Goiânia.

Obras do BRT em Goiânia (GO) revelam estruturas do início da capital
Foto: Governo de Goiás/Reprodução

 

Grande Hotel de Goiânia é inaugurado em 1937 — Foto: Hélio de Oliveira  Acervo/ Divisão de Patrimônio Histórico da Secretaria Municipal de Cultura
Inauguração Grande Hotel em 1937. Foto: Hélio de Oliveira Acervo/Reprodução

 

Prédio do Grande Hotel, no Centro de Goiânia, deve ser requalificado
Grande Hotel nos dias de hoje. Foto: André Costa/Reprodução

Grande Hotel tem ‘Serenata de Natal’ com apresentações diárias em Goiânia

A Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Cultura (Secult), realiza até o dia 20 de dezembro, no Centro Cultural Grande Hotel, a Serenata de Natal. Para celebrar o mês natalino, a Orquestra Sinfônica de Goiânia faz apresentações diárias, às 12h30, 17h30 e 18h30, com diversos grupos de músicos da orquestra, corais, bandas e instrumentistas.

Serviço

Onde: Grande Hotel – Av. Goiás, 462 – St. Central, Goiânia

Quando: Até o dia 20 de dezembro

Horários: 12h30, 17h30 e 18h30 

Entrada gratuita

 

Confira a programação: 

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Nesta sexta-feira (16 de agosto) tem Chorinho na porta do Grande Hotel em Goiânia

O Festival agora é quinzenal e esta será a quarta edição da temporada 2019 do Grande Hotel Vive o Choro, que vai até novembro.

Nesta semana o festival traz Trio Casca Grossa às 19:30 e Dona da Roda às 20:45.

O festival tem entrada gratuita e acontece no coração do centro de Goiânia, na Av Goiás com a rua 3, na calçada do Grande Hotel.

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SERVIÇO

Grande Hotel Vive o Choro 
Onde: Grande Hotel (Av Goiás c/ rua 3, centro)
Quando: Sexta-feira, 16 de agosto
Horário: 19:30h
Entrada Franca
Informações: @chorinhogyn

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Vocalista do Mr. Gyn se apresenta no Grande Hotel em Goiânia com entrada gratuita

O goianiense Anderson Richards, vocalista e fundador da banda Mr. Gyn, apresenta seu show solo no tradicional Grande Hotel Vive o Choro nesta sexta-feira, 14.

Promovido pela Secult, o evento reune vários artistas de nossa capital, misturando estilos e trazendo música, lazer e cultura de forma gratuita.

Nesta edição, o evento abre com o show do Grupo Diabo a Quatro, passa pelo show do grande violeiro, cantor e compositor Almir Pessoa e encerra com o show acústico de Andreson Richards, que se apresenta acompanhado pelos músicos Marcos César na bateria e Marcelo Dinelza no violão.

SERVIÇO

Data: 14 de setembro (sexta)

Horário: 21h

Local: Grande Hotel – Av. Goiás, esq. com Rua 3, Centro)

Entrada Gratuita.

Imagem: Divulgação

Chorinho retorna à calçada do Grande Hotel em Goiânia com entrada gratuita

O Grande Hotel Vive o Choro, ou para os mais íntimos, o Chorinho, é o maior evento de rua de Goiânia e acontece na calçada do Grande Hotel, histórica construção Art Déco da capital.

O evento reúne semanalmente cerca de 2 mil pessoas, segundo sua produção, para ouvir choro e samba.

Tradicional, o evento é produzido pela Secretaria Municipal de Cultura de Goiânia e Prefeitura de Goiânia. Na temporada 2019 o festival acontece quinzenalmente (sexta-feira sim, sexta-feira não) e nesta sexta-feira (22/11) será o último Chorinho da temporada 2019, que começou dia 5 de julho e teve 11 edições.

Nesta despedida o evento vem com uma programação especial, com três shows.

19h15 Fausto Noleto – Choro

20h15 Hugo Baltazar e Caramuru Brandão – MPB

21h Coró de Pau – Samba 

Fausto Noleto, um dos músicos mais tradicionais do samba da capital, desta vez fará um show especial de chorinho com uma super banda, mostrando toda a diversidade sonora da música brasileira. 

Hugo Baltazar e Caramuru Brandão farão um dueto de violões e voz, muito bem acompanhados de Marcelo Maia, no baixo e de bateria, para fazer um repertório especial e suingado na despedida do Chorinho. 

E para fechar a noite, o bloco mais tradicional dos carnavais de Goiânia, o Coró de Pau vem em dose dupla para a avenida Goiás. A banda Coró de Pau e o Bloco percussivo farão o último show do Chorinho prometendo muito ritmo e alegria. 

Então prepare-se para essa grande noite pois o Chorinho está se despedindo de 2019 e vai colocar o bloco na rua pra deixar saudade!

O Chorinho tem entrada franca e começa sempre as 19:30, acabando às 22h, pontualmente.

SERVIÇO

Grande Hotel Vive o Choro 
Onde: Grande Hotel (Av Goiás c/ rua 3, centro)
Quando: Sexta-feira, 22 de novembro de 2019
Horário: 19:30h
Entrada Franca
Informações: @chorinhogyn

Foto capa: Guilherme Narciso

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Grande Hotel de Goiânia celebra 81 anos de história

Se tem um lugar que guarda muitas histórias é o Grande Hotel, na Avenida Goiás esquina com a Rua 3, no Centro de Goiânia. Inaugurado após 3 anos da capital,  no dia 23 de janeiro de 1937, o prédio é considerado Patrimônio Cultural de Goiânia pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan, desde 2003.

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Foi uma das mais importantes construções dos anos 30, influência Art Déco, e hospedou pessoas ilústres que vinham a Goiânia. Há registros que o Grande Hotel já recebeu o poeta chileno Pablo Neruda, o grande escritor brasileiro Monteiro Lobato e vários outros escritores brasileiros importantes.

Aos 81 anos, O Grande Hotel não funciona mais como um hotel. Hoje concentra museu e um centro cultural, onde funciona a Biblioteca Municipal Infantil e Juvenil. Embora o monumento tenha passado por restauração, seu projeto inicial foi preservado na fachada. Curiosamente, o Grande Hotel possui 60 quartos e o tom rosa que colore as paredes ainda é a mesma desde 1937.

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Nos últimos 5 anos, o Grande Hotel tem sido espaço para atividades cultural, como o Chorinho todas as sextas-feiras. Além disso, o local já recebeu eventos de rock, reggae, rap, sounds system, MPB, campeonatos de skate, lançamento de livros e foi cenário de clipes musicais. Esse agito todo vem desde os tempos em que o hotel recebia bailes e era local de comemorações dos goianienses. 

 

Informações: Secult.

O esquenta do carnaval já começou no ‘Chorinho’ em Goiânia

Quem vive o Choro no Grande Hotel há anos sabe que o evento é diversão garantida nas noites de sextas-feiras em Goiânia. Este ano a programação está pra lá de especial, reunindo não só atrações do tradicional Chorinho, mas também ritmos que embalam o público goianiense. Bandas de reggae, samba e afluentes da música popular brasileira que se apresentam no evento tem transformado a atmosfera do centrão em um pré-carnaval de rua. O evento é gratuito, a partir das 19h, e acontece na calçada do Grande Hotel, na Av. Goiás, Centro.

Na próxima sexta-feira, dia 26, completam-se 24 edições do Chorinho. O evento é tão marcante que já tem feito parte da programação de final de semana do público. É tipo um pocket festival de MPB com um quê carnavalesco pra divertir qualquer folião. Toda sexta começa com um grupo de choro para aquecer, às 19h. Lá pelas 20h, se apresentam músicos com as melhores canções da MPB, que flertam com xote e outros ritmos. O evento encerra sempre com um show de samba, que mistura samba rock, reggae e por aí vai. Impossível não se divertir!

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O evento tem acontecido ininterruptamente desde agosto de 2017 e recebe, em média, 2 mil pessoas a cada evento. Entre elas, o carismático carioca Severino Monteiro, de 66 anos, que vive em Goiânia há 18 e é um frequentador assíduo do Chorinho. Para ele, o sucesso do evento é percebido a cada nova edição.

“Isso é confraternização e Goiânia precisa disso. Aqui só tem bar como entretenimento. Precisamos ocupar as ruas e esse é o resultado. O Chorinho é o carnaval de Goiânia e será todo ano aqui”, prevê o animado aposentado, embalado no último chorinho (19) ao som de canções que o fazem lembrar sua terra natal.

Um evento de tradição e alegria

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Com produção de Marley Costa Leite e Oscar Wilde, o Chorinho começou em 2007, dentro do Grande Hotel como Grande Hotel Revive o Choro, com tradicionais grupos de choro e um ambiente clássico tradicional. O projeto cresceu tanto que ganhou a calçada do monumento histórico de Goiânia.
Em 2011, quando Carlos Brandão assumiu a produção do Chorinho, o projeto passou a englobar MPB e SAMBA, atraindo mais público e ficando no formato festivo que está hoje.

“A gente faz uma atividade para o público, peço para os músicos trazer um repertório popular. As pessoas vêm pra cantar junto e o pessoal tem participado. É alegria, a cidade precisa de alegria”, diz Brandão, produtor do evento.

Quem estiver em Goiânia na sexta-feira durante o feriado de carnaval, a equipe do Chorinho vai distribuir máscaras e confetes para deixar o evento ainda mais festivo. Participe!

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Serviço:

Grande Hotel Vive o Choro
Quando: Todas as sextas-feiras
Horário: a partir das 19h
Onde: Grande Hotel na Av. Goiás, esquina c/ Rua 3, Centro
Entrada Franca!

Fotos: Délcio Gonçalves