Conheça a cidade goiana onde o cerrado sussurra lendas e os lagos espelham o céu de Goiás

 

Localizada a 280 km de Goiânia e 270 km de Brasília, Uruaçu, cujo nome em tupi-guarani traduz-se como “pássaro grande”, é uma cidade que combina rica herança cultural com belezas naturais espetaculares. Além de estar convenientemente posicionada na Rodovia Belém-Brasília (BR-153), este município de Goiás se destaca no cenário nacional com o Lago Serra da Mesa, um dos maiores lagos artificiais do país.

Patrimônio e História

Fundada originalmente como Sant’Ana em 1931, Uruaçu ganhou sua atual denominação em 1953. A cidade, que começou como um simples povoado, viu um crescimento robusto após a inauguração da BR-153 nos anos 50. A história de Uruaçu é preservada em locais como o Museu Prada Carrera e o Centro Cultural Quilombola Uruaçu, que valoriza a cultura afrodescendente.

A tradição é vivamente retratada no Memorial Serra da Mesa, considerado patrimônio nacional. Este espaço recria, em tamanho natural, aldeias indígenas da Tradição Uru e uma vila cenográfica, capturando a essência urbana da época.

Aventuras Naturais

O Lago Serra da Mesa é apenas o começo do que Uruaçu tem a oferecer em termos de belezas naturais. Cachoeiras, trilhas, parques como o Parque das Araras e o Parque dos Buritis, além de praias como a Praia Generosa, aguardam os visitantes. A cidade é um convite à exploração, seja a pé, de bicicleta através da Ciclovia do Cerrado, ou até mesmo de barco.

Conexões e Geografia

Uruaçu não é apenas privilegiada pela sua proximidade com capitais, mas também pela sua interligação a outras cidades do norte goiano, graças à sua localização estratégica na BR-153 e GO-237.

Cultura Vibrante

Uruaçu pulsa com vida cultural. Seja nas festividades tradicionais, na arte do artesanato local representada pelas Marias-Negras, ou nas feiras como a Feira do Sol, a cidade tem algo para todos.

Esporte na Veia

Para os entusiastas do esporte, Uruaçu não desaponta. O futebol é uma paixão local, representada pelo Uruaçu Futebol Clube (UFC), mas o esporte na cidade vai além, com clubes e associações promovendo uma variedade de atividades, desde natação a ciclismo.

Descobrir Uruaçu é se aventurar por riquezas históricas, culturais e naturais no coração do Brasil. Uma cidade que tem tanto a ensinar quanto a deslumbrar.

História

Sua história começa no ano de 1910 quando o Cel. Gaspar Fernandes de Carvalho comprou uma fazenda enorme para abrigar seus filhos, parentes e empregados. Terras a perder de vista cheia de índios, animais silvestres e muitos ciganos.

A origem do povoamento desta região foi à fazenda Passa Três, adquirida pela família Fernandes, e situada no interior do Município de Pilar de Goiás, à margem da estrada real de tropeiros e comerciantes procedentes do sul. Por sua localização, atraiu rapidamente numerosas famílias das regiões vizinhas. 

Hoje Uruaçu é o berço da cultura goiana com suas dezenas de Folias, grupos de danças quilombolas, ciganas e indígenas. Muitos escritores, artistas plásticos e artesãos registram as belezas da antiga Santana. A cidade cresceu economicamente também e hoje as ruas são um verdadeiro burburinho de automóveis e pessoas que circulam enriquecendo a paisagem da terra do Lago de Serra da Mesa.

 

Para aguçar a curiosidade de conhecer o local, listamos os principais atrativos de Uruaçu, com fotos, confere aí…

 

Lago Serra da Mesa

Foto: Guia do Turismo Brasil

Os rios Maranhão e das Almas foram represados para a construção da Usina Hidrelétrica de Serra da Mesa. Se situa em Minaçu, mas a água banha outros 10 municípios, Uruaçu é um deles.

Além de vários impactos ambientais na região, o lago trouxe muito investimento em turismo na região, praias se formam e loteamentos são feitos. Muitos vão para a pesca, outros para a festa.

 

Memorial Serra da Mesa

Foto: Museu Cerrado

O Memorial foi construído com o objetivo de resgatar a história da região impactada pela construção do Lago de Serra da Mesa: as cidades de Niquelândia, Colinas do Sul, Campinorte, Minaçu e Uruaçu. Também tem como proposta, promover a educação ambiental e ser um centro de referência da cultura goiana, especialmente da região de Serra da Mesa. As obras ocupam uma área de 20 mil metros quadrados, próxima do Lago Serra da Mesa e da rodovia GO-237, que liga Uruaçu a Niquelândia.

 

Praia Generosa

Foto

Foto: Diêgo Martins

A praia de água doce fica às margens do Lago Serra da Mesa e é palco de muitas festas, em época de temporada, além de opção de lazer para os uruaçuenses durante o ano inteiro.

 

Cachoeira Zé Mineiro

Cachoeira do Zé Mineiro - Foto: Silvio Quirino - Foto: Goiás Turismo

Foto: Silvio Quirino

 

Cachoeira Dona Nina

Cachoeira Dona Nina - Foto: Silvio Quirino - Foto: Goiás Turismo

Foto: Silvio Quirino

 

Quer receber nossas dicas e notícias em primeira mão? É só entrar em um dos grupos do Curta Mais. Basta clicar AQUI e escolher.

Foto de Capa: Leve na Viagem

Conheça a cidade goiana que guarda o boi dourado

**Anicuns, a Cidade Goiana Guardiã do Mítico Boi de Ouro**

 

Anicuns é daquelas cidades que carregam o passado em suas ruas e lendas. Localizada a 79 km de Goiânia e 290 km de Brasília, este tesouro goiano guarda histórias da época do ouro e uma fascinante conexão com a tribo indígena Guanicuns.

 

O desbravador Bartolomeu Bueno da Silva Filho, o “Anhanguera”, no século XVIII, fixou um posto na região para servir de apoio aos viajantes. Mas foi o encontro com a tribo Guanicuns e seus reluzentes colares de pepitas de ouro que deu origem à febre do ouro em Anicuns. Infelizmente, por volta de 1809, o garimpo sofreu declínio devido à complexidade da extração e falta de maquinário.

 

Uma lenda mágica ecoa nas conversas dos moradores até hoje: o Boi de Ouro. Imagina-se que uma vasta figura bovina, feita inteiramente de ouro, repousa no fundo da mina, com seus chifres dourados espreitando pela lama. Uma estátua desse boi majestoso recebe os visitantes logo na entrada da cidade, mantendo viva a história.

 

Hoje, Anicuns, com pouco mais de 20 mil habitantes, tem sua economia baseada na pecuária, comércio, agricultura e na indústria do álcool e açúcar. O mosaico religioso local, dividido entre católicos e evangélicos, traz consigo festas e tradições que enriquecem ainda mais a cultura local.

 

Para os amantes da natureza, Anicuns tem atrativos encantadores. Desde o Balneário do Tombador, onde a tranquilidade de um banho de rio espera por você, até as adrenalinas das cachoeiras locais. Exploradores de cavernas e grutas também encontrarão refúgios naturais incríveis para se aventurar.

 

Durante junho, os rios de Anicuns se animam com competições nacionais de canoagem. E para quem quer desfrutar mais dessa cidade incrível, a Secretaria de Turismo local está sempre à disposição para orientações e dicas.

 

Anicuns é um município que pertence à Região Centro-Oeste do Brasil, especificamente no interior do estado de Goiás. Situa-se a 74 km de Goiânia e a 282 km de Brasília. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2019), sua população é de 21.850 habitantes. Contudo, entre março e dezembro, a população flutuante pode chegar a um adicional de cerca de 4.000 pessoas, principalmente devido à contratação de funcionários pela empresa Anicuns S/A.

 

A cidade de Anicuns tem uma economia diversificada. Emprega cerca de 3.500 pessoas nas indústrias locais, como a Usina de Álcool Anicuns S/A, Açúcar Ecoçúcar, várias fábricas de calçados, a Couronaza, o Sabão Geo, a West Side, a Cachaça Atitude e um grande frigorífico. Graças a essas empresas, o município possui uma arrecadação anual robusta de cerca de 29 milhões de reais, ostentando a maior arrecadação per capita da Microrregião (dados do IBGE, 2014).

 

Em termos de transporte, Anicuns é servida por duas rodovias estaduais, a GO-156 e a GO-326. Além disso, a cidade tem um aeroporto com pista asfaltada de 1.250m, preparado para receber aeronaves de médio porte, embora nenhuma companhia aérea opere ali.

 

A história de Anicuns é profundamente enraizada na exploração do ouro no século XVIII. A cidade, que uma vez foi uma grande fazenda pertencente a José Benedito Peixoto (Juca Peixoto), emergiu como uma rota para a Cidade de Goiás. A sua designação “Anicuns” foi inspirada na tribo indígena Guanicuns, que caçava pássaros de rica plumagem com o mesmo nome.

 

Em relação à educação, Anicuns orgulha-se de abrigar a Faculdade de Educação e Ciências Humanas de Anicuns, que é a primeira do tipo na região. Ela oferece 8 cursos de graduação e tem uma população estudantil de cerca de 1.500 alunos de 44 municípios vizinhos.

Anicuns também é um refúgio para entusiastas da natureza e do turismo. A cidade abriga locais como o Lago Municipal de Anicuns (Lago do Sol), o Bosque Municipal, a Praça do Terminal Rodoviário e várias formações espeleológicas. Além desses, a cidade também tem balneários naturais e locais adequados para esportes aquáticos, como canoagem.

Se você busca um lugar com uma rica tapeçaria de história, cultura e belezas naturais, Anicuns, com sua mistura de antigo e novo, é definitivamente um destino a ser considerado. Seja pela lenda do Boi de Ouro, pelas corridas de canoagem ou simplesmente pelo ambiente pacífico e acolhedor, Anicuns promete ser uma experiência inesquecível para qualquer visitante.

 

*

Primeiro estudante com síndrome de Down da Universidade de Jataí conclui graduação em geografia

Um marco para a educação goiana, Kallil Assis Tavares, de 30 anos, é o primeiro estudante com síndrome de Down a se formar na Universidade Federal de Jataí (UFJ), no sudoeste goiano. Ele cursou geografia e significou muita inclusão e inspiração dentro da universidade.  

Kallil foi aprovado para o curso em 2012 e entrou pela categoria de ampla concorrência, no vestibular tradicional da instituição. Após ingressar, a universidade precisou se adaptar, entre as mudanças, a UFJ ofereceu uma professora de apoio para dar suporte ao estudante durante a graduação.

Em entrevista para a TV Anhanguera, o diretor da Unidade de estudos geográficos da UFJ, Willian Ferreira, narrou que a passagem de Kallil foi um marco. “Ele nos ensinou muita coisa que vai ficar gravado para essa instituição e para o ensino superior público do Brasil”, afirma.

A mãe do recém geógrafo, a pedagoga Eunice Tavares, contou que a conquista do filho é uma grande vitória para a família, que o apoiou com muita união. Ela reforça que o suporte seguia o tempo de Kallil, sem pressioná-lo.

A geógrafa Marlene Flauzina Oliveira, explica que além da ajuda durante as aulas, os professores precisavam adaptar o conteúdo e as avaliações. Contudo, ela alegou à TV Anhanguera que Kallil era um estudante muito esforçado.

“Ele é um aluno muito dedicado, apesar da dificuldade de concentração, ele prestava atenção. Quando tinha atividade para casa, não descansava enquanto não terminava. Ele entendia que era um ambiente de muita responsabilidade”, fala a professora.

Eunice confirma a dedicação do filho, menciona que ele não parou de estudar desde que entrou na universidade e agora percebe a mudança na rotina. “A gente está se adaptando à nova realidade, ele está sentindo falta dos estudos que eram constantes”, pontua.

A mãe de Kallil confessa que ainda não conversou com o filho sobre o futuro na carreira, mas que está considerando o ritmo dele, sem pressa.

Para Marlene, as adaptações na graduação do geógrafo serviram de base para a construção de uma educação inclusiva, mas conta que, no início, enfrentou desafios. “Foi um momento de aprendizado e crescimento profissional e pessoal, mas também de dificuldade, eu não tive formação para ser professora de apoio, eu fui com a cara e a coragem e fui descobrindo junto com o Kallil”, lembra.

A professora de apoio, que acompanhou o estudante por tanto tempo, acredita que Kallil mudou sua profissão e incentivou o avanço na educação inclusiva em Goiás.

“Além do crescimento, eu acho que nós temos que aprender muito e aplicar a educação inclusiva, que ela é necessária, as pessoas com deficiências físicas e intelectuais têm o direito de ir para uma faculdade e têm capacidade”, fala.

 

Imagem: Reproduzida da Internet | Créditos: G1

Linha de Tordesilhas passa por Olhos D’Água em Goiás

Este é o assunto que move as rodinhas de prosa na pequena Olhos D’Água, distrito de Alexânia (GO) e ganhou destaque no Correio Braziliense. Se bem trabalhado, o assunto pode virar atrativo turístico e render bons dividendos econômicos para a região que fica no entorno de Brasília. Segundo o jornal, a descoberta tem confirmação no livro “História de terra e do homem no Planalto Central” do historiador Paulo Bertran (1948-2005), um dos maiores estudiosos da pré-história de Goiás e do Distrito Federal, constam mais detalhes da linha no Planalto Central, como sua exata localização. Ela coincide com o Meridiano 48º35’25’’, que passa em Olhos D’Água. Dali, segue pela Serra dos Pireneus, cujo pico mais elevado mede 1.385m acima do nível do mar.

Sob a serra, fundaram-se as goianas Pirenópolis e Corumbá. A serra serve ainda de espigão divisor das águas das bacias dos rios da Prata e Araguaia-Tocantins. A Linha de Tordesilhas surgiu do Tratado de Tordesilhas, que, de 1498 a 1750, serviu de limite territorial entre os domínios coloniais dos portugueses e dos espanhóis no continente americano.

O Tratatado de Tordesilhas: limite territorial entre os domínios coloniais dos portugueses e dos espanhóis no continente americano.

Descoberta confirmada no livro “História de terra e do homem no Planalto Central” do historiador Paulo Bertran.

Mas, enquanto o povoado de Corumbá foi fundado em terras de Portugal por uma bandeira dominada por paulistas em sua maioria de origem espanhola, o arraial de Meia Ponte — atual Pirenópolis — foi erguido em terras da Espanha por uma bandeira liderada por portugueses. Já o povoado de Santo Antônio de Olhos D’água nasceu vinculado a Corumbá.

Bar e museu

Por anos, Olhos D’água era conhecido apenas pelo estereótipo de destino hippie e pela tradicional Feira do Troca. Agora, faz fama internacional com o rico artesanato e atrai muito trabalhador e aposentado cansado da correria da cidade grande. Gente que habita os casarões coloridos da vila, onde os vizinhos são acolhedores e fazendas próximas conservam cachoeiras inexploradas.

No entanto, a maioria dos turistas desconhece a relação do lugarejo com a Linha de Tordesilhas. Além de consultar o livro de Bertran, quem quiser saber mais dessa história basta dar um pulo no Bar Museu, em frente à Praça Santo Antônio. O minúsculo estabelecimento expõe em suas paredes, em meio e sobre as mais de 200 garrafas de cachaça com raízes variadas, recortes de jornais sobre a linha.

O museu e bar rústicos não têm mesas nem cadeiras. Apenas um velho e gasto balcão de madeira e uma banco igualmente maltratado. Mas é possível passar horas ali conversando com a dona, Cecília Machado, 60 anos. Na verdade, ouvindo mais do que falando, pois ela tem muitas histórias para contar. Algumas, sem muito nexo. Outras, curiosas, divertidas.

Olhos D’Água: novo refúgio brasiliense em Goiás.

Idas e vindas

A paulista mudou-se com os pais e os cinco irmãos para Goiás quando tinha 12 anos. O pai comprou duas vendas perto de Brasília, mas acabou morto com tiros nas costas, na época da construção da capital, em circunstâncias não explicadas pela filha. Ela se casou com um marinheiro que conheceu no Rio de Janeiro. Passou 15 anos viajando com ele Brasil afora.

Após a morte do primeiro marido, decidiu se casar com outro, há 12 anos. Com ele, voltou a em Olhos D’água, em 2002, quando montou o bar, em um casebre construído em 1937. Passou a misturar cachaça a raízes compradas em cidades próximas. Criou mais de 200 variedades de bebidas, mais conhecidas como garrafadas. Ela, jura, curam de quase tudo. Vende a garrafa de três litros a R$ 80.

Contudo, é preciso seguir as instruções da inventora. “Não é qualquer um que faz uma bebida dessas. Tem que saber marcar o dia, a lua e as quantidades, senão explode. Isso é igual a uma bomba atômica”, diz, soltando um riso. Mas o cliente pode apenas tomar uma ou mais doses de suas pingas turbinadas. Ou mesmo um refrigerante. O que Cecília mais gosta mesmo é de contar casos, em um ritmo alucinante.

Monumento

Para marcar a Linha de Tordesilhas, a prefeitura de Alexânia pretende instalar um monumento ao Tratado de Tordesilhas na Praça Santo Antônio. Ele já está pronto. Trata-se de uma placa em mosaico, com os brasões de Espanha e de Portugal, foi criada e doada pelo artista plástico brasiliense Henrique Gougon. Porém, não há data definida para sua inauguração.

A obra contará, também, com o brasão da Igreja Católica, bem como com o texto das bulas papais que deram validade ao Tratado, a Inter Coetera, de 1493, e a Ea, quae pro bono pacis, de 1506, pela paz. Outro texto a ser anexado é o da história da linha imaginária, fazendo com que o espaço venha a ser ponto de aulas a céu aberto, onde os alunos possam aprender história além dos muros da escola.

Como chegar

São 100km do Plano Piloto até Olhos D’água. O motorista pega a BR-060 (Brasília-Goiânia) até Alexânia, percorrendo 85km. Entra na principal avenida comercial da cidade goiana e roda até o último balão, onde começa a GO-139. Segue 10km pela rodovia estadual, até um trevo, onde há uma placa indicando Olhos D’água. Dali até o povoado são mais 5km.

Promessa a santo

Olhos D’água surgiu de uma promessa religiosa, feita por uma moradora da região, de construir uma capela em homenagem a Santo Antônio de Pádua. Em torno da pequena igreja, fundada em 1941 em terras doadas por dois cunhados fazendeiros, cresceu o povoado de Santo Antônio de Olhos D’água. Na época, subordinado a Corumbá de Goiás, as suas terras foram repartidas pela Igreja Católica em pequenos lotes, vendidos a quem quisesse se estabelecer.

Os homens trabalhavam como meeiros para os fazendeiros da região. Plantavam milho, feijão, arroz e mandioca e mantinham pequenas criações. Além disso, produziam, para seu uso, utensílios de barro, como panelas, potes e artigos de tecelagem. Com o isolamento do povoado, a população criou um modo de vida próprio. Era autossuficiente em gêneros de primeira necessidade, fiava e tecia sua roupa e fazia seus utensílios — gamelas, colheres de pau e cestas.

O modelo de arquitetura das casas veio pelas mãos dos mestres de construção de Corumbá, que conservaram as mesmas características das antigas casas da região, dando a impressão do vilarejo hoje ser mais antigo do que aparenta. Com o nome de Olhos D’água, ele acabou emancipado em 14 de novembro de 1958, virando um município. Mas, dois anos depois, a sede municipal passou para os povoados de Alexânia e Nova Flórida. Em 1963, a cidade ganhou de vez o nome de Alexânia, tornando Olhos D’água um distrito dele.

Com informações de Correio Brasiliense e Última Parada.

Austrália troca aulas de Históra e Geografia por Programação de Softwares

Austrália substitui Geografia e Historia por aula aulas de Programação

 

Na Austrália, terra do canguru, investir em tecnologia dentro das salas de aulas virou prioridade de governo. Christopher Pyne, Ministro da Educação na Austrália, anunciou na última semana a autorização para que escolas substituam as disciplinas de História e Geografia por Programação de Softwares. O novo currículo de tecnologias digitais, aprovado pelo governo australiano, quer que crianças de 5 anos comecem a ter contato com tecnologia para que, aos 7, sejam capazes de criar programas!

A iniciativa do governo vai de encontro com a necessidade do país em se tornar tecnologicamente competitivo. “Se você olhar para o que os outros países estão fazendo, estamos a milhas e milhas atrás e eu acho que é uma situação tão crítica quanto não saber matemática ou inglês”, afirma Atlassian Mike Cannon-Brookes, um dos mais respeitados empresários da área de tecnologia do país.

No início deste ano, o Ministro da Educação se comprometeu a fortalecer a ciência, tecnologia e áreas de engenharia, assim como reforçar as competências digitais necessárias para ter sucesso no ambiente de tecnologia altamente competitivo do século 21.

O novo currículo é inspirado em programas de sucesso implementados nos Estados Unidos, tais como Code.org e “Hour of Code”, com o apoio do Google e da Microsoft, e também no Reino Unido, que introduziu a codificação em escolas primárias no ano passado.

Escolas

Na terra do Canguru, alunos já usam tablets para estudar.