Entenda porque o transplante de coração do Faustão aconteceu de maneira rápida
O apresentador de televisão, Fausto Silva, de 73 anos, foi submetido a um transplante cardíaco no domingo (27). De acordo com um comunicado oficial do Hospital Albert Einstein, Fausto apresentou-se inicialmente com um quadro grave de insuficiência cardíaca, que culminou em sua internação em 5 de agosto. Posteriormente, após uma avaliação médica aprofundada, constatou-se a necessidade de um transplante cardíaco.
A informação sobre a condição de saúde de Fausto foi divulgada ao público em 17 de agosto, por intermédio de sua família. Em uma iniciativa de transparência, um vídeo foi compartilhado, mostrando o apresentador no hospital e esclarecendo sua situação. No mesmo período, os médicos responsáveis reportaram que Fausto estava em diálise e necessitava de medicação específica para potencializar o bombeamento cardíaco, sendo então incluído na lista de espera do SUS.
Surpreendentemente, após apenas 8 dias na fila, um coração compatível foi identificado, e a equipe médica do Hospital Albert Einstein preparou-se imediatamente para o procedimento cirúrgico. A intervenção, realizada nas instalações do referido hospital, teve duração aproximada de duas horas e meia.
A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo esclareceu que a transação foi possível porque o paciente em primeiro lugar na lista recusou o órgão. Entre os 12 pacientes com compatibilidade identificada para aquele coração, Fausto era a segunda prioridade dentre quatro pacientes classificados como urgentes.
Após a cirurgia, Fausto permanecerá sob vigilância médica intensiva, tendo em vista o risco intrínseco de rejeição ao novo órgão. Os médicos foram notificados sobre a disponibilidade de um coração compatível na madrugada de domingo, iniciando imediatamente os procedimentos de verificação de compatibilidade, incluindo a tipagem sanguínea “B”.
A lógica da lista de espera:
Embora a condição de Fausto tenha sido categorizada como “Prioridade Máxima”, é essencial destacar que a fila de espera para transplantes é regida por critérios técnicos e objetivos, aplicáveis tanto à rede pública quanto privada. Aspectos como risco de mortalidade e eficiência de filtração sanguínea são determinantes. O Ministério da Saúde reforça: “A organização da lista de espera baseia-se em critérios técnicos, incluindo tipagem sanguínea, compatibilidade física e genética, bem como critérios específicos de gravidade para cada órgão.”
Embora muitos pacientes enfrentem períodos de espera de 12 a 18 meses, o tempo de espera de Fausto foi significativamente menor devido a fatores como tipagem sanguínea e gravidade clínica. Atualmente, estima-se que cerca de 40 mil brasileiros aguardam por um transplante cardíaco, conforme dados do Hospital do Coração (HCor).
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Foto de Capa: Contigo