Jornalista brasileiro leva maior prêmio de fotografia do mundo

No dia 15 de abril, o fotojornalista carioca, Lalo de Almeida, foi mais uma vez reconhecido na mais importante competição de jornalismo visual do mundo, promovida pela World Press Photo, desde 1955. Lalo de Almeida ganhou o primeiro lugar na categoria “Série Meio Ambiente” com sua reportagem Pantanal em Chamas, produzida para a Folha de S. Paulo no ano passado.

A série em questão, retrata uma triste realidade que vem castigando a imagem do Brasil no exterior ao longo do ano inteiro: os incêndios no Pantanal e as queimadas na Amazônia.  

A jurada Pilar de Oliveira, fotógrafa da Reuters, assim descreveu o trabalho: “Essa é a série de incêndios que mais me impactou. Cada foto nos mostra uma triste situação de devastação sem perder o sentido estético. Esta série de fotos foi editada com perfeição. Não sinto que preciso ver mais e também não sinto que estou vendo muito.”

Veja as fotos: 

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Contudo, esta não é a primeira vez que Lalo de Almeida é reconhecido com um prêmio da World Press Photo Award. No ano de 2017 o fotojornalista venceu na categoria Questões Contemporâneas, com reportagem sobre vítimas do Zika vírus. Com o vídeo produzido sobre o tema, naquele ano ele ganhou também o POY Latam, a principal competição de jornalismo visual da América Latina, na categoria de vídeos curtos.

E não para por aí, em janeiro de 2021, Lalo voltou a ser premiado no POY Latam, só que desta vez pelo seu trabalho em fotografia. Arrebatou o primeiro prêmio, tornando-se o Fotógrafo Ibero Americano do Ano.

Lalo tem também no currículo um Prêmio Esso por equipe. Foi ganho em 2015, com o trabalho Líquido e incerto – o futuro dos recursos hídricos no Brasil, publicado pela Folha de S.Paulo e posteriormente convertido em documentário. Em 2019, seu projeto ‘Amazonian Dystopia’ foi finalista no Eugene Smith Grant na categoria Humanistic Photography.

Pois bem, a carreira de Lalo começou com 51 anos, quando ele começou a fotografar profissionalmente em 1991, depois de ter estudado Fotografia no Istituto Europeo di Design em Milão. Em entrevista ao Portal dos Jornalistas, ele relembrou o início da paixão pela fotografia:

“No começo minha ideia era fazer fotografia de natureza, mas logo consegui um emprego em uma pequena agência de fotojornalismo e me apaixonei pela coisa. Comecei cobrindo a crônica policial de Milão e depois de dois anos fiz algumas coberturas internacionais como as guerras na Bósnia e na Croácia”, comentou ele.

Em 1993 Lalo voltou para o Brasil, trabalhando por pouco tempo no Estadão e na Veja, até chegar à Folha, onde permaneceu por 25 anos. Paralelamente ao trabalho na área jornalística, desenvolveu trabalhos de fotografia documental como o projeto premiado “O Homem e a Terra”, sobre as populações tradicionais brasileiras e sua relação com o meio ambiente. 

Foi a partir de 2010 que Lalo começou a produzir vídeos curtos que foram internacionalmente premiados, entre eles ‘Um Mundo de Muros’ e ‘Crise do Clima’.

Em 2012, ganhou o XII Prêmio Marc Ferrez da Fundação Nacional das Artes pelo trabalho sobre os impactos sociais causados pela construção da usina de Belo Monte no rio Xingu.

O tema gerou o projeto multimídia “A Batalha de Belo Monte”, que ganhou vários prêmios nacionais e internacionais, entre eles o da Sociedad Interamericana de Prensa.

Atualmente, o grande fotógrafo, além de colaborar regularmente nas áreas de fotografia, vídeo e multimídia com o jornal Folha de S. Paulo, fotografa para o The New York Times, desenvolvendo trabalhos para o jornal norte-americano no Brasil.

Imagens: Reproduzidas da Internet

Folha abandona Facebook e deve estimular debandada de páginas confiáveis da rede

O jornal Folha de São Paulo decidiu parar de publicar seu conteúdo no Facebook. O anúncio, feito nesta quinta-feira (8) na própria página da rede social, marca a despedida da maior fanpage de um veículo de comunicação do Brasil. São quase 6 milhões de seguidores que deixam de receber as notificações a partir de hoje.

A decisão veio em tom de crítica ao Facebook que resolveu mudar os algoritmos e diminuir o alcance orgânico das publicações de páginas com o argumento de combater as chamadas fake news, ou notícias falsas. Mas, segundo especialistas, a mudança tem a ver com a estratégia de aumentar receita da empresa de Mark Zuckerberg. “O Facebook quer forçar os donos de páginas a investir em links patrocinados, a principal fonte de renda da rede social. É um tiro no pé e um contrassenso, uma vez que a tendência é a debandada dos veículos que produzem conteúdo confiável e abre espaço para os canais de notícia falsa”, acredita Carlos Wilian, criador da Revista Bula, a maior página de jornalismo cultural do país, com 2 milhões de seguidores. “Se o caminho do Facebook for esse, a tendência é que também deixemos de publicar conteúdo na página em breve”, avalia.

O rumo do Facebook, ainda a maior rede social do mundo, começa a render resultados negativos à empresa sediada no Vale do Silício, nos EUA. De acordo com a Parse.ly, empresa de pesquisa e análise de audiência digital, em janeiro, o volume total de interações (compartilhamentos, comentários e curtidas) obtido pelas 10 maiores páginas de jornais brasileiros no Facebook caiu 32% na comparação com o mesmo mês do ano passado.

Com a queda do alcance das páginas, o Facebook perde espaço como fonte de acessos a sites de jornalismo. De acordo com a Parse.ly, empresa de pesquisa e análise de audiência digital, a participação da rede social nos acessos externos caiu de 39% em janeiro do ano passado para 24% em dezembro. O espaço vem sendo ocupado principalmente pelos mecanismos de busca, como o Google, que no mesmo período avançou de 34% para 45%.

Altemar Santos, do site Mais Goiás, também acredita que a mudança da rede social é meramente uma estratégia comercial para forçar a publicidade por meio das publicações. “O que vamos fazer é buscar se adaptar à mudança de algoritmo do Facebook”, explica.

O próprio Curta Mais, a maior fanpage de um veículo de comunicação em Goiás (com quase 435 mil seguidores) já tem diminuído a distribuição de conteúdo via Facebook e deve acompanhar a debandada, caso a rede social insista na nova estratégia. A empresa já vem investindo em novos canais de distribuição de notícias como newsletter, pushs, Google, Twitter, além de outras ferramentas para entregar um conteúdo sempre atualizado e relevante para os leitores.

Atualmente, o Curta Mais conta com mais de 1 milhão de leitores por mês e investe em produção de conteúdo autoral e criativo nas áreas de entretenimento, cultura, gastronomia, turismo, inovação e conta ainda com um clube de assinaturas de experiências com cerca de 40 mil assinantes.

Danilo Gentili desmente com vídeo reportagem de jornalista sobre seu filme

Na tarde dessa sexta-feira 13, o humorista e apresentador Danilo Gentili fez uma crítica macabra ao jornalista Diego Bargas, da Folha de S.Paulo.

Entrevistado sobre seu filme “Como Se tornar o pior aluno da escola”, lançado na última quinta-feira (12), Gentili diz que matéria mente ao afirmar que o humorista fugiu de perguntas sobre bullying e pedofilia. O jornalista questiona ainda em reportagem se o filme tem o direito de fazer piada que espicham “a discussão incessante sobre os limites do humor”.

Danilo endossa a crítica em seu perfil no twitter dizendo que a Folha não sabe o que é comédia.

Para desmentir o conteúdo da matéria, Danilo Gentili posta na íntegra a entrevista dada ao jornalista. “Eu filmei”, afirma o comediante. “Segue a íntegra da entrevista com o jornalista da Ilustrada Folha de SP . Assista e tira suas conclusões”.

 

 

Confira, na íntegra, a declarção de Danilo Gentili em sua página no Facebook:

A Folha de SP publicou hoje uma matéria com a manchete “DANILO SE NEGA A FALAR SOBRE PIADA COM PEDOFILIA”. Eu gravei essa entrevista. Posto agora na íntegra. O jornalista da Folha foi honesto? Assista e tire suas próprias conclusões. De todo modo faço questão de apontar algumas coisinhas:

1) Esse cara do vídeo abaixo se chama Diego Bargas, e como pode ver nas imagens que postei aqui nos coments, ele se comporta mais como militante político do que como jornalista isento. Sendo assim, que credibilidade teria um torcedor do PT entrevistando eu, um artista que está oficialmente na lista negra do PT?

2) Que tipo de jornalista cultural vai conversar sobre um filme de ficção/comédia e não faz uma pergunta sequer sobre direção, roteiro, fotografia, atuação e outros aspectos artísticos e cinematográficos?

3) Porque o mesmo cara que estava uma semana atrás defendendo a liberdade para todos artistas e que pedofilia é uma coisa e arte é outra, agora teve um surto moral e se mostra inconformado com uma obra artística de ficção, roteirizada, onde nada daquilo aconteceu na vida real? Chego até mesmo a pensar que na verdade ele estaria escandalizado porque retratamos o pedófilo como um vilão, sem relativizar a pedofilia. Seriam os pedófilos uma nova minoria a ser protegida das piadas?

4) Ao perguntar em tom de desaprovação se “pode fazer piada com pedófilo e psicopata” o cara que recebe um salário como “especialista de cinema” (uii) demonstra desconhecer momentos clássicos da sétima arte como o hilário piloto de “Apertem os cintos o piloto sumiu” ou o mais recente “Quero matar meu chefe”. Isso pra ser breve e ir parando por aqui. Os exemplos são incontáveis. Todo mundo conhece, menos o burrão aí. Aliás, veja as imagens que postei aqui nos coments e note que ele tem problemas com psicopatas na ficção, mas no mundo real os admira.

5) Infelizmente a melhor parte desse encontro não foi filmada. Após cortarem a entrevista, ele se levantou dando suas bufadinhas e disse “Eu quero dizer que não gosto do filme” e eu respondi “E eu quero dizer que não me importo nem um pouco com a sua opinião”. AUHAHUAHUAHUAHUHA! Ele vai entrar aqui, ler isso e ficar irritado porque escrevi. E essa é a melhor parte de ter feito esse texto. HAAHAHHAH.

6) Se um cara como esse não gostou, não recomenda e ainda precisa fazer matéria desonesta é sinal que você deve correr para o cinema hoje mesmo e assistir “Como Se Tornar O Pior Aluno da Escola”. Nos vemos lá!